obervatorio da democracia

Richarlison é um dos raros casos de jogadores brasileiros convocados para a Copa do Mundo que manifestaram posições progressistas | Foto: reprodução/Brasil de Fato

Nas entrelinhas: O estranhamento de torcer pelo Brasil sem vestir a camisa amarela

Luiz Carlos Azedo | Nas entrelinhas | Correio Braziliense

Havia uma expectativa de que a Copa do Mundo de Futebol no Catar mudasse o clima político no país, mas ainda não é o que está acontecendo. Vamos ver se os jogos da nossa Seleção — que estreou com os pés de Richarlison fazendo dois gols, um dos quais uma pintura — contribuirão para criar um novo clima de diálogo e convivência, em que todos estejamos do mesmo lado, ao torcer pelo Brasil. Não vejo em ninguém um sentimento antipatriótico, de rejeição à Seleção Brasileira de Tite, mas também não vejo a mesma sensação de pertencimento e identidade com a camisa canarinho como em outras copas. É muito esquisito!

Talvez o Catar fique longe demais, a maioria conhece muito pouco esse Emirato, que é considerado o país mais rico do mundo. Protetorado britânico, após a queda da Império Otomano, o Catar é governado há 150 anos pela mesma família, que manteve o poder com mão de ferro após a independência, em 1971. Petróleo, gás e alumínio garantem ao país receitas muito superiores ao que gasta com importações, principalmente de bens de consumo, de alimentos, que o deserto não oferece, de carros de alto luxo.

Doha, a capital, é uma das cidades mais modernas do mundo, com seus prédios altíssimos e arrojados, fruto de uma política cujo objetivo é transformar o Emirato num polo turístico, comercial e financeiro. O velho conceito de Peter Ducker, de que as cidades devem ser boas para morar, trabalhar e visitar, simultaneamente, deve ter inspirado a modernização da cidade, considerada uma das mais seguras do mundo.

O Catar é um dos países com os quais o presidente Jair Bolsonaro conseguiu manter relações bem amistosas. Havia uma forte conexão entre a autocracia local e o projeto iliberal bolsonarista, que acabou derrotado nas urnas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Obviamente, não tem sentido romper os laços comerciais e econômicos que foram estabelecidos na visita de Bolsonaro aos Emiratos, mas nosso rumo político tem outros paradigmas, cujo eixo é o Estado democrático e não o direito divino ditado pelo Alcorão.

Vale a pena examinar melhor o contexto em que a Copa se realiza. O Catar está entre os países do Oriente que se lançaram arrojadamente na globalização, sendo um dos líderes da corrida mundial para reinventar o Estado de forma a torná-lo mais eficiente e produtivo, tendo como modelo o capitalismo de Estado de Cingapura. O fato de ser uma monarquia autoritária, com grande disponibilidade de recursos, facilita muito as coisas. Entretanto, não pode servir de paradigma para nós.

Somos um país democrático do Ocidente, com uma população muito mais numerosa e território de dimensões continentais. Nossa sociedade não segue rígidos padrões de comportamento ditados por dogmas religiosos, como é o caso das sociedades muçulmanas. Além disso, o Catar tem uma espécie de apartheid, no qual os trabalhadores estrangeiros não têm os mesmos direitos que os demais cidadãos do ponto de vista social. Um abismo social separa a elite árabe dos trabalhadores estrangeiros, entre os quais indianos, malaios, nepaleses e coreanos.

Todos juntos

A Copa no Catar vai desnudar essas duas realidades para o mundo, com certeza. Mas também há um abismo social entre aqueles que estão lá, assistindo aos jogos nos seis magníficos estádios construídos para o torneio, e os milhões e milhões de torcedores brasileiros que veem os jogos pela tevê e pelas redes sociais. Obviamente, a imprensa ocidental não se limitará à cobertura esportiva, mostrará o outro lado da realidade do país que tem a maior renda per capita do mundo.

Mas, voltando ao futebol, vamos ver se a vitória do Brasil de 2 x 0 contra Sérvia fará a torcida brasileira pegar no tranco. Como disse, a sensação ainda é muito estranha, por causa da polarização política existente e pelo fato de a camisa da Seleção Brasileira ter virado uma espécie de uniforme da extrema direita bolsonarista, que protesta à frente dos quartéis, e dos caminhoneiros que bloqueiam as estradas.

Ontem, no primeiro jogo do Brasil, era nítida a preocupação dos que ganharam as eleições com o fato de que poderiam ser confundidos com os derrotados, por causa do uniforme canarinho. Na década de 1970, a Seleção Brasileira era uma unanimidade, mas o “pra frente Brasil”, slogan da equipe, foi usado pelo regime militar para estigmatizar a oposição como antipatriótica, na base do “ame-o ou deixe-o”.

Não é o caso agora. Muitos deixam de usar a camisa da Seleção para não serem confundidos com os bolsonaristas raiz, que a transformaram em uniforme político, sequestrando um dos símbolos de nossa identidade nacional. É uma bobagem, talvez seja a hora de mostrar que somos todos brasileiros e temos direito a usá-la, não importam as convicções políticas e religiosas.

https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-o-estranhamento-de-torcer-pelo-brasil-sem-vestir-a-camisa-amarela/

Especialistas e lideranças políticas debatem reflexos da pandemia na vida das mulheres

Série de webconferências chega a sua 18ª edição. A FAP faz a retransmissão em seu site, página no Facebook e em seu canal no Youtube

Pandemia e a crise do ponto de vista das mulheres é o tema da webconferência desta sexta-feira (3/07), às 14h30. O evento faz parte do Ciclo Diálogos, Vida e Democracia, uma série de videoconferências promovidas pelo Observatório da Democracia (OD), que chega a sua 18ª edição. A mesa será coordenada por Jaqueline Moraes, que é empreendedora individual e Vice-Governadora do estado do Espírito Santo. Participam também a deputada federal e ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina(PSOL/SP), a presidente da Ação da Mulher Trabalhista, vice-presidente do PDT e vice presidente da Fundação Leonel Brizoal-Alberto Pasqualini, Miguelina Vecchio; a ex-ministra de Políticas para as Mulheres do governo Dilma Rousseff/PT, Eleonora Menicucci e a dirigente nacional do PCdoB, ex-senadora e ex-procuradora da Mulher no Senado Federal, Vanessa Grazziotin.

Ao Vivo!

Os debate estão sendo transmitidos on-line e gratuitamente pelo canal no Youtube do Observatório (clique aqui). Em seu site, na sua página no Facebook e em seu canal no Youtube, a FAP fará a retransmissão da webconferência.

Não é exagero dizer que a pandemia tem causado transtornos maiores na vida das mulheres, que já é difícil numa situação normal, pois elas assumem a maioria das tarefas domésticas, ganham menos ocupando cargos com as mesmas responsabilidades dos homens, assumem os cuidados com idosos e crianças e, além disso, são as maiores vítimas da violência doméstica. Daí a importância da videoconferência A Pandemia do ponto de vista das mulheres, que vai debater as várias consequências trazidas pela tripla crise: política, sanitária e econômica vivida pelo Brasil hoje. Além disso, serão debatidas as propostas de políticas de auxílio às mulheres neste momento. As palestrantes que são mulheres de lugar de fala diversificado, possuem experiência e competência para apontarem rumos num momento em que eles são extremamente necessários.

O ciclo conta com a realização de diversas mesas temáticas feitas por videoconferências, sempre a partir das 14h30. As seguintes acontecerão dia 07/07 (terça-feira) A Pandemia e a crise do ponto de vista dos negros, dia 11/07 (sábado) Meio ambiente e Amazônia: na Crise, qual Sustentabilidade?

O Observatório da Democracia é formado pelas Fundação Perseu Abramo (PT), Fundação João Mangabeira (PSB),Fundação Mauricio Grabois (PCdoB), Fundação Lauro Campos e Marielle Franco (PSOL), Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (PDT), Fundação da Ordem Social (PROS) e Fundação Claudio Campos e Fundação Astrojildo Pereira (Cidadania).

Serviço
Ciclo Diálogos, Vida e Democracia – Videoconferências
Mesa 18: A Pandemia e a crise do ponto de vista das mulheres
Data: 03/07
Horário: 14h30
Onde: Acompanhe as videoconferências do ciclo Diálogos, Vida e Democracia, no Facebook, pelas páginas das fundações Astrojildo PereiraLeonel Brizola-Alberto PasqualiniPerseu AbramoLauro Campos e Marielle FrancoMauricio Grabois e João Mangabeira.

Ou se inscreva no canal do Observatório da Democracia no youtube.

programação completa pode ser acessada aqui.

Veja vídeos de webconferências anteriores:

Lideranças estudantis e dos trabalhadores debatem a educação em tempos de pandemia

Ex-ministros e gestores avaliam a crise na Educação durante webconferência nesta quinta (25/6)

Videoconferência aborda a pandemia e saídas para a economia

Presidentes de partidos debatem Democracia e política em webconferência

O Mundo do Trabalho e a Pandemia é tema de webconferência

Webconferência discute o valor da C&T e da Inovação como política de Estado

Cultura em tempos de coronavírus é tema de webconferência

Webconferência debate defesa das instituições do Estado democrático

Jornalismo, comunicação e política nas redes sociais é tema de webconferência

Líderes partidários fazem webconferência para discutir o país

Especialistas debatem o coronavírus, isolamento social e saúde pública

Governadores debatem pacto federativo durante pandemia do coronavírus

Fundações partidárias debatem pandemia, recessão e saídas para a crise

Analistas discutem Brasil no contexto mundial da pandemia do coronavírus

Economistas debatem pandemia e alternativas em meio à crise do coronavírus


Lideranças estudantis e dos trabalhadores debatem a educação em tempos de pandemia

O Ciclo Diálogos, Vida e Democracia, uma série de videoconferências promovidas pelo Observatório da Democracia (OD), realizou nesta segunda-feria (29/6) a mesa Educação e Crise (Entidades). A série chegou hoje a sua 17ª edição. Coordenada pelo advogado Leocir Costa, diretor da Fundação Maurício Grabois e membro do Observatório da Democracia, o evento contou com a participação do reitor da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e Presidente da Andifes – Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior João Carlos Salles Pires da Silva; o presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) Heleno Araúj; o presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) Iago Montalvão e a presidenta da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) Rozana Barroso.

Os debate estão sendo transmitidos on-line e gratuitamente pelo canal no Youtube do Observatório (clique aqui). Em seu site, na sua página no Facebook e em seu canal no Youtube, a FAP fará a retransmissão da webconferência.

Confira o vídeo!

https://www.facebook.com/facefap/videos/893688377765425/?t=5

O que está acontecendo na educação pública brasileira de acordocom o olhar daqueles que vivem o dia-a-dia do setor. As representações de estudantes, professores e trabalhadores estarãoreunidas nesta mesa, com o objetivo de dar aos internautas uma visãode quais são as consequências da crise política, sanitária eeconômica que o Brasil está vivendo hoje especificamente para aeducação. Exclusão digital, perda de direitos, perda de espaço de socialização, incertezas e o futuro são alguns dos temas que serãoabordados por esta mesa imperdível.

O ciclo conta com a realização de diversas mesas temáticas feitas por videoconferências, sempre a partir das 14h30. As seguintes acontecerão dia 03/07 (sexta-feira) A Pandemia e a crise do ponto de vista das mulheres e dia 07/07 (terça-feira) A Pandemia e a crise do ponto de vista dos negros.

O Observatório da Democracia é formado pelas Fundação Perseu Abramo (PT), Fundação João Mangabeira (PSB),Fundação Mauricio Grabois (PCdoB), Fundação Lauro Campos e Marielle Franco (PSOL), Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (PDT), Fundação da Ordem Social (PROS) e Fundação Claudio Campos e Fundação Astrojildo Pereira (Cidadania).

Serviço

Ciclo Diálogos, Vida e Democracia – Videoconferências

Mesa 17: Educação e Crise (Entidades)

Data: 29/06 (segunda-feira)

Horário: 14h30

Onde: Acompanhe as videoconferências do ciclo Diálogos, Vida e Democracia, no Facebook, pelas páginas das fundações Astrojildo Pereira, Claudio Campos, Leonel Brizola-Alberto Pasqualini, Perseu Abramo, Lauro Campos e Marielle Franco, Mauricio Grabois e da Ordem Social e João Mangabeira.

Ou se inscreva no canal do Observatório da Democracia no youtube:https://www.youtube.com/c/observatóriodademocracia

A programação completa pode ser acessada aqui.

Veja vídeos de webconferências anteriores:

Ex-ministros e gestores avaliam a crise na Educação durante webconferência nesta quinta (25/6)

Videoconferência aborda a pandemia e saídas para a economia

Presidentes de partidos debatem Democracia e política em webconferência

O Mundo do Trabalho e a Pandemia é tema de webconferência

Webconferência discute o valor da C&T e da Inovação como política de Estado

Cultura em tempos de coronavírus é tema de webconferência

Webconferência debate defesa das instituições do Estado democrático

Jornalismo, comunicação e política nas redes sociais é tema de webconferência

Líderes partidários fazem webconferência para discutir o país

Especialistas debatem o coronavírus, isolamento social e saúde pública

Governadores debatem pacto federativo durante pandemia do coronavírus

Fundações partidárias debatem pandemia, recessão e saídas para a crise

Analistas discutem Brasil no contexto mundial da pandemia do coronavírus

Economistas debatem pandemia e alternativas em meio à crise do coronavírus