semana de arte moderna
Adaptação do conto de Guimarães Rosa, filme remete ao sertão
Longa A hora e Vez de Augusto Matraga será discutido em live de pré-comemoração ao centenário de arte moderna
João Vitor, da equipe FAP
Em 1965, Roberto Santos dirigiu o filme a Hora e Vez de Augusto Matraga. É uma adaptação do conto “Sagarana”, escrito por Guimarães Rosa. O longa-metragem será discutido nesta quinta-feira (11/11), a partir das 17 horas, em webinar da série de eventos online da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna.
Premiado na primeira edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 1965, A Hora e Vez de Augusto Matraga é um drama sertanejo dirigido por Roberto Santos.
Assista!
O público poderá conferir o debate com participação do crítico de cinema e professor de comunicação da Universidade Católica de Brasília (UCB) Ciro Inácio Marcondes e do cineasta e documentarista Vladimir de Carvalho, no canal da fundação no Youtube, na página da entidade no Facebook e na rede social da biblioteca.
Doutor em comunicação pela Universidade de Brasília, Marcondes diz que o conto nos arrebata por ser um choque de realidade que acontece no sertão de Minas Gerais. “É um filme que está inserido no meio do cinema novo, tem uma linguagem extremamente moderna que se aproxima da realidade e possui uma grande experimentação de montagens”, avalia o professor.
Ele diz que o conto escrito por Guimarães Rosa tem uma linguagem oblíqua. O que dificultou a adaptação de Sagarana para os cinemas, mas o Roberto Santos acertou na direção e o Leonardo Villar teve grande atuação como Augusto Matraga.
“É um fazendeiro, bruto, impiedoso, violento que tem uma reviravolta por meio da religiosidade”, diz Marcondes sobre o protagonista de A Hora e Vez de Augusto Matraga.
O professor destaca que o filme tem dois momentos chaves. O primeiro é quando marcam Augusto Matraga com ferro em brasa. “É uma violência moral e arriscada do ponto de vista cinematográfico, mas foi importante por simbolizar a submissão. Como se o personagem fosse um gado”, fala o professor.
O segundo momento é quando o Augusto começa a se envolver com o Joãozinho Bem-bem. Interpretado por Jofre Soares, Joãozinho Bem-bem é um valentão que, de acordo com Marcondes, bota Matraga de frente para o espelho.
O conto que fala de redenção através de religião se passa no sertão de Minas Gerais, mais especificamente na região do arraial do Murici. Onde vivia um importante dono de terras. Seu nome era Augusto Matraga. O chamavam também de “Nhô” Augusto.
Além da família, Matraga tinha seus capangas que sob seu mando faziam violentos e desrespeitosos atos no sertão. Contudo, não os pagava e era despreocupado com a esposa e filha. Não à toa, elas e os capangas abandonam Nhô Augusto.
Mesmo em descrédito econômico e político, o personagem interpretado por Leonardo Villar não perde a arrogância e decide, sozinho, recuperar esposa e capangas. Mas é facilmente dominado e espancado pela sua ex-gangue. Porque esses agora tinham um novo patrão que exigiu a morte de Matraga por todos os seus crimes no arraial do Murici.
Já ferido da surra que levou, os agressores marcam Augusto com brasa. Este na intenção de sobreviver, encontra forças para rolar barranco abaixo e escapar da morte.
Assim, o protagonista do filme foi do céu ao inferno e começaria dali a pagar por seus pecados.
Ciclo de Debates: O modernismo no cinema brasileiro
- Webinar sobre o filme A hora e a vez de Augusto Matraga (Roberto Santos, 1965)
- Dia: 11/11/2021
- Transmissão: a partir das 17h
- Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
- Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
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*Integrante do programa de estágios da FAP
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Longa-metragem será discutido em live de pré-comemoração ao centenário de arte moderna
João Vitor, da equipe da FAP*
Em 1984, o filme Amor Maldito, de Adélia Sampaio e com teor pornochanchada, abordava temas considerados tabus, como homossexualidade e preconceito sobre essa questão. O longa será debatido, nesta quinta-feira (28/10), a partir das 17 horas, em live da série de eventos online da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna.
Assista!
Baseado em fatos reais, Amor Maldito é o primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher negra no Brasil. O público poderá conferir o debate com participação da crítica cultural Glênis Cardoso e do diretor-geral da FAP, Caetano Araújo, no canal da fundação no Youtube, na página da entidade no Facebook e na rede social da biblioteca.
A história do filme Amor Maldito se passa na década de 1960. Em contexto machista, duas mulheres se apaixonam e decidem morar juntas. Contudo, segundo o enredo, uma delas passa a ser acusada erroneamente de homicídio, depois de sua parceira atirar-se da janela de seu apartamento por desespero ao descobrir gravidez indesejada com amante.
