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O Invasor Americano | Imagem: reprodução

O Invasor Americano pauta debate online do Cineclube Vladimir Carvalho

Comunicação FAP

A sessão virtual do Cineclube Vladimir Carvalho debate, nesta segunda-feira (25/9), a partir das 19h30, o filme Invasor Americano (2015), dirigido, escrito e produzido por Michael Moore, cineasta conhecido por seu estilo irreverente e corajoso. O projeto é apoiado pela Biblioteca Salomão Malina, mantida em Brasília pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP).

Os debates virtuais do cineclube são realizados toda última segunda-feira do mês, no mesmo horário, por meio da sala virtual do Zoom. O público em geral pode participar das discussões online, mas, para isso, a coordenação do projeto recomenda que as pessoas assistam aos filmes antes. Eles são escolhidos, previamente, em um coletivo. As pessoas interessadas em participar do projeto devem enviar mensagem para o número da Biblioteca Salomão Malina no WhatsApp oficial (61 984015561) e solicitar acesso ao grupo de discussão.

A seguir, assista ao trailer do filme

https://www.youtube.com/watch?v=1KeAZho8TKo

A crítica de cinema Lilia Lustosa lembra que o Invasor Americano é uma documentário satírico, quase um ensaio, que trata de questões seríssimas de forma bem humorada, com o objetivo de denunciar a hipocrisia e as incongruências da sociedade norte-americana.

“O filme é uma espécie de travelogue (filme-diário-de-viagem), em que o viajante – aqui retratado como ‘invasor’ – é o próprio Michael Moore, que, depois de receber o aval do Pentágono, assume o lugar dos soldados americanos e, sozinho, parte para invadir países em busca de riquezas”, conta ela.

O objetivo é, segundo a crítica de cinema, levar essas pérolas para os Estados Unidos, apropriando-se de cada uma delas para poder, no futuro, assumir suas autorias sem nenhum pudor. “Tesouros, como direitos trabalhistas, sistema carcerários mais humanizados, escolas mais livres e criativas, educação alimentar e igualdade de gênero, são apenas alguns dos itens “roubados", relata.

Para compor esse travelogue, Moore lança mão de entrevistas, imagens de arquivos (fotos e vídeos), filmes, animações, documentos e muita, muita ironia. “Imagens do passado e do presente, coloridas ou em preto e branco, que se misturam e que vão construindo, pouco a pouco, uma espécie de filme-colagem. O diretor americano brinca com a informação coletada, muitas vezes usando a dissonância como ferramenta. Uma arma poderosa para denunciar a hipocrisia de seu próprio país”, conta.

O Invasor Americano não tem um estilo definido. Cada país-alvo tem, segundo a crítica de cinema, um foco e uma estética, incluindo a trilha sonora que o acompanha. Itália, França, Finlândia, Eslovênia, Alemanha, Portugal, Noruega, Tunísia, Islândia, países tão diferentes em quase tudo, mas que se assemelham na hora de substituir o “eu" pelo “nós" para resolver alguns de seus problemas.

“No final, o que temos é uma colcha de retalhos que nos faz rir, indignar-nos, talvez até deixar cair algumas lágrimas, mas que também nos ensina sobre outras culturas, outras maneiras de viver e, sobretudo, que nos faz refletir sobre nosso próprio país, nossas idiossincrasias e sobre o que funciona ou não em nossas sociedades”, analisa Lilia.


Presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire diz que partido dará apoio a Lula (FOTO: Antonio Molina/Folhapress) - Folhapress

Cidadania vai apoiar governo Lula em um primeiro momento

Fábio Zanini | UOL

O Cidadania decidiu apoiar formalmente o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso, ao menos em um primeiro momento.

"O partido entende esse governo como de superação de riscos da democracia. Então vai dar o apoio necessário durante esse processo", diz o presidente nacional do partido, Roberto Freire.

Em termos práticos, isso significa que os cinco deputados federais e a única senadora da legenda, Eliziane Gama (MA), vão fazer parte da base de apoio parlamentar do governo. A própria senadora faz parte da equipe de transição de Lula.

Segundo Freire, num segundo momento haverá uma análise sobre as políticas do governo em diversas áreas para uma definição sobre a continuidade ou não desse apoio. "É difícil dizer quanto tempo isso levará", declarou.

Também não haverá objeção caso algum quadro do Cidadania seja convidado para fazer parte do governo. "Quem indica é o presidente. Não sou da tese de que o partido indica, como se o partido fosse mandar no ministério", disse.

Cidadania faz parte de uma federação com o PSDB, que já declarou postura de independência do governo Lula. Em tese, os dois partidos deveriam se comportar como uma legenda só, mas Freire não vê problema.

"Estamos juntos com o PSDB nos governos de Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE), mas nesse caso cada um tem seu próprio tempo", disse.

Matéria publicada originalmente na Folha UOL