Marco Antonio Rocha

#ProgramaDiferente homenageia os 30 anos das conquistas democráticas e dos direitos humanos no Brasil: de D. Paulo Evaristo Arns a Jean Wyllys

O #ProgramaDiferente desta semana prossegue a série especial que faz referência aos 30 anos da redemocratização do Brasil com personagens históricos da luta contra a ditadura. A democracia e o pluripartidarismo dão o tom do programa.

Da lembrança do cardeal-emérito de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns, que foi homenageado com uma missa na presença, entre outros, do prefeito Fernando Haddad e do governador Geraldo Alckmin, à entrevista do jornalista Marco Antonio Rocha, que rememora os 40 anos do assassinato de Vladimir Herzog e analisa a atual crise política do país.

O "olhar diferente" da semana mostra o pré-lançamento do documentário #EuJeanWyllys, que retrata três anos de acompanhamento do deputado federal do PSOL, sua atuação política, as conquistas, os percalços e perrengues na luta por igualdade, diversidade e direitos humanos. A causa LGBT e reações de ódio e preconceito são o fio condutor deste documentário.

O #ProgramaDiferente é exibido na TVAberta de São Paulo todos os domingos, às 21h30.


O jornalista Marco Antonio Rocha fala à TVFAP.net sobre Vlado e o Brasil

No dia em que o assassinato de Vladimir Herzog completa 40 anos, o seu amigo Marco Antonio Rocha, veterano jornalista com 57 anos de profissão, relata no jornal O Estado de S. Paulo os Dias de Terror que viveu na ditadura e conta a sua história em entrevista ao #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, que você assiste aqui com exclusividade.

O presidente do PPS paulistano, Carlos Fernandes, também nos lembra que viveu situação parecida dentro de casa. Veja o depoimento sobre esta família histórica da luta pela redemocratização no PCB:

"Com o meu pai Annibal Fernandes aconteceu o mesmo que com o Marco Antonio Rocha uns meses antes, no primeiro semestre de 1975. Ele tinha acabado de sair para o trabalho, eu e meu irmão estávamos nos arrumando para ir à escola, aí toca a companhia de casa. Minha mãe Florita atende, é um jovem perguntando se o Sr.Annibal estava em casa. Ela, como toda a família, já era escolada nessas investidas militares. Logo percebe, pelos indícios (como o cabelo do jovem cortado batido, estilo milico, fazendo perguntas secas sobre o paradeiro dele, etc.) que era o DOI-Codi agindo ilegalmente, fazendo prisões sem mandato, torturando e só depois vendo como ficava... Uns sumiam, outros morriam em acidentes..."

"Ela rapidamente dispensa o jovem militar, liga para o trabalho do meu pai e avisa para ele sair de lá e não voltar para casa. Por sorte, ele seguiu a sugestão e `viajou` por um período, até articular sua apresentação de forma oficial ao DOI-Codi."

"Foram dias de tensão, com um suspeito ´casal de namorados´ toda a noite em frente de casa. Toda manhã aparecia um reco (militar) a paisana perguntando se o Sr. Annibal estava em casa. E tinha ainda o grampo do telefone, que a gente percebia quando tirava o telefone do gancho, pois antes do som de sinal aparecia um clic revelador."
 
"Hoje não me lembro quanto tempo foi esse perrengue, se dias ou semanas, mas até que um dia apareceu um militar a caráter com a intimação para ele se apresentar no DOI-Codi. Diferente de Herzog, meu pai foi um dos que entrou e saiu vivo do DOI-Codi."