O drama, que tem como pano de fundo a relação entre duas mulheres, é marcado pela homofobia. Uma vez que a cena do suposto crime apontava a inocência da personagem, ela era castigada por causa de sua orientação sexual.
A avaliação da palestrante é de que as pessoas que acusam a personagem são extremamente caricatas, hipócritas e conservadoras. “A intenção do filme é mostrar o quão errado essas pessoas estão nessas contradições”, afirma ela.
Críticos avaliam que o filme pode ser considerado à frente de seu tempo por entregar discussões pertinentes que sofreram censura à época.
A obra cinematográfica tem 1h15 de duração, foi produzida pelas companhias A. F. Sampaio Produções Artísticas e Gaivota Filmes e tem teor pornochanchada.
Glênis diz que a pornochanchada foi uma forma de distribuir o filme. Segundo ela, havia necessidade de alguém para financiá-lo, mas à época era difícil vender um filme de amor entre pessoas do mesmo sexo. Então, conforme acrescenta, resolveram “disfarçá-lo” de pornochanchada.
*Integrante do programa de estágios da FAP
Ciclo de Debates: O modernismo no cinema brasileiro
Webinário sobre o filme: Amor Maldito, de Adélia Sampaio
Dia: 28/10/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
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Com canções nacionais, filme Brasil Ano 2000 remete a tropicalismo
Longa será discutido em mais um webinar da série de eventos online em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Considerado pela crítica como “empreitada alegórica” após o diretor Walter Lima Jr partir do realismo de seu primeiro longa, o filme Brasil Ano 2000 remete, em sua essência, ao tropicalismo por apresentar mistura de gêneros cinematográficos e referências imagéticas, literárias e musicais. O longa será discutido, nesta quinta-feira (14/10), a partir das 17 horas, em webinar da série de eventos online da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna.
Assista!
Com participação de Ulisses Xavier e mediação do diretor-geral da FAP, Caetano Araújo, o evento será transmitido na página da biblioteca no Facebook. O público também poderá conferir o debate no portal da FAP e na rede social da entidade (Facebook), assim como no canal da fundação no Youtube.
O roteiro do filme, lançado em 1969, se passa no ano 2000. Com o país parcialmente devastado pela Terceira Guerra Mundial, uma família de imigrantes chega a uma pequena cidade à qual dão o nome de “Me Esqueci”. O trio é recrutado por um indigenista para fingir-se de índios durante a visita de um general.
No dilema entre integrar-se ao sistema ou preservar a liberdade individual, colaborar com a farsa ou denunciá-la, a família caminha para a desagregação enquanto a cidade se prepara para o lançamento de um foguete espacial.
O filme conta com trilha sonora composta por Gilberto Gil e Rogério Duprat, com canções escritas por Gil, Capinam e o diretor, e interpretadas por Gal Costa e Bruno Ferreira. Duprat compôs a trilha instrumental deste filme enquanto trabalhava nos arranjos do antológico disco Tropicália ou Panis et Circencis (1968). Não por coincidência, em determinado momento pipoca na trilha sonora seu arranjo para a versão de Coração Materno que Caetano Veloso gravou naquele álbum.
O longa de Walter Lima Jr recorre principalmente a dois gêneros, conforme observa a crítica: A ficção científica pós-apocalíptica e a chanchada. O primeiro, incomum para a época, no país, dá a ambientação geral: No ano 2000, as nações ricas do mundo já não existem; foram destruídas após a mítica 3ª Guerra Mundial, onze anos antes.
Era de se imaginar que o Terceiro Mundo tiraria bons frutos desse acontecimento, mas não foi o caso. Não se tornou independente, não se livrou do complexo de inferioridade, não erradicou a miséria. Pelo contrário, seguiu cultivando todas essas mazelas.
Os temas pinçados pelo roteiro de Walter se relacionam diretamente a situações do brasileiro de então e que perduram até hoje. Entre elas estão a rejeição à história nacional, a cobiça do estrangeiro e o culto aos colonizadores.
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
20º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre o filme Brasil Ano 2000
Dia: 14/10/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
- Modernismo no cinema brasileiro
- Lançado há 50 anos, filme Bang Bang subverte padrões estéticos do cinema
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- Romance de 30, um dos momentos mais autênticos da literatura
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Obras de Graciliano Ramos são discutidas em webinar
Professora Margarida Patriota analisa livros Angústia e Vidas Secas em evento online com transmissão pela internet
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Professora Margarida Patriota analisa livros Angústia e Vidas Secas em evento online com transmissão pela internet
Cleomar Almeida, da equipe FAP
O romance Angústia é uma das obras-primas do escritor alagoano Graciliano Ramos, embora Vidas Secas seja considerado o livro emblemático dele. Os dois títulos serão discutidos, nesta quinta-feira (23/9), a partir das 17 horas, em webinar da Biblioteca Salomão Malina e da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), como parte das atividades de pré-celebração do centenário da Semana de Arte Moderna.
