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Herança maldita: Crise econômica leva brasileiros a usar mais os serviços públicos, revela pesquisa

A população brasileira sentiu, de maneira significativa, o aprofundamento da crise econômica causada pela irresponsabilidade do governo do PT, que trouxe de volta a inflação, o desemprego e a alta taxa de juro no País.

Com a recessão, a mais longa da história da República, os brasileiros estão usando mais os serviços públicos, revela pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Segundo dos dados do levantamento, parte da população teve que adotar medidas duras, como vender bens para pagar dívidas (24%); mudar de residência para reduzir custos com habitação (19%); passar o filho da escola particular para pública (14%); usar mais transporte público (48%) e deixar de ter plano de saúde (34%).

Os brasileiros também estão enfrentando a crise trocando produtos por similares mais baratos (78%), esperando liquidações para comprar bens de maior valor (80%) e poupando mais para o caso de necessidade (78%).

“A crise está afetando toda a população brasileira. As medidas mais simples, relacionadas ao consumo, ocorrem em todas as faixas de renda, mas as medidas mais extremas, como mudar de casa, são tomadas principalmente pelas famílias de menor renda”, afirma, em nota, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Desemprego

De cada 100 entrevistados, 57% disseram que alguém da família ficou sem emprego. O volume é maior que o verificado na pesquisa anterior, de 44%.

Um total de 80% dos entrevistados disseram que se preocupam, muito ou pouco, em perder o emprego, ficar sem trabalho ou ter que fechar o negócio nos próximos 12 meses e 84% se preocupam em perder o atual padrão de vida. Mais da metade dos brasileiros (56%) buscam trabalho extra para complementar a renda.

Pesquisa

A pesquisa da CNI ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 24 e 27 de junho. Entre os pesquisados, 67% disseram que estão com dificuldades de pagar as contas ou as compras a crédito. (Com informações da CNI e agências de notícias)


Fonte: pps.org.br


Governo do PT piorou qualidade de vida dos brasileiros ao não priorizar a mobilidade urbana

A completa falta de planejamento e a incompetência dos governo do PT – Dilma e Lula – na estruturação da mobilidade urbana no País afetam diariamente a qualidade de vida de milhões de brasileiros nas grandes e médias cidades. A administração petista será lembrada, entre outros desastres administrativos, por insistir em um modelo atrasado de transporte, sem incentivo ao transporte público e outras modalidades como o uso da bicicleta. Além do mais, não investiu na melhoria urbana de calçadas para pedestres e na acessibilidade para deficientes físicos.

Segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), a frota de automóveis de passeio mais do que dobrou entre 2007 e 2015. Na primeira avaliação feita pelo órgão, em 2007, o censo veicular registrou um pouco mais de 21 milhões de veículos. Já em 2015, esse número saltou para quase 50 milhões. O número de motocicletas praticamente triplicou, saindo de 7 milhões em 2007 para 20 milhões em 2015. A pesquisa mostra que atualmente existe um automóvel para cada quatro brasileiros. Com a frota seria possível, por exemplo, cobrir a superfície de toda a ilha de Barbados, no Caribe.

O aumento vertiginoso se deve muito a políticas adotadas pelo governo do PT nos últimos anos ao facilitar a compra de veículos com as chamadas políticas anticíclicas, cujo principal instrumento foi a redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) sobre os automóveis. O resultado não poderia ser outro: o crescimento de engarrafamentos nas avenidas brasileiras e da poluição nos médios e grandes centros urbanos.

O caos instalado no Brasil fez com que o brasileiro gaste hoje mais de uma hora por dia no trânsito. De acordo com estudo da CNI(Confederação Nacional da Indústria) sobre mobilidade urbana, publicado no fim do ano passado, em 2011, 26% da população dizia gastar esse tempo em seu deslocamento. Em 2014 houve aumento de 5% do percentual daqueles que diziam gastar mais de uma hora nos trajetos diários.

Os números apontam para a pouca, ou nenhuma vontade, da administração pública em melhorar a qualidade de vida da sociedade. Se por um lado o número de veículos aumentou, por outro a avaliação positiva dos transportes públicos caiu. Ainda segundo a mesma pesquisa, em 2011, 39% dos entrevistados consideravam o transporte público como bom ou regular. Em 2014, a avaliação caiu para 24%.

foto1-300x222Na época da divulgação, o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, afirmou que o trânsito afeta a produtividade do trabalhador e, como consequência, a competitividade da indústria e do País. “O principal efeito é o atraso, tanto dos trabalhadores, quanto do fluxo de bens. Além disso, os trabalhadores chegam cansados, o que eleva o estresse e reduz a qualidade de vida. Tudo isso tem impacto na produtividade do trabalhador”, afirmou.

Cidades inteligentes

De acordo com o presidente da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, André Gomyde (ES), a política adotada nos últimos anos de facilitação de compra de veículos, além de atrasada, “inchou” as cidades. “A problemática tem duas questões fundamentais. A primeira é a cultura do brasileiro da utilização do automóvel. Isso talvez se explica por conta do transporte público não ser adequado. Temos também uma política adotada nos últimos anos de facilitação da compra de veículos que aumentou consideravelmente a frota no Brasil. Esse fato inchou as cidades, deixando o transito caótico”, disse.

Gomyde afirmou que é fundamental o investimento governamental na melhoria dos transportes coletivos, valorização dos passeios públicos e o incentivo dos chamados “transportes alternativos” como a bicicleta. Conforme apontou o estudo da CNI, 46% das pessoas entrevistadas disseram que se locomovem a pé ou utilizam o transporte público.

André Gomyde disse que o Brasil precisa se reinventar no tema mobilidade e critica o excesso de burocracia das leis brasileiras para a aprovação de projetos voltados ao tema. Para ele, o País possui leis rigorosas, “mas de controle e punição frouxos”. Ele defendeu atualização da legislação focando as chamadas Parcerias Público-Privadas. “A legislação é arcaica. A realidade hoje mostra a União com os recursos e prefeituras sem projetos. Os municípios que apresentam projetos enfrentam uma forte burocracia para a liberação dos recursos. Essa lógica está errada. Você só consegue captar mais recursos com parceria com o setor privado. A solução passa pelas PPPs. As leis precisam ser atualizadas para valorizar esse tipo de parceria”, sugeriu.

As propostas do PPS

O Partido Popular Socialista tem debatido diversos temas e sugerido ações com capacidade de transformar e melhorar a qualidade dos serviços públicos oferecidos à sociedade, dentre eles, a mobilidade urbana. O PPS parte da premissa de que é necessário priorizar o transporte público com controle social da aplicação dos recursos na área.

A legenda acredita, conforme debatido na Conferência Nacional Sobre as Cidades,  realizada no último mês de março, em Vitória, que a mobilidade urbana exige um diagnóstico específico de acordo com as necessidades e particularidades de cada município para que as ações possam realmente resolver os problemas enfrentados por seus moradores.