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FHC e o "algoritmo que rege a política" no #ProgramaDiferente
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fala com exclusividade ao #ProgramaDiferente sobre a crise institucional no Brasil e comenta sobre o "novo algoritmo da política", ou as mudanças globais que ele identifica com precisão em artigo recente. Assista.
Artigo de FHC: O algoritmo da política mudou
Diversamente do progressismo do século XVIII, centrado no indivíduo, e do XIX, centrado na classe, o atual deve se centrar nos que nascem e vivem ‘em redes’
A eleição de Donald Trump confirma o que já se pressentia. Na França, mesmo sem vencer, é provável que Marine Le Pen aumente sua votação. Será o temível “direita volver”? Sim e não. É indiscutível que a onda contemporânea é de rechaço aos “males da globalização”. Os que simbolicamente representam a “globalização feliz”, na expressão do sociólogo Pascal Perrineau, estão colhendo o repúdio dos deserdados dela. Mas isso é só parte da história.
Ao mesmo tempo, a sociedade está refazendo liames de solidariedade e definindo formas de comportamento orientadas por valores que se afastam do padrão anterior. As razões desse sacolejar não podem ser reduzidas às consequências, negativas para alguns, da integração global dos mercados, da alta produtividade das novas tecnologias e do consequente drama do desemprego.
Nossos modelos mentais se formaram, a partir do século XIX, de modo pós-iluminista: menos do que a razão, contariam os interesses. Estes, desigualmente distribuídos graças às heranças das famílias e às regras de êxito nos mercados, davam sustentação mais ou menos sólida aos laços de classe, que se espelhavam em ideologias. Foi esse mundo que Marx levou ao extremo ao definir a luta de classes como o “motor da História”.
A partir daí, aproveitando resquícios da Revolução Francesa, podiam-se classificar as posições políticas entre esquerda e direita e um centro “amorfo”, ou, como o qualificou Maurice Duverger, um pântano eterno. Por quê? Porque o proletariado e seus aliados simbolicamente eram a “esquerda” revolucionária (posição na Assembleia Nacional onde tomavam assento os militantes mais ardorosos) e se contraporiam à burguesia, que defendia os interesses de conservação da ordem (a “direita”).
Esse mundo se transformou profundamente. Novas formas de produzir, com a disseminação das inovações tecnológicas da automação, miniaturização e especialmente comunicação em rede, criaram uma economia de alta produtividade e baixa empregabilidade, com o encolhimento do setor fabril e a expansão dos serviços. As sociedades capitalistas acrescentaram à estrutura de classes (sem desfazê-las) mecanismos de mobilidade ocupacional e formas de interação e de eventual coesão social, que se fazem e desfazem rapidamente dispensando estruturas organizacionais intermediárias.
As pessoas se juntam e se separam por redes intercomunicadas. Estas, de tempos em tempos, levam à ação coletiva: as paradas, os protestos, as “ondas eleitorais” que se formam independente mente dos partidos. Tudo isso assusta os membros do establishment tanto da esquerda quanto da direita: organizações multinacionais, sindicatos, mídia tradicional, partidos, igrejas etc. se sentem inseguros, e frequentemente partes deles se voltam “contra tudo isto que está aí”.
Às consequências sensíveis da globalização em momentos de crise (estagnação, deslocalização e desemprego), portanto, somam-se também tensões em torno a padrões de comportamento. Há novos parâmetros quanto ao que seja aceitável em uma sociedade crescentemente diversa (paradas de “orgulho gay”, ascensão política de migrantes, presença ativa de minorias, lutas pró-direito de aborto, regulamentação do uso das drogas etc.).
Há também reações tradicionalistas contra todas essas mudanças. Se a isso somarmos os conflitos pela hegemonia mundial e as ameaças inquietantes do terrorismo, completa-se o quadro no qual, mais que “de direita” (no sentido clássico), as reações são de medo. Refletem o desejo de retorno ao que foi ou se imaginava ter sido bom no passado (“Make America great again”) e de proteção e segurança (protecionismo, nacionalismo xenófobo etc.) frente às ameaças do presente.
O assunto não se esgota, portanto, em dizer: é a direita que está vitoriosa, embora seja. Não é qualquer direita, é a direita do orgulho nacional xenófobo, do “fora, imigrantes”, do protecionismo e do personalismo autoritário, valores em parte compartilhados por certa esquerda. Mais correto diante da vitória de Trump seria repetir Angela Merkel e dizer: nós temos princípios, amamos a liberdade, temos respeito à dignidade humana e à democracia.
As regras desta se aplicam a todos, independentemente da cor da pele, da orientação sexual, religiosa ou partidária. Ao mesmo tempo, não se deve fechar os olhos às consequências da “globalização assimétrica” que põe à margem regiões inteiras do mundo e setores internos das sociedades, mesmo das mais prósperas. Diante das transformações sociais e culturais que estão ocorrendo, o pensamento progressista não deve cantar loas à debacle da globalização que arrasta com ele os princípios “iluministas”, que Marx acolhia (com a pretensão de superá-los).
Tampouco cabe fechar o nariz com repugnância ao que está ocorrendo. O mal-estar precisa ser entendido para recriar-se a esperança. As propostas para o futuro devem olhar as necessidades concretas das pessoas. Foi isso que os “brancos, pobres e pouco educados” (o proletariado...) viram na demagogia de Trump.
Não basta denunciá-la como enganosa, embora seja: é preciso escutar o drama dos perdedores, dar-lhes uma resposta efetiva, não fechar os olhos aos efeitos negativos da globalização, e, não menos importante, reafirmar ao mesmo tempo os princípios fundamentais da liberdade, da dignidade humana e da igualdade democrática.
Diversamente do progressismo do século XVIII, centrado no indivíduo, e do XIX, centrado na classe, o atual deve se centrar em pessoas que nascem e vivem “em redes”. Não repudiam o coletivo: querem existir dentro dele mantendo suas autonomias, sua liberdade de escolha. O algoritmo é outro. Há os interesses, mas os valores também contam.
Fernando Henrique Cardoso é sociólogo e ex-presidente da República
Demétrio Magnoli fala da crise política, do confronto entre Legislativo e Judiciário, do pós-PT e do destino de Renan Calheiros
O jornalista e sociólogo Demétrio Magnoli, comentarista político da Globo News, faz uma análise exclusiva para o #ProgramaDiferente da crise brasileira, do pós-PT, do governo de transição do presidente Michel Temer, do atual confronto entre Legislativo e Judiciário, que determinou o afastamento do réu Renan Calheiros da linha de sucessão do poder da República e da presidência do Senado Federal. Ele também revela as suas expectativas para 2017. Assista.
O centenário do samba com o sotaque paulistano inconfundível de Adoniran Barbosa, que tem suas músicas inéditas gravadas, no #ProgramaDiferente
Quem diria que, justamente no ano marcado como o do centenário do samba, seria lançado um disco com músicas inéditas de Adoniran Barbosa, personagem e nome artístico que se confunde com o seu criador, o cantor, ator e compositor João Rubinato, considerado o "pai do samba paulistano", com seu sotaque inconfundível?
“Se Assoprar, Posso Acender de Novo” é o nome do DVD que apresenta 14 músicas inéditas que teriam sido compostas por Adoniran e estariam "perdidas" até então, 34 anos depois da morte do autor de sucessos como "Trem das Onze", "Saudosa Maloca" e "Samba do Arnesto".
O #ProgramaDiferente ouviu com exclusividade alguns dos intérpretes das músicas deste projeto, que reúne Ney Matogrosso, Fernanda Takai, Simoninha, Criolo, Liniker, Fabiana Cozza e Mauricio Pereira, entre outros, além do produtor Lucas Mayer.
