Fundação Astrojildo Pereira
Escritora Laís Moreira Silva participa de webinar da Biblioteca Salomão Malina
Evento online terá transmissão em tempo real, a partir das 18h, na página da biblioteca no Facebook
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
A Biblioteca Salomão Malina, mantida pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) em Brasília, realiza nesta segunda-feira (14), a partir das 18h, webinar com a escritora Laís Moreira Silva, autora do livro A Rosa de Cristal. O evento online integra o projeto Conheça o escritor e será transmitido em tempo real na página da biblioteca no Facebook e no site da entidade.
Assista ao vídeo!
Laís Moreira Silva reside em Brasília, Distrito Federal e atua como professora de Língua Inglesa pela Secretaria de Educação desde 2011. Sempre foi apaixonada por literatura e se tornou aspirante à escritora ainda na faculdade, com o incentivo de seus professores.
Publicado em 2019, A Rosa de Cristal narra uma história que ilustra, a todo o leitor que se sente sozinho ou incapaz de mudar, que tudo pode ser possível com um pouco de vontade e muita imaginação. A escritora aborda o bullying por uma perspectiva diferente ao escrever a história de Luísa.
Luísa é uma garota de dez anos que sofre, diariamente, bullying por ser diferente. Finalmente, uma oportunidade inusitada aparece para que possa se ver livre de tudo o que a atormenta. Mas estaria ela disposta a abrir mão de si mesma e de sua essência só para pertencer a um grupo? Seria possível desistir de seu “eu verdadeiro” sem sequer saber quem realmente ela é?
Ler o livro é uma oportunidade à reflexão em uma jornada de descobertas e indagações sobre o que torna as pessoas iguais às demais, mesmo com suas ricas diferenças, e até onde devem abrir mão de quem realmente são só para não se encaixarem nos padrões exigidos pela sociedade.
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Evento será realizado nesta quinta-feira (3), com participação das bibliotecárias Marina Grande e Thalyta Jubé
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Internautas receberão dicas de como organizar seu acervo de livros de forma simples e personalizada, em webinar, nesta quinta-feira (3), que será realizado pela Biblioteca Salomão Malina, mantida pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), em Brasília. O evento terá transmissão online pela página da biblioteca no Facebook.
A fundação realizará a retransmissão em tempo real em seu site. As dicas serão compartilhadas pela bibliotecária Marina Grande, em evento que terá mediação da coordenadora da Biblioteca Salomão Malina, Thalyta Jubé.
Confira o vídeo!
"Muitas pessoas têm coleções de livros em casa, mas não sabem como otimizar a organização deles. Marina Grande dará dicas para pessoas que não possuem conhecimento técnico em biblioteconomia, mas que desejam manter sua biblioteca pessoal organizada", afirma Thalyta.
Sobre Marina Grande
Nasceu na África do Sul e morou em Moçambique até os 7 anos de idade. Mudou-se para Brasília e seguiu com a educação bilíngue. Graduada em Biblioteconomia pela biblioteconomia pela UnB (Universidade de Brasília), Marina, desde o primeiro semestre, fez estágio nas mais diversas bibliotecas (escolar, de escritório de advocacia, órgãos públicos, para deficientes visuais). Também já atuou com restauração de obras raras e em empresas no exterior.
Em 2012, teve sua primeira cliente para a organização de sua biblioteca pessoal. Desde então, nunca mais saiu desse nicho. Em 2016, decidiu expandir sua área de atuação se especializou em organização residencial, empresarial e digital. Em seu perfil no Instagram (@marinagrandepo), compartilha dicas de organização.
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André Amado analisa como grandes autores de romances seduzem seus leitores
Em artigo publicado na Política Democrática Online de novembro, embaixador aposentado analisa obras de argentino, britânico e moçambicano
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Com exemplos de três universos culturais distintos, mas que convergem na técnica, o embaixador aposentado e diretor da revista Política Democrática Online, André Amado, analisa como os grandes escritores procuram transformar os leitores em seus cúmplices na construção de uma obra de ficção. Os detalhes estão na edição de novembro da publicação, produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília.
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Todos os conteúdos da publicação podem ser acessados, gratuitamente, no site da FAP. Em seu artigo, Amado analisa a abertura dos romances Sobre héroes y tumbas (do argentino Ernesto Sábato), A balada de Adam Henry (do britânico Ian McEwan, com tradução de Jorio Dauster) e Venenos de Deus, remédios do diabo (do moçambicano Mia Couto).
O embaixador aposentado analisou os trechos retirados das primeiras páginas das obras. “Ernesto Sábato seduz o leitor pela maneira como lida com a noção de tempo, maestria literária que é uma promessa de que a repetirá mais adiante na narrativa”, afirma. “Ian McEwan recorre a jogo mais sutil. Com o apoio de detalhes, em geral secundários, do ambiente doméstico, opõe o melancólico ao sofisticado e deixa no ar a questão: será o presente estéril ou ainda haverá esperança de futuro”, acrescenta.
Já Mia Couto retrata, também de entrada, a vida de um casal, cuja rotina consiste em suportar-se, como observa o autor do artigo. “Aqui a pergunta não é tanto se, mas como as relações haverão de evoluir”, diz. Segundo Amado, os três escritores procedentes de universos culturais tão distintos convergem na técnica de, no início, não mais do que insinuar a história que desