Impeachment
Carlos Alberto Jr.: Não vai ter golpe
Há aproximadamente cinco décadas a palavra DEMOCRACIA não sai do ouvido do povo brasileiro. Foi assim nos “Anos de chumbo”, nas “ Diretas”, nos “Caras Pintadas”, e agora no “Fora PT”, o que faz que muitos afirmem que nossa Democracia ainda é jovem, e busca seus ajustes e moldes.
Grande advento de nossa Democracia, a Constituição Federal de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, nos seus fundamentos elencados no artigo primeiro, não cita a Democracia diretamente nos cinco incisos, mas seus requisitos, e abre, brilhantemente, no parágrafo único: “Todo poder emana do povo”, estabelecendo que este poder poderá ser exercido direta ou indiretamente, na forma legal.
Diretamente – por meio das ferramentas: plebiscito, referendo e iniciativa popular.
Indiretamente – por meio de seus representantes eleitos.
Nossa Constituição Federal, moderna, é um conjunto de normas que institui direitos e deveres, seja para o cidadão, seja ao Estado.
Quanto ao Estado, fixa o limite do Poder deste. O que significa que o Estado deve, precipuamente, respeitar os direitos dos cidadãos. Mas o Estado não age por si só. Ele é movido por atos de pessoas, dentre elas, aquelas que são eleitas para representar todos aqueles que vão às urnas nos pleitos que acontecem a cada dois anos.
O legislador buscou com essa limitação regrar esses agentes para que não façam dos cargos a que foram delegados algo privado, que transformem a “coisa pública” numa ferramenta que atenda seus interesses ou de seus grupos, em detrimento do interesse social, do interesse do POVO.
Aos abusos a que nos referimentos, a legislação fixa penalidades, que servem de mecanismos para impedir que outros agentes também venham a cometer tais infrações. Dentre essas penalidades está a famosa palavrinha “IMPEACHMENT”.
Impeachment, palavra inglesa, significa impedimento ou impugnação, em razão de crimes de responsabilidade político-administrativa.
Presente no artigo 85 da Constituição Federal de 1988, o Impeachment é cabido num bojo de sete situações, caracterizadas como crimes de responsabilidade, sendo elas: atos cometidos contra a existência da União; o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; a segurança interna do País; a probidade na administração; a lei orçamentária; o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Aprofundando um pouco mais, encontramos na Lei nº. 1.079/50, em seu artigo 10, itens 2 e 4, situações em que colocam a atual presidente do Brasil numa condição de difícil defesa, conforme comprovação do Tribunal de Contas União, quando afirma que fora burlada a Lei Orçamentária. Dessa maneira, configura-se a materialidade da infração.
Quanto ao processo, embora tenha sido impetrado recurso ao Supremo Tribunal Federal no tocante a vício de procedimento cometido pela Câmara dos Deputados, somos brindados pela Súmula Vinculante 46: “A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.” O que aniquila a pretensão junto a Suprema Corte, afirmando a Competência do Congresso Nacional de ditar o rito processual.
Ora, uma vez estipuladas previamente a conduta, sua tipificação penal, e sua penalidade, temos enfim previsão legal. Logo, afirmamos que não haverá golpe, e sim um processo legítimo.
Outrossim, a Democracia é mais do que a vontade da maioria. Democracia é, embora seja ouvida a maioria, o respeito aos direitos das minorias, e ao ordenamento jurídico brasileiro.
Por: Carlos Alberto Jr
Carlos Alberto Jr. é advogado
Brasileiros saem às ruas pelo impeachment de Dilma em todo Brasil
De verde e amarelo, caras pintadas e com bandeiras do Brasil, os brasileiros foram para as ruas neste domingo, 13/12/2015, pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, contra a crise econômica e a corrupção no governo do PT.
Em Brasília, o Fora Dilma reuniu mais de 8 mil pessoas em frente ao Congresso Nacional, conforme avaliação da Polícia Militar.
A manifestação no DF contou com carros de som do MBL (Movimento Brasil Livre) e do Vem pra Rua. A concentração do MBL ocorreu em frente ao Museu Nacional de Brasília e depois percorreu a Esplanada do Ministérios até as imediações do Congresso Nacional, onde o carro de som do Vem pra Rua estava estacionado.
Por volta das 12 horas, os manifestantes pró-impeachment cantaram o Hino Nacional e uma carta com 10 motivos para o afastamento de Dilma foi lida por integrantes dos movimentos sociais que organizaram o ato. Houve também o enterro simbólico do PT no gramado do Congresso.
O PPS do Distrito Federal marcou presença na manifestação. Além de militantes, o presidente do partido no DF, Chico Andrade, e o secretário nacional de Comunicação do PPS, Adão Cândido, acompanharam o ato. O deputado federal Izalci (PSDB-DF) também participou do protesto Fora Dilma.
Por: Assessoria do PPS
Manifestação dia 13: Impeachment é luta cidadã
O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), conclama os brasileiros para a manifestação pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff marcada para o próximo domingo, dia 13 de dezembro, em todo Brasil.
Para ele, a aprovação do afastamento da presidente só se resolverá com a participação e a mobilização da cidadania.
Freire diz que o “Impeachment é luta cidadã” e que a manifestação fortalece o encaminhamento do processo no Congresso Nacional.
Por: Assessoria do PPS
Marco Aurélio Nogueira: Impeachment é um risco, mas pode trazer ganhos para o debate democrático
Ao menos uma frase merece ser destacada da entrevista concedida ontem à noite pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão. Ao se referir aos efeitos que se pode imaginar como derivando da aceitação da abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma, ele disse: “Abrimos um novo caminho para estabelecer uma nova governabilidade no país.”
Foi uma frase precisa, acertada. A partir de agora, Dilma, o PT e o País podem respirar aliviados, livres da chantagem a que foram submetidos pelo deputado Eduardo Cunha. Agora é guerra aberta, de posição, não mais somente de guerrilha e movimento. Chegou o momento de mostrar quem tem razão e quem pode mais. Que vença o melhor, o mais forte, o que está ao lado da justiça e da democracia. Que o governo volte a governar.
Com a abertura do processo de impeachment, acabou o braço de ferro entre Dilma e Cunha, que entre outras coisas paralisava o sistema e constrangia a militância petista.
Ganha com isso o PT, que poderá buscar sua unidade em torno da defesa do mandato presidencial. Ganham também as oposições, que serão obrigadas a demonstrar que sua narrativa de estelionato eleitoral e corrupção tem um fundo de verdade tão forte e evidente a ponto de sensibilizar a população e a maioria absoluta da Câmara dos Deputados.
É um ganho para o debate democrático. Saberemos todos aproveitá-lo? Teremos condições de requalificar o modo como vem sendo debatidos os grande temas nacionais? Conseguiremos escapar da polarização estúpida que faz a nação sangrar?
Importa não menosprezar a distribuição dos votos na Câmara. As oposições não têm a maioria. Terão de se desdobrar e gastar saliva e tutano, já que não têm canetas para distribuir prêmios e incentivos. Precisarão ser persuasivas e convencer deputados, senadores e formadores de opinião que o impeachment faz sentido, não é uma peça sem embasamento jurídico. Não será fácil. Terão de converter uma vontade e um desejo em argumento jurídico-político, mostrando que possuem mais do que uma acusação genérica de desgoverno e provando que Dilma cometeu atos que a comprometem em termos de irresponsabilidade e corrupção.
Se forem competentes, íntegros e souberem pautar o debate, os oposicionistas poderão nocautear Dilma. Se não forem, terão de enfiar a viola no saco e mudar a partitura.
Os governistas, de seu lado, precisarão provar que está em marcha um “golpe branco”, uma ameaça à democracia, uma manobra das oposições para tumultuar o ambiente e conseguir uma revanche que alivia a dor da derrota de 2014. Terão de explicar que o “processo espúrio” desencadeado pelo desejo de vingança e retaliação de Eduardo Cunha pode sim ter “lastro jurídico”, endossado que está por figuras como Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr. Não será suficiente espernear contra a “mídia golpista”. Nem converter Eduardo Cunha no algoz amoral e pérfido da presidente. Há muito mais coisas a serem consideradas. Uma delas: o impeachment tem base legal? Bater em Cunha agora é gastar vela com o defunto errado.
É verdade que Dilma não cometeu crimes, nem tem um prontuário que a criminalize. Mas será preciso blindá-la com outros argumentos, para o quê um pouco de autocrítica ajudaria bastante. Ou será que o governo não errou, não fez escolhas erradas, e tudo não passa de artimanhas da oposição ressentida? A perda de prestígio de Dilma caminha junto com os fracassos de seu governo e não serve em nada para bloquear o impedimento, muito ao contrário. Há um clima de esgotamento no ar: do modelo de desenvolvimento, de um padrão de coalizão, de um sistema político, do próprio PT, que se entregou demais ao governo e agora precisa se esforçar para defendê-lo sem se deixar por ele comprometer. Se não ilícitos que a maculem hoje, não há porque descartar que eles apareçam amanhã. Impossível tratar uma questão política com recursos de fundo jurídico ou moral. A política é dinâmica e tende a se diferenciar daquilo que é certo ou errado.
