PPS

II Encontro de Jovens Lideranças começa nesta terça-feira (11/07)

São esperados 120 participantes de todo o país, além de dirigentes do PPS, conselheiros e diretores da Fundação Astrojildo Pereira e palestrantes convidados

Começa nesta terça-feira (11/07) o II Encontro de Jovens Lideranças promovido pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), que contará com a participação de 120 jovens de todo o país. Dirigentes do PPS, conselheiros e diretores da FAP e palestrantes garantirão o sucesso da programação, entre os quais o ex-ministro da Cultura e deputado Roberto Freire (SP), presidente do PPS; o senador Cristovam Buarque (DF); o deputado estadual Conte Bittencourt; o deputado federal Arnaldo Jordy; e os prefeitos de Vitória, Luciano Rezende (ES), e Rafael Diniz, de Campos (RJ). O II Encontro será realizado de 11 a 15 de julho, na Colônia de Férias Kinderland, em Paulo de Frontin (RJ).

Com características de treinamento em regime de imersão política, dinâmicas de grupo para trabalho em equipe e exercícios de liderança, a novidade do II Encontro será a realização de um curso de formação política com carga horária de 12 horas, que abordará os seguintes temas: Ação coletiva, associativa e partidária; Política e democracia no mundo contemporâneo; A trajetória da modernização brasileira; Os desafios da mudança econômica na atualidade; Da revolução à democracia: uma esquerda a inventar; e Desafios da democracia no Brasil.

As aulas serão ministradas por Cláudio Vitorino, Marcus Vinicius Oliveira, Hamilton Garcia, Everardo Maciel, Caetano Araujo e Alberto Aggio. O humorista e diretor Cláudio Manoel, o diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Sérgio Besserman; a atriz Naura Schneider; o presidente do Sebrae-RJ, Cezar Vasquez: o presidente da Frente Nacional das Cidades Inteligentes e diretor da Terracap, André Gomyde; o psicoterapeuta e líder da Diversidade do PPS, Eliseu Neto e o monge yogue Dada Jinanananda farão palestras sobre os mais diversos temas, da violência contra a mulher ao respeito à diversidade, da questão ambiental ao empreendedorismo e do futuro da cidades ao mercado de trabalho para os jovens. Entre as atividades lúdicas e recreativas, uma aula de meditação, um show performático, muito rap e uma festa caipira que vai terminar em funk.

Serviço
II Encontro de Jovens Lideranças
Data: 11 a 15 de julho
Local: Colônia de Férias Kinderland, Paulo de Frontin (RJ)

Confira, abaixo, a programação desta terça (11/07), primeiro dia do II Encontro de Jovens Lideranças

HORÁRIOAÇÃO
07HSaída do RJ (Kariok)
10H30Café da manhã
11H-12H30ABERTURA: Raquel Dias, secretariado nacional
Luiz Carlos Azedo, diretor-geral da FAP
12H30-13H30Instalação (ida pra os alojamentos)
13H30Almoço
15H – 17HDinâmica para a formação dos grupos e apresentação (José Augusto e Terezinha Lelis)
17HPalestra: Cláudio Manoel (Casseta)
19HIntervalo
20HOrientações das atividades,regras, compromissos, responsabilidades: aprendizado coletivo (Terezinha Lelis).
20H30Sessão de cinema: Jogo de Imitação

 


Marcus Vinicius Oliveira: “Vamos discutir os problemas políticos do nosso tempo”

Ao longo desta semana, a FAP está publicando uma série de entrevistas com palestrantes do II Encontro de Jovens Lideranças

Germano Martiniano

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) promoverá, na próxima semana (dias 11 a 15 de julho), o II Encontro de Jovens Lideranças, que será realizado na Colônia de Férias Kinderland, em Paulo de Frontin (RJ). O evento contará com 120 participantes de todo o país e tem, como objetivo, preparar os jovens para um cenário político cada vez mais desafiador no Brasil.

A FAP está publicando uma série de entrevistas com palestrantes do evento, que serão publicadas ao longo da semana. A ideia é preparar os jovens para o Encontro, bem como informar os internautas sobre a programação do evento que será realizado em Paulo de Frontin (RJ).

A primeira entrevista é com o historiador e professor Marcus Vinicius Oliveira, mestre em História e Cultura Política pela Unesp Franca e doutorando em História e Cultura Política pela mesma instituição. Oliveira debaterá o tema: “Política e Democracia no Mundo Contemporâneo”. A seguir, trechos da entrevista:

Tendo participado do primeiro Encontro, qual a sua motivação de estar também nesta segunda edição do evento? Qual será a sua contribuição para a formação dos jovens oriundos do Brasil inteiro?

No primeiro encontro minha experiência, embora bastante curta, foi muito proveitosa. Pude interagir com perspectivas de áreas diferentes da minha e discutir com ótimas pessoas. Esse aprendizado proporcionado pelo primeiro encontro me motiva a participar do segundo, dessa vez permanecendo a semana toda. Vamos discutir os problemas políticos do nosso tempo. Quero trazer discussões consistentes acerca desses problemas políticos do nosso tempo, tentando sempre auxiliar na formação de uma cultura política democrática para os jovens, tão necessária aos dias de hoje.

Um dos temas que você debateu no primeiro Encontro foi a polarização do discurso político no Brasil, principalmente por parte do PT, que sempre procura colocar a população nos extremos das questões políticas, impedindo, assim, um diálogo equilibrado e saudável. Como você vê esta questão?

A polarização política pode se tornar um problema na medida em que impede o diálogo entre as forças políticas em questão. Pode se tornar também um problema para a própria democracia, caso algum setor se proponha a resolver a polarização a partir de medidas não democráticas ou autoritárias. Todavia, apesar dessa polarização, nossa democracia, mesmo que problemática, segue existindo. Precisamos pensar formas de aprofundar e melhorar nossa política democrática. Penso que isso seja necessário também diante do clima de desconfiança e rejeição da política que boa parte dos brasileiros sentem, sobretudo em razão dos vários escândalos de corrupção.

Democracia e mundo contemporâneo são temas bastante controversos, afinal, os discursos de extrema direita crescem a cada dia, como exemplo, Trump nos EUA. Porém, não há como negar que a extrema direita cresceu, pois, a esquerda também tem sido incapaz de dar respostas em nível macro à sociedade, inclusive é até uma crítica que faz em relação a derrota de Hillary Clinton para Trump nas eleições presidenciais. O que diz sobre isso?

De fato, há um crescimento da direita em países importantes no cenário mundial, inclusive no Brasil. Muita tinta tem sido gasta, há anos, sobre a incapacidade da esquerda de oferecer respostas aos problemas contemporâneos fundamentais. Também muito se fala em renovar ou reinventar as esquerdas. Todavia, penso que uma esquerda que se queira como proposta viável para o século 21 precisa estar aberta à política e ao diálogo com outros setores da sociedade. É preciso disputar os espaços, elaborar uma cultura capaz de disputar a hegemonia, tanto nacional quanto internacionalmente. E tudo isso precisa ocorrer dentro dos marcos da democracia e isso significa também saber dialogar e tolerar os adversários políticos, assim como também devemos buscar o mesmo da direita ou de qualquer outra força política. Não é possível pensar a política somente a partir da lógica amigo/inimigo.

E a democracia brasileira, como você a vê perante o cenário internacional e também frente a todos esses escândalos de corrupção pelos quais passamos?

A democracia no Brasil é sempre um assunto bastante complexo, seja pela nossa história republicana ao longo do século 20 ou por nossa história mais recente, da redemocratização em diante. Os escândalos em relação à corrupção, além dos problemas óbvios, contribuem para uma descrença e rejeição da política na população e, consequentemente, uma descrença em torno das possibilidades democráticas para o país. Por isso, é preciso defender a Justiça a todo custo, evitando toda a seletividade nos processos. Uma das possibilidades de restaurar a confiança dos brasileiros nas instituições democráticas passa, certamente, pela punição de todos os crimes, independentemente de partidos.

Que mensagem pode ser dita aos jovens que vão participar do II Encontro?

Estou bastante ansioso para o II Encontro. Espero poder contribuir com os jovens, criando um ambiente de discussão que nos possibilite crescer juntos. Certamente, temos questões que instigam a todos, que nos incomodam em conjunto, até porque também estou entre os jovens. Tenho 26 anos! Então compartilho dos anseios e problemas da juventude. Enfim, vamos pensar juntos nesse lugar maravilhoso que é a colônia Kinderland!

Serviço
II Encontro de Jovens Lideranças
Data: 11 a 15 de julho
Local: Colônia de Férias Kinderland, Paulo de Frontin (RJ)

Mais informações sobre o II Encontro de Jovens Lideranças: http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/2017/06/21/5322/

 


Roberto Freire: A transição e o futuro

Em uma quadra conturbada da vida nacional, em que o país dá os primeiros passos para a superação da pior recessão econômica de sua história enquanto enfrenta uma profunda crise política cujos desdobramentos são a cada dia mais imprevisíveis, é fundamental que não nos afastemos do nosso compromisso intransigente com os interesses do Brasil e dos brasileiros, atuando sempre com responsabilidade, serenidade e espírito público.

Durante todo o período em que o país foi governado pelo PT, nós, do PPS, exercemos uma oposição corajosa e altiva, denunciando as mazelas, os desvios, as irregularidades e todos os equívocos cometidos nos 13 anos de administrações lulopetistas e que nos levaram ao total descalabro. Em 2016, assumimos o protagonismo no processo legítimo, constitucional e democrático que culminou no impeachment de Dilma Rousseff e apoiamos o governo de transição e as propostas de reformas fundamentais para a recuperação da economia e a modernização do país.

Neste momento em que a crise política talvez tenha atingido o seu ponto mais agudo, com a apresentação pela Procuradoria-Geral da República de uma grave denúncia contra o presidente da República por corrupção, temos a consciência de que a transição e as reformas que defendemos fazem parte de um processo que, por si só, é maior do que qualquer governante de turno. Independentemente de quem ocupe o cargo máximo do Poder Executivo como fiador da travessia política rumo às eleições de 2018, temos de continuar trabalhando pela retomada da atividade econômica e pela pauta reformista que recolocará o Brasil nos trilhos do crescimento.

Especialmente nos momentos mais tumultuados da política nacional, a saída deve ser buscada em consonância com o que determina a Carta Magna, em respeito às leis, ao ordenamento jurídico brasileiro e à democracia, buscando a máxima estabilidade possível, sem comprometer o futuro do Brasil. O processo de reconstrução do país após o desmantelo perpetrado pelo lulopetismo não está centrado em uma figura em particular. Trata-se, ao fim e ao cabo, de uma transição pela qual são responsáveis as forças políticas que apoiaram o impeachment de Dilma, cujo maior compromisso é com a agenda de reformas do novo governo. Nenhum líder é maior que os processos políticos, nem o presidente da República.

Tudo isso também nos ajuda a compreender, ainda com mais clareza, o cerne do sistema parlamentarista: o processo democrático é o que realmente importa, muito além das pessoas. Já afirmei inúmeras vezes e reitero que a principal e verdadeira reforma política de que o país necessita é a instituição do parlamentarismo, que permite a superação das crises mais agudas sem traumas institucionais. Diante das dificuldades políticas que o Brasil vem enfrentando nos últimos anos, é evidente que o debate sobre a adoção de um modelo mais avançado, dinâmico e flexível não pode mais ser adiado.

Temos de aprender com aquilo que existe de mais avançado nas democracias mundo afora. O parlamentarismo, não à toa, é o sistema político vigente na maior parte dos países do mundo democrático – à exceção dos Estados Unidos, todas as grandes nações desenvolvidas do planeta são parlamentaristas. Há no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição de autoria do então deputado Eduardo Jorge (PEC 20/1995) que institui o parlamentarismo no Brasil. O texto está pronto para ser votado em plenário desde 2001 e, se aprovado, poderia valer já para as eleições de 2018 ou, o que é mais provável em função do tempo exíguo, a partir de 2022.

No parlamentarismo, ao contrário do que temos aqui observado, quanto maior crise, mais radical é a solução. Nesse sistema, a queda do gabinete do primeiro-ministro se dá sem que haja qualquer impasse político ou grande turbulência. Quando não é possível formar uma nova maioria parlamentar, a Câmara é simplesmente dissolvida e são convocadas novas eleições – o que leva a uma participação ainda maior da cidadania no processo, fortalecendo a própria democracia.

Apesar do clima de pessimismo e da descrença generalizada da população brasileira em relação aos rumos do país, sobretudo em função da sucessão de denúncias e escândalos, devemos tentar extrair bons frutos mesmo a partir de um momento delicado como o que vivemos atualmente. Seja com Michel Temer ou outro presidente da República que, eventualmente, venha a sucedê-lo de acordo com o que prevê a Constituição, o governo de transição não se desviará de seu caráter reformista e contará com o nosso apoio para chegarmos ao porto seguro de 2018.

Olhando adiante, o Brasil não deve perder tempo com mudanças paliativas no sistema político ou remendos inócuos que nada resolvem. É necessário modificarmos a essência do atual modelo, com um regime que permita o fortalecimento dos partidos e a participação mais atuante da sociedade. Um Brasil parlamentarista será um Brasil ainda mais democrático.

* Roberto Freire é deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS

Fonte: http://noblat.oglobo.globo.com/artigos/noticia/2017/07/transicao-e-o-futuro.html

 


FAP promove II Encontro de Jovens Lideranças

Evento destaca curso de formação política e contará com a presença de 120 jovens de todo o país, além de dirigentes do PPS, conselheiros e diretores da Fundação Astrojildo Pereira e palestrantes convidados

Germano Martiniano

(Brasília, 21/06/2017) - Está tudo pronto para o II Encontro de Jovens Lideranças promovido pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), que contará com a participação de 120 jovens de todo o país. Dirigentes do PPS, conselheiros e diretores da FAP e palestrantes garantirão o sucesso da programação, entre os quais o ex-ministro da Cultura e deputado Roberto Freire (SP), presidente do PPS; o senador Cristovam Buarque (DF); o deputado estadual Conte Bittencourt; o deputado federal Arnaldo Jordy; e os prefeitos de Vitória, Luciano Rezende (ES), e Rafael Diniz, de Campos (RJ). Será de 11 a 15 de julho, na Colônia de Férias Kinderland, em Paulo de Frontin (RJ).

Com características de treinamento em regime de imersão política, dinâmicas de grupo para trabalho em equipe e exercícios de liderança, a novidade do II Encontro será a realização de um curso de formação política com carga horária de 12 horas, que abordará os seguintes temas: Ação coletiva, associativa e partidária; Política e democracia no mundo contemporâneo; A trajetória da modernização brasileira; Os desafios da mudança econômica na atualidade; Da revolução à democracia: uma esquerda a inventar; e Desafios da democracia no Brasil.

As aulas serão ministradas por Cláudio Vitorino, Marcus Vinicius Oliveira, Hamilton Garcia, Everardo Maciel, Caetano Araujo e Alberto Aggio. O humorista e diretor Cláudio Manoel, o diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Sérgio Besserman; a atriz Naura Schneider; o presidente do Sebrae-RJ, Cezar Vasquez: o presidente da Frente Nacional das Cidades Inteligentes e diretor da Terracap, André Gomyde; o psicoterapeuta e líder da Diversidade do PPS, Eliseu Neto e o monge yogue Dada Jinanananda farão palestras sobre os mais diversos temas, da violência contra a mulher ao respeito à diversidade, da questão ambiental ao empreendedorismo e do futuro da cidades ao mercado de trabalho para os jovens. Entre as atividades lúdicas e recreativas, uma aula de meditação, um show performático, muito rap e uma festa caipira que vai terminar em funk.

Conhecimento
Para Raquel Nascimento Dias, coordenadora de Mulheres do PPS, do Igualdade23, da Diversidade e secretária nacional da JPS, que também é uma das colaboradoras do evento, o conhecimento é a maior “arma” que pode ser dada à juventude. “Despertar a curiosidade nos jovens para o mundo do conhecimento e permitir que eles descubram seus processos de liderança, lhes dando a oportunidade de conhecer outras realidades tão próximas e tão distintas das suas, é a maior importância do II Encontro de Jovens”, destaca a dirigente.

Marcelo Barreto, jovem advogado e filiado do PPS de Campos dos Goytacazes/RJ, que esteve no I Encontro como participante e estará neste segundo como monitor, relatou que estes eventos, além de servirem para ampliar o horizonte político dos jovens, também são ótimas oportunidades de trocas de experiências e de se fazer novas amizades. “Pude perceber que, ao final do curso, além dos aprendizados políticos, eu estava também com novos amigos e companheiros de caminhada política, filosófica e psicológica”, disse Barreto.

Atriz, filiada ao PPS e residente na cidade do Rio de Janeiro, Eduarda Benevides tem boas expectativas sobre este II Encontro de Jovens Lideranças. “Essa é minha primeira vez no Encontro. Após receber o convite e ficar sabendo de toda a programação referente às atividades, minhas expectativas são as melhores", avalia. "Me interessou bastante o fato de montarem, nesse encontro, um curso de formação política, importantíssimo para nos prepararmos moral e intelectualmente para as questões que estamos vivendo ultimamente no cenário político nacional’, completa Eduarda.


Militantes pedem maior participação do poder público em seminário LGBT

Necessidade de equiparação dos crimes contra a população LGBT às causas raciais foi um dos temas mais enfatizados pelos participantes durante o evento em Brasília

Por Germano Martiniano

Políticos e militantes da causa LGBT participaram, na manhã desta quinta-feira (18), do Seminário de Combate à LGBTfobia em Brasília. O evento foi organizado em conjunto pelos núcleos de diversidade do PPS (Partido Popular Socialista), PV (Partido Verde), PP (Partido Progressista) e PSDB (Partido Social Democrata Brasileiro) na semana em que se celebrou o Dia Internacional Contra a Homofobia. Palestrantes e participantes cobraram maior participação do poder público em relação a causa de gênero e enfatizaram a necessidade de equiparação dos crimes contra a população LGBT às causas raciais.

Enquanto no Planalto Central o clima esquentava diante das delações da JBS contra Temer e Aécio Neves, no auditório Interlegis do Senado Federal, muito se discutiu sobre a violência contra a população LGBT. Ludymila Santiago, transexual e uma das palestrantes, destacou que as transexuais possuem uma média de vida de apenas 35 anos e cobrou maior presença das transexuais na construção de políticas sociais em favor da população LGBT. “É importante a presença de todos nessa luta. Mas, quem sofre na pele o preconceito e toda violência, somos nós. Por isso precisamos participar da formulação de políticas de combate à violência LGBT”, disse a ativista.

A Senadora Marta Suplicy também esteve presente e disse que muitos políticos “se ausentam das discussões de gênero com medo de perder eleitores, por vivermos em uma sociedade conservadora”. Outra figura de destaque no evento foi o primeiro prefeito assumidamente gay do Brasil, Edgar de Souza, que relatou problemas enfrentados durante a campanha para prefeito. “Quando me questionaram por ser gay, perguntei para meus eleitores se queriam um prefeito que esconda quem ele é e quem ele ama? ”.

O Seminário foi uma grande oportunidade para que militantes e políticos trocassem experiências e traçassem estratégias para o combate da LGBTfobia nos próximos anos. O coordenador da diversidade do PPS, Eliseu Neto, destacou a profundidade e diversidade dos temas tratados e resumiu o evento como um sucesso. “Tivemos um debate de altíssimo nível, que foi transmitido ao vivo pela FAP, que todos podem conferir na página da Fundação no Facebook, e isso apenas reforça o compromisso do PPS junto com a Fundação Astrojildo Pereira no empoderamento das minorias e na luta dos direitos humanos”, finalizou.

Confira algumas entrevistas com palestrantes do seminário: 

https://youtu.be/XdL_2j12Vek

* Germano Souza Martiniano é Assessor de Comunicação da Fundação Astrojildo Pereira (FAP)


Alberto Aggio: Descobertas tardias

Nossa expectativa é de que, juntos com as novas, essas descobertas tardias inundem o espaço público, democratizando a informação e a opinião, quer seja de intelectuais ou de organizações políticas como o PPS.

Em sua coluna para o jornal Folha de São Paulo (veja aqui), o jornalista Clovis Rossi faz alguns comentários sobre o PT e a “esquerda latina”, repassando à opinião pública brasileira as recentes avaliações de Noam Chomsky a respeito do fracasso do PT e do bolivarianismo venezuelano.

É positivo que isso ocorra, especialmente quando se recupera um intelectual como Chomsky, sempre colocado ao lado do petismo e do bolivarianismo, numa crítica definitiva ao que foram os governos petistas. Se Rossi é um crítico do PT há algum tempo, Chomsky sempre foi mobilizado como um aliado de corpo inteiro e de primeira hora, embora sua sensibilidade política esteja mais ligada ao pensamento tardo-anarquista. Chomsky nunca foi exímio conhecedor da América Latina ou do Brasil, não passou a entendê-los por apoiar o PT e Chávez e mesmo agora entende pouco dessa realidade, quando pula fora do barco num momento que parece ser o crepúsculo petista.

 O linguista norte-americano Noam Chomsky em conferência na USP em 1996

O que veio à tona nos últimos dias jogou por terra qualquer discurso ou manifesto alinhavado de última hora por intelectuais que continuam a emprestar seu apoio a Lula e ao PT. Rossi anota que a descoberta dos descaminhos do petismo nos seus governos (economia baseada em commodities, falta de desenvolvimento sustentável interno e corrupção) é bastante tardia, mas o que “há de novo é que alguém de esquerda enfim abre os olhos e diz o rei está nu, coisa que nenhum intelectual de esquerda o fez até agora no Brasil”.

Uma injustiça do nobre colunista da Folha. Sabemos que não foram poucos os intelectuais que advertiram sobre esses descaminhos – e outros tantos mais perigosos. Basta citarmos Chico de Oliveira, Paulo Arantes e Roberto Schwarz, por exemplo. Mas deveríamos acrescentar à lista os nomes, pelo menos, de Luiz Werneck Vianna, Luiz Sérgio Henriques, Francisco Weffort, José Álvaro Moisés, Sérgio Fausto, dentre outros. Esse pequeno acréscimo indica que até mesmo na lavra de jornalistas experientes como Clovis Rossi o bloqueio exercido pelo PT em relação a quem pertence ao campo da esquerda, em especial da “esquerda democrática”, continua vigente, lamentavelmente.

Mas há que informar também ao nobre jornalista que um pequeno partido político, como é o PPS – legítimo herdeiro do PCB –, ao romper com o PT em 2004, inclusive a partir de uma formulação escrita sob o título “Sem mudança não há esperança”, o fez mencionando alguns dos aspectos que hoje são lembrados por Chomsky.

Como não poderia deixar de ser, nossa expectativa é de que, juntos com as novas, essas descobertas tardias inundem o espaço público, democratizando a informação e a opinião, quer seja de intelectuais ou de organizações políticas como o PPS.

Alberto Aggio é professor titular da Unesp, membro do Conselho Político do PPS e diretor da FAP (Fundação Astrojildo Pereira)


Fonte: http://www.pps.org.br/2017/04/17/alberto-aggio-descobertas-tardias/

Foto capa: Divulgação/Ricardo Stuckert/Instituto Lula


Programa diferente: O que a juventude espera do futuro?

 

Nesta Páscoa, o #ProgramaDiferente fala sobre a juventude e o que os jovens esperam da política e do futuro do mundo, fazendo um link interessante entre representantes de vários países na ONU e os participantes de um encontro promovido pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) no Rio de Janeiro, que reuniu delegações de diversos estados brasileiros, para a formação de novas lideranças.

Cobrimos com exclusividade este encontro organizado pela FAP e apresentaremos, a partir desta semana, uma série de programas especiais sobre os temas que foram debatidos com os jovens. O humorista Marcelo Madureira conta um pouco da história da Colônia Kinderland, local do evento. Também ouvimos o jornalista Luiz Carlos Azedo, diretor-geral da FAP; o deputado estadual Davi Zaia, presidente nacional do PPS; e o ilustrador e designer Alex Leal, especialista na criação de games políticos. Assista!


Mulheres do PPS discutem estratégias para aumentar presença feminina na política

 

A Coordenação Nacional de Mulheres do PPS realizou na última sexta-feira (7), em Brasília, workshop com o tema “Propostas para avançar com as mulheres no Parlamento”. No encontro foram debatidos a pesquisa encomendada pelo PPS sobre o desempenho feminino do partido nas eleições de 2016, estratégias de campanha e a Reforma da Previdência.

Na abertura, a coordenadora do evento, Tereza Vitale, fez um resumo dos debates que ocorreram no seminário realizado nesta quinta-feira (6). Para ela, é preciso trabalhar mais o envolvimento partidário das mulheres para combater o que a dirigente classificou como a “masculinização dos partidos políticos”.

“Não podemos aceitar de bandeja que os partidos sejam masculinizados. Estamos em outro século. Temos que fazer um trabalho político nas ruas. Não queremos apenas ocupar espaços dentro dos partidos. Vamos fazer reuniões regionais e queremos conhecer o nosso potencial para podermos trabalhar esses nomes e potencializar nossas candidatas”, disse.

Eleições 2018

Na primeira oficina do workshop, a pesquisadora do Grupo de Estudos de Gênero e Política da USP e do Núcleo Democracia e Ação Coletiva do Cebrap, Beatriz Rodrigues Sanchez, apresentou um levantamento (veja aqui) que mostra o desempenho das mulheres do PPS nas eleições de 2016. Ela destacou que os dados são preocupantes.

“As mulheres do PPS tiveram um resultado pior em 2016 quando comparado às eleições de 2012. Na disputa das prefeituras ficamos abaixo da cota de 30%. O PPS está pior que todos os partidos quando se compara o número de candidatas e de efetivamente eleitas”, disse.

Já na segunda oficina, as participantes acompanharam a apresentação da assessora da SPM (Secretaria Nacional de Política para as Mulheres) e da ONU Mulheres Brasil, autora do livro “A mulher candidata – Competindo para vencer”, Silvia Rita de Souza. Na apresentação ela falou como as candidatas devem se preparar para as eleições de 2018.

“É preciso três coisas: honestidade, competência e sensibilidade. Não temos que esperar ninguém. Devemos nos unir e tentar um espaço para nossas candidaturas com uma narrativa para prender o eleitor. A narrativa é o fio condutor que dá sentido a imagem da candidata. Para isso, é preciso saber o que o eleitor quer, não pode falar qualquer coisa. É preciso ouvir o eleitor, principalmente antes do início da campanha”, alertou.

Reforma da Previdência

O presidente do PPS, Davi Zaia, participou do encontro e falou sobre a postura do partido diante da Reforma da Previdência. Apesar de reconhecer que o tema é bastante polêmico na sociedade, o dirigente afirmou a necessidade das mudanças para garantir a aposentadoria das gerações futuras.

“Todos nós temos acompanhado o debate sobre a questão da Previdência. A primeira questão é se ela realmente é necessária e isso gera um grande debate. É preciso tomar cuidado com as versões que nos são repassadas pela internet e pelo canais como o whatsapp. A aposentadoria é um pacto entre gerações em que a atual paga para a anterior. Até aqui foi relativamente fácil pagar, pois tínhamos poucos aposentados, muita gente trabalhando. A pergunta que precisa ser feita é: será que nossos filhos vão querer pagar a conta para nós?”, questionou.


Galeria de fotos do Seminário "Mulheres na Política"

Galeria de fotos do Seminário Mulheres na Política, realizado pela Fundação
Astrojildo Pereira, com apoio da Coordenação Nacional de Mulheres do PPS

Seminário Mulheres na Política

 

 

 


Mulheres do PPS debatem participação feminina na política nesta quinta-feira (6)

Temas como a questão do espaço feminino no Legislativo e a violência contra a mulher estarão em discussão

 

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) realiza nesta quinta-feira (6), em Brasília, o seminário Mulheres na Política, com apoio da Coordenação Nacional de Mulheres do PPS. O evento será realizado no San Marco Hotel – Setor Hoteleiro Sul, Quadra 05, Bloco C – Asa Sul.

Tereza Vitale, coordenadora do evento, diz que estarão em debate temas como a questão do espaço feminino no Legislativo e a violência contra a mulher. O seminário contará com a presença das deputadas do PPS, Carmen Zanotto (SC), Pollyana Gama (SP) e Eliziane Gama (MA), da senadora do PMDB Martha Suplicy (SP) e da cineasta e atriz Naura Schneider.

Na sexta-feira (7), a coordenação do movimento promove um workshop com o tema “Propostas para avançar com as mulheres no Parlamento”. Serão analisadas as palestras proferidas no encontro do dia anterior e a realização de oficinas com a pesquisadora da Universidade de São Paulo, Beatriz Rodrigues Sanchez, e a assessora da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres e da ONU Mulheres Brasil, Silvia Rita de Souza.

Programação dos eventos:

SEMINÁRIO MULHERES NA POLÍTICA – MEDIDAS ALTERNATIVAS E A GARANTIA DE VAGAS NO PARLAMENTO

Dia: 06 de abril

11h – Credenciamento

12h – Almoço

13h30 – Abertura com Tereza Vitale (DF) e Raquel Dias (CE)

14h – Mesa-redonda com deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) – Bancada Feminina da Câmara dos Deputado -; senadora Martha Suplicy (PMDB-SP) – Bancada Feminina do Senado Federal e autora do projeto sobre a reserva de vagas no Parlamento); deputada Pollyana Gama (PPS-SP) como mediadora. Comentários da deputada Eliziane Gama (PPS-MA).

TEMA: Vagas no Parlamento
14h45 – Debate

15h30 – Mesa-redonda com Beatriz Rodrigues Sanchez, pesquisadora do Grupo de Estudos de Gênero e Política da Universidade de São Paulo e do Núcleo Democracia e Ação Coletiva do Cebrap; com os comentários de Irina Storni, da SPM (Secretaria de Políticas para as Mulheres ).

TEMA: Apresentação da Pesquisa Mulheres do PPS e as eleições de 2016
16h15 – Coffee break

16h30 – Exibição do longa Vidas Partidas, com Naura Schneider e Domingos Montagner

18h30 – Debate com a cineasta e atriz Naura Schneider, comentários de Irina Storni (SPM)

TEMA: Violência contra a mulher
19h30 – Encerramento
Coordenação: Tereza Vitale


WORKSHOP: PROPOSTAS PARA AVANÇAR COM AS MULHERES NO PARLAMENTO

Dia: 07/04
8h30 – Abertura com Raquel Dias (CE) e Tereza Vitale (DF)

TEMÁRIO: Avaliando as palestras proferidas no Seminário da FAP realizado no dia anterior. 2. Explicação sobre as oficinas nas quais serão discutidos dois temas para efetivar o workshop. 3. Relatoras: nomes sugeridos das duplas: Guiomar Monteiro e Renata Cabrera; Elaine Otto e Simone Girotto. Comentários de Luzia Ferreira (MG)

9h30 às 10h30 – Oficina com Beatriz Rodrigues Sanchez
Pesquisadora do Grupo de Estudos de Gênero e Política da Universidade de São Paulo e do Núcleo Democracia e Ação Coletiva do Cebrap. Apresentação da Pesquisa Mulheres do PPS e as eleições de 2016.

TEMA: Eleições 2016. Fazendo autocrítica para avançar
10h30 às 12h – Debate e depoimentos
12h – Almoço
13h30 às 14h30 – Oficina com Silvia Rita de Souza

Assessora da Secretaria de Políticas para as Mulheres e da ONU Mulheres Brasil, e autora do livro A mulher candidata. Competindo para vencer, Brasília: Alpha, 2016, 136p.

TEMA: Preparando as eleições de 2018. Levantando nossa autoestima!
14h30 às 16h – Debate

17h – Apresentação dos relatórios dos grupos

18h – Encerramento – Organização da Carta do Encontro Eleitoral 2016/2018 de Brasília (Tereza Vitale e Raquel Dias)

Organização e coordenação: Raquel Dias e Tereza Vitale

 

 


FAP e PPS se solidarizam com socialistas de Portugal pela morte de Mário Soares

A FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e o PPS (Partido Popular Socialista) divulgaram nota pública (veja abaixo) de pesar pela morte no último sábado (7) do ex-presidente e ex-primeiro-ministro de Portugal, Mário Soares, aos 92 anos, em Lisboa. Ele estava internado desde 13 de dezembro do ano passado.

Na mensagem de solidaridade aos socialistas portugueses, a Fundação e o Partido reafirmam que Mário Soares foi um “grande democrata de importância capital para Portugal e para o Brasil. Um grande líder que resistiu ao autoritarismo e apoiou essa luta nas duas margens do Atlântico”.

Mario Soares, histórico dirigente socialista com quatro décadas de atividade política, foi presidente de Portugal entre 1986 e 1996 e ocupou o cargo de primeiro-ministro em duas ocasiões, entre 1976 e 1978, e entre 1983 e 1985.

Ele contribuiu para a instauração da democracia em 1974 e para a integração europeia do país. Fundador do Partido Socialista português, também foi ministro das Relações Exteriores e deputado europeu.

Até recentemente, Soares, se manteve ativo, atuando em uma fundação que leva seu nove, e publicando livros e artigos sobre a situação de Portugal. Ele era nascido em Lisboa e completou 92 anos recentemente, em 7 de dezembro.

NOTA DE PESAR

Aos socialistas portugueses.

Nossos pêsames pela morte do ex-presidente e ex-primeiro ministro, Mário Soares, um grande democrata de importância capital para Portugal e para o Brasil. Um grande líder que resistiu ao autoritarismo e apoiou essa luta nas duas margens do Atlântico.

Recebam todos nossa solidariedade em nome da FAP e do PPS, desde o Brasil.

Um abraço aos socialistas de Portugal nesse momento de tristeza, que compartilhamos com muita emoção.

Alberto Aggio

Pela Direção da FAP”


Senador Cristovam Buarque assume presidência da FAP neste sábado, na Câmara de SP

Em solenidade neste sábado, 3 de dezembro, a partir das 10h da manhã, tomarão posse os novos diretores e conselheiros da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) para o biênio 2016-2018, na Câmara Municipal de São Paulo.

O novo presidente do Conselho Curador é o senador Cristovam Buarque (PPS/DF), e o diretor-geral é o jornalista Luiz Carlos Azedo, colunista político do Correio Braziliense. A presidência de honra será ocupada pelo cientista social Luiz Werneck Vianna, mestre em ciência política pelo Iuperj e doutor em sociologia pela USP.

Entre as presenças confirmadas no ato, para uma exposição sobre o atual momento do Brasil, estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os ministros da Cultura, Roberto Freire, e da Defesa, Raul Jungmann, ambos do PPS. Também devem comparecer representantes das fundações partidárias vinculadas ao PSDB, ao PMDB, ao PSB e ao PV, entre outros parlamentares, intelectuais, dirigentes partidários e lideranças políticas.

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