Fundação Astrojildo Pereira
Revista Política Democrática de janeiro destaca reflexos de suposta corrupção na Belo Monte
Alvo da Lava Jato, usina hidrelétrica desloca população para novas favelas em Altamira
Cleomar Almeida
A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) lança nesta terça-feira (29) a quarta edição da revista Política Democrática online. A publicação traz, em destaque, a segunda e última reportagem especial multimídia da série Existe vida no Xingu, além de uma entrevista, sete artigos de opinião e uma charge.
» Acesse aqui a edição de janeiro da revista Política Democrática online
Produzida e editada pela FAP, vinculada ao Partido Popular Socialista (PPS), a revista aponta, em editorial, as dificuldades do governo e os limites do liberalismo. “Equilíbrio nas contas públicas, reforma da previdência, reforma tributária e outras medidas do mesmo teor são do interesse de todos os brasileiros e devem, em princípio, merecer o apoio de todas as forças políticas”, diz um trecho.
Ainda de acordo com o editorial, “as lições dos anos recentes foram contundentes”. “Com estabilidade econômica, há terreno para políticas de equidade e redução da pobreza e da desigualdade. Sem ela, há pauperização da população e aumento da desigualdade”, posiciona-se a revista em outro trecho do editorial.
Em textos, fotos e vídeos, a revista também mostra detalhes de como a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, supostamente envolvida em corrupção, tem provocado a criação de novas favelas em Altamira, a cerca de 820 quilômetros de Belém. Esse processo vem ocorrendo a partir do deslocamento de famílias que antes viviam às margens do rio Xingu ou em palafitas, na cidade, conforme revela a reportagem especial.
Na entrevista, o sociólogo Werneck Vianna observa que o Brasil se encontra sem uma esquerda inovadora, capaz de entender o país e projetar um caminho novo para se contrapor ao governo Bolsonaro. De acordo com ele, essa situação é agravada pelo fato de os movimentos sociais e o sindicalismo também se encontrarem destroçados. “Estamos dependendo das novas gerações que não conseguimos formar”, afirma Vianna.
Entre outros assuntos de artigos de opinião, a revista também aborda a Reforma da Previdência, alvo de constantes holofotes, assim como desburocratização da administração pública federal, tolerância e intolerância na sociedade brasileira e direitos humanos. A bancada evangélica no Congresso Nacional também é analisada em um dos artigos desta edição da Política Democrática online.
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FAP lança livro Presença Negra no Brasil, de Ivan Alves Filho, nesta segunda (28)
Obra apresenta fatos, em ordem cronológica, sobre a contribuição da população negra para o país
Cleomar Almeida
A Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao Partido Popular Socialista (PPS), lança, nesta segunda-feira (28/01), o livro Presença Negra no Brasil: do século XVI ao início do século XXI, do historiador Ivan Alves Filho. O evento será no restaurante La Fiorentina, em Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ). A entrada é gratuita.
Co-editado pela FAP e Verbena Editora, o livro alinha, ao longo de 200 páginas e em seis partes (cada uma delas referente a um século, especificamente), os fatos historiográficos relacionados à contribuição negra ao Brasil. A ordem cronológica, de acordo com as editoras, tem caráter didático para o leitor.
Na apresentação, Ivan Alves Filho destaca que o Brasil é um dos países mais expressivos da comunidade internacional e, como ele afirma na obra, “o segundo país negro do mundo, com dezenas de milhões de afrodescendentes”. Para o autor, isto é fato.
Em um trecho inicial do livro, Ivan Alves Filho diz que a cronologia do negro no Brasil representará um instrumento útil para o conhecimento e a transformação do país, em particular de sua população afrodescendente. “Certamente, prestará um importante auxílio aos estudantes, professores e pesquisadores da realidade brasileira, aos responsáveis pelas empresas públicas e privadas e aos comunicadores sociais e ativistas sociais e culturais”, escreve.
O autor lembra que, no século XVI, o tráfico de negros se impunha cada vez mais. “E as questões relativas a rebeliões negras começavam a vir à baila. Se, em 1570, o cronista português Pero Magalhães de Gandavo afirmava que os escravos negros, contrariamente aos índios, não se arriscavam a se rebelar ‘por não terem para onde ir’, o que se verificaria, em seguida, é que tal situação não se sustentaria por muito tempo”, observa ele.
Ivan Alves Filho acrescenta que o século XVII foi o da consolidação do escravismo no Brasil. Já o século XVIII se inicia, segundo ele, com uma notícia surpreendente, ou seja, em 1704, cerca de cinquenta africanos tentam fugir da Bahia e retornar à África. “Trata-se, provavelmente, de uma das primeiras tentativas, nesse sentido, partindo da Colônia. Era uma reação à escravidão. Mas as autoridades coloniais continuavam com seu comportamento obscurantista”, acentua o autor.
Mais adiante no livro, Ivan Alves Filho observa que o século XIX foi “o século revolucionário por excelência no Brasil”. De acordo com ele, o período se iniciou com a chegada da família real ao país, em 1808, e se encerrou com a abolição da escravatura, em 1888. “E entre estas duas grandes datas, deu-se a independência política do país, em 1822. Um século e tanto”, assevera o autor.
E 1888 é exatamente o ano escolhido por Ivan Alves Filho para detalhar, a partir de então, ano a ano, separadamente, os principais fatos relacionados ao negro no Brasil até 2018. Na prática, funciona como um valioso manual sobre o assunto. Do ano passado, por exemplo, ele destaca o assassinato da vereadora negra Marielle Franco (PSol-RJ).
“O Brasil todo ficou estarrecido com o assassinato da vereadora Marielle Franco, defensora dos direitos humanos e da população das favelas do Rio de Janeiro”, lembra, para continuar: “O crime que vitimou a representante do Partido do Socialismo e da Liberdade (PSol) ocorreu na noite de 14 de março, no Centro do Rio, e soou como um desafio à intervenção federal no Estado. Socióloga, política, negra, Marielle se transformou em um símbolo das lutas cidadãs no país”.
Com prefácio do advogado Nei Lopes, que também é autor de contos, peças teatrais e romances, o livro destaca que “os descendentes dos antigos escravos buscaram autoafirmação e inclusão social por meio de suas práticas culturais”.
Ainda de acordo com Lopes, que é compositor popular e autor de dicionários e obras históricas, o livro de Ivan Alves Filho é “decisivamente mais um golpe certeiro na derrubada da odiosa parede que recalca e reduz a importância da presença afro-originada na construção da hoje solapada civilização brasileira”.