A Câmara é hoje uma terra de ninguém: um universo em disputa, no qual oposição e situação são somente parte. Há um “centrão” flutuando por ali, derivado da problematização da base aliada. Ele é tido como mais fiel a Eduardo Cunha do que ao governo. Será alvo de intensa disputa e tenderá a funcionar como fator decisivo, o que pode fazer seu “preço” subir às alturas.
A crise econômica, o prosseguimento da Lava-Jato, com seus desdobramentos imprevisíveis, a crise dos partidos, a falência do sistema político e o barulho das ruas são intervenientes complicadores e difíceis de serem controlados. Como cada um deles se manifestará é algo em aberto. Se a crise passar a ser mais sentida pela população e se houver combustível suficiente nas oposições, por exemplo, uma mobilização social poderá acontecer, com força para alterar a qualidade e o ritmo do processo. O destino de Eduardo Cunha também poderá alterar a correlação de forças e a dinâmica política. Se for cassado, fará com que suas impressões digitais comprometam ainda mais a credibilidade à autorização do impeachment. Por outro lado, o “centrão” ficará sem ter quem o coordene.
O impeachment por enquanto é uma hipótese remota. Poderá ou não encorpar. No curto prazo, produzirá estragos num governo que já vai muito mal e turbulência no País. No médio e no longo, tudo vai depender do que fizerem os protagonistas, dos acertos e erros que cometerem.
Na hipótese de o impedimento progredir, o mundo não acabará. É frágil a ideia de que o processo redundará necessariamente na entrega do governo para a direita, pois há um bom espaço de manobra para que se forje uma solução negociada que preserve e valorize as regras do jogo democrático, os direitos e as conquistas sociais dos últimos anos. Uma “pauta conservadora” não está automaticamente vinculada ao impeachment, até porque os atores que construirão o que virá depois ainda não estão claros nem definidos. Ao contrário, estão em plena gestação.
Fonte: Assessoria do PPS
Brasileiros voltarão às ruas do País no próximo domingo pelo impeachment de Dilma
O PPS vai estar ao lado da cidadania, dos trabalhadores e dos movimentos sociais para manifestar indignação pela volta da inflação, do desemprego, do escândalo do “Petrolão” e contra a corrupção que impera nas empresas estatais, “malfeitos” que já levaram para a prisão ex-ministros e altos dirigentes do PT.
O partido vai às ruas contra esse governo que já não governa mais o País, no próximo domingo, dia 15 de novembro, para se manifestar a favor da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, responsável por uma das maiores crises política, econômica e ética da história da República.
Diante da inépcia do governo do PT em apresentar alternativas para a grave crise que está drenando a capacidade da economia, o impeachment se apresenta como solução para a retomada da confiança no País.
O PPS entende que a mudança de governo com o afastamento da presidente é urgente, pois os dilemas provocados pela sua irresponsabilidade com os gastos públicos, a chamada “contabilidade criativa” e “pedaladas fiscais” estão fazendo o Brasil retroceder no tempo.
Sem o impeachment de Dilma, não haverá esperança para a superação da greve crise brasileira. O que não dá mais é continuarmos pagando a conta do desarranjo econômico provocado pelo governo Dilma, totalmente incapaz de apresentar medidas para que o Brasil volte a crescer sem corrupção e sem o aparelhamento do Estado protagonizado pelo PT nos últimos 13 anos.
O PPS é a favor do Brasil e da democracia, mas contra o desgoverno de Dilma. Por isso irá às ruas em 15 de novembro, dia da Proclamação da República.
Fonte: Assessoria do PPS
#NatalSemDilma é o novo bordão das manifestações de rua pró-impeachment
O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, acompanhou nesta segunda-feira, 19 de outubro, mais uma manifestação pró-impeachment convocada pelos movimentos Vem Pra Rua e Brasil Livre em diversas cidades do país.
A TVFAP.net apresenta a íntegra do debate sobre Ética na Política com Pedro Simon, Miguel Reale Jr., Rogerio Chequer e Gilberto Natalini
A TVFAP.net apresenta a íntegra do evento que contou com a participação do ex-senador Pedro Simon, do jurista Miguel Reale Jr., de Maria Lucia Bicudo, filha do jurista Helio Bicudo (ele e Reale proponentes do impeachment da presidente Dilma Roussef), e de Rogerio Chequer, do Movimento Vem Pra Rua.
O debate sobre Ética na Política foi organizado pela RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade) e pelo vereador Gilberto Natalini (PV) na Câmara Municipal de São Paulo.
Freire: impeachment continua na pauta do dia, mas depende da mobilização das ruas
O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse nesta quarta-feira que mesmo com as liminares concedidas pelo SFT (Supremo Tribunal Federal) suspendendo o rito definido pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a análise dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o processo continua na pauta do dia das oposições e que seu afastamento poderá avançar com o “povo nas ruas”.
“O que ficou suspenso foi a questão de ordem que definia o rito de tramitação do pedido de impeachment, mas o processo fica evidentemente como estava antes. O que ocorreu talvez tenha sido um paradoxo, porque [a decisão do STF] dá poder único e exclusivo a Cunha, mantendo sua prerrogativa constitucional de receber ou não o pedido de impeachment da presidente”, afirmou Freire.
Segundo o presidente do PPS, mesmo com as liminares concedidas pelos ministros Rosa Weber e Teori Zavascki suspendendo temporariamente as regras então estabelecidas por Cunha para dar andamento aos pedidos de afastamento de Dilma, a instalação do processo não depende mais do plenário da Câmara.
“Não tem mais nada a ver com o plenário. Eduardo Cunha pode inclusive decidir aceitar o novo pedido de impeachment que será apresentado pela oposição, assinado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale e Janaína Paschoal, com o acréscimo do fato novo de que as pedaladas fiscais apontadas pelo Ministério Público e Tribunal de Contas da União não foram apenas entre 2010 e 2014, no primeiro mandato de Dilma, mas tiveram continuidade neste segundo mandato, comprovando a tese de crime continuado”, disse.
Mobilização
Roberto Freire avalia, no entanto, que o processo de impeachment só se consolidará com a mobilização da sociedade. “O que precisa acontecer, e sem isso não vamos avançar no impeachment, por mais que as oposições lutem no Parlamento, é a cidadania participando mobilizada nas ruas”, afirmou.
Para ele, enquanto o “movimento das ruas não for retomado”, o processo de afastamento da presidente terá idas e vindas. “Evidentemente o governo continua tendo um papel bem maior [nesta disputa] porque detém poder, conseguindo manipular e cooptar a base aliada com o toma-lá-dá-cá de cargos. Mas isso é pode ser detido se o processo de impeachment avançar com o povo nas ruas”, finalizou
Enquanto não for retomado o movimento da ruas, esse processo vai ter idas e vindas, e evidentemente o governo tendo um papel bem maior porque detém um poder, ainda consegue manipular e cooptar, corromper e ainda corrompendo bases a base aliada com o toma-lá-dá-cá de cargo, isso é pode ser detido e o processo de impeachment avançar com o povo nas ruas.
Fonte: Assessoria do PPS
O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, acompanha debate sobre a Ética na Política e ouve Pedro Simon e Miguel Reale Jr. sobre o Impeachment
O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, conversa com o ex-senador Pedro Simon, com o jurista Miguel Reale Jr. e com Maria Lucia Bicudo, filha do jurista Helio Bicudo, ambos proponentes do impeachment da presidente Dilma Roussef, na abertura do debate sobre Ética na Política, organizado pela RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade) e pelo vereador Gilberto Natalini (PV) nesta terça-feira, 13 de outubro, na Câmara Municipal de São Paulo.
Impeachment: Líder do PPS diz que recurso do PT impulsiona processo contra Dilma
O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), disse nesta quarta-feira que o recurso apresentado pelo PT à resposta dada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à questão de ordem sobre o rito de tramitação do afastamento da presidente Dilma Rousseff, impulsionou a abertura do processo contra a petista. Durante debate sobre o impeachment no plenário da Casa, o parlamentar chegou a agradecer os petistas.
“Nós temos que agradecer o PT por fazer o recurso à resposta do presidente. O Brasil tem que agradecer o PT. Os 91% dos brasileiros que não aprovam o governo de Dilma têm que agradecer o PT. Foi com essa atitude (do PT) que começou de vez o processo de impeachment da presidente Dilma. A atitude do PT, agora, deu um start, um passo inicial para que o processo de impeachment da presidente Dilma de fato aconteça”, ironizou Rubens Bueno.
Com o recurso, ressaltou o líder do PPS, o PT admite que o processo de impeachment de Dilma já está em andamento. “E como já está acontecendo, e eles assumem isso, queremos dizer que a presidente Dilma fez tanta barbeiragem, acumulou um número tal pontos (por infrações), que agora a sua carteira de habilitação para dirigir o país deve ser cassada”, comparou o deputado.
Rubens Bueno ressaltou ainda que a resposta à questão de ordem da oposição está muito bem embasada e fundamentada. “A decisão do presidente Eduardo Cunha com relação à questão de ordem formulada pela oposição está correta, com começo, meio e fim”, defendeu.
Para o líder do PPS, se o PT vem com recurso é porque está dando o primeiro passo para o impeachment. “Será que estão atendendo um apelo do ex-presidente Lula, que agora começa a fazer críticas a presidente Dilma? Será que o processo começou a contaminar também a bancada do PT e a bancada do governo? É isso que vamos ver. Mais uma vez, sou grato ao PT por dar esse grande passo em direção ao processo definitivo do impeachment da presidente Dilma”, afirmou.
Fonte: Assessoria do PPS
Movimento Pró-Impeachment já mobiliza parlamentares de diversos partidos
O afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) começou a ganhar mais força dentro do Congresso nacional nesta quinta-feira , quando líderes do PPS, PSDB, DEM, PSC e SDD, com apoio de deputados do PMDB, PTB, PP, entre outros partidos, lançaram na Câmara dos Deputados o Movimento Pró-Impeachment. O site do grupo, proimpeachment.com.br, já está recebendo mensagens e vídeos de brasileiros a favor do afastamento e coletando, por meio de uma petição pública, o apoio da sociedade.
No ato de lançamento, que lotou o salão verde da Câmara, o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (PT), fez um paralelo do atual momento do país com o vivenciado pela sociedade brasileira e pelo meio político na época do impeachment do então presidente Fernando Collor. “Depois de um certo tempo, nós costumamos rememorar a história. Foi deste salão aqui também, já num momento mais avançado, que foi entregue o pedido de impeachment do presidente Fernando Collor. Naquele momento a sociedade brasileira se mobilizava em um nível até menor do que se mobiliza hoje. As pesquisas, hoje , estão indicando que a sociedade rejeita mais este governo (de Dilma) do que rejeitava o governo de Collor”, ressaltou.
Freire lembrou ainda que naquela ocasião o PPS estava junto com os que hoje estão no governo para derrubar Collor pela intervenção constitucional do impeachment. “Era uma ação democrática e tão democrática quanto essa que estamos dando início aqui e agora. É importante salientar isso porque a partir de hoje nós vamos começar a focar qual pedido de impeachment vai se concretizar aqui no plenário da Câmara dos Deputados. Após essa etapa levaremos ao Senado para confirmar aquilo que a ingovernabilidade que reina no país exige de todos nós: restaurar a confiança tal como já fizemos historicamente no passado. Precisamos retomar a esperança e o Brasil precisa retomar o caminho democrático”, defendeu.
Já o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), ressaltou que não faltam razões para colocar em andamento o processo de impeachment da presidente Dilma. “Não só as condições éticas, econômicas e sociais que a cada dia se agravam e colocam o país em mais dificuldade. A presidente da República vive uma crise de autoridade sem precedentes na história do país. E por uma razão muito simples: O estelionato eleitoral de 2014 indica exatamente os motivos dessa falta de autoridade. Ela disse que tudo estava bem e quando terminou a eleição começou a fazer tudo o que disse para os brasileiros que não faria”, afirmou.
Rubens Bueno ressaltou ainda que o ato de lançamento do movimento era o primeiro passo de um grande caminho a seguir. “Chamamos a cada um dos parlamentares aqui presentes a responsabilidade de pressionar os deputados de forma democrática e legítima para que tenhamos no mínimo 342 deputados e deputadas favoráveis à autorização para a abertura do processo de impeachment. A partir de agora vamos começar um processo novo para que o Brasil volte a ter respeito e que tenhamos aqui governos sérios, decentes e que se preocupem a médio e longo prazo com o futuro do país”, conclamou.
A oposição também continuará conversando com os movimentos populares que defendem o impeachment e com figuras públicas, como o jurista Hélio Bicudo, fundador do PT, que na última semana ingressou com pedido de afastamento da presidente.
Com o crescimento do movimento e assinaturas recolhidas, os parlamentares irão pedir ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que se posicione sobre algum dos pedidos que já foram apresentados à Câmara.
Se houver rejeição, a oposição poderá recorrer ao plenário da Câmara para levar o processo de impeachment adiante.
Fonte: Assessoria do PPS