As obras serão discutidas pela escritora e professora de literatura Margarida Patriota, durante o evento, que será transmitido na página da biblioteca no Facebook. O público também poderá conferir o debate no portal da FAP e na rede social da entidade (Facebook), assim como no canal da fundação no Youtube.
Apesar de ter sido ignorado pela crítica na época de sua publicação, em 1936, o livro Angústia é o terceiro romance do autor e foi lançado quando Graciliano Ramos ainda se encontrava preso, sem processo nem acusação formal, pela polícia política de Getúlio Vargas. Antes ele lançou os livros Caetés (1933) e São Bernardo (1934).
Ao contrário do que desejava o próprio Graciliano, Angústia saiu com ele ainda na prisão. Na época, conforme registrado pelo jornal da Universidade de São Paulo (USP), os companheiros de cela fizeram uma festa para comemorar dentro do presídio a publicação do livro.
O autor autografou vários exemplares para seus companheiros. Entre eles estavam pessoas como Eneida de Moraes, Olga Benário e Aparício Torelly. “De certo modo é um livro que vem à tona num momento muito crítico da vida brasileira”, lembra o professor Fabio Cesar Alves, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
A questão fundamental é que nesse romance, segundo o professor, em particular, Graciliano Ramos, que já era autor de uma obra bastante introspectiva, conseguiu unir essa introspecção à crítica social, que era própria da geração de 30.
Angústia é um romance que promove uma espécie de amálgama entre a tomada de consciência do País nos anos 30 e a introspecção e o subjetivismo próprios dos romances anteriores.
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O livro envolve contradições que estavam em jogo nos anos 30 e, ao mesmo tempo, mostra uma espécie de falta de horizonte do Brasil e desse personagem-narrador, que é o Luís da Silva, funcionário público de 35 anos, um homem solitário, desgostoso da vida, num momento de modernização acelerada do país.
Já Vidas Secas, publicado em 1938, é um romance que retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. A obra pertence à segunda fase modernista, conhecida como regionalista, e é qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época.
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
18º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre Angústia e Vidas Secas, de Graciliano Ramos
Dia: 23/9/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
Lançado há 50 anos, filme Bang Bang subverte padrões estéticos do cinema
Longa de Andrea Tonacci será discutido em webinar na pré-celebração do Centenário da Semana de Arte Moderna
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Destinado principalmente para cinéfilos por abranger consciência histórica do cinema, o filme brasileiro Bang Bang (1971) subverte padrões estéticos e as técnicas da sétima arte. Dirigido por Andrea Tonacci, o longa será discutido em evento online da Biblioteca Salomão Malina e da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), nesta quinta-feira (16/9), a partir das 17 horas, na programação de pré-celebração do centenário da Semana de Arte Moderna.
Assista!
Com participação de Pablo Gonçalo e Vladimir Carvalho, o evento será transmitido na página da biblioteca no Facebook. O público também poderá conferir o debate no portal da FAP e na rede social da entidade (Facebook) , assim como no canal da fundação no Youtube.
Durante a realização de um filme, um homem (Paulo César Pereio) se vê envolvido em várias situações, como o romance com uma bailarina espanhola, perseguições, discussões com um motorista de táxi (Antônio Nadeo) e o enfrentamento com um bizarro trio de bandidos.
De acordo com críticos, o trabalho de Tonacci não é feito para o espectador comum, mas para o cinéfilo, pois acolhe uma consciência histórica do cinema e reflete sobre a sua condição como filme. Além disso, o longa dialoga com outros filmes.
Tonacci absorve a história do cinema para expor diversos gêneros e elementos presentes na sétima arte de maneira enxuta, seca e, acima de tudo, como sátira, segundo críticos. O filme mexe com o cinema americano por excelência, criado em um sistema industrial.
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- Filme premiado de Arnaldo Jabor retrata modernismo no cinema brasileiro
O longa também toma todo o classicismo e a padronização como razão da subversão a esses estilos. Por isso, o diretor representa todos eles, mas sem a construção plástica e narrativa que o cinema comercial fez com que esses estilos tomassem posse.
A maioria das cenas são sequências por si próprias, por causa da distância entre um momento e outro. Dessa forma, o filme acaba desconstruindo até mesmo a gramática básica do cinema, formando quase que uma antologia. Em meio a tamanho desajuste, a câmera permanece estática. Não se move quase nada.
