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Jornal da Globo destaca lançamento do livro Jalapão, Ontem & Hoje, de Pedro Geiger e Willian Menezes
Obra foi editada e lançada pela FAP e mostra estudos de dois geógrafos sobre a região separados por 70 anos
O Jornal da Globo destacou, nesta sexta-feira (1), o lançamento do livro Jalapão, Ontem & Hoje, dos geógrafos Pedro Pinchas Geiger e Willian Guedes Martins Defensor Menezes, no Rio de Janeiro. A obra foi editada e lançada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira). A reportagem também será divulgada na primeira edição do RJ TV.
Setenta anos separam os estudos de dois geógrafos sobre a região do Jalapão, no Tocantins, conforme mostra a reportagem de Mônica Sanches. “Paisagens impressionantes, que atraem turistas em busca de aventuras. Dunas, chapadões e nascentes de rios que se transformam em corredeiras com abundância de água”, descreve a matéria sobre o livro.
Pedro Geiger, de 96 anos, participou de uma expedição pioneira do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na região, em 1943. William Menezes, de 37, visitou o local em 2013. “A região hoje se caracteriza pela presença da soja nos vales que descem no Rio Tocantins e Araguaia e na região montanhosa [tem] instalação de hotéis e turismo”, observa Geiger. “É fantástico fazer essa troca de saberes com geógrafo que é referência para a gente no Brasil”, diz Menezes.
Transformações
A busca por compreender as transformações no Jalapão e região está entre as inspirações do livro. Dentre as mudanças, estão as que ocorreram em seus chapadões, por onde passou a excursão do IBGE em 1943. Antes, essas áreas eram cobertas pelo cerrado e utilizadas coletivamente por comunidades tradicionais, cujo acesso era por meio do lombo de animais ou navegando por rios. Hoje, porém, a região está ocupada por modernas fazendas de soja e algodão.
Com capa produzida pela consagrada artista brasileira Anna Bella Geiger, mulher de Pedro Geiger, o livro discute dinâmicas não só do Jalapão, mas de grande parte do seu entorno, passando por áreas do Piauí, Maranhão e do Vale do Rio Preto, na Bahia, até sua foz no Rio São Francisco.
O município baiano de Formosa do Rio Preto, por onde percorreu a excursão do IBGE de 1943, teve a paisagem de suas chapadas transformadas pela expansão de commodities agrícolas, algo impensado naquele período e que hoje é uma de suas características.