Universidade Federal Fluminense
Especial: Pedro da Luz analisa a arquitetura na Semana de 22
Professor da Universidade Federal Fluminense explica as lições do modernismo para a arquitetura contemporânea
João Rodrigues, da equipe da FAP
A Semana de Arte Moderna, que completa 100 anos em 2022, teve entre os seus marcos a influência para a arquitetura brasileira. O movimento pregava a expressão do nacional de forma autônoma e independente dos ideais europeus. Apesar da pouca importância da arquitetura na Semana, a transformação do modo de entender a arte marcou a nossa arquitetura e segue presente até os dias de hoje.
Para analisar a importância da arquitetura na Semana de 22, conversamos com o professor Pedro da Luz Moreira, docente e vice-coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense. Em 2015, Pedro da Luz assumiu a presidência do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), departamento do Rio de Janeiro, tendo sido reeleito no ano de 2017 para o triênio até 2019. É pesquisador da influência da Semana de 22 na arquitetura brasileira.
Ouça o podcast!
O episódio conta com áudios extraídos do Youtube do canal Toda Matéria, canção de Guiomar Novaes - Chopin: Ballade in F minor, opus 52, n°4, História da Arquitetura com Bruno Perenha e depoimentos de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer para o documentário Arquitetura Moderna no Brasil, realizado pelo IAB e Fundação Bienal de São Paulo, em 1985.
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O Rádio FAP é publicado semanalmente, às sextas-feiras, em diversas plataformas de streaming como Spotify, Youtube, Google Podcasts, Ancora, RadioPublic e Pocket Casts. O programa tem a produção e apresentação do jornalista João Rodrigues. A edição-executiva é de Renato Ferraz.
PT silencia sobre governos autoritários, diz professor
Ex-presidente do PT do Estado do Rio e docente na Universidade Federal Fluminense (UFF), o historiador Daniel Aarão Reis
VALMAR HUPSEL FILHO, PEDRO VENCESLAU e GILBERTO AMENDOLA, O Estado de S.Paulo
Para o professor de História Contemporânea na Universidade Federal Fluminense (UFF) e ex-presidente do PT do Estado do Rio Daniel Aarão Reis, o partido prefere se manter em silêncio sobre a escalada de violência na Venezuela em nome de uma “solidariedade nacional popular contra as grandes potências”. “Se a vocação democrática do PT fosse mais forte, isso estaria sendo cobrado e discutido”, disse ao Estado.
O posicionamento de apoio ao governo venezuelano de Nicolás Maduro é unânime no PT?
O PT, como todos os partidos políticos brasileiros, dedicou ao longo do tempo pouca relevância às relações internacionais. Feita essa ressalva, fez parte do PT, desde o início, embora com oposição interna, apoio a Cuba e regimes nacionalistas, o que eu chamo de nacional-estadista. Isso se articulou na defesa do Mercosul e da Unasul e, em termos mundiais, na articulação com os Brics (bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Esse tipo de política sempre mereceu simpatia do conjunto da militância do PT.
Como explicar a postura do PT em relação à Venezuela?
A despeito da vocação democrática que o PT tinha e a meu ver de certo modo tem, silencia-se muito diante dos regimes autoritários. E em nome da solidariedade terceiro-mundista, age-se do mesmo jeito em relação ao nacionalismo latino-americano. Silencia-se muito em relação aos regimes autoritários que se opõem à dominação das grandes potências capitalistas. Silencia-se de maneira muito inconsequente, a meu ver, do ponto de vista democrático, contra os desmandos e surtos autoritários desses regimes nacionalistas. E esse é o caso muito visivelmente em relação à Venezuela em que o Maduro, a “Dilma do Chávez”, enfrenta claramente um questionamento social em função da crise econômica e de sua própria competência em gerenciar a crise.
A vocação democrática do PT não se opõe ao apoio a regimes que impõem violência ao povo?
Se a vocação democrática do PT fosse mais forte, isso estaria sendo cobrado e discutido internamente. Mas prefere-se manter silêncio sobre o assunto em nome de uma solidariedade nacional popular contra as grandes potências. Se o PT quer realmente se colocar como partido democrático, tem de rever isso e lidar com a situação.