TVFAP

#ProgramaDiferente relembra campanhas que marcaram a história da política

Na reta final das eleições em todo o Brasil, enquanto diversos municípios se preparam para escolher seus prefeitos em 2º turno, o #Programa Diferente trata de propaganda eleitoral e marketing político. Especialistas falam sobre as mudanças na legislação e seus efeitos nas campanhas municipais em 2016. Também relembramos jingles e comerciais inesquecíveis: do "meu nome é Enéas" ao "Lula lá", passando por Getúlio, Jânio, JK, Brizola e FHC, entre outros. Assista.

Durante o lançamento do livro "Neuropropaganda de A a Z", parceria do sociólogo Antonio Lavareda com o jornalista João Paulo Castro, ouvimos as expectativas que publicitários, jornalistas e especialistas em marketing tinham sobre as campanhas de vereadores e prefeitos. Além dos autores do livro, falaram Nelson Biondi, Chico Santa Rita, Washington Olivetto e Carlos Maranhão.

Na sequência do programa, a entrevista é com um dos maiores empresários do país, criador e presidente das redesHabib's e Ragazzo, Alberto Saraiva, que lançou o livro "25 Verbos para Construir Sua Vida" e realizou campanhas publicitárias marcantes durante as manifestações pró e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, como a "Caiu!", a "Fome de Mudança" e até a bem-humorada invenção da coxinha de mortadela.

Durante o lançamento e aproveitando o tema do livro, ouvimos também com exclusividade quais são os verbos motivadores dos jornalistas e apresentadores de TV Amaury Jr. e Otávio Mesquita, do publicitário Washington Olivetto, do presidente da RedeTV!, Amilcare Dallevo, e do governador Geraldo Alckmin.


Especial: Renato Russo, 20 anos depois, e o legado do Rock de Brasília

Em outubro de 1996 morria Renato Russo, um dos maiores ídolos da história da música brasileira. Vinte anos depois, o #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, mostra que o líder da Legião Urbana segue vivo no cenário e no imaginário nacional. Novos trabalhos são lançados, como o livro de uma banda inventada nos cadernos de Renato Manfredini Junior, até então um adolescente anônimo entre seus 15 e 16 anos. Assista aqui o especial sobre Renato Russo e o legado do rock de Brasília.

Fãs, amigos e discípulos como Dinho Ouro Preto, líder do Capital Inicial, e Egypcio, vocalista da banda Tihuana e idealizador do projeto Urbana Legion, ambos em entrevistas exclusivas ilustradas por imagens históricas (de vídeos domésticos à participação da Legião Urbana no programa Perdidos na Noite, de Fausto Silva), além do depoimento dos ex-parceiros Marcelo Bonfá e Dado Villa Lobos, ajudam a atualizar essa memória em 2016.

Recluso no quarto entre 1975 e 1976, sofrendo de epifisiólise, doença óssea que o obrigou a usar cadeira de rodas,Renato lia muito sobre música e cinema e, a partir das suas anotações, criou uma banda imaginária: futuros astros do rock que se juntaram em Londres na década de 1970 e conviviam com músicos da vida real, como Jeff Beck eMick Taylor, dos Rolling Stones.

O material foi lançado agora no livro "The 42nd Street Band – Romance de uma banda imaginária" (Companhia das Letras), organizado por Tarso de Melo, que também fala sobre a obra em entrevista exclusiva ao #ProgramaDiferente e num debate na Livraria Cultura, revelando semelhanças quase premonitórias entre a ficção e a história da Legião Urbana, a começar pelo nome do líder da banda imaginária (Eric Russell), inspiração paraRenato Manfredini se tornar Renato Russo.

O documentário "Rock Brasília – Era de Ouro", de Vladimir Carvalho, também reverenciado neste especial, é outra obra que registra como a reunião despretensiosa de jovens filhos de funcionários públicos, professores e diplomatas da capital federal se transformou em um dos movimentos mais criativos e efervescentes da cultura brasileira, a partir de bandas como Aborto Elétrico, Plebe Rude, Capital Inicial e principalmente a Legião Urbana. Assista.