Ouça todas as músicas do DVD e veja a reportagem especial sobre o centenário do samba na voz do próprio Adoniran Barbosa, com participações inusitadas dos Demônios da Garoa, Elis Regina, Rita Lee, Wilson Simonale Gal Costa. É imperdível. Assista.
Cristovam Buarque assume a presidência e Luiz Carlos Azedo a direção geral da FAP em ato que contou com Freire, Marta, José Aníbal e FHC
Com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do ministro da Cultura Roberto Freire, dos senadores José Aníbal, Marta Suplicy e Cristovam Buarque, dos deputados federais Alex Manente e Pollyana Gama, do deputado estadual Davi Zaia e do secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, foram empossados os novos diretores e conselheiros da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) para o biênio 2017-2018, em solenidade realizada no sábado, 3 de dezembro, na Câmara Municipal de São Paulo.
Tanto Roberto Freire quanto Arnaldo Jardim são também deputados federais licenciados. Ao ser nomeado ministro, Freire se afastou da Câmara dos Deputados e da presidência nacional do PPS, assumida agora por Davi Zaia, até então secretário-geral e presidente estadual do PPS em São Paulo, função pela qual passou a responder Alex Manente.
O novo presidente do Conselho Curador da FAP é o senador Cristovam Buarque, e o diretor-geral é o jornalista Luiz Carlos Azedo, colunista político do Correio Braziliense. A presidência de honra será ocupada pelo cientista social Luiz Werneck Vianna, mestre em ciência política pelo Iuperj e doutor em sociologia pela USP.
O ato foi transmitido online pela TVFAP.net, que durante a semana colocará no ar a íntegra do evento à disposição do público e também prepara para o próximo #ProgramaDiferente um especial sobre a solenidade da FAP. Enquanto isso, você acompanha matéria com FHC, Cristovam, Marta, Roberto Freire, Davi Zaia, Azedo e Arnaldo Jardimfalando sobre o atual momento político do Brasil, o governo de transição do presidente Michel Temer e as expectativas para o ano de 2017. Assista.
#ProgramaDiferente trata do desafio de tirar a sustentabilidade do gueto ambientalista e atingir o maior número de pessoas no Brasil e no mundo
O #ProgramaDiferente desta semana fala sobre um dos nossos temas mais recorrentes: a Sustentabilidade. E trata exatamente de como vencer o desconhecimento e mobilizar a sociedade sem restringir a busca de um mundo sustentável ao gueto ambientalista, mas conectando a agenda da sustentabilidade à economia, às novas tecnologias, à governança democrática e ao dia-a-dia do maior número de pessoas. Assista.
O evento “Saindo do gueto ambientalista: o desafio de mobilizar as pessoas para a sustentabilidade” é uma parceria do IDS - Instituto Democracia e Sustentabilidade com o Senac São Paulo. Conta com a participação de Fernando Meirelles, cineasta, produtor e roteirista; Mônica Gregori, sócia da agência Cause e realizadora do estudo "O Fluxo das Causas"; Ricardo Guimarães, presidente da Thymus Branding; Tom Moore, sócio da consultoria Mandalah; João Paulo Capobianco, presidente do conselho diretor do IDS; e Eduardo Giannetti, economista, cientista social e professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa).
Grandes nomes da comunicação e da sustentabilidade falam de como promover o engajamento dos brasileiros nessa causa que ganhou corpo a partir da Eco-92 e se consolidou a partir da Rio+20. O cineasta Fernando Meirelles fala da abertura das Olimpíadas Rio 2016, que ele dirigiu e alertou mais de 3 bilhões de espectadores no mundo inteiro para o tema das mudanças climáticas. Ricardo Guimarães expõe seus conhecimentos sobre comunicação e identidade de marca; Mônica Gregori fala sobre os desafios e oportunidades de comunicar grandes causas; e Tom Moore sobre a campanha global com os objetivos do desenvolvimento sustentável.
Para refletir um pouco sobre o Brasil: O político que não aprender com os erros vai ser arrastado pela avalanche das redes e das ruas
É incrível como alguns políticos não aprendem nunca! Olham mas não enxergam, ouvem mas não escutam. São insensíveis às demandas da sociedade, incapazes de pensar a política como mediadora de interesses públicos legítimos e permanecem indiferentes à atual exigência de mudanças que se apresenta nas ruas desde 2013. Nem dois impeachments de presidentes da República em pouco mais de duas décadas serviram de aprendizado.
O Brasil está mudando - e isso não é simples frase feita. É realidade. Não é possível ainda diagnosticar se muda para melhor ou para pior, se o viés majoritário é liberal ou conservador, se avança ou retroage, como advogam os defensores de um pólo e outro da política mais tradicional (e arcaica), à esquerda e à direita, mas é evidente que o eleitorado está cada vez mais intolerante às práticas e costumes políticos que nos trouxeram a este momento caótico.
A tendência é que as mudanças se aprofundem. Se é fato que não vencemos ainda a corrupção, o autoritarismo, o fisiologismo, o clientelismo, o corporativismo, também é verdade que caminhamos a passos largos para uma nova forma de compreender, exercer e fiscalizar a política. Quem não abrir os olhos para a nova realidade será arrastado na avalanche das redes e das ruas.
O caso do ministro Geddel Vieira Lima é bastante emblemático. A queda do sexto integrante do governo de transição do presidente Michel Temer em seis meses não acontece por acaso, nem é mera intriga da oposição. É retrato da cultura desses velhos inquilinos do poder, que não acordaram ainda para a realidade em que um novo eleitor, mais exigente e consciente, torna-se o verdadeiro senhorio da democracia.
Não é por acaso que figuras como o senador Romero Jucá, presidente nacional do PMDB, outro abatido em pleno vôo ao ser flagrado em negociações para "estancar a sangria" da Operação Lava Jato, venham a público com os argumentos mais estapafúrdios defender o parceiro Geddel.
"Não houve corrupção do presidente ou da estrutura de governo para definir uma solução. Houve, sim, pressão do ministro Geddel para que fosse a Advocacia-Geral da União a arbitrar uma diferença de posicionamento entre técnicos do Iphan da Bahia e técnicos do Iphan nacional", afirmou Jucá. O senador disse ainda que a questão não envolve mais o governo uma vez que Geddel pediu demissão. "Quem não pode pagar o pato é o governo que não tem nada a ver com essa briga pessoal", defendeu.
Pagar o pato? Briga pessoal? O governo não tem nada a ver?
Perdoe o trocadilho involuntário com o caso que envolve o breve ministro da Cultura, mas de fato o problema é cultural. São práticas arraigadas e maus hábitos impregnados no DNA da velha política brasileira. Ética e princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência passam longe do receituário do homem público que se apoderou da nossa democracia representativa.
Por menor que seja, ou aparentemente desimportante, o episódio comprova a indiferença entre o interesse público e a conveniência privada, que mobiliza até o próprio presidente da República na recomendação indevida e equivocada para resolver um impasse entre um órgão técnico e um político prepotente, para dizer o mínimo.
E repare que não se trata de uma exceção à regra, mas de prática recorrente entre as nossas "autoridades". Veja que Lula comparou (em ato falho?) a repercussão do caso do apartamento do Geddelcom o do "seu" triplex (aquele que ele diz que não é dele, assim como o sítio de Atibaia). E por aí vai... Os "presentes" milionários recebidos pelo ex-governador Sérgio Cabral de empreiteiras, incluindo jóias e mimos para a primeira-dama. Favores, doações de Caixa 2, propinas e outras benesses do poder.
Porém, parece estar acabando definitivamente a era da impunidade na política, com alguns excessos que precisamos corrigir e as turbulências típicas das massas desorganizadas quando começam a reagir e se mover em busca da mudança - não sem riscos para as conquistas democráticas e republicanas das últimas décadas (e aqui cabe todo o nosso cuidado e atenção).
Por mais complexa e dolorosa que possa ser essa depuração, balançar as estruturas do poder e expurgar os maus políticos será o único remédio eficaz para superarmos esta crise. Devemos então lutar com todas as forças para preservar o Estado de Direito e apoiar cada ação legítima do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça na investigação e na punição exemplar de TODOS os envolvidos em crimes e esquemas de corrupção, de TODOS os partidos. O tratamento é radical, mas é nossa esperança de cura da "res publica".
Mauricio Huertas, jornalista, é diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e apresentador do #ProgramaDiferente
#ProgramaDiferente trata do combate à Aids e ao preconceito
O #ProgramaDiferente desta semana é um especial sobre a prevenção contra o vírus HIV e o combate ao preconceito, culminando com o Dia Mundial contra a Aids, no dia 1º de dezembro. Vivemos uma época em que o número de pessoas contaminadas vem aumentando, culpa da desinformação e da falsa ideia de que a Aids é como qualquer outra doença crônica, com a qual a pessoa infectada pode conviver sem maiores consequências. Mas não é bem assim. Assista.
Aqui você vai rever uma das primeiras reportagens no Brasil que tratava do surgimento da doença, ainda no início dos anos 80. Muita coisa mudou no conhecimento sobre a Aids, as suas causas e consequências. Só uma coisa permanece exatamente igual: a importância da boa informação e da prevenção para preservar vidas.
Veja o depoimento do médico Drauzio Varella, um dos maiores especialistas no tema, e também uma reportagem exclusiva sobre o lançamento do livro "Esquadrão das Drags – Arte, Irreverência e Prevenção em Toda Parte", das jornalistas Roseli Tardelli e Fernanda Teixeira, sobre a atuação de um grupo de drag queens que realiza campanhas sobre a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, drogas, combate ao preconceito e a busca da cidadania plena.
A voz de Freddie Mercury: 25 anos depois no #ProgramaDiferente
São 25 anos sem Freddie Mercury, uma das mais belas vozes da história da música. Foi em 24 de novembro de 1991, aos 45 anos, que o líder e vocalista da banda Queen morreu, vítima da Aids. Muitas homenagens já foram feitas, portanto é desnecessário dizer muita coisa sobre este ídolo mundial. Aqui no #ProgramaDiferente você confere um registro diferente de dois dos seus eternos sucessos: "Love Of My Life" e "We Are The Champions", com os vocais isolados dos demais instrumentos.
https://youtu.be/u7v2Hvac6bQ
Agora só falta você: Uma homenagem aos 50 anos de carreira e a mais completa tradução de Rita Lee no #ProgramaDiferente
Meio século desde a formação dos Mutantes, em 1966, a passagem pelo Tutti Frutti, a carreira solo e parcerias memoráveis legitimam Rita Lee como lenda viva da MPB, a primeira e única rainha do rock brasileiro. Autêntica, polêmica e desbocada, deixa momentaneamente as entrevistas e os palcos de lado, mas o #ProgramaDiferente marcou presença no lançamento da sua autobiografia.
Reverenciada pelos fãs - artistas, calouros e anônimos - que cantam seu sucesso "Agora Só Falta Você" (veja aquiuma edição especial que reúne nomes como Caetano Veloso, Frejat, Baby do Brasil, Pitty, Maria Rita, Paula Toller, Lenine, Adriana Calcanhoto, Nando Reis, Renato Russo e até Soninha Francine, entre outros), a caminho dos 69 anos, a serem completados em 31 de dezembro, Rita Lee Jones rememora coisas boas e más da vida com leveza, sinceridade e com a espirituosidade característica (vale relembrar também os encontros com Hebe, Elis Regina e momentos nostálgicos da carreira).
A estréia dos Mutantes na TV foi no programa do cantor e apresentador Ronnie Von - que, aliás, batizou o grupo e fala com exclusividade sobre a importância da amiga; também ouvimos o parceiro Sergio Britto e o filho Beto Lee, músico que acaba de entrar para os Titãs (e que também aparece criança neste especial, aos três anos, brincando com a mãe), para nos ajudar a esboçar a "mais completa tradução" de Rita Lee. Assista.
Como você enxerga o racismo? Veja a campanha "Teste de Imagem" no #ProgramaDiferente. Mas, falando nisso, como você responderia ao teste?
Até que ponto você enxerga o racismo que existe no Brasil? Para chamar atenção para o problema, mesmo quando ele aparece disfarçado, o Governo do Paraná lançou uma belíssima campanha em parceria com a Assessoria Especial da Juventude e o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial: “Teste de Imagem”, criada pela Master Comunicação. Assista.
Segundo dados do IBGE, 82,6% dos negros afirmam que a cor da pele influencia nas oportunidades de trabalho. Uma realidade que se confirma em outros números: profissionais negros ganham em média 36% menos que os brancos, ocupam apenas 18% dos cargos de chefia e são 60,6% dos desempregados.
Entre os fatores que mais contribuem para essas estatísticas está o "Racismo Institucional", problema que se manifesta quando instituições públicas ou privadas atuam de forma diferenciada em relação a uma pessoa por conta da sua origem étnica, cor ou cultura, privando-a de oportunidades profissionais e sociais diariamente.
Na campanha do Governo do Paraná (veja mais em contraracismo.pr.gov.br), profissionais de Recursos Humanos foram convidados para um experimento real: primeiro eles foram separados em dois grupos. Depois, um mediador mostrou ao primeiro grupo imagens de pessoas brancas em situações comuns do dia-a-dia. Já o segundo grupo viu imagens com situações idênticas, mas com pessoas negras.
O resultado foi alarmante: a grande maioria das respostas dos profissionais de RH do segundo grupo colocou os negros em posição social inferior à dos brancos, muitas vezes os descrevendo de maneira pejorativa. Isso que mostra que, mesmo sem perceber, muita gente ainda comete atos de racismo. É preciso mudar essa realidade. Mas, falando nisso, como você reagiria se respondesse ao mesmo teste?
20 de novembro: #ProgramaDiferente no Dia da Consciência Negra
No Dia da Consciência Negra, o #ProgramaDiferente mistura três momentos históricos e emblemáticos desta luta pela igualdade: os discursos de Martin Luther King Jr., ativista pelos direitos civis dos negros; Malcolm X, ícone do nacionalismo negro nos Estados Unidos; e o pronunciamento inesperado de uma menina negra de nove anos, Zianna Oliphant, em uma assembleia na cidade de Charlotte, no Estado americano da Carolina do Norte, há menos de dois meses. Assista.
Pixação no #ProgramaDiferente: arte, protesto ou vandalismo?
O #ProgramaDiferente desta semana trata de um tema urbano atual e extremamente polêmico: um especial sobre pichação e pichadores. Como enfrentar esse problema crônico das grandes cidades? Arte, protesto ou vandalismo? Caso de polícia ou manifestação cultural? Depredação do patrimônio público e privado ou expressão legítima da invisibilidade social dos jovens da periferia?
Uma entrevista exclusiva com Djan Ivson, o Cripta, um dos mais emblemáticos pixadores (assim mesmo, com "x"), videomaker, artista e ativista, tenta entender um pouco deste movimento que tem até manifesto próprio e já virou filme. Quais são as motivações e as causas destes jovens que formam verdadeiras tribos, com linguagem, estética e comportamento diferenciados? Como conviver civilizadamente com uma ação que é feita exatamente para chocar, provocar e incomodar? Assista.