Terezinha Lelis
Terezinha Lelis: “Omissão do governo na educação prejudica gerações de brasileiros”
João Rodrigues, da equipe da FAP
Os problemas graves enfrentados pelo Brasil têm, na falta de projeto nacional e consistente para a educação, uma face particularmente perversa e danosa. Baixo investimento, infraestruturas de escolas sucateadas, desvalorização de professores. Os problemas na educação brasileira são muitos e merecem atenção de toda a sociedade. Esses são alguns dos principais apontamentos do manifesto lançado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP) no início deste mês.
Para analisar os desafios da educação brasileira, o podcast Rádio FAP desta semana recebe a professora Terezinha Lelis. Integrante do Conselho Curador da FAP, ela é psicóloga pela Universidade de São Paulo (USP), psicopedagoga pela EPsiBA, em Buenos Aires, Argentina, e mestre em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
A falta de políticas públicas nacionais para a educação, os benefícios do ensino integral e a importância do investimento na educação básica também estão entre os temas do programa. O episódio conta com áudios do Poder 360, Jovem Pan News e Quebrando Tabu.
O Rádio FAP é publicado semanalmente, às sextas-feiras, em diversas plataformas de streaming como Spotify, Youtube, Google Podcasts, Anchor, RadioPublic e Pocket Casts. O programa tem a produção e apresentação do jornalista João Rodrigues.
RÁDIO FAP
Webinar da Biblioteca Salomão Malina discute saúde mental no novo normal
Evento online será realizado no dia 17 de agosto e terá participação de Júlio Gulyas, André de Matos, Filipe Vaz e Terezinha Lelis
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
A Biblioteca Salomão Malina realiza, no dia 17 de agosto, das 20h às 21h30, o webinar saúde mental para o novo normal, com transmissão ao vivo pela sua página no Facebook. O psicólogo clínico Júlio Gulyas, o psiquiatra André de Mattos Salles e o psicanalista Filipe Vaz vão discutir o assunto considerando o aumento de casos de ansiedade e depressão durante a pandemia do coronavírus, com mediação da psicológa Terezinha Lelis.
A FAP (Fundação Astrojildo Pereira), mantenedora da biblioteca em Brasília, realiza a retransmissão em tempo real do evento em seu site e em sua página no Facebook, o que, segundo a diretoria, mostra o comprometimento da entidade com discussão séria, relevante e de interesse público. Na avaliação dos especialistas, a pandemia expõe alerta sobre a saúde mental dos brasileiros.
Assista ao vivo!
A proposta do webinar é apontar possíveis alternativas para os internautas superarem os desafios emocionais diante da crise. A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta as dimensões física, social, espiritual e psicológica para diminuir os impactos da pandemia.
Quem são os participantes
Júlio Gulyas: psicólogo clínico, pós-graduando em avaliação psicológica, uso da abordagem terapêutica e terapia cognitivo-comportamental. Atua no atendimento a adultos, adolescentes e casais.
André de Mattos Salles: psiquiatra da infância e adolescência do Hospital Universitário de Brasília (HUB) e do Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
Filipe Vaz: pedagogo e diretor de escola infantil. Atua com psicanálise clínica e psicoterapia breve, além de oferecer atendimento social para as pessoas que se encontram em conflitos psicológicos e familiares.
Terezinha Lelis: mediadora, psicóloga, terapeuta corporal neo-reichiano, mestre em educação, psicopedagoga e integrante do conselho curador da FAP
Aumento de casos
Reportagem da revista Política Democrática Online de julho, produzida pela FAP, mostrou que a OMS estima aumento de até três vezes dos casos de depressão e ansiedade em países mais atingidos pela pandemia.
No Brasil, estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), divulgado em maio, aponta que o número de casos mais que dobrou durante a pandemia no país, ao passo que os de depressão tiveram aumento de 90%. O levantamento mostra que as mulheres são mais propensas a sofrer com esses transtornos por causa da sobrecarga de tarefas.
O novo normal de aspectos relacionados à vida e ao trabalho podem contribuir para o aumento das fragilidades emocionais. Segundo a Cartilha Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Pandemia, produzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) neste ano, uma pandemia implica em uma perturbação psicossocial que pode ultrapassar a capacidade de enfrentamento da população afetada.
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Síndrome do sapo cozido instiga aula de ética da Jornada da Cidadania
Saúde pública digital, fiscalização da prefeitura e pesquisa para defesa de causa estão entre assuntos da nova aula do curso da FAP
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
A síndrome do sapo cozido é uma metáfora que mostra um problema da humanidade. “Estamos sendo cozidos e tolerando o intolerável”, analisa a psicóloga Terezinha Lelis, mestre em educação, em novo pacote de aula multimídia da Jornada da Cidadania, disponibilizado, a partir desta quarta-feira (22), na plataforma de educação a distância totalmente online, interativa e com acesso gratuito. O curso de formação política é realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília.
Na principal videoaula do novo pacote de conteúdos da Jornada da Cidadania, Terezinha aborda ética e integridade partindo da metáfora do sapo cozido. Ela mostra como os diversos problemas da sociedade colocam a humanidade diante de paradoxos éticos, sobretudo. A professora cita catástrofes ambientais, política antidrogas e aumento de dependentes químicos, por exemplo.
“Temos conhecimento e tecnologia para diminuir a fome e todas as pessoas viver com dignidade”, afirma, lembrando que o número de miseráveis ainda é muito grande. “A humanidade está em uma encruzilhada. Vivemos em crise de civilização. Ao mesmo tempo em que há soluções e propostas de saídas, só conseguimos piorar mais. Como resolver esse paradoxo?”, questiona.
Na sequência de conteúdo multimídia, os alunos poderão conferir a pequena videoaula do prefeito de Vitória (ES), Luciano Rezende, sobre case de saúde pública digital. O cientista político e cofundador do Movimento Agora, Leandro Machado, continua, em seguida, o conteúdo da principal videoaula do último pacote de conteúdo, com dicas sobre pesquisa para defesa de uma causa.
O ex-vereador e ex-deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania-PA) explica como fiscalizar a prefeitura. Além disso, os alunos também deverão ver parte do vídeo Cordeiros e Carrascos e ler o texto A Regra do Jogo, do livro Bilhões e bilhões, de Carl Sagan. Depois, terão de ouvir o podcast sobre 10 dicas para viver com integridade, antes de responder ao questionário e à pesquisa de satisfação.
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‘Quero oferecer oportunidade para que a revolução seja feita’, diz Roberto Freire no 3º Encontro de Jovens Lideranças
Presidente do PPS confirmou, ao final do Encontro, a realização do Congresso Nacional do PPS, no próximo dia 23 de março e também ouviu a leitura da Carta Aberta da JPS, produzida pelos jovens que participaram do evento em Padre Bernardo (GO)
Cleomar Almeida
Enviado Especial a Padre Bernardo (GO)
“Normalmente, as revoluções são feitas pelas novos e não pelos velhos, mas quero, como velho, oferecer a oportunidade para que ela seja feita”. A afirmação é do presidente nacional do PPS (Partido Popular Socialista), Roberto Freire, durante o 3º Encontro de Jovens Lideranças. Diante de 70 participantes de 25 estados brasileiros e do DF, ele confirmou, no final da tarde desta quinta-feira (28), último dia do evento, a realização do congresso nacional da sigla, no dia 23 de março, quando deverá ser mudado o nome do partido, em conformidade com as novas exigências da sociedade. O encontro foi realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), em Padre Bernardo (GO).
Apoiado pelo PPS, o evento começou no domingo (24) e foi coordenado por Terezinha Lelis, Paulo Meireles e José Augusto Neves. Durante cinco dias, os jovens realizaram dinâmicas em grupo e assistiram a palestras sobre temas relevantes e de interesse público, como democracia, história do Brasil e do mundo, política, economia, cultura, meio ambiente, sustentabilidade, tecnologia e globalização. Apenas o estado de Mato Grosso (MT) não enviou representante para esta edição do encontro.
O último dia do encontro contou, também, com a presença do diretor financeiro da FAP, Ciro Leichsenring, e do coordenador político nacional da JPS (Juventude Popular Socialista), Samuel da Silva Pinto. No encerramento, Roberto Freire ouviu a leitura da Carta Aberta da JPS, produzida pelos participantes ao final do encontro e lida pelos porta-vozes escolhidos por eles próprios: o conselheiro da FAP e membro da JPS em São Paulo, Guilherme Mendes; o presidente estadual da JPS no Ceará, Italo Alves, que também integra o Movimento Acredito e o PPS Diversidade; e o presidente estadual da JPS no Espírito Santo, Lucas Padilha.
» Acesse aqui a Carta Aberta da Juventude Popular Socialista (JPS)
Assim como os demais integrantes da mesa e participantes do encontro, Freire ouviu atentamente a leitura da carta. No documento, os jovens dizem que contam com a colaboração da Executiva Nacional do PPS para atender, principalmente, a cinco reivindicações. Veja a seguir:
1) esclarecimento do atual processo e representação efetiva nos grupos de trabalho para construção do novo PPS;
(2) preenchimento, de fato, da vaga, na Executiva Nacional, por uma ou um membro da JPS;
(3) apoio do partido para ações nacionais e regionais das atividades da juventude para que possam crescer quantitativa e qualitativamente;
(4) garantia de um mínimo de 10% de jovens na composição dos diretórios municipais, estaduais e nacional;
(5) alocação de percentual do fundo eleitoral para candidaturas competitivas da juventude partidária em pleitos eleitorais, conforme critérios a serem estabelecidos em debate interno, refletindo o que já foi feito com os movimentos pela renovação e mulheres, por exemplo.
“A responsabilidade da nova representação está na juventude. Todo [velho] processo político brasileiro e no mundo não vai mais ter retorno”, disse Freire. “As velhas práticas, as velhas formas de organização e atuação que tínhamos, não vão mais ter retorno. A tendência dominante não será mais essa. Nós precisamos nos preparar para isso”, destacou o presidente nacional do PPS, ressaltando que os jovens abrirão novas portas para realizar um novo modo de fazer política. “Nenhum dos nossos dirigentes tem portas para abrir, até porque as novas [portas] serão abertas por vocês. Penso em uma humanidade melhor do que sempre foi. Não adianta ter pessimismo e nostalgia para ficar imaginando que ontem foi melhor que hoje”, afirmou. Para ele, é preciso “respeitar a história”, preservando as memórias do antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro), que tornou-se o PPS.
‘Formação política’
Assim como todos os sistemas políticos do Brasil e do mundo, o PPS deverá pautar as suas ações de olho nas novas demandas de uma sociedade cada vez mais exigente. “A partir do próximo dia 23, vamos ter outra formação política em construção. A partir disso, vamos discutir como será chamada, se será chamado Juventude ou qual será outro nome dessa nova formação”, acentuou Freire. “Poderíamos até continuar como PPS, com velha estrutura, mas que também é respeitada”, disse. No entanto, ele reafirmou a necessidade de mudanças profundas na maneira de o PPS atuar na política, inclusive do nome, já que, conforme ressaltou, a atual estrutura do partido é “insuficiente para quem sonhou com uma sociedade mais fraterna”.
De acordo com Freire, essa mudança é necessária por causa das profundas transformações que o mundo tem experimentado. Ele ressaltou que a alteração não é só do nome. “A esquerda no mundo está sofrendo embate muito grande. Aqui, no Brasil, provocado pelo PT e sua corrupção. A mudança não é necessária por isso, mas para contarmos com esse mundo do futuro. As nossas vidas, as relações, mudaram”, disse, antes de instigar os jovens: “Essa continuidade não vai vir dos cabelos brancos. É vocês que estão arrombando as portas há muito tempo. Vamos tentar nos preparar para ter essa continuidade, para uma história que vai ser contada, da qual todos possam lembrar.”
As eleições do ano passado no Brasil representaram uma “profunda ruptura em termos de sistema política, não só no Brasil”, disse Freire. “Isso está acontecendo no mundo. Nesses tempos de hoje, estamos vivendo uma profunda revolução na humanidade, é algo tremendamente acelerado”, acrescentou. Segundo ele, todo esse cenário deverá ter protagonismo dos jovens, com apoio dos mais experientes, mas sem interferências deles, para que velhas práticas não se reproduzam no sistema político, sobretudo. “Não adianta dizer o que vai ser representação política. Para a próxima eleição, vocês têm a responsabilidade de construir isso e definir de que forma isso vai se dar”, afirmou o presidente do partido aos jovens.
Do encontro à prática cotidiana
Na avaliação do diretor financeiro da FAP, Ciro Leichsenring, “é fundamental” que os jovens disseminem, em suas comunidades e em suas cidades, o conhecimento adquirido e compartilhado no encontro e que pratiquem todo aprendizado. Ele lembrou que, talvez, o PPS seja um dos únicos partidos no Brasil que investem em formação da juventude. “Desde as nossas próprias origens, sempre tivemos a ideia de que temos investir na juventude porque é o pessoal que vai levar a bandeira adiante”, afirmou ele. “A FAP tem uma política de garantir a máxima força possível para esse tipo de evento porque assume a responsabilidade de formação política da juventude e criação de mecanismos para que ela se desenvolva, teoricamente, dento do universo político, e tenha a capacidade necessária para enfrentar o debate político”, acentuou ele.
A democracia, segundo Leichsenring, deve ser o eixo central da juventude e do próprio partido político. “As ações devem ser pautadas, essencialmente, pelo pilar democrático”, disse, para acrescentar: “A democracia deve, também, ser o princípio básico de organização da sociedade, considerando a ampla discussão dos problemas sociais, a transparência das informações, o livre debate de opinião”. Ele frisou que todos devem ter o direito de emitir opinião sobre qualquer assunto. “As discussões devem ser pautadas por decisão do voto da maioria, que, para ser democrático, tem de se apoiar em uma livre discussão, ampla, geral e irrestrita, envolvendo toda a sociedade.
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