A poesia imortal de Vinicius de Moraes nos 103 anos do seu nascimento

Há 103 anos, no Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1913, nascia Vinicius de Moraes, poeta, compositor, dramaturgo, jornalista, roteirista e diplomata brasileiro. O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, lembra um pouco da sua poesia imortal e das parcerias inesquecíveis, que marcaram para sempre a música, a arte e a cultura brasileira. Assista.

Desde jovem, Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, depois eternizado como Vinicius de Moraes, mostrou interesse pela poesia. Aluno do colégio Santo Inácio, em Botafogo, participou ativamente das atividades artísticas escolares. Em 1922 escreveu seus primeiros versos. Em 1930, ingressou na Faculdade Nacional de Direito. Formou-se em 1933, ano em que publicou seu primeiro livro de poemas, “O Caminho Para a Distância”. Em 1936 passa a frequentar as rodas literárias e boêmias do Rio de Janeiro.

Em 1938, ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar literatura inglesa na Universidade de Oxford. Nesse mesmo ano escreve o poema “O Soneto da Separação”. Em 1939, com a Segunda Guerra Mundial, permanece um período em Portugal e no ano seguinte retorna ao Brasil.

Em 1943, Vinicius de Moraes passa no concurso do Itamaraty e ingressa na carreira diplomática, função que ocupou até 1968. Em 1946 assume seu primeiro posto diplomático, como vice-cônsul em Los Angeles, Estados Unidos. Serviu em Paris e Montevidéu, regressando ao Brasil em 1964. Em 1968 é exonerado do Itamaraty.

De volta ao Rio de Janeiro, dedicou-se à poesia, a música, a trilhas para novelas e musicais, e à intensa vida de shows no Brasil e no exterior. Fez parcerias inesquecíveis com Tom Jobim, Toquinho, João Gilberto, Edu Lobo... Entre suas músicas destacam-se Garota de Ipanema, Gente Humilde, Aquarela, Eu Sei Que Vou Te Amar, entre outros sucessos eternos.

Casou-se nove vezes e teve cinco filhos. Em 1978 passou a viver com sua última esposa, Gilda Matoso, que o acompanhou até seus últimos dias. Vale a pena também rever aqui a entrevista ao amigo, jornalista e escritor Otto Lara Resende, de 1977. Vinicius de Moraes morreu no Rio de Janeiro, de edema pulmonar, no dia 9 de julho de 1980.

https://youtu.be/MBTKYJoiFDg


Economista Maílson da Nóbrega fala ao #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, sobre a "PEC do teto" e o atual momento de transição do Brasil

O economista Maílson da Nóbrega fala com exclusividade ao #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, sobre o atual momento político e econômico do país, principalmente sobre a discussão em torno da Proposta de Emenda à Constituição que impõe um teto aos gastos públicos, a polêmica PEC 241, mais conhecida como "PEC do teto"Assista.

Ele também falou sobre o lançamento do seu mais novo livro ("A Economia: como evoluiu e como funciona", escrito em parceria com Alessandra Ribeiro) e ainda sobre os três anos de um documentário que idealizou e realizou: "O Brasil Deu Certo. E Agora?", com depoimentos de três ex-presidentes (Sarney, Collor e FHC), sete ex-presidentes do Banco Central e 13 ex-ministros, que aborda a conquista da estabilidade política e econômica no Brasil e os desafios ao crescimento do país.

Ex-ministro da Fazenda do presidente José Sarney (aliás, o último daquele governo, entre janeiro de 1988 e março de 1990), foi autor do Plano Verão, tentativa derradeira frustrada de conter a hiperinflação crescente (415,87% em 1987; 1.037,53% em 1988; e 1.782,85% em 1989), com a criação de nova moeda (cruzado novo), desvalorização de 14% perante o dólar e o congelamento de preços e salários. Afinal, o Brasil deu certo? E agora?

https://youtu.be/VEldxc3L1cE


Morre Flavio Gikovate. Reveja a participação dele no #ProgramaDiferente

Aos 73 anos, morreu na noite desta quinta-feira, 13 de outubro, o médico psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor Flavio Gikovate. Reveja a íntegra da entrevista de Gikovate e também o especial sobre a mente exibido pelo #ProgramaDiferente.

Com 50 anos de profissão, ele falou de relacionamentos humanos, redes sociais e interatividade virtual, das mudanças e novidades no comportamento dos jovens, do aumento do individualismo e da mudança de paradigmas nas relações afetivas.

Também opinou sobre o ódio, a revolta e o ressentimento demonstrados na internet por um número crescente de pessoas. Com mais de 10 mil pacientes atendidos e um milhão de leitores dos seus diversos livros publicados, anunciou o seu mais novo lançamento até então: a obra autobiográfica intitulada "Gikovate, Além do Divã".

Era uma referência clara ao programa de rádio que completava oito anos no ar ("No Divã do Gikovate", exibido todos os domingos, na CBN) e também ao fato dele nunca ter usado divã no consultório nem seguir as doutrinas tradicionais.

Nos anos 70, Gikovate chocava a sociedade (e os colegas terapeutas) por desvincular sexo de amor. As relações atuais confirmaram essa percepção e exacerbaram esta separação. Também outra definição provocativa se acentua: o "sexo frágil", para ele, continua sendo o homem, e não a mulher. Ele esclareceu a polêmica.

Formado em Psiquiatria pela USP, foi assistente clínico do Institute of Psychiatry, na London University, e pioneiro nos estudos sobre sexo, amor e vida conjugal no Brasil. Além do programa semanal de rádio, já assinou, por muitos anos, colunas na Folha de S. Paulo e na revista Cláudia. A estreia foi na Capricho. Também já teve um programa na TV Bandeirantes e chegou a participar de uma novela de Silvio de Abreu (Passione, na Rede Globo), interpretando a si mesmo.

Outro desafio inovador de Gikovate foi integrar a chamada "Democracia Corinthiana", entre 1982 e 1984, movimento liderado por um grupo de jogadores politizados, como Sócrates, Wladimir, Zenon e Casagrande, que foi um marco na história do futebol brasileiro, numa época importante da redemocratização do país e da campanha "Diretas Já".

Este foi um período do Corinthians no qual contratações, regras de concentração, consumo de bebidas alcoólicas, liberdade para expressar publicamente opiniões políticas e outros direitos individuais e coletivos eram decididos através do voto igualitário de seus membros. Ou seja, em tese, o voto do treinador ou do diretor de futebol, por exemplo, valia tanto quanto o de um jogador ou de qualquer outro funcionário da comissão técnica.

O programa “No Divã do Gikovate” era gravado semanalmente no Teatro Eva Herz, na Avenida Paulista, com a participação do público. Acompanhe aqui, com exclusividade para o #ProgramaDiferente, a gravação na íntegra de um dos programas exibidos pela Rádio CBN. Veja também cenas inéditas dos bastidores do programa, com o "aquecimento" de Gikovate e da plateia momentos antes da gravação.

Esquadrão das Drags: arte e irreverência no combate à Aids e ao preconceito

O #ProgramaDiferente acompanhou o lançamento do livro "Esquadrão das Drags - Arte, Irreverência e Prevenção em Toda Parte", das jornalistas Roseli Tardelli e Fernanda Teixeira, que já antecipa uma edição especial do programa que irá ao ar na semana que antecede o Dia Mundial contra a Aids, em 1º de dezembro.

Mais de 30 anos depois das primeiras notícias sobre a doença que aterrorizou o mundo e levou à morte diversos artistas e personalidades, falar sobre a prevenção do HIV e manter as pessoas bem informadas ainda é um assunto fundamental para preservar vidas.

Além das autoras do livro, Roseli Tardelli e Fernanda Teixeira, a reportagem ouviu Floriano Pesaro, secretário de Desenvolvimento Social do Governo do Estado de São Paulo, e o publicitário Albert Roggenbuck, que se traveste na drag queen Dindry Buck, figura principal do Esquadrão das Drags. Assista.


