propaganda eleitoral

Militantes do PCdoB fazem campanha no Calçadão de Campo Grande e relatam medo de agressões | Imagem: Igor Mello/ UOL

Intimidação e esquerda acuada: o clima no maior reduto bolsonarista do Rio

Nem mesmo o frio e a chuva fizeram com que a campanha eleitoral cessasse no principal reduto bolsonarista no Rio de Janeiro. Na reta final, cabos eleitorais de candidatos bolsonaristas e de partidos do Centrão disputavam espaço embaixo das marquises no Calçadão de Campo Grande, principal centro comercial do maior bairro carioca, localizado na zona oeste da capital.

No local, militantes e candidatos de esquerda relatam rotina de medo e intimidação por bolsonaristas, além do temor da milícia.

As zonas eleitorais de Campo Grande entregaram a Jair Bolsonaro (PL) sua maior vitória na disputa presidencial de 2018 na capital. Nelas, Bolsonaro venceu Fernando Haddad (PT) com 75% dos votos válidos. O bairro é o mais populoso do Brasil, segundo dados do Censo de 2010, e tem uma grande população evangélica e um número significativo de militares e policiais entre seus habitantes.

Nesta campanha, as ruas foram disputadas por candidatos de partidos fisiológicos e por bolsonaristas.

Ali, a esquerda se vê pouco representada: no Calçadão, o único candidato com uma presença relevante encontrado pelo UOL na quarta-feira (28) foi o petista André Ceciliano, presidente da (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) que tenta se eleger senador.

Fora isso, havia apenas duas barraquinhas distribuindo material de candidatos progressistas: uma do PCdoB e outra do PDT.

Cabos eleitorais no Calçadão de Campo Grande | Imagem: Igor Mello/ UOL

"É duro fazer campanha em Campo Grande porque ainda tem muita gente que declara voto em Bolsonaro. E há apreensão o tempo todo porque é notório que é uma área dominada [pela milícia]. Mas estamos aqui firmes e fortes na tentativa de mudar esse quadro", argumenta.

"Fazer campanha aqui no Calçadão ainda é tranquilo, dentro dos bairros [de Campo Grande] é diferente, tem um clima de intimidação maior." Carlos Rangel, coordenador da campanha do PCdoB em Campo Grande.

Atentado durante campanha. Apesar de relatos de discussões e troca de ofensas entre bolsonaristas e militantes de esquerda, a campanha transcorria sem casos de violência física até esta semana.

Na terça-feira (27), o vereador Willian Siri (PSOL), candidato a deputado federal, denunciou ter sido vítima de um atentado enquanto fazia campanha no centro de Campo Grande.

Siri relata que conversava com eleitores na calçada de um famoso bar do bairro quando um homem jogou o carro em sua direção. O parlamentar estava de costas e só não se feriu gravemente porque foi puxado por uma pessoa que viu a tentativa de atropelamento, segundo contou ao UOL.

Quando você olha essas violências políticas que têm no Brasil, não imagina que vai acontecer com você. Campo Grande é um bairro que nunca teve esse histórico. Tem a questão da milícia, que é outra coisa, mas violência nesse nível ideológico, não.

"Willian Siri (PSOL), vereador e candidato a deputado federal Com a proximidade do primeiro turno, Siri demonstrou preocupação com o risco de uma escalada de violência, especialmente com a chance de vitória de Lula no primeiro turno. Apesar disso, ele diz que a receptividade no bairro com candidatos de esquerda tem sido muito maior do que em 2018.

"O Calçadão de Campo Grande é meu parâmetro de vida política. Em 2018, até o camelô era Bolsonaro. Hoje mudou muita coisa. A quantidade de panfletos e adesivos do Lula que saem é muito grande."

'Datacamisa' dá vantagem a Bolsonaro. Se as campanhas de esquerda sustentam uma percepção de que o apoio a Lula tem crescido na reta final da campanha, quem aproveita a eleição para faturar tem uma opinião oposta.

Vendedores de itens como camisas e toalhas dos candidatos na região dizem que a procura por produtos com alusões ao presidente é muito maior.

O comerciante Adailson da Silva, 46, tem uma gráfica na região. Na frente, exibia apenas camisas com motes bolsonaristas. Perguntado sobre o motivo, disse ser uma opção eminentemente comercial.

"Não boto do Lula porque não vende. Para cada uma saem 30 do Bolsonaro. Eu só faço do Lula quando tem encomenda, porque não compensa ter no estoque. Hoje mesmo vendi dez camisas do Bolsonaro e não saiu nenhuma do Lula ainda", explicou.

A percepção do ambulante Geovane de Souza, 47, é a mesma. Ele concilia uma barraca que vende roupas e acessórios e uma carrocinha de pipocas no Calçadão. Ao lado de camisas verde e amarelas com o rosto de Bolsonaro há uma toalha de Lula à mostra. Souza diz que a demanda dos bolsonaristas é maior e que os públicos dos dois candidatos têm perfis diferentes.

"No comecinho estava vendendo mais do Lula, mas de um mês pra cá inverteu. Vendo 15 itens do Bolsonaro e uns cinco do Lula. Hoje já vendi cinco do Bolsonaro e nenhuma do Lula", relata. "Quem compra do Bolsonaro é mais pai de família, que vem pegar pra presentear o pai ou o avô. Já do Lula é gente mais jovem mesmo", diz.

O ambulante Geovane de Souza diz que camisas de Bolsonaro são mais vendidas que produtos de Lula em Campo Grande | Imagem: Igor Mello/ UOL

Destino de presidenciáveis. O Calçadão de Campo Grande é um ponto de parada obrigatório de candidatos que almejam crescer entre o eleitorado de perfil popular no Rio. Por isso, é sempre visitado por candidatos à prefeitura da capital e ao governo do estado.

Até mesmo presidenciáveis já marcaram presença no local. O mais célebre deles foi José Serra (PSDB). Em 2010, foi durante uma caminhada no local que ocorreu o episódio da bolinha de papel, quando ele caminhava ao lado de seu vice, Índio da Costa, e de militantes.

O grupo se encontrou com petistas e uma confusão ocorreu. Serra foi atingido por um objeto na cabeça e, inicialmente, foi divulgada a versão de que seria uma pedra. O presidenciável chegou a ir a um hospital fazer exames, que nada constataram. Posteriormente, imagens da confusão revelaram que Serra foi atingido por uma bolinha de papel e um rolo de fita adesiva.

Em 2014, foi a vez de Aécio Neves (PSDB) ir ao local. Ele foi levado por Jorge Picciani (MDB), que naquela época capitaneava o movimento "Aezão", uma dissidência que pedia votos no governador Luiz Fernando Pezão —que formalmente apoiava Dilma Rousseff (PT)— e no tucano.

Já Lula esteve no local fazendo corpo a corpo em 1998, quando acabou derrotado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em 2014, o PT chegou a organizar um grande comício para a campanha de Dilma Rousseff (PT) no Calçadão, tendo Lula como atração principal. Mas o ex-presidente desistiu de ir, frustrando os petistas que o aguardavam no local.

Na campanha deste ano, apenas Ciro Gomes (PDT) fez uma caminhada no Calçadão—ele esteve no bairro da zona oeste ao lado de Rodrigo Neves (PDT), seu candidato ao governo do Rio.

Texto publicado originalmente no portal UOL.


Lula e Bolsonaro dão impulso a propaganda na TV equilibrada em 2022

A propaganda eleitoral no rádio e na TV, que teve sua importância abalada com o crescimento das redes sociais e a inesperada vitória de Jair Bolsonaro em 2018, voltou a ser considerada crucial pelas pré-campanhas ao Palácio do Planalto.

O consenso no entorno dos principais pré-candidatos é o de que não se repetirá o fenômeno de 2018, em que Bolsonaro foi para o segundo turno —e acabou eleito— com um minúsculo tempo de propaganda da TV. Essa avaliação é compartilhada, inclusive, pelos próprios aliados do presidente da República.

Projeção feita pela Folha mostra que, se confirmadas as alianças partidárias em torno de Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dois principais pré-candidatos até agora, ambos terão tempos de TV similares, cada um com cerca de 2 minutos e 20 segundos em cada bloco de propaganda (de 12min30seg), além de cinco inserções diárias (as propagandas curtas de 30 segundos inseridas nos intervalos comerciais das emissoras).

O PT de Lula tenta obter o apoio do PSB, PC do B e PSOL. Bolsonaro, que está prestes a ingressar no PL, deve ter o apoio de, pelo menos, PP e Republicanos, ou seja, uma coligação que reunirá as maiores siglas do centrão.

Bolsonaro disputou a eleição de 2018 pelo então nanico PSL, com apenas 8 segundos em cada bloco. Rompido com a sigla, tentou montar seu próprio partido, mas fracassou.

De acordo com aliados, ele próprio tem demonstrado consciência de que precisa de um razoável espaço na propaganda eleitoral se quiser ter chances de vitória. Isso teria sido decisivo em sua intenção de se filiar a uma grande legenda, não a outro nanico, como chegou a cogitar há algum tempo.

Até porque, lembram aliados e adversários, em 2018 ele prescindiu de espaço na propaganda eleitoral na TV muito em razão da ampla exposição vinda da cobertura jornalística do atentado a faca que ele sofreu em setembro, a um mês da disputa.


Lula participa do Festival “Democracia Para Siempre” na Argentina. Foto: Ricardo Stuckert
Lula participa do Festival “Democracia Para Siempre” na Argentina. Foto: Ricardo Stuckert
Lula participa do Festival “Democracia Para Siempre” na Argentina. Foto: Ricardo Stuckert
Lula participa do Festival “Democracia Para Siempre” na Argentina. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
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Lula participa do Festival “Democracia Para Siempre” na Argentina. Foto: Ricardo Stuckert
Lula participa do Festival “Democracia Para Siempre” na Argentina. Foto: Ricardo Stuckert
Lula participa do Festival “Democracia Para Siempre” na Argentina. Foto: Ricardo Stuckert
Lula participa do Festival “Democracia Para Siempre” na Argentina. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
Viagem Lula à Europa. Foto: Ricardo Stuckert
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O espaço que cada candidato terá na propaganda no rádio e na TV é definido, principalmente, com base no tamanho dos partidos na Câmara dos Deputados. Caso se unam em coligações (que estão proibidas nas eleições para deputados e vereadores, mas não para presidente, governador e prefeito), os tempos de TV de cada um também são somados.

A propaganda da corrida presidencial em 2022 terá início em 26 de agosto e irá até 29 de setembro, três dias antes do primeiro turno, que será realizado em 2 de outubro. Ela se divide em dois blocos de 12min30seg, às terças, quintas e sábados, além de 14 minutos de inserções diárias (que geralmente se dividem em peças de 30 segundos cada uma), por emissora, das 5h às 24h.

Em tamanho, o maior peso na divisão do tempo de TV é da União Brasil, a fusão de PSL e DEM (cerca de 1min50seg por cada bloco), que ainda precisa de aval da Justiça Eleitoral. Luiz Henrique Mandetta é o pré-candidato, mas nos bastidores é dado como provável que o ex-ministro da Saúde tente outro cargo.

Com isso, a sigla pode apoiar alguma das candidaturas postas. Uma das possibilidades seria a de ingressar na chapa de Sergio Moro (Podemos), o que levaria o ex-xerife da Lava Jato a ficar, na divisão da propaganda de TV, em pé de igualdade com Bolsonaro e Lula.

Se a nova sigla aderir a Bolsonaro, o presidente dispararia na liderança do tempo de TV, com mais de 4 minutos por bloco.

"Todo mundo se sente o Roberto Marinho da rede social, acha que aí vai resolver o mundo. Acho que a rede social não vai ter a importância que teve em 2018. Com isso, em contrapartida, volta a ter maior importância as áreas de comunicação formal, propaganda eleitoral de rádio e TV", afirma Carlos Lupi, presidente do PDT.

O partido do pré-candidato Ciro Gomes tem em sua equipe uma das principais estrelas do mundo do marketing político, o baiano João Santana. Responsável pela comunicação das três últimas campanhas vitoriosas do PT, em 2006, 2010 e 2014, ele rompeu com o partido em meio às investigações e prisões da Lava Jato —que incluíram a dele— e hoje trabalha, por ora nas redes sociais, na tentativa de incrementar a imagem de Ciro.

O PDT terá cerca de 40 segundos de propaganda em cada bloco, caso não atraia coligações. Sobre o medalhão na equipe, Lupi diz que "a experiência, sozinha, não leva a nada, só nos torna mais velhos, mas também nos obriga a não cometer os mesmos erros".

E lembra os clássicos casos de candidatos à Presidência que tiveram verdadeiros latifúndios na propaganda eleitoral na TV e acabaram em fiasco —Ulysses Guimarães (MDB), em 1989, que ficou em 7º , e Geraldo Alckmin (PSDB), em 2018, que ficou em 4º.


Motociata de Santa Cruz do Capibaribe para Caruaru. Foto: Marcos Corrêa/PR
Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
Leilão 5G. Foto: Isac Nóbrega/PR
Reunião com o Emir de Dubai, Mohammed bin. Foto: Alan Santos/PR
Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
Bolsonaro participa de cerimônia do 7 de Setembro, no Palácio da Alvorada. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
Cerimônia em Memória dos Pracinhas. Foto: Alan Santos/PR
Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
05/11/2021 Cerimônia de Anúncios do Governo Federal ao Estado
Motociata na cidade de Piraí do Sul com destino a Ponta Grossa. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
Foto: Alan Santos/PR
Reunião com o representante para Política Externa e de Segurança da União Europeia e Vice-Presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell Fontelles. Foto: Alan Santos/PR
Apoiadores na rampa do Palácio do Planalto. Foto: Marcos Corrêa/PR
Encontro com o Presidente da Funai, Marcelo Xavier e lideranças indígenas. Foto: Isac Nóbrega/PR
Visita à Estátua de Padre Cícero em Juazeiro do Norte - CE Foto: Marcos Corrêa/PR
Cerimônia Militar em Comemoração ao Aniversário de Nascimento do Marechal do Ar Alberto Santos-Dumont. Foto: Marcos Corrêa/PR
Solenidade Militar de Entrega de Espadins aos Cadetes da Força Aérea Brasileira. Foto: José Dias/PR
Missa com parlamentares e familiares. Foto: Marcos Corrêa/PR
Bolsonaro bate um pênalti na Arena da Condá, Chape, em Chapecó. Foto: Alan Santos/PR
Presidente, ministros e aliados posam para fotografia nos trilhos da FIOL. Foto: Marcos Corrêa/PR
Motociata de Santa Cruz do Capibaribe para Caruaru. Foto: Marcos Corrêa/PR
Inauguração das novas instalações da Escola de Formação de Luthier e Archetier da Orquestra Criança Cidadã (Recife-PE). Foto: Marcos Corrêa/PR
Motociata pelas avenidas de Goiânia. Foto: Alan Santos/PR
Operação Formosa - 2021. Foto: Marcos Corrêa/PR
Centenário da Convenção de Ministros e Igrejas Assembléia de Deus no Pará. Foto: Isac Nóbrega/PR
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Motociata de Santa Cruz do Capibaribe para Caruaru. Foto: Marcos Corrêa/PR
Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
Leilão 5G. Foto: Isac Nóbrega/PR
Reunião com o Emir de Dubai, Mohammed bin. Foto: Alan Santos/PR
 Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
 Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
 Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
Bolsonaro participa de cerimônia do 7 de Setembro, no Palácio da Alvorada. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
 Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
Cerimônia em Memória dos Pracinhas. Foto: Alan Santos/PR
 Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
05/11/2021 Cerimônia de Anúncios do Governo Federal ao Estado
Motociata na cidade de Piraí do Sul com destino a Ponta Grossa. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
 Cúpula de Líderes do G20. Foto: Alan Santos/PR
Foto: Alan Santos/PR
Reunião com o representante para Política Externa e de Segurança da União Europeia e Vice-Presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell Fontelles. Foto: Alan Santos/PR
Apoiadores na rampa do Palácio do Planalto. Foto: Marcos Corrêa/PR
Encontro com o Presidente da Funai, Marcelo Xavier e lideranças indígenas. Foto: Isac Nóbrega/PR
Visita à Estátua de Padre Cícero em Juazeiro do Norte - CE Foto: Marcos Corrêa/PR
Cerimônia Militar em Comemoração ao Aniversário de Nascimento do Marechal do Ar Alberto Santos-Dumont. Foto: Marcos Corrêa/PR
Solenidade Militar de Entrega de Espadins aos Cadetes da Força Aérea Brasileira.  Foto: José Dias/PR
Missa com parlamentares e  familiares. Foto: Marcos Corrêa/PR
Bolsonaro bate um pênalti na Arena da Condá, Chape, em Chapecó. Foto: Alan Santos/PR
Presidente, ministros e aliados posam para fotografia nos trilhos da FIOL. Foto: Marcos Corrêa/PR
Motociata de Santa Cruz do Capibaribe para Caruaru. Foto: Marcos Corrêa/PR
Inauguração das novas instalações da Escola de Formação de Luthier e Archetier da Orquestra Criança Cidadã (Recife-PE). Foto: Marcos Corrêa/PR
Motociata pelas avenidas de Goiânia. Foto: Alan Santos/PR
 Operação Formosa - 2021. Foto: Marcos Corrêa/PR
Centenário da Convenção de Ministros e Igrejas Assembléia de Deus no Pará. Foto: Isac Nóbrega/PR
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"A TV sempre teve importância", afirma a deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT. "Embora Bolsonaro tenha sido eleito de maneira atípica, pelas fake news, pelas redes, nós utilizamos muito tempo de TV e outros partidos também. Hoje está mais equilibrada a propaganda na TV com as outras alternativas de comunicação", afirma.

Em 2018, Fernando Haddad assumiu a vaga de Lula, na época preso e inelegível, e conseguiu sair de patamares baixíssimos de intenção de voto e chegar ao segundo turno.

De acordo com Gleisi, o PT ainda não definiu seu marqueteiro, embora o nome de Sidônio Palmeira, ligado ao partido na Bahia, esteja em alta.

"Começa a se fazer uma discussão no final do ano sobre isso, mas definição, só ano que vem. O Franklin [o jornalista e ex-ministro Franklin Martins] é o coordenador da comunicação do partido. Ele está levantando, conversando, vendo quem poderia ser", diz Gleisi.

Um dos conselheiros políticos de Bolsonaro, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirma que um razoável tempo de propaganda eleitoral na TV terá muita importância. "Candidato à reeleição tem que ter muito tempo de TV para poder mostrar o que feito nos últimos quatro anos, porque durante a eleição é que as pessoas decidem os votos", afirma.

Moro, principal símbolo da Lava Jato, se filiou ao Podemos no último dia 10, em evento que expôs pontos de sua estratégia de marketing —defesa da operação e afagos ao mercado. O partido tem apenas 27 segundos de tempo de propaganda e precisará atrair apoios para ampliar essa fatia.

A prioridade seria atrair o União Brasil, que, por si só, deixaria o ex-juiz com tempo similar aos dois concorrentes que hoje lideram a disputa.

"Nenhum partido imagina caminhar sozinho. Então, lá na frente, deveremos ter coligações que permitirão ampliar o tempo de TV na apresentação de um projeto de país", afirma Fernando Vieira, consultor político do Podemos e que deverá comandar o marketing da campanha de Moro.

Ele avalia que as redes sociais se somam, em importância, à propaganda na TV, e, embora ressalte o longo período até o início da propaganda oficial, diz que a ideia inicial é abordar questões como desenvolvimento econômico com geração de emprego e distribuição de renda, combate à pobreza e responsabilidade fiscal, além da defesa do legado da Lava Jato.

"O candidato Moro tem convicção de que a corrupção tem relação direta com pobreza e miséria."

O PSDB, que realiza prévias entre os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), tem 43 segundos de tempo de propaganda. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pré-candidato do PSD, 51. A senadora Simone Tebet (MDB), 50.

Além da TV, outro ponto de interesse central das campanhas é a verba pública que irá abastecê-las. Assim como na propaganda, a divisão do bolo se dá, em linhas gerais, proporcionalmente ao peso dos partidos no Congresso.

O fundo eleitoral está, por ora, em R$ 2,1 bilhões, totalizando cerca de R$ 3 bilhões em verbas se somado o fundo partidário, que também pode ser usado em grande parte para gastos eleitorais. Os congressistas, porém, pretendem elevar o fundo eleitoral para algo próximo de R$ 6 bilhões.

No cálculo levando em conta os valores atuais, Lula e Bolsonaro terão, confirmadas as suas coligações, quase a mesma fatia da verba pública: R$ 548 milhões e R$ 549 milhões, respectivamente, somados os dois fundos.

De acordo com a última pesquisa do Datafolha, de setembro, Lula segue na liderança da corrida, com 44% das intenções de voto. Bolsonaro está em segundo, com 26%. Ciro tinha 9%. Moro não teve seu nome testado nessa pesquisa. Na última em que seu nome figurava como pré-candidato, em maio, ele tinha 7% das intenções de voto.

Fonte: Folha de S. Paulo
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/11/lula-e-bolsonaro-dao-impulso-a-propaganda-na-tv-equilibrada-em-2022.shtml