Sobre Ivan Alves Filho
Nascido no Rio de Janeiro, em 1952, é diplomado pela Universidade Paris VIII e pós-graduado pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris. É autor de livros como Brasil, 500 anos em documentos, Memorial dos Palmares, História dos estados brasileiros, Giocondo Dias - Uma vida na clandestinidade e Velho Chico Mineiro.
Exerceu o jornalismo desde a primeira metade dos anos 1970 e colaborou em cerca de 20 publicações brasileiras. Editou algumas delas, entre as quais suplementos culturais de jornais e publicações como Guia do Terceiro Mundo (posteriormente Guia do Mundo, lançado em português, espanhol e inglês).
Em diferentes momentos, atuou como pesquisador associado de órgãos como o Centro de Memória da Associação Brasileira de Imprensa, o Centro de Memória Social Brasileira, o Núcleo de Pesquisas sobre o Índio Brasileiro, o Comitê Português do projeto Unesco “A Rota do Escravo” e o Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos”. Foi professor de história e economia política e ministra conferências histórias no Brasil e no exterior.
Como documentarista, produziu vários filmes no quadro da série Brasileiros e Militantes, da Fundação Astrojildo Pereira. Além disso, dirigiu e apresentou programas sobre cultura brasileira em emissoras de rádio e foi editor do jornal eletrônico Vertente Cultural.
Fique por dentro
O quê: Lançamento do livro Presença Negra no Brasil: do século XVI ao início do século XXI, do historiador Ivan Alves Filho.
Onde: restaurante La Fiorentina, em Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ). Entrada gratuita.
Quando: 28 de janeiro de 2019 (segunda-feira)
Cineclube Vladimir Carvalho exibe quatro filmes brasileiros neste mês de janeiro
Com entrada gratuita e mantido pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), local apresenta obras cinematográficas com o objetivo de ampliar discussões de temas relevantes para a sociedade
Cleomar Almeida
O documentário Rock Brasília, Era de Ouro será exibido, a partir das 16 horas da próxima sexta-feira (11), no Cineclube Vladimir Carvalho, localizado no Espaço Arildo Dória, no Conic, em Brasília. A obra cinematográfica é uma das quatro incluídas na programação de janeiro do cineclube, que tem entrada gratuita e é mantido pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao Partido Popular Socialista (PPS). As exibições passaram a ser às sextas-feiras, ainda em 2018, e não mais às terças.
Depois de passar por uma reforma e ser reinaugurado em dezembro de 2017, o cineclube iniciou um processo de redefinição de suas atividades e foi reaberto ao público com cadeiras almofadadas e removíveis. No dia de 4 setembro de 2018, o local passou a oferecer ao público uma programação semanal de filmes e documentários diversificados que, de acordo com a diretoria da FAP, tem como objetivo promover e ampliar as discussões de assuntos relevantes para a sociedade.
Dirigido por Vladimir Carvalho, o documentário Rock Brasília, Era de Ouro foi produzido, no Brasil, em 2011, e conta a trajetória do cenário musical da capital do país nos anos 1980, desde os primórdios das bandas embrionárias até a explosão nacional de grupos como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude. Com duração de 1h20 e classificação indicativa de 14 anos, o documentário apresenta depoimentos de diversos músicos, familiares e personalidades importantes da época.
No dia 18 de janeiro, a partir das 16 horas, o Cineclube Vladimir Carvalho vai exibir o filme Noite de Reis, dirigido por Vinícius Reis, no Brasil, em 2013. O drama conta como, após uma tragédia familiar, mãe e filha começam a viver outra vez, aprendendo a lidar com a dor. A história é contada no litoral do Rio de Janeiro, onde a rotina da família é abalada com o inesperado retorno que deixou a mulher após a morte do filho. O encontro abre a dor da perda, mas retoma os caminhos da superação. O filme tem 1h33 de duração e é indicado para pessoas a partir de 12 anos de idade.
Já o romance Olga, dirigido por Jayme Monjardim, no Brasil, em 2011, será exibido no Cineclube Vladimir Carvalho no dia 25 de janeiro, a última sexta-feira do mês, a partir das 16 horas. Com classificação indicativa de 14 anos e 1h39 de duração, o filme conta a história de uma jovem judia alemã, que foi perseguida pela polícia e fugiu de Berlim para Moscou, no início do século 20. Em Moscou, ela recebeu treinamento militar e foi encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes de volta ao Brasil. Os dois terão de lutar pelo amor, pelo comunismo e pela sobrevivência.
Na primeira sexta-feira de janeiro de 2019, o público assistiu ao filme Rasga Coração, dirigido por Jorge Furtado, no Brasil, em 2013. Com classificação indicativa para pessoas a partir de 16 anos de idade e com 1h53 de duração, o drama conta a história de um homem que, ao mesmo tempo, é herói. Ele tem de enfrentar o caso de seu filho que pretende deixar a faculdade de Medicina e ingressar de vez no movimento hippie.
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Política Democrática: Tudo pode ser o oposto do que aparenta, diz Martin Cezar Feijó
Em artigo publicado na revista Política Democrática online de dezembro, professor explica reflexos da sociedade do espetáculo
Por Cleomar Almeida
Na sociedade do espetáculo, tudo é possível, tudo se mistura, e tudo pode ser o oposto do que aparenta. A avaliação é de Martin Cezar Feijó, em artigo publicado na revista Política Democrática online de dezembro. Segundo ele, “os mitos passam a ser criados para explicar o surgimento nas sociedades do que chamamos de cultura”, observa ele, que é professor de comunicação comparada na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).
» Acesse aqui a edição de dezembro da revista Política Democrática online
Produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao Partido Popular Socialista (PPS), a revista mostra, no artigo de Feijó, “as narrativas míticas antecipam a poesia, que se sofistica, tendo em Homero seu primeiro autor reconhecido como tal na cultura ocidental. Um trovador, um bardo, um aedo”, escreve ele, que também é historiador e doutor em comunicação pela USP (Universidade de São Paulo).
No artigo, Feijó observa que a preservação de Ilíada e Odisséia teria sido através de aedos. “O registro escrito da obra de Homero só ocorreu no período clássico grego (século V a.C.), em pleno nascimento do regime político conhecido como democracia. Nascia a literatura como registro escrito de uma ficção. O que foi chamada de poesia, artefato criado, inventado, musicado”.