A decupagem, ainda de acordo com a crítica, busca um olhar total dos ambientes. É como se o diretor fornecesse aquele longo espaço como possibilidade de os personagens expandirem a sua excentricidade. A inércia da câmera abre um lugar aberto para ser terra de ninguém.
A frieza desse aspecto dos planos entra em contradição com a transcrição das cenas. O filme, por exemplo, pula de uma parte para outra utilizando-se de fade-in, fade-out e um círculo que se fecha (como nos desenhos animados).
Por isso, parte da crítica diz que a fabulação do filme busca romper com a fabulação do próprio cinema. Uma leveza para um trabalho seco e sujo que acaba sendo um complemento para todo aquele deboche.
Bang Bang não conseguiu ser programado no circuito comercial. Por isso, ficou restrito a cineclubes e salas alternativas. Por outro lado, foi convidado a participar na prestigiosa Quinzena de Realizadores do Festival de Cannes.
Em novembro de 2015, o longa entrou na lista da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
17º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre desdobramentos do romance de 30
Dia: 16/9/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
Projeto cultural de Lina e Pietro Bardi é referência no Brasil, diz Renato Anelli
Doutor em história da arquitetura discutirá assunto em webinar nesta quinta-feira, a partir das 17h
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Referências da cena cultural brasileira entre as décadas de 1950 e 1990, a arquiteta Achilina di Enrico Bo, conhecida como Lina Bo Bardi, e o historiador Pietro Maria Bardi continuam como grandes influências sobre a arquitetura, incorporação do desenho industrial e da arte moderna no Brasil. O projeto cultural modernista do casal será discutido, nesta quinta-feira (9/9), a partir das 17h, em evento online da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília.
Assista!
“Com visão de cultura popular, o casal tem grande influência na arquitetura, no desenho industrial e na arte moderna no Brasil, sem conflitar com a cultura erudita”, afirmou o doutor em história da arquitetura Renato Anelli, em entrevista ao portal da FAP, ressaltando a referência dos Bardi no país. O evento terá transmissão, em tempo real, no portal e redes sociais da FAP (Facebook e Youtube), assim como na página da biblioteca no Facebook.
Anelli vai discutir a importância do projeto cultural do casal Bardi no webinar, que também tem participação confirmada da doutora em história social da cultura Ana Luiza Nobre e do doutor em arquitetura, pesquisador e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB) Frederico Holanda.
Memorial do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da Universidade de São Paulo (USP) lembra que o casal Bardi marcou a cena cultural brasileira entre as décadas de 1950 e 1990. Dirigiu o Museu de Arte de São Paulo (Masp), participou da criação de outras instituições culturais, como o Sesc Pompéia e o Museu de Arte Moderna da, e atuou no debate sobre cultura, arte e arquitetura em periódicos diários ou especializados, como a revista Habitat.
Os dois se casaram em 1946, instalando-se em Roma, onde Pietro Maria Bardi mantinha o Studio d’Arte Palma e Lina Bo fundou a revista “A – Cultura della Vita” com Bruno Zevi. Ainda naquele ano, o casal visitou o Rio de Janeiro, onde conheceu a vanguarda das artes no Brasil.
Eles chegaram ao Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1946, conforme registra o memorial. Com as obras trazidas da Itália, organizaram a “Exposição de pintura italiana moderna”, em cujos salões encontram o empresário Assis Chateaubriand, que convida Pietro para auxiliá-lo na estruturação de um museu há muito tempo idealizado.
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No ano seguinte, o casal parte de Gênova definitivamente para o Brasil, trazendo uma significativa coleção de obras de arte e peças de artesanato que deverão ser apresentadas numa série de mostras. Transportaram também a enorme biblioteca do marchand, segundo o levantamento do IAU.
De 1947 a 1996, o historiador criou e comandou o Masp. Paralelamente, manteve sua atividade de ensaísta, crítico, pesquisador e galerista. Ele publicou, em 1992, seu 50º e último livro, chamado de “História do MASP”.
A arquiteta, formada em Roma, naturalizou-se brasileira em 1951 e, no mesmo ano, completou seu primeiro projeto arquitetônico realizado: a Casa de Vidro, que se tornou ponto de encontro importante para a cultura nacional.
Os dois criaram, em 1992, o Instituto Quadrante, atualmente Instituto Lina Bo e Pietro Maria Bardi, que mantém a Casa de Vidro e o acervo do casal, além de ter por missão dar continuidade à obra de seus criadores.
Lina morreu em março de 1992, e Pietro, em outubro de 1999, em São Paulo.