O centro da cidade está (e sempre esteve) vivo no #ProgramaDiferente

O tema do #ProgramaDiferente desta semana é "O Centro da Cidade está Vivo". Fala a partir de São Paulo, mas o exemplo vale para qualquer canto do país. O debate trata da revitalização, da recuperação e da reocupação do centro. Apresenta intervenções urbanas e iniciativas da sociedade que servem de modelo para outras metrópoles.

Participam Antonio de Souza Neto, síndico da Galeria do Rock; Candinho Neto, presidente da Associação das Bandas Carnavalescas; e Carlos Beutel, empresário e idealizador da Caminhada Noturna. Encerrando o período de eleições, com a escolha de novos prefeitos e vereadores, o assunto é bastante atual e oportuno. Assista.


#ProgramaDiferente celebra o Dia Mundial da Música

Na semana em que o mundo festeja o Dia da Música, em 1º de outubro, o #ProgramaDiferente celebra os grandes musicais e acompanha uma audição pública para a segunda montagem da peça "Os Miseráveis" no Brasil, quinze anos depois da estreia nacional e sucesso no mundo todo há 31 anos. A reportagem ouviu os candidatos na fila antes dos testes e mostra um pouquinho deste mundo de sonhos dos grandes musicais.

O Dia Mundial da Música foi instituído em 1975 pela UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. O objetivo é fazer a música chegar ao maior número de pessoas como instrumento de paz e amizade. De fato, é uma linguagem universal, que toca a alma de qualquer um. Assista.


Relembre no #ProgramaDiferente a campanha das #DiretasJá da década de 80 e compare com o movimento atual contra o impeachment

Neste momento em que o governo de transição do presidente Michel Temer vem sendo tachado de "golpista" e estamos assistindo protestos diários convocados por uma parcela minoritária (mas crescente) de políticos, de cidadãos engajados partidariamente e de movimentos sociais que buscam construir a "narrativa" mais conveniente para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, inclusive resgatando a nostálgica campanha das "Diretas Já"para tentar legitimar os interesses inconfessáveis de alguns, vale a pena resgatar a memória daquela época.

Não há comparação honesta possível entre o que foi o povo brasileiro nas ruas pedindo "Diretas Já" após 20 anos de ditadura militar e o movimento que se vê hoje, insuflado sobretudo pelas redes sociais e orquestrado por grupos de apaniguados petistas que viveram às custas de privilégios e de benefícios estatais patrocinados nos últimos 14 anos pelos governos de Lula e Dilma, grande parte contrária inclusive às investigações e condenações do Mensalão e da Operação Lava Jato.

Ou seja, que se posicionem contra as ilegalidades cometidas nos últimos anos e defendam #DiretasJá por enxergarem uma cumplicidade entre Dilma e Temer ou a parceria indissociável entre o PT e o PMDB na corrupção institucionalizada no país, é até justificável. Que se oponham veementemente às anunciadas reformas trabalhistas e previdenciárias, com o aumento da idade mínima da aposentadoria para 65 anos ou da jornada de trabalho para 12 horas diárias, entre outras "temeridades" (perdoe o trocadilho involuntário, presidente Temer), é sinceramente compreensível.

Mas querer misturar as coisas para livrar a cara de seus corruptos de estimação, tentar desqualificar o trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público e do juiz Sergio Moro, para ficar apenas no exemplo mais emblemático, e achar que vão confundir a população misturando a história de políticos presos com a de presos políticos, nessa estúpida "narrativa do golpe", é de uma canalhice e de uma desonestidade intelectual sem tamanho.

Relembre com o #ProgramaDiferente a campanha das Diretas da década de 80, que reunia políticos, artistas e intelectuais verdadeiramente ao lado do povo e da democracia, e compare com o movimento atual, marcado pela ação violenta de black blocs, de lideranças partidárias envolvidas com a corrupção do governo e de outros grupos cooptados que apostam no ódio e na polarização. Assista.


Assista o #ProgramaDiferente nº 75, de 11 de setembro de 2016

Dia 11 de setembro. Há exatos 15 anos essa data ficou marcada definitivamente na História pela série de atentados terroristas contra os Estados Unidos, que derrubaram as torres gêmeas do World Trade Center, mataram milhares de pessoas e pegaram o mundo de surpresa. Desde 2001, outros tantos atos de ódio e violência vem acontecendo. Como jornalistas, pouco podemos fazer, a não ser cumprir o dever de levar a informação ao maior número de pessoas e ajudá-las a refletir.

O fato é que nenhuma causa política, econômica, racial ou religiosa justifica o terrorismo: ataques cruéis e covardes, marcados pelo radicalismo e pela intolerância, que fazem suas vítimas entre cidadãos inocentes. Mas há de se valorizar o trabalho dos jornalistas no mundo inteiro, que retratam diariamente essas ameaças à democracia, à vida, à paz, à liberdade e aos direitos humanos. É disso que tratamos no #ProgramaDiferente desta semana: os 15 anos do 11 de setembro e os 10 anos de sucesso do Profissão Repórter, programa comandado pelo jornalista Caco Barcellos, um dos maiores repórteres do Brasil.

Num bate-papo mediado pelo jornalista Mauricio Stycer, com a participação de outros três integrantes e pupilos de Caco Barcellos no Profissão Repórter (Caio CavechiniGabriela Lian e Eliane Scardovelli), que também contaram suas experiências, foram debatidos o atual momento do país, os ingredientes de uma boa reportagem e a qualidade do jornalismo. Assista.


#ProgramaDiferente propõe debate alternativo com Erundina e Ricardo Young

Uma certeza sobre o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo: o maior derrotado foi o eleitor. Fala sério, ninguém aguenta mais esse modelo de debate político que não permite escolher o candidato mais preparado para ser prefeito, mas apenas o melhor (ou mais canastrão) ator.

debateband

O próximo debate poderia até ser pelo twitter. Tanto faz. Ao menos seria mais prático, barato e moderno, evitando que candidatos e suas respectivas comitivas passassem frio, perdessem tempo no trânsito e ficassem acordados à toa. O resultado seria idêntico, talvez até melhor.

O que se vê nos debates, afinal? Mensagens telegráficas, como se dizia antigamente, adaptando melhor o velho sentido da comparação hoje com o twitter, mesmo, ou instagram, facebook e snapchat. Tempo restrito, espaço limitado, repetições de frases de efeito, decoreba sobre promessas irrealizáveis, crítica ensaiada ao que o outro fez ou deixou de fazer, frases treinadas em horas de media training e poses dignas da espontaneidade de uma selfie no espelho com biquinho (no caso, forçado pelo botox).

O debate é revelador menos pelo que se diz do que pelo não se diz, pelos silêncios, tropeços, gaguejadas e dessa vez até pelas ausências. Muita gente não sabe, mas as assessorias de partidos e candidatos passam meses indo a reuniões nas emissoras para engessar o máximo possível as regras destes encontros, evitando surpresas, improvisos e confrontos fora do script.

Nada da câmera flagrar expressões fora do combinado, nenhum movimento que tire o debate da mesmice. Agora, amparados pela lei, conseguiram calar até candidaturas expressivas como a da ex-prefeita Luiza Erundina (PSOL) e a do vereador Ricardo Young(Rede Sustentabilidade), que fizeram cada um seu "debate do debate"Erundina com o vice Ivan Valente em um canto, e em outro Young com Marina Silva e a vice Carlota Mingolla.

Melhor seria se ambos tivessem feito um único debate alternativo, com a cobertura conjunta da mídia independente e amplamente difundido nas redes sociais. Ampliaria a audiência, agregaria "valor" democrático à ação partidária de cada um e haveria realmente um contraponto qualitativo à cartilha decadente dos debates oficiais.

Pois o #ProgramaDiferente, que já havia sondado informalmente os candidatos com essa proposta, agora faz um convite formal: mediar um encontro entre Ricardo Young e Luiza Erundina, que são candidatos de partidos com representação na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e na Câmara de São Paulo, possibilitando até mesmo a participação dos demais excluídos (PSDC, PRTB, PCO e PSTU), simultâneo ao próximo debate na TV e aberto ao público, às redes e à mídia alternativa. Dá até pra apostar que teria mais repercussão que o original. Alguém duvida?


"A nossa bandeira jamais será vermelha"... Depois da #Rio2016? Já era! :-)

O grito de guerra mais identificado com as manifestações pró-impeachment e anti-PT, um dos mais ouvidos e talvez o mais emblemático nos últimos anos ("a nossa bandeira jamais será vermelha"), foi desmentido ao vivo para bilhões de pessoas no mundo inteiro, em pleno encerramento das Olimpíadas no Rio de Janeiro.yellowred

Bastou o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, trocar as bolas na tradução simultânea do seu próprio discurso, em que alternava o português e o inglês, para a gafe chegar ao topo das citações nas redes sociais.

Ao traduzir o trecho "Vocês coloriram de verde e amarelo, e renovaram em nossos corações o orgulho e a autoestima de ser brasileiro", Nuzman trocou o "verde e amarelo" por um inexplicável "yellow and red". Ai já era! Ninguém nem prestou mais atenção no resto do discurso festivo, patriótico e emocionado.

Enfim, o Brasil "bateu o recorde de medalhas" na Rio 2016. É verdade. Também é verdade que ficou bem abaixo da expectativa, na maioria das modalidades, por todo o investimento feito.

saltocomvara
Mas, afinal, o que esperavam? Acharam que bastaria investir alguns tantos milhões de reais, até por vias tortas, como o patrocínio aos "atletas-militares" das Forças Armadas batendo continência em troca de um soldo mensal, ou trazer duas dezenas de técnicos internacionais? E o investimento na base? E o planejamento a longo prazo? E a formação esportiva dos nossos jovens nas escolas?

Sobre a quantidade de medalhas, basta fazer um comparativo do Brasil com a Grã-Bretanha, vice-campeã no quadro de medalhas do Rio de Janeiro como principal legado dos Jogos de Londres, em 2012. Veja que nas Olimpíadas de Sydney (2000) e Atenas (2004), a Grã-Bretanha era apenas a 10ª colocada, com 28 e 30 medalhas, respectivamente.

Em Pequim (2008), já sabendo que sediaria os Jogos de 2012, a Grã-Bretanha saltou para a 4ª colocação, com 47 medalhas. Em casa, em 2012, ficou em 3º com 65 medalhas, e finalmente saiu do Rio em 2º com incríveis 67 medalhas, a melhor posição da História. Isso é legado olímpico, indiscutível.

E o Brasil? Em 2000 não ganhou nenhum ouro, ficou em 52º com 12 medalhas. Em 2004 o Brasil subiu para 16º, com 5 medalhas de ouro (até então o recorde do país), mas apenas 10 no total. Em 2008 o Brasil caiu para 23º, com 17 medalhas (3 ouros). Em 2012 subiu uma posição, ficou em 22º com 17 medalhas (3 ouros).

No Rio, quando a expectativa declarada pelos organizadores era ganhar entre 28 e 30 medalhas e ficar em 10º lugar, o Brasil acabou em 13º, com 19 medalhas (7 ouros). Ou seja: duas medalhas a mais que em Londres e Pequim, apenas.

volei ouro
Subiu o número de medalhas de ouro graças ao sucesso do futebol e do vôlei, além de talentos individuais. Mas há alguma expectativa real de melhorar o desempenho do Brasil em Tóquio 2020? Não! Não há! Isso é legado olímpico?

O que falta para o Brasil, com planejamento do governo e respaldo da iniciativa privada, é um projeto olímpico a longo prazo: não simplesmente para ganhar posições no quadro de medalhas, mas por tudo o que o Esporte representa para um país que de fato se empenha na formação e no desenvolvimento dos seus jovens talentos.

Se vale a dica para os próximos três anos de gestão do presidente Michel Temer, aquele que assumirá os rumos do país cuja "bandeira jamais será vermelha", é esta: investimento na formação de jovens atletas e esportistas.

A cultura do esporte, da saúde e da qualidade de vida. Simples assim.

Veja mais sobre o legado da Rio 2016 no #ProgramaDiferente