E ele continua: “De Homero a Bob Dylan, a literatura se transformou em teatro, ainda na Grécia clássica, em poesia na Idade Média, com Dante Alighieri realizando uma obra fun- damental, a Divina Comédia”, afirma o professsor. “O teatro tem na figura de William Shakespeare seu grande bardo, seu grande trovador, com suas tragédias e comédias decisivas. E um contemporâneo seu: Cervantes, de Dom Quixote de la Mancha”, acrescenta.
Em outro trecho, o historiador observa que o século XX foi prodigioso no desenvolvimento de várias formas de expressão. Ele cita, por exemplo, que a música erudita se tornou atonal, o teatro se tornou épico com Bertolt Brecht e a poesia conheceu o russo Maiakóvski, em quem a anatomia enlouqueceu. “O cinema se tornou sonoro, o mundo se complicou, e uma segunda guerra mundial transformou o mundo em todos os sentidos”, analisa.
De acordo com o professor, após a Segunda Guerra Mundial (1939- 1945), surgem as condições para o desenvolvimento de uma cultura pop, de uma música eletrificada por guitarras e cantos que remetem a uma música primitiva, modal, de batidas e de letras complexas. “Nasce o rock a partir de rit- mo e do blues, em diálogo com o folk, a cultura popular em sua origem, buscan- do popularizar a música através de um suporte fabricado do vinil”, acentua.
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Política Democrática: ‘Bolsonaro foi deputado de inexpressiva atuação em quase 30 anos de mandato’, diz Marina Silva
Em artigo publicado na revista Política Democrática online de dezembro, a ex-senadora avalia como a falência do modelo político brasileiro provocou a eleição do candidato do PSL à Presidência da República
Por Cleomar Alemeida
A falência do modelo político brasileiro, com as principais forças políticas representadas pelo PT e PSDB, levou à eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, na avaliação da ex-senadora Marina Silva (Rede). Em artigo publicado na revista Política Democrática online de dezembro, ela ressalta que, até se eleger para o maior posto do Executivo brasileiro, Bolsonaro foi um “deputado de inexpressiva atuação em quase 30 anos de mandato.
» Acesse aqui a revista Política Democrática online de dezembro
“Foi justamente a falência do modelo político brasileiro, a meu ver, que possibilitou a eleição de Jair Bolsonaro, deputado do chamado ‘baixo clero’ de inexpressiva atuação em quase 30 anos de mandatos”, destacou Marina Silva, que também é ambientalista. “Essa falência não se deu de um dia para outro. Desde a redemocratização, as principais forças políticas representadas pelo PT e pelo PSDB, dois partidos da social-democracia que foram incapazes de produzir um alinhamento político mínimo que fosse”, afirmou.
No artigo, Marina Silva acentua que PT e PSDB “travaram uma guerra sem tréguas, em que a conquista e a manutenção do poder se sobrepunham aos interesses mais legítimos da sociedade brasileira, e se aliaram com a direita para governarem”. “O Brasil necessitava que se sentassem à mesa para construírem uma plataforma de governo conjunta, ou uma agenda básica de reformas, ou, no mínimo, um acordo para manter regras num jogo saudável da oposição democrática e civilizada. Ao contrário, protagonizaram ao longo de duas décadas uma polarização política destrutiva que acabou favorecendo a emergência de projetos autoritários que ameaçam a democracia”, disse.
Na avaliação da ex-senadora, o PT, que ela chama de “polo vencedor da disputa”, acabou assumindo e representando todo o sistema político. “Fica a ponto de gerar nova polarização: no lugar de PT x PSDB, revelou-se luta de morte PT x Anti-PT. O principal ponto de inflexão na formação de um crescente sentimento antipetista foi a revelação de que o partido, que nasceu para defender os mais pobres e a ética na gestão pública, após 14 anos no poder, era o protagonista dos maiores escândalos de corrupção da história do Brasil, como o Mensalão e o Petrolão, além de diversos outros”, ponderou.
Em outro trecho, Marina Silva observou que “as forças conservadoras que deram sustentação à candidatura de Bolsonaro são numerosas e enraizadas na história e na sociedade brasileira”. “Destacam-se aqui parcelas expressivas dos militares, agronegócio, elite financeira e empresarial e segmentos religiosos. Vale atentar para que diz o professor Eduardo Viola, da UnB, sobre a base religiosa que aderiu fortemente à candidatura de Bolsonaro: para além das questões ligadas a valores e costumes morais, este segmento tem maior aderência a uma visão econômica mais liberal, na qual a lógica do esforço pessoal e do mérito individual é mais bem-aceita que a ênfase na dependência da ação do Estado e da caridade alheia”.
No artigo, a ex-senadora avaliou o uso de rede social pelo presidente eleito. “Ficou internacionalmente conhecido o uso massivo de redes sociais, especialmente do WhatsApp, onde a campanha de Bolsonaro propagava em escala industrial as chamadas fake news contra os demais candidatos. Por sua relevância, essa estratégia, capaz de dar grande vantagem eleitoral, exige uma análise à parte, que, aliás, vem sendo feita em nível internacional, pois está na base da eleição de Trump, no Brexit e outros episódios de relevância mundial”.
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Pública, Biblioteca Salomão Malina tem 5,9 mil usuários em 2018
Mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em Brasília, biblioteca também recebeu 2.310 obras doadas no período
Por Cleomar Almeida
A Biblioteca Salomão Malina, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP) no Conic, em Brasília, alcançou 5.939 usuários no ano de 2018, de acordo com levantamento oficial. No total, a biblioteca pública também recebeu 2.310 obras doadas no período, o que, segundo a coordenadora Thalyta Jubé, contribuiu ainda mais para otimizar o acervo de mais de 6,5 mil livros disponíveis para empréstimo.
» Acesse aqui o Relatório Anual de Serviços da Biblioteca Salomão Malina
http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/wp-content/uploads/2018/12/relatorio_anual_servicos_BSM.pdf
De acordo com o levantamento, os meses que registraram maior número de usuários foram, pela ordem, maio (730), abril (670), março (586), agosto (574), setembro (564) e outubro (534). Completam a lista, na sequência, os meses de junho (529), julho (435), novembro (387), janeiro (328), dezembro (308) e fevereiro (300).
Localizada no Espaço Arildo Dória, onde também funciona o Cineclube Vladimir Carvalho, a Biblioteca Salomão Malina oferece empréstimo facilitado de obras para o público em geral da capital do país por meio de um simples cadastro de dados pessoais. Nela, além de obras literárias, estão disponíveis Wi-Fi grátis, assim como jornais e revistas nacionais atualizados, diária e semanalmente, para leitura.
» Acesse aqui o acervo da biblioteca
Thalyta Jubé afirma que os livros doados foram analisados conforme a área temática de cada obra e autor. De acordo com a coordenadora, os exemplares que não corresponderam à área temática do acervo da biblioteca foram dispostos no quiosque cultural como livros de livre circulação, aos quais o público também tem acesso de graça.
Como fazer empréstimos
Para utilizar o serviço de empréstimo de livros, o usuário deve se cadastrar pessoalmente no balcão de atendimento e apresentar documento oficial com foto e comprovante de residência. Cada pessoa tem direito à retirada de até quatro livros por vez. A devolução da obra fora do prazo (dez dias úteis) implica em pagamento de multa de dois reais, por dia de atraso e para cada obra.
Além de consulta e empréstimos de livros, a biblioteca disponibiliza ao público um quiosque cultural, onde as pessoas podem pegar gratuitamente as publicações da FAP e outros livros de diversos temas. O local fica aberto de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Eixos temáticos
A coordenadora da biblioteca ressalta, ainda, que as obras estão organizadas em seis eixos temáticos. A seguir, veja cada uma deles:
1. Coleção geral: contém obras de áreas temáticas que permeiam as ciências Sociais e humanas. Está disponível para consulta e empréstimo.
2. Coleção PCB-PSS: contém obras que registram a memória do PCB, a transição do PCB para o PPS e, também, obras sobre o PPS. Está disponível para consulta e empréstimo.
3.Coleção Astrojildo Pereira: disponível somente para consulta. Não é disponibilizada para empréstimo por se tratar de obras que foram escritas pelo autor e sobre o autor.
4. Coleção infantil: contém livros diversos de literatura infanto-juvenil de diferentes autores. Está disponível para consulta e empréstimo.
5. Coleção de referência: não é disponibilizada para empréstimo por se tratar de obras de consulta rápida, como dicionários gerais e especializados, enciclopédias, vocabulários, guias e repertórios biográficos. Disponível somente para consulta.
6. Coleção reserva técnica: contém obras da mesma área temática que a da coleção Geral, mas são alocadas na Fundação Astrojildo Pereira. As obras desta coleção ficam disponíveis para empréstimos, caso sejam solicitadas na biblioteca
Memória viva
Inaugurada em 28 de fevereiro de 2008, a Biblioteca Salomão Malina se tornou um importante espaço de incentivo à produção do conhecimento em Brasília. Sua missão é servir como instrumento para análise e discussão das complexas questões da atualidade, aberta a todo cidadão. Ela foi reinaugurada em 8 de dezembro de 2017, após uma ampla reforma.
A biblioteca leva o nome do último secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB), entre 1987 e 1991. Ele ingressou no PCB no início dos anos 1940 e, durante sua vida, passou alguns anos presos e cerca de 30 anos na clandestinidade. Seus livros foram o embrião da biblioteca.
Salomão Malina combateu, como oficial da força Expedicionária Brasileira (FEB), nos campos da Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi agraciado, por sua bravura, com a cruz de combate de Primeira Classe, a maior condecoração do Exército Brasileiro. Também atuou como diretor do Jornal Imprensa Popular, do PCB, nos anos de 1950.
Serviço
Biblioteca Salomão Malina
Horário de funcionamento: De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Endereço: Conic – Setor de Diversões Sul – Bloco P – Edifício Venâncio III, Loja 52, em Brasília (DF), próximo à Rodoviária do Plano Piloto.
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Confira as novas aquisições da Biblioteca Salomão Malina
http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/wp-content/uploads/2018/08/lista_aquisicoes.pdf
Confira a lista de livros catalogados na Biblioteca Salomão Malina
http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/wp-content/uploads/2018/08/livros_catalogados.pdf
Confira a lista de livros cadastrados na Biblioteca Salomão Malina
http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/wp-content/uploads/2018/08/livros_cadastrados.pdf
Política Democrática online de dezembro destaca viagem à Volta Grande do Xingu
Revista mostra os impactos socioambientais da Belo Monte na vida de indígenas no interior do Pará
Por Cleomar Almeida
A Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao Partido Popular Socialista (PPS), lança nesta quarta-feira (19) a terceira edição da revista Política Democrática online. Desta vez, a publicação destaca uma grande reportagem sobre o drama de índios que vivem ameaçados na região da Volta Grande do Xingu, na primeira das duas reportagens da série que mostra os impactos socioambientais da Usina Hidrelétrica de Belo Monte na região.
Acesse aqui a edição de dezembro da revista Política Democrática online
A equipe de reportagem da revista Política Democrática online viajou até Altamira e a região da Volta Grande do Xingu para contar os impactos provocados pelo empreendimento diretamente na vida dos indígenas e, por outro lado, mostrar como a usina se propõe a atender mais de 20 milhões de unidades consumidoras residenciais no país. A Belo Monte é a maior hidrelétrica totalmente brasileira e a segunda maior em operação no país, atrás apenas da usina de Itaipu, que é binacional.
A edição de dezembro traz, ainda, uma entrevista com o diplomata Rubens Ricupero, ex-ministro de Meio Ambiente e da Fazenda. Nela, ele aponta como o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), “é desastroso em política externa”. De acordo com o entrevistado, “a extrema direita elegeu um candidato de uma forma sem precedentes na história brasileira, porque nem mesmo o regime militar se assemelha ao que vem por aí”.
Além da reportagem de capa e da entrevista, a revista oferece aos internautas uma charge de JCaesar e oito artigos analíticos sobre política e sociedade. Entre os autores desta edição estão o senador Cristovam Buarque (PPS) e a ex-senadora Marina Silva (Rede).
Cristovam aponta, em sua análise, como os “resultados previsíveis para o governo do presidente Jair Bolsonaro não permitem otimismo. Ao contrário, insinua-se período de retrocesso social, cultural, política”.
Marina Silva, por sua vez, aborda, em seu artigo, como a falência do modelo político brasileiro possibilitou a eleição de Bolsonaro, deputado que, segundo ela, é “de inexpressiva atuação em quase 30 anos de mandatos”. De acordo com a ex-senadora, “mais que um conjunto de retrocessos, o que se anuncia é uma grande regressão para todo o Brasil, em termos políticos, sociais e culturais, que impactará todo o continente”.
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https://youtu.be/7-NknOUXu84
Retrospectiva FAP 2018
https://youtu.be/nu4FaZ3BGKM
Em 2019, o objetivo é promover mais ações de formação política, inclusive, com o III Encontro de Jovens Lideranças
2018 foi um ano que, futuramente, será objeto de destacada atenção dos círculos historiográficos voltados ao estudo da história política e econômica brasileira, não somente pelo fato em si da eleição presidencial, que encerrou um ciclo de protagonismo polarizado entre PSDB e PT, elegendo o conservador candidato do PSL, Jair Bolsonaro, mas também por todo o contexto político, econômico e social que condicionou a disputa eleitoral, dominada pela radicalização política que tomou conta do debate, substituindo a proposição concreta de projetos para o país.
Foi no âmbito desta complexa realidade que a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) fortaleceu seu papel de interlocutora com a sociedade, desenvolvendo um conjunto de ações de caráter político e cultural buscando estimular o debate democrático por meio do seu Portal, da TV FAP e da sua linha editorial que contemplou o lançamento de importantes publicações voltadas para o desenvolvimento de um pensamento crítico referenciado por abordagens que ressaltam posições teóricas situadas no âmbito de visão da esquerda democrática.
Entre as ações de destaque estão os seminários realizados, no início do ano, no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, com importantes nomes da intelectualidade e política brasileira, nos quais foram debatidos temas socioeconômicos essenciais ao país e que serviram de base documental para a Conferência Nacional PPS/FAP A Nova Agenda do Brasil. Além disso, tivemos o o lançamento da nova revista Política Democrática Online, que tem periodicidade mensal, abordando temas significativos da conjuntura política, econômica e cultural. Também relevante foi a continuidade do Encontro de Jovens Lideranças, que teve início em 2017, e que já em Janeiro de 2019 terá sua terceira edição. Adiante, uma descrição sumária das nossas realizações em 2018.
A Direção
Fundação Astrojildo Pereira (FAP)
Principais acontecimentos da FAP - 2018
» Janeiro
A última ação da FAP em 2017 havia sido o lançamento do livro “Brasil, Brasileiros. Por Que Somos Assim?” organizado e publicado pela FAP e pela Verbena Editora, em São Paulo, na Fundação FHC. Para dar continuidade a grande repercussão do compilado de artigos de diversos intelectuais que procuram entender a complexa história brasileira, a FAP promoveu o lançamento do livro também em Brasília. O evento foi antecedido por um debate e sessão de autógrafos com dois dos três organizadores da coletânea: o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) e Francisco Almeida. O professor de História (Universidade de Brasília – UnB), Antônio José Barbosa completou a mesa.
» Fevereiro
Com objetivo de formalizar um documento que serviria de base para as discussões da Conferência Nacional PPS/FAP - A Nova Agenda do Brasil, a Fundação realizou três seminários, no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, abordando temas imprescindíveis no cenário político nacional. O primeiro seminário foi realizado no Rio de Janeiro e a temática foi “Novo pacto entre o Estado e a sociedade brasileira”. A mesa foi composta pela socióloga, Maria Alice Rezende de Carvalho; pelo também sociólogo, Caetano Araújo; pelo presidente nacional do PPS, Roberto Freire; e pelo economista Sergio Buarque.
A FAP também iniciou uma série de entrevistas aos domingos, denominada FAP Entrevista, com políticos e intelectuais para discorrer sobre as eleições 2018. Um dos entrevistados foi o jornalista Fernando Gabeira.
» Março
Este mês foi bastante agitado para a Fundação, com a realização de diversos eventos. Para iniciar deu-se continuidade aos seminários preparatórios para a Conferência Nacional. O segundo deles foi “O Brasil em um mundo em transformação”, em São Paulo, que teve a mesa formada pelo economista Nelson Tavares Filho, em conjunto com o secretário executivo do evento, André Amado; o embaixador Ronaldo Costa Filho (Subsecretário de Assuntos Econômicos e Comerciais do Itamaraty) e Luiz Paulo Vellozo Lucas, engenheiro e político brasileiro.
Posteriormente foi a vez de Brasília receber o último seminário do ciclo planejado, com o tema “Desenvolvimento Sustentável e Inclusão Social”. Compuseram a mesa a economista Maria Amélia Enriquez; o historiador Alberto Aggio, o economista Felipe Salto e o secretário executivo do evento, André Amado.
No fim do mês, novamente em São Paulo, a FAP fez a reunião do Conselho Curador, na qual foram aprovadas as contas do ano de 2017 e na sequência iniciou-se a Conferência Nacional A Nova Agenda do Brasil, organização PPS/FAP, fechando um ciclo de três seminários temáticos que apresentaram um conjunto de propostas que embasaram o documento político do 19º Congresso Nacional do PPS.
» Confira o relatório final do evento: http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/2018/04/11/relatorio-da-conferencia-nacional-nova-agenda-do-brasil/
» Abril
A FAP apresentou os relatórios sobre os três seminários que antecederam a Conferência Nacional. Além disso, visando à formação política voltada para análise dos aspectos legais, envolvendo as eleições de 2018, a fundação também promoveu, em Brasília, o curso A Nova Legislação Eleitoral Brasileira. As aulas foram lecionadas pelos professores Caetano Araújo, consultor legislativo do Senado Federal; Renato Campos Galuppo, advogado eleitoral; e Arlindo Fernandes de Oliveira, consultor legislativo do Senado Federal.
» Maio
Depois de ter palestrado no Encontro de Jovens, em 2017, falando sobre a violência contra as mulheres, a atriz e cineasta Naura Schnaider realizou outra parceria com a FAP. Participando da peça teatral Três Casamentos e Uma História, no Rio de Janeiro, a atriz intermediou uma parceria entre a FAP e a produtora da peça, na qual a pessoa interessada no evento e que entrasse em contato com a fundação teria ingressos com descontos.
Para encerrar, a FAP apoiou o “Vem pra Roda” que debateu os 130 anos da abolição da escravidão, no Rio de Janeiro.
»Relatório final sobre a Conferência Nacional “A Nova Agenda do Brasil” é apresentado: http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/2018/04/11/relatorio-da-conferencia-nacional-nova-agenda-do-brasil/
» Junho
No mês da Copa do Mundo da Rússia, a FAP lançou em seu portal a coluna Moscou Não Crê em Lágrimas, um conjunto de artigos que analisava as partidas da Copa que teve a França como vencedora.
Somado a isso, a FAP continuou com as publicações de livros. “Itinerários para uma esquerda democrática”, de Alberto Aggio, foi lançado em São Paulo precedido de um debate com a presença dos professores Rogério Baptistini, sociólogo; o historiador Vinicius Muller; e do próprio autor do livro, Alberto Aggio.
O livro percorre os principais temas que perpassaram a realidade brasileira nos últimos anos. Do processo de modernização vivido pelo país no último século aos governos de Lula e Dilma Rousseff, passando pelas manifestações populares de insatisfação com a política tradicional.
Para completar o “mês do futebol”, a FAP participou da 34° Feira do Livro de Brasília, realizou o workshop Legislação Eleitoral, em Belém, e fez a cobertura do Ato do Polo Democrático e Reformista, em São Paulo, com a presença do presidente nacional do PPS, Roberto Freire.
» Julho
Com a campanha eleitoral que se aproximava, os debates políticos se acirravam. Mediante este cenário, o Ato do Polo Democrático Reformista chegou no Rio de Janeiro com a presença de nomes ilustres, como Luiz Werneck Vianna e Roberto Freire. A FAP esteve na cidade carioca para cobertura do evento e aproveitou a oportunidade para cobrir o lançamento de uma coletânea de entrevistas, Diálogos gramscianos, sobre o Brasil atual, do cientista social Luiz Werneck Vianna, em uma parceria da FAP com a Editora Verbena.
Em uma sociedade caracterizada pelo avanço tecnológico que, cada vez mais altera o mercado de trabalho e a maneira das pessoas se relacionarem, a FAP promoveu o seminário “Bauman e o mal-estar da nossa sociedade”, que abordou toda essa temática por meio das ideias do filósofo polonês. A mesa foi composta pelo jornalista Sionei Ricardo Leão; a presidente da ACIB, Tamara Socolik; Paola Amendoeira, psicanalista; e o tradutor das obras de Zigmunt Bauman no Brasil, Carlos Alberto de Medeiros.
» Agosto
O Brasil é mundialmente conhecido como um país multicultural, miscigenado e que transparece ser um lugar onde as diferenças sociais são bem aceitas. Ainda que o multiculturalismo seja um fato, em terras brasileiras o racismo e outras formas de preconceito são bem presentes no convívio social. Assim, a FAP realizou o seminário “Representação Política e Ações Afirmativas”, em Salvador, que abordou diversas pautas que atingem os negros brasileiros.
O evento contou com os palestrantes Ivair Augusto Alves dos Santos, professor da Universidade de Brasília; o coordenador municipal de Políticas Raciais e LGBT da Prefeitura de Salvador, Leomar Borges; com o mestre em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Carlos Alberto Medeiros; e também com o doutor em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ivanir dos Santos.
O mês de agosto também foi importante para a Biblioteca Salomão Malina, que voltou a ter o Cineclube Vladimir Carvalho, que é uma proposta de apresentação de filmes com temáticas sociais aberto ao público, em Brasília. A biblioteca também renovou o acervo e passou a contar com 6,5 mil livros para empréstimos.
» Setembro
Prosseguindo com a política de edições de livros, a FAP lançou “Reformismo de Esquerda e Democracia Política”, de Luiz Sérgio Henriques, no Rio de Janeiro, uma parceria com a editora Verbena.
» Outubro
Um dos grandes objetivos da atual gestão da FAP era o lançamento da Revista Política Democrática no formato online, mais interativo e factual. A revista foi lançada no mês de outubro com diversos artigos e uma grande reportagem, feita por enviados especiais da FAP à Venezuela, abordando a crise humanitária e econômica que o país vive.
» Novembro
Levantamento da FAP mostrou que a Fundação investiu R$ 1,8 milhões em eventos político-culturais, reafirmando, desta forma, o compromisso em cumprir com sua missão: uma instituição aberta para análise, estudos e debates das complexas questões da atualidade, acessível a todo e qualquer cidadão.
» Confira abaixo o Relatório FAP Biênio 2016-2018
http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/wp-content/uploads/2018/11/RELATORIO_FAP_BI%C3%8ANIO_2016_2018.pdf
Lançamento da segunda edição da Revista Política Democrática, abordando a vitória de Bolsonaro e com a reportagem especial da FAP com os moradores de rua de Brasília, “Drama nas ruas do centro do poder”.
» Dezembro
Com mais de 3,7 milhões de views no youtube, a audiência da TVFAP.net supera canais de entidades tradicionais, como de outras fundações, universidades e partidos.
“Creio que a TVFAP e o #ProgramaDiferente desempenham um papel importante nesse momento do Brasil, pois abordam de maneira leve, plural e democrática questões complexas, como as liberdades individuais e os direitos coletivos”, disse Mauricio Huertas, jornalista e diretor da TV.FAP, ao ser questionado sobre o sucesso do programa.
Lançamento da terceira edição da Revista Política Democrática.
» Confira abaixo o relatório de audiência da FAP
DADOS DE AUDIÊNCIA DA FAP ENTRE NOVEMBRO DE 2016 A SETEMBRO DE 2018
FANPAGE – DADOS GERAIS - Links, matérias de outros sites, fotos, vídeos e transmissões ao vivo – (soma de todas as tabelas, I, II, III e IV)
• Curtidas: 25 mil seguidores
• Alcance: 401.282
• Visualizações: 58.560
• Engajamento: 16.808
FANPAGE – Transmissões ao vivo e vídeos (Produção FAP)
• Alcance: 179.355
• Visualizações: 58220
• Engajamento: 8.048
FANPAGE e SITE - Produções e eventos apenas da FAP
• Engajamento: 9476
• Visualizações: 52.153
• Alcance: 216.350
• Visualizações das produções (matérias) no site: 33.697
SITE
• Visualização geral: 209.652
• Visualizações 2016 (nov e dez): 9.843
• Visualizações 2017: 79.044
• Visualizações 2018: 120.765
FAP Entrevista
• 30 pessoas entrevistadas entre dirigentes da FAP, intelectuais e políticos
• Visualizações no site: 14.667
Moscou não crê em lágrimas (Série de artigos sobre os jogos da Copa do Mundo)
• Visualizações no site: 3682 (22 artigos)
Planejamento Estratégico da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) para 2018-2023
Neste mês, a FAP elaborou o planejamento estratégico que contou com a participação de membros do Conselho Curador, da Diretoria Executiva, do Conselho Consultivo, do Conselho Fiscal e funcionários. Foi definida como visão que a fundação deve “ser referência para a cultura e a política democrática no Brasil”. Para isso, a FAP deve desenvolver sua missão de promover o estudo e a reflexão crítica da sociedade, de maneira a construir referências teóricas e culturais relevantes para a defesa, consolidação e reforma do Estado Democrático de Direito. Os valores que devem guiar as relações internas e externas são a transparência, sustentabilidade, solidariedade, reformismo, ética, equidade, democracia e cosmopolitismo.
http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/wp-content/uploads/2018/12/181120_relatorio_seminario_planejamento_estrategico_revisado.pdf
Revista Política Democrática online alcança quase 225 mil acessos em duas edições
Audiência saltou 457,38% de outubro, mês de lançamento da versão exclusivamente digital, a novembro
Por Cleomar Almeida
Às vésperas de lançar sua edição de dezembro, a revista Política Democrática online, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), alcançou nas suas duas primeiras edições 224.999 acessos do público em geral. Ou seja, audiência cresceu 457,38% em dois meses. Segundo a FAP, no mês de outubro, a Política Democrática online obteve 34.224 acessos pela internet. Em novembro, de acordo com o levantamento, a audiência da revista saltou para 190.757 acessos, principalmente a partir de grandes reportagens sobre temas de interesse público, entrevistas relevantes e análises críticas referentes aos cenários políticos brasileiro e internacional. A próxima edição, que será lançada ainda nesta semana, publicará uma entrevista exclusiva com o embaixador Rubens Ricupero e a primeira parte de uma reportagem (com um minidocumentário) sobre a hidrelétrica de Belo Monte, relatando a situação dos índios na região da Volta Grande do Xingu, além de um artigo de Marina Silva (Rede), entre outros.
Na primeira edição, a revista online destacou o drama da crise humanitária que fez milhares de pessoas saírem da Venezuela para o Brasil e outros países, no maior êxodo da história da América Latina. A edição de outubro publicou, ainda, dez análises críticas e uma charge sobre política é uma entrevista com Monica de Bolle, primeira mulher latino-americana a integrar a equipe do Peterson Institute for International Economics. Ela destacou que a agenda fiscal terá de ser prioridade do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
» Acesse aqui a edição de lançamento da revista Política Democrática online
A entrevista com o sociólogo Sérgio Abranches foi destaque da edição de novembro. Nela, ele mostra os reflexos da eleição de Bolsonaro, a qual, segundo o especialista, encerra a histórica polarização político-partidária entre PT e PSDB. Além disso, a revista publicou outros dez artigos críticos e uma charge sobre política. A edição destacou, ainda, uma grande reportagem que revelou como pessoas em situação de rua movimentam uma economia marginal em Brasília e os cortes de verbas da área de assistência social no Distrito Federal.
» Acesse aqui a edição de novembro de Política Democrática online
Na avaliação do diretor da revista, André Amado, a quantidade de acessos reflete o compromisso de todos os profissionais envolvidos na produção e edição da publicação online. “Me agrada muito, mas não me surpreende que a revista tenha alcançado mais de 190 mil acessos em sua segunda versão”, disse. “Uma das preocupações de todos os envolvidos é seguir a trilha das discussões e do debate de ideias, no horizonte da defesa e projeção dos princípios democráticos”, enfatizou.
André Amado destacou a independência e linha editorial crítica da revista. Segundo o diretor, seus profissionais desempenham suas funções com independência e profissionalismo. “A revista acertou na sua orientação de buscar o debate, a troca de ideias e a provocação intelectual”, ressalta. “Os próximos números serão tão bem sucedido quanto (os anteriores)”, acentuou, para emendar: “A revista Política Democrática ocupará, certamente, um espaço importante no ambiente político-intelectual brasileiro comprometido com a democracia”.
Além de contar com uma extensa lista de colaboradores, a revista tem um conselho editorial formado por renomados intelectuais e analistas políticos brasileiros. São eles: Alberto Aggio, Caetano Araújo, Francisco Almeida, Luiz Sérgio Henriques e Maria Alice Resende de Carvalho. A revista é mantida com recursos do fundo partidário destinados à fundação pelo Partido Popular Socialista (PPS). A versão impressa da revista, quadrimestral, tem circulação de 1 mil exemplares e completou 16 anos.
Blog do PPS: Audiência da TVFAP.net supera canais de fundações, universidades e partidos
Foram mais de 3,7 milhões de views no Youtube
É sempre bom ter uma referência do alcance e da repercussão do nosso trabalho, certo?
Para isso, fizemos um comparativo com entidades afins para medir os nossos próprios resultados, sendo que a maioria dos canais pesquisados tem muito mais anos de atividades nessa plataforma de vídeo e nas redes sociais.
Assim, apresentamos os números de 2018 da TVFAP.net até o momento, tendo como carro-chefe dessa audiência o #ProgramaDiferente (lembrando que os números da audiência de cada canal no Youtube são públicos).
De janeiro a novembro, faltando ainda um mês para fechar o balanço do ano, tivemos mais de 1,3 milhão de visualizações da nossa programação. Desde a estreia da TVFAP.net no Youtube, foram mais de 3,7 milhões de views (sem contar a audiência em outras ferramentas, plataformas e aplicativos).
O que isso significa? Perto desses youtubers da moda e influenciadores digitais, talvez nada muito impressionante.
Mas vamos comparar a nossa audiência com outros canais similares no Youtube, em ordem decrescente de visualizações:
TVFAP - 3,7 milhões
TVPUC - 2,9 milhões
TV USP - 2,6 milhões
PSDB no Youtube - 2,3 milhões
Insper - 1,4 milhão
Partido NOVO - 1,3 milhão
TV Mackenzie - 1,2 milhão
TV FPA - Fundação Perseu Abramo (PT) - 921 mil
Fundação FHC - 851 mil
Rede Sustentabilidade - 376 mil
PPS no Youtube - 276 mil
PSB no Youtube - 245 mil
PSOL no Youtube - 119 mil
O que é o #ProgramaDiferente?
Política Democrática: Globalização promoveu aumento da riqueza, afirma Vinícius Müller
Doutor em História Econômica e professor do Insper observa que fenômeno também provocou separações sociais
Por Cleomar Almeida
O doutor em História Econômica e professor de Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) Vinícius Müller diz que a globalização é um “fenômeno mais complexo que promoveu aumento da riqueza na mesma medida em que desarticulou antigas estruturas produtivas e sociais”. “A globalização não era, como pensávamos há mais de vinte anos, um novo imperialismo encabeçado pelos norte-americanos”, afirma ele, em artigo publicado na edição de novembro da revista Política Democrática online, produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao Partido Popular Socialista (PPS).
De acordo com Vinícius Müller, as novas separações sociais produzidas pela globalização na sociedade norte-americana não são exclusivamente econômicas. “Elas estão relacionadas ao questionamento que parte da sociedade faz em relação aos valores que construíram aquela nação. De um lado políticas identitárias, de outro, xenofobia. Entre eles um hiato. É neste espaço que mora o diabo”, ironiza ele.
» Acesse aqui a edição de novembro da revista Política Democrática online
No fim do século passado, de acordo com o doutor em História Econômica, quando a combinação entre o fenômeno da globalização e a retomada dos valores liberais se arvorava como o modelo único, duas posições antagônicas se estabeleceram, conforme ele escreve. “Uma delas dizia que a abertura dos mercados nacionais, a maior velocidade nas trocas de mercadorias e moedas, assim como a formação de cadeias produtivas globais, garantiriam a ampliação da riqueza e melhoria significativa no padrão de vida de pessoas espalhadas pelo globo”, afirma, para continuar: “Outra, contrária, apostava na hipótese de que a globalização em sua vertente neoliberal nada mais era do que retomada do imperialismo do século XIX, agora liderado pelo EUA. Os resultados, depois de 30 anos, não cabem em slogans tão simples assim”.
No plano geral, conforme destaca o professor do Insper, a produção e a circulação de riquezas aumentaram. “Grupos populacionais imensos foram beneficiados pela ampliação do mercado, descentralização produtiva e aumento da produtividade e da riqueza”, acentua ele, e um trecho do artigo. “A urbanização de contingentes populacionais maiúsculos na China e na Índia, a transferência de partes significativas da produção industrial para países como o Vietnã e o aumento da qualidade de vida em países do leste europeu são visíveis. Em uma constatação anti-intuitiva, os países que mais ganharam com a globalização não foram aqueles que, no início do século, pareciam ser os impositores desta ordem”.
Na avaliação do autor, portanto, o que parecia ser uma imposição voltada à abertura de mercado mundial aos EUA, como um “neoimperialismo”, segundo ele, não se confirmou na medida em que tal processo produziu mais efeitos benéficos, ou que foram proporcionalmente maiores, em países como Chile, Coreia do Sul, Austrália e Lituânia do que nos EUA.
“A constatação de que a globalização, de fato, produziu mais riqueza e ampliou a qualidade de vida de enormes contingentes populacionais, e que hoje a tese de um imperialismo norte-americano parece fruto da ingenuidade da juventude, não significam a confirmação de que tal processo ocorreu sem efeitos colaterais que hoje batem à nossa porta. O mais importante entre eles é a ampliação da desigualdade. Não aquela que os críticos da globalização imaginavam que ocorreria entre os países”, diz outro trecho.
Vinícius Müller também diz que um argumento que atenuava o avanço da desigualdade afirmava que “é melhor viver em um país desigual e rico do que em um igualitário e pobre”. “Tem sentido, até porque a riqueza quando cresce beneficia a todos, mesmo que em níveis diferentes. O exercício retórico era simples: em uma sociedade na qual vive Bill Gates, a renda per capita cresce, mas a desigualdade também”, acrescenta o autor. “E, certamente, é melhor viver numa sociedade que tem a oportunidade de ampliar sua produção de riqueza a partir do uso das ferramentas criadas pelo fundador da Microsoft. O problema é que tamanha desigualdade começa a impactar em outras questões que fogem do escopo deste argumento”, assevera ele.
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Política Democrática: “Entramos na era da mentira”, afirma Sérgio Denicoli
Pós-doutor em comunicação analisa avanço da internet, em artigo publicado na edição de novembro da revista Política Democrática online
Por Cleomar Almeida
O pós-doutor em Comunicação e diretor da AP Exata – Inteligência Artificial, Sérgio Denicoli, diz que a expansão da internet, possibilitada pelo surgimento da web, em 1989, sustentou a crença de que “o novo meio online seria um grande campo de liberdade”. No entanto, hoje, segundo ele, “entramos na era da mentira, das teorias da conspiração, que influenciam nossos amigos e familiares”, como escreve em artigo publicado na edição de novembro da revista Política Democrática online, produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao Partido Popular Socialista (PPS).
Com o título “As doces, atraentes e estimulantes fake news”, o artigo ressalta que, no início, a ideia que havia era de que finalmente o mundo se livraria das amarras da mediação da imprensa, que, segundo ele, é “contaminada pelos seus mais diversos interesses e pela sua proximidade com o poder político”.
» Acesse aqui a edição de novembro da revista Política Democrática online
No final dos anos 1980, como observa o pós-doutor em Comunicação, acadêmicos e críticos entendiam que a imprensa desenhava toda a narrativa da vida pública e que a internet trazia ao mundo a possibilidade de democratização da informação. “As pessoas comemoraram, então, o surgimento do chamado ‘jornalista cidadão’, aquele que não precisava de intermediários para difundir uma notícia. Foi uma onda avassaladora a transformação dos internautas em produtores e não apenas consumidores de conteúdo”, escreve ele, em um trecho.
No entanto, de acordo com Sérgio Denicoli, houve mudança não apenas no ato de se reportar algo. “A internet viria a colocar em causa muitas profissões que tinham a mediação como norte. Foi assim que aconteceu a revolução do Uber, do Airbnb – que permite às pessoas comuns alugarem suas próprias casas como se fossem hotéis –, dos classificados, do comércio de imóveis, entre tantos outros exemplos. Enquanto essas mudanças eram comemoradas, o mundo não percebeu que, aos poucos, a internet foi sendo capturada”, acrescenta ele.
Segundo o diretor da AP Exata – Inteligência Artificial, empresas ultraglobais, como Google, Facebook, Twitter etc, construíram resorts de comunicação e cooptaram bilhões de usuários, os quais, conforme ressalta ele, foram transformados “em produtos narcisistas municiados de espelhos hipnotizadores”. “Ocorreu, portanto, a digitalização da vida, com ideias, opiniões e momentos privados devidamente classificados e armazenados em data centers espalhados pelo planeta. As pessoas foram agrupadas em bolhas e viraram presas”, afirma Sérgio Denicoli.
Assim, conforme aponta o artigo, “um ambiente que chegou anunciando liberdade se tornou uma prisão sem muros, com requintes apurados de cooptação ideológica”. “Tudo devidamente disseminado por robôs e alimentado pelo que denominamos de ‘perfis de interferência’, criados especificamente para interferir nos mais diversos processos que envolvem a opinião pública”.
Na avaliação do pós-doutor em Comunicação, a sociedade entrou não somente “na era da mentira”, mas também na das “teorias da conspiração, que influenciam nossos amigos e familiares”. “Estabeleceu-se um surto coletivo, onde, se achando mais que especial, o internauta acredita que sua vida é o centro das atenções e que sua opinião deve prevalecer, sendo ela apoiada em pós-verdades, se assim for necessário. Uma doce ilusão. Tão doce e atraente, como uma bem construída fake news”, escreve ele, no artigo.
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