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
16º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre desdobramentos do romance de 30
Dia: 9/9/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
Filme Baile Perfumado é marco da “retomada” do cinema brasileiro
Longa será debatido em webinar de pré-celebração do centenário da Semana de Arte Moderna
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Dirigido por Lírio Ferreira e Paulo Caldas, o longa metragem Baile Perfumado (1996) é um marco da chamada “retomada” do cinema brasileiro, com uma estética que transita entre o conhecido cinema novo e os filmes de ação hollywoodianos. A obra cinematográfica será discutida, nesta quinta-feira (2/9), a partir das 17h, em evento online do ciclo de debates da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e Biblioteca Salomão Malina, nas atividades de pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna.
O webinar terá participação do professor Ulisses de Freitas Xavier, pesquisador da história do cinema brasileiro, e do diretor-geral da FAP, o sociólogo Caetano Araújo. A transmissão será realizada pelo portal e redes sociais da entidade (Facebook e Youtube), assim como na página da biblioteca no Facebook.
Assista!
Todos os internautas interessados podem participar diretamente do debate, por meio da sala virtual do Zoom. Para isso, basta solicitar o acesso por meio do WhatsApp oficial da biblioteca (61) 98401-5561. (Clique no número para abrir o WhatsApp Web).
A história de Baile Perfumado é baseada em fatos verídicos: o encontro entre o mascate libanês, Benjamin Abrahão (1890-1938), e Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião (1898-1938), interpretados, respectivamente, por Duda Mamberti (1965) e Luis Carlos Vasconcelos (1954).
Narrado pelo personagem de Abrahão em libanês, o filme mescla imagens reais capturadas pelo mascate, em preto e branco, e outras ficcionais, coloridas. Com isso, cria um cenário no qual se alternam as décadas de 1930 e de 1990, o interior nordestino e a capital Recife.
A montagem constrói-se com focos entrecruzados. Por um lado, Abrahão decide documentar, em filmes e em fotos, Lampião e seu bando, para comercializar a história do cangaceiro. Por outro lado, apresenta os bailes organizados por Lampião - baile é palavra utilizada pelos cangaceiros para designar a guerra.
A narrativa desenvolve-se em cortes secos entre as cenas, com exacerbação da violência e alguns momentos de nítida estilização. O tom documental é fruto da incorporação dos registros fílmicos feitos por Abrahão e de seu real encontro com os cangaceiros.
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Embalado pela música pop do Recife, Baile Perfumado constrói uma colagem em que se alternam imagens com tomadas aéreas e ângulos não convencionais, nas quais se apresentam paisagens do sertão e closes dos personagens feitos de baixo para cima.
Lampião tem, ainda, vaidade numa lógica distinta: sua vaidade revela-se nos produtos de consumo da vida burguesa, como uísque e, como o próprio nome do filme sugere, perfumes. Esses produtos são adquiridos de uma rede de consumo, na qual se articulam cangaceiros e fazendeiros, num jogo de alianças obscuras.
Baile Perfumado levou cerca de 80 mil espectadores aos cinemas. Foi exibido em diversos festivais, como Cannes, Havana, Toronto, Líbano e São Francisco. Ganhou, entre outros, prêmios de melhor filme, melhor direção de arte e melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília e Prêmio da Unesco.
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
15º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre o filme Baile Perfumado, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas
Dia: 2/9/2021
Transmissão: a partir das 17h
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Assunto será discutido em webinar da FAP e Biblioteca Salomão Malina, nesta quinta-feira (26), a partir das 17h
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Reflexo de manifestações de interesse por uma prosa regional consistente e participativa originariamente do Nordeste, o Romance de 30 se consolidou como um dos momentos mais autênticos da literatura brasileira. O episódio será discutido, nesta quinta-feira (26/8), a partir das 17h, em mais um evento online do ciclo de debates da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e Biblioteca Salomão Malina, nas atividades de pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna.
A transmissão será realizada pelo portal e redes sociais da entidade (Facebook e Youtube), assim como página da biblioteca no Facebook. Todos os internautas interessados podem participar diretamente do debate, por meio da sala virtual do Zoom. Para isso, basta solicitar o acesso por meio do WhatsApp oficial da biblioteca (61) 98401-5561. (Clique no número para abrir o WhatsApp Web).
Assista!
O ponto de partida para a mobilização foi um congresso que reuniu escritores do nordeste, em 1926, no Recife (PE). Depois, o ano de 1930 se tornou marcante por consolidar a renovação do gênero romance no Brasil, com novos rumos à prosa.
Após grande mobilização intelectual dos primeiros modernistas no Sudeste do país, procurou-se atingir equilíbrio e estabilidade, que, aos poucos, refletiram em diversas obras. Entre elas estão O quinze, de Rachel de Queiroz (1930); O país do Carnaval, de Jorge Amado (1931); Menino de engenho, de José Lins do Rego (1932); São Bernardo, de Graciliano Ramos (1934); e Capitães da areia, de Jorge Amado (1937).
Na época, a nova literatura em prosa se caracterizou por ser antifascista e anticapitalista, “extremamente vigorosa e crítica”, como avaliam alguns analistas. É por isso que os livros didáticos a classificam com vários nomes.
Além de "Romance de 30", que tem como parâmetro o início cronológico da nova literatura, o momento também é chamado de romance neorrealista. Isto porque as obras conseguiram renovar e modernizar o realismo e o naturalismo do século 19, enriquecendo-o com preocupações psicológicas e sociais.
Outra forma como é chamado o momento literário de 1930 é romance regionalista moderno, porque escapa das metrópoles e vai ao Brasil afora, preso ainda a costumes dos séculos anteriores.
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Algumas obras sociológicas fundamentais surgem nessa mesma época, como Casa-grande & Senzala (1933), de Gilberto Freyre, e Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda. De todos os nomes para essa época, o melhor parece ser o do título deste artigo.
Os romances de Rachel de Queiroz, Jorge Amado, José Lins do Rego, Érico Veríssimo, Graciliano Ramos e outros escritores criaram um estilo novo, completamente moderno, totalmente liberto da linguagem tradicional, nos quais puderam incorporar a real linguagem regional, as gírias locais.
O romance brasileiro de 30 representa um movimento mais complexo do que a simples predominância do romance social, considerada a face do período. O início daquela década é marcado por uma necessidade de superar a dúvida tida como gratuita do ceticismo do início do século.
Em 1933, por exemplo, o fenômeno do “romance proletário” estabeleceu um clima de polarização política e literária, criando uma predominância do romance social. A partir de 1937, no entanto, houve diversos sinais de esgotamento do chamado romance social.
Esse foi o tempo de uma nova dúvida, que não se confunde com o ceticismo, mas que refletiu o impasse em torno de uma guerra anunciada para decidir os rumos — fascismo ou comunismo — de um Ocidente que, naquela época, se imaginava superando o liberalismo.
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
14º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre desdobramentos do romance de 30
Dia: 26/8/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
Com inspiração modernista, filme explora tipologia da classe média
Mar de Rosas será discutido em webinar na quinta-feira (19/8), a partir das 17h
Cleomar Almeida, da equipe da FAP
Pontapé da trilogia da cineasta Ana Carolina Teixeira Soares sobre personagens femininas em desacordo com seu contexto social e o primeiro longa-metragem de ficção dirigido por ela, o filme Mar de Rosas (1977) explora a célula familiar e a tipologia da classe média brasileira. A obra, segundo a crítica, atribui ao patriarcado uma situação de completa falência.
O filme será discutido, na quinta-feira (19/8), em mais um evento online do ciclo de debates da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e Biblioteca Salomão Malina, na programação de pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna, com participação do crítico de cinema Sérgio Moriconi.
Assista!
A transmissão será realizada pelo portal e redes sociais da entidade (Facebook e Youtube), assim como pela página da biblioteca no Facebook. Todos os internautas interessados podem participar diretamente do evento, por meio da sala virtual do Zoom. Para isso, basta solicitar o acesso por meio do WhatsApp oficial da biblioteca (61) 98401-5561. (Clique no número para abrir o WhatsApp Web).
Enredo
O começo do filme mostra um casal em viagem, interpretado por Hugo Carvana (1937-2014) e Norma Bengell (1935-2013), acompanhado da filha, Cristina Pereira, em sua estreia no cinema. A personagem de Bengell, que ironicamente se chama Felicidade, discute com o marido sobre a insatisfação de ambos em relação ao casamento enquanto ele dirige pela Dutra, estrada que liga São Paulo e Rio de Janeiro.
Betinha (Pereira) vai no banco de trás, fazendo caretas e expressões debochadas. Ao chegar ao Rio, eles se hospedam num hotel. Felicidade e Sérgio (Carvana) têm uma violenta briga, e ela o fere com uma gilete. Acreditando ter matado o marido, ela foge do hotel com Betinha e pega a estrada novamente.
Um homem as persegue. Ele é Orlando (Otávio Augusto, 1945), que se aproveita de uma parada num posto de gasolina, momento em que Betinha tenta atear fogo à mãe, para se aproximar e oferecer ajuda e companhia. Ânimos um pouco mais calmos, os três passam a viajar no carro de Orlando. Fazem uma pausa numa cidadezinha, e enquanto Orlando vai dar um telefonema, Felicidade encontra um revólver debaixo do banco do carro.
Narrativa teatral
Ela esboça uma fuga, mas é atropelada por um ônibus. Um casal que mora perto, formado por Dirceu (Ary Fontoura) e a esposa Niobi (Myriam Muniz, 1931-2004), os acolhe (Betinha, Felicidade e Orlando). O consultório de Dirceu, dentista e poeta fracassado, funciona em um dos cômodos da casa, onde ocorre a parte mais teatral da narrativa. Enquanto Felicidade se recupera do susto provocado pelo atropelamento, Dirceu e Niobi começam a trocar insultos.
O clima de discórdia se instala e todos os personagens entram num jogo de revelações e agressões mútuas. Sem explicação aparente, Betinha faz com que um caminhão de terra despeje o conteúdo de sua caçamba dentro do consultório de Dirceu, quase soterrando Felicidade. O dia vai passando e Felicidade, Betinha e Orlando continuam na casa de Dirceu e Niobi. Betinha vai ao banheiro e esconde giletes num sabonete.
Dirceu cai na armadilha e usa o sabonete, cortando as mãos. Felicidade e Betinha fogem e vão para a estação ferroviária, mas são alcançadas por Orlando quando já estão dentro do trem para São Paulo. Orlando resolve revelar sua identidade: afirma que é uma autoridade e que tem ordens de levá-las para o Rio de Janeiro. Eles discutem e, inesperadamente, Betinha empurra a mãe e Orlando, que estão algemados um ao outro, para fora do trem em movimento, seguindo viagem sozinha.
Trilogia
Mar de Rosas deu início à trilogia de Ana Carolina sobre personagens femininas em desacordo com seu contexto social, que foi continuada em Das Tripas Coração (1982) e completada por Sonho de Valsa (1987).
O título do filme, decalcado de um dito popular, antecipa a ambiguidade que permeia a narrativa: a vida das personagens é tudo menos um mar de rosas, mas o relato passa pelo humor.
Além da sobrecarga quase exaustiva de provérbios e expressões populares (um verdadeiro inventário de frases feitas), os diálogos mobilizam rimas e repetições fonéticas, permitindo que as falas constituam um elemento estético em si.
Numa das frases rimadas, Myriam Muniz aproxima os termos "histórico" e "histérico", evocando um dos temas centrais do filme, a histeria. Praticamente todas as cenas em Mar de Rosas têm como ápice a confluência histérica das personagens (Das Tripas Coração se estruturará de maneira semelhante), trazendo a histeria como performance e jogo. (Com informações da Enciclopédia Itaú Cultural).
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
14º online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre filme Mar de Rosas
Dia: 19/8/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
Webinário destaca “A hora da estrela”, baseado em obra de Clarice Lispector
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Laurentino Gomes fala sobre a Semana de Arte Moderna
Em entrevista ao podcast nº 22 da Fundação Astrojildo Pereira, o escritor e jornalista Laurentino Gomes, sete vezes ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura, comenta sobre a Semana de 22.
Confira a entrevista!
Lúcio Costa marca revolução do ensino da arquitetura no Brasil
Avaliação é do professor da UnB Andrey Schlee, que vai discutir o assunto em webinar da Biblioteca Salomão Malina e da FAP
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Autor do projeto do Plano Piloto de Brasília, o arquiteto e urbanista Lúcio Costa representou uma revolução no ensino da arquitetura no Brasil, a partir de iniciativas inovadoras, ainda nos anos 1930, consideradas absolutamente modernistas.
“Lúcio Costa deu o pontapé para a renovação da arquitetura brasileira, assim como a Semana de Arte Moderna representou inovação para as artes e a literatura”, disse o professor de história da arquitetura na Universidade de Brasília (UnB) Andrey Schlee.
Assista!
Em sala virtual que também terá presença de Vicente Del Rio, Schlee vai discutir o assunto, na quinta-feira (12/8), a partir das 17 horas, em mais um evento online do ciclo de debates da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e Biblioteca Salomão Malina, nas atividades de pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna.
A transmissão será realizada pelo portal e redes sociais da entidade (Facebook e Youtube), assim como pela página da biblioteca no Facebook. Todos os internautas interessados podem participar diretamente do debate, por meio da sala virtual do Zoom. Para isso, basta solicitar o acesso por meio do WhatsApp oficial da biblioteca (61) 98401-5561. (Clique no número para abrir o WhatsApp Web).
Ainda em 1929, Lúcio Costa conheceu a Casa Modernista de São Paulo, do arquiteto russo-brasileiro, Gregori Warchavchik. Após a Revolução de 1930, a convite de Rodrigo Melo Franco, ele foi nomeado diretor da Escola Nacional de Belas Artes, com o objetivo de implantar um curso de arquitetura moderna.
Por isso, convocou Warchavchik para dirigir o ensino de arquitetura e criou o salão livre de artes plásticas, que coordenou, oficialmente, as experimentações artísticas. Sua ação provocou reação violenta de professores e acadêmicos, que culminou com seu afastamento após uma grave que durou por oito meses.
“Houve reação muito grande de professores conservadores contra Lúcio Costa e também reação pró-Lúcio Costa por parte de alunos”, diz Schlee, ressaltando que as ideias e propostas dele foram vitoriosas e contribuíram de forma fundamental para a renovação do pensamento arquitetônico no país.
Nos anos seguintes, em 1937, houve a construção de primeiros edifícios, de fato, modernistas no Brasil de influência francesa. “A construção do edifício do Ministério da Educação e Saúde Pública, no Rio, absolutamente modernista, notadamente por essa turma que emerge da Reforma de 30”, comenta o professor da UnB.
Na avaliação de Schlee, Lúcio Costa representa, sem dúvida alguma, o esforço para modernizar o país, “seguindo a ideia de renovar com gente nova, com cabeças novas”. “A grande revolução que ele fez foi convidar professores modernistas para dar aula na Escola de Belas Artes. Teve coragem de contratar”, afirma.
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
13º online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sore Lúcio Costa e a revolução no ensino da arquitetura
Dia: 12/8/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
Webinário destaca “A hora da estrela”, baseado em obra de Clarice Lispector
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‘Semana de Arte Moderna descontraiu linguagem literária’, diz escritora
‘Modernismo influenciou ethos brasileiro’, analisa Ciro Inácio Marcondes
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Filme premiado de Arnaldo Jabor retrata modernismo no cinema brasileiro
Webinário destaca “A hora da estrela”, baseado em obra de Clarice Lispector
Dirigido por Suzana Amaral, longa será debatido em evento on-line em pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna
Cleomar Almeida, da equipe da FAP
Considerado um dos clássicos do cinema brasileiro, o filme “A hora da estrela”, o primeiro longa-metragem dirigido por Suzana Amaral, ainda mantém vivo na memória o roteiro baseado na adaptação do romance homônimo de Clarice Lispector. O filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, em 2015.
Assista ao vivo!
O longa será exibido e discutido em evento online será debatido nesta quinta-feira (5/8) em mais um evento do ciclo de webinars da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna, marcado para o ano que vem. A transmissão será realizada, a partir das 17 horas, no portal da entidade e redes sociais (Facebook e Youtube).
O filme conta a história de Macabéa, uma nordestina de 19 anos, semianalfabeta. Orfã de pai, mãe e da tia que a criou, vai para São Paulo ser datilógrafa e morar numa pensão junto de outras três mulheres. Tem uma vida sem muitas emoções, pois é indiferente a elas.
Macabéa conhece o nordestino Olímpico de Jesus, um operário metalúrgico, e os dois começam a namorar. Porém a relação não se sustenta, e Olímpico acaba trocando Macabéa, a quem chama de “cabelo na sopa”, por Glória, colega de trabalho da ex-namorada, que, por recomendação de sua cartomante, rouba o namorado de Macabéa.
Glória, então, recomenda-lhe sua cartomante, para que se sinta melhor, e Macabéa decide ir. A cartomante diz à garota que sua vida irá mudar repentinamente: seu ex-namorado a pedirá de volta, ela ganhará uma grande fortuna e se casará com um gringo lindo que se apaixonará por ela. Macabéa fica entusiasmada, mas quando sai na rua é atropelada por uma Mercedes e morre.
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Um dos marcos do Cinema Novo, filme Macunaíma se mantém como clássico
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O filme também foi escolhido pela Embrafilme para representar o Brasil no Óscar de melhor filme estrangeiro em 1986, mas não chegou a ser indicado. Além disso, foi resenhado na nona coletânea de resenhas de filmes da crítica de cinema Pauline Kael, Hooked, onde ela o elogia, principalmente a atuação de Marcélia Cartaxo.
"O filme chega até você, e a imagem da Macabéia de Marcélia Cartaxo é o que o faz - a terrível solidão dessa mulher em massa, esse nada de mulher que você não notaria na rua. Umberto D. representava todos os velhos orgulhosos e zangados que não podiam viver de suas pensões, mas ele também era - seu próprio velho teimoso”, analisou Pauline.
De acordo com a crítica de cinema, Macabéa é ela mesma em seus momentos de contentamento. “Sorri serenamente ao comemorar seu domingo com um passeio de metrô. É o triunfo do diretor que essa garota se afaste dela. Entorpecida como está, ela está tão viva quanto Suzana Amaral ou você ou eu, e mais misteriosamente”, ressaltou.
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
12º online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre o filme A hora da estrela, de Suzana Amaral
Dia: 5/8/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira