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Comunidade acadêmica discute papel do setor extrativo para implementação dos ODS
Seminário reuniu especialistas sobre Indústria Extrativa para debater a colaboração do setor para o desenvolvimento sustentável.
do PNUD
Possibilidades de contribuições da comunidade acadêmica para o desenvolvimento sustentável no contexto da Indústria Extrativa no Brasil. Esse foi o tema que norteou as discussões durante o “Seminário Políticas Públicas, Indústria Extrativista e os Objetivos de Desenvolvimentos Sustentável (ODS) no Brasil: Diálogo com a Academia”, hoje (29), em Brasília.
O Seminário é um desdobramento do 1º Diálogo Global, que ocorreu em dezembro de 2014 em Brasília e contou com a presença de 400 participantes de 40 países. Organizado pelo PNUD, Ministério de Minas e Energia (MME) e Reino Unido, o atual encontro reuniu professores e pesquisadores universitários, de ensino técnico e de institutos de pesquisa com o objetivo de identificar como o contexto global dos ODS pode ser traduzido e implementado pela Academia, tendo em conta as prioridades nacionais, capacidades e circunstâncias orientadas à indústria extrativa.
Durante a mesa de abertura, o assessor para Indústrias Extrativa da equipe do Desenvolvimento Sustentável da sede do PNUD, Casper Sonesson, elogiou a continuidade dada ao trabalho iniciado em 2014 e ressaltou a importância do diálogo com todos os públicos. “Temos que trabalhar conjuntamente para implementar os ODS. E por isso esse espaço de discussão com a Academia é tão importante”, afirmou. O setor da indústria extrativista é responsável por 5% do PIB mundial e gera 3,5 trilhões de dólares de renda por ano. Estima-se que, nos países de renda baixa ou média, o setor gere um trilhão de dólares. Nos países em desenvolvimento, o papel da indústria extrativa é cada vez maior. Por essas razões, o setor extrativo é ator-chave nas dinâmicas econômicas mundiais, e, como consequência, tem papel fundamental na implementação dos ODS.
O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Carlos Nogueira, destacou que “a indústria extrativista tem potencial para apoiar o desenvolvimento das comunidades onde se insere”. De acordo com ele, “o desafio é como transformar essa indústria em força motriz para o desenvolvimento sustentável em nível local e nacional”. Por essa razão, a importância de envolver especialistas acadêmicos no planejamento de ações concretas.
A expectativa é que, durante a reunião, os especialistas identifiquem soluções para os ODS por meio das redes de colaboração acadêmica, encontrem oportunidades de parceria e atuação conjunta e definam linhas de atuação baseadas em propostas e experiências compartilhadas, com indicação dos próximos passos.
“Temos que sair deste encontro com propostas de melhoras não só para a quantidade dos resultados, mas também para a qualidade deles”, pontuou o Embaixador do Reino Unido no Brasil, Alex Ellis.
O Seminário é o primeiro de um ciclo de diálogos sobre o tema. Os próximos encontros terão como foco a sociedade civil, gestores públicos e indústrias. As reuniões se encerram com um evento intersetorial, onde serão apresentados todos os encaminhamentos e propostas de ação.
Fonte: pnud.org.br