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Debate político entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro na Band para o segundo turno | Foto: reprodução/CNN

Semana decisiva tem debates para governo e presidência na Globo

Brasil de Fato*

A reta final das eleições 2022 contará com debates promovidos pela Rede Globo com candidatos à presidência da República e governador. O último confronto de ideias entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será na sexta-feira (28) a partir das 21h30.

Os debates entre candidatos a governo dos estados vão ao ar na quinta-feira (27), após a novela "Travessia". Os debates ocorrerão em: São Paulo, Rio Grande do Sul Amazonas, Santa Catarina, Alagoas, Espírito Santo, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Sergipe.

Os confrontos entre candidatos a presidência e governo do estado vão ao ar no portal g1, na TV Globo, no canal pago GloboNews e no aplicativo Globoplay.

Regras do debate presidencial

No debate da Globo, Lula e Bolsonaro terão que administrar o próprio tempo de fala para perguntar, responder e fazer réplicas e tréplicas. No primeiro bloco, cada um terá 15 minutos corridos para debater temas livres. A ordem de quem começa falando foi definida em sorteio. 

No segundo bloco, os temas serão pré-determinados. A conversa será dividida em duas rodadas de 10 minutos. Cada candidato poderá selecionar um tema definido pela emissora e terá cinco minutos de fala em cada rodada.

Na terceira etapa do debate, serão outros 30 minutos de tema livre, assim como no primeiro bloco. No quarto bloco, mais duas rodadas de 10 minutos cada uma com temas definidos e 5 minutos para cada candidato em cada rodada. Lula e Bolsonaro terão 1 minuto e 30 segundos cada para considerações finais.

Os pedidos de direito de resposta pelos candidatos deverão ser feitos em silêncio, com um aceno de mão para o mediador. Caso seja concedido, o candidato terá um minuto para responder. 

Se um dos candidatos se ausentar, aquele que estiver presente será entrevistado durante 30 minutos.

*Texto publicado originalmente no site Brasil de Fato


G1: Jair Bolsonaro diz que, se eleito, pode privatizar Petrobras 'se não tiver solução'

Candidato do PSL à Presidência deu declaração em entrevista à GloboNews. Em outros trechos, ele também disse que não é homofóbico e que não cabe ao STF discutir descriminalização do aborto 

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira (3) que, se eleito, pode privatizar a Petrobras "se não tiver solução".

A declaração foi dada em entrevista à GloboNews que, nesta semana, entrevistou postulantes ao Palácio do Planalto nas Eleições 2018.

"Se não tiver uma solução, eu sugiro a privatização da Petrobras. Acaba com esse monopólio estatal e ponto final. Então, é o recado que eu dou para o pessoal da Petrobras", afirmou o candidato.

"Eu entendo que a Petrobras é estratégica. Por isso não gostaria de privatizar a Petrobras, esse é o sentimento meu. Agora, se não tiver solução, não tiver um acordo, você não vai ter outro caminho", acrescentou.

De acordo com o candidato, se ele for eleito, o economista Paulo Guedes será o ministro da Fazenda e terá a liberdade para conduzir a política econômica e ainda escolher, por exemplo, o presidente do Banco Central.

Gays, mulheres e aborto

Durante a entrevista, o candidato do PSL disse não ser homofóbico, acrescentando ser contra o que chamou de "ideologia de gênero" que, segundo ele, é ensinada nas escolas.

"Nunca fui homofóbico. [Mas] eu não posso admitir que crianças com seis anos de idade assistam a filmes como 'Encontrando Bianca', onde meninos se beijam, meninas se acariciam, para combater a homofobia. Está na cara que a criancinha de seis anos de idade que assistir a isso, no intervalo, o Joãozinho vai querer namorar o Pedrinho. Um pai não quer chegar em casa e encontrar o filho brincando de boneca por influência da escola", afirmou.

Em outro trecho, Bolsonaro foi indagado sobre o que pretende fazer, caso seja eleito, para combater a desigualdade salarial entre homens e mulheres. Ele disse, então, que seria um "absurdo" o governo criar algum tipo de política sobre o tema.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o rendimento médio dos homens é de R$ 2.012, enquanto o das mulheres, de R$ 1.522. Além disso, levantamento do site de empregos Catho mostra que as mulheres ganham, nos mesmos cargos e funções, até 53% menos que os homens.

Em outro trecho, o candidato do PSL à Presidência da República avaliou que não cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) discutir a descriminalização do aborto.

Uma ação na Corte visa descriminalizar a prática até 12 semanas de gestação. Hoje, é permitido à mulher fazer aborto em caso de estupro, risco de vida para a mãe ou feto anencéfalo.

Outros temas

Saiba abaixo outros temas abordados pelo candidato durante a entrevista à GloboNews:

  • Possíveis candidatos a vice: "Ou vai ser a senhora Janaína Paschoal, ou o senhor príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança. [O que] está faltando é que eu estou conversando com a Janaína e ela apresenta alguns problemas familiares, porque ela tem dois filhos. [...] Não posso ter preferência. Lógico, sempre, a gente pensa em um 'plano B'. No momento, o 'plano B' é o príncipe."
  • Armas e feminicídio: "Você vai fazer uma viagem [...]. Você não se sentiria mais segura se pudesse, desde que estivesse habilitada, ter uma arma no teu carro? Porque pode furar um pneu na Rio-Santos e você ter que trocar e, daí, se chega alguém para fazer uma maldade contigo, você vai sacar do bolso a lei do feminicídio? Ele [o bandido] vai dar risada de você".
  • Tortura: "A palavra tortura cai em mim por eu ser militar. É inadmissível a tortura. Na própria Câmara, eu cheguei em 1991, capitão do Exército [...], tinha um montão de ex-preso político, anistiado, e o pessoal olhava para mim com muito carinho [...] e ali, está certo, nesses embates, falavam coisas que não eram verdades, queriam se vitimizar. Algumas eram [verdade], outras não. E daí as caneladas minhas aconteceram lá dentro"
  • Indígenas: "O índio quer se integrar à sociedade, ele quer um dentista, ele quer um médico, ele quer energia elétrica. Nós não podemos fazer com que o índio continue vivendo dentro da reserva indígena como se fosse um animal de zoológico. É isso o que acontece. O mundo está de olho no Brasil."
  • Número de ministros do STF: "Se fizermos uma pesquisa sobre a credibilidade do Congresso Nacional e do Supremo, os números serão muito próximos. Lamentavelmente, o nosso Supremo está deixando a desejar. [...] Praticamente desistimos da ideia [de propor aumentar o número de ministros de 11 para 21], até porque não seria uma imposição minha, dependeria de emenda constitucional".
  • Colégios 'militarizados': "Eu acho que em cada comunidade pobre que nós temos aqui [no Rio], temos o Alemão, temos Mangueira, temos tantas, tem a própria Rocinha, se ali embaixo pintar um colégio militarizado, eu acho que vai ajudar em muito e muito mais que a própria UPP, que no meu entender exauriu-se e não deu certo".
  • O candidato também defendeu que o Brasil deixe o acordo de Parissobre o clima; afirmou que, se eleito, manterá o Bolsa Família; disse que não é fascista; e disse gostar do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Assista a entrevista na íntegra:
https://globosatplay.globo.com/globonews/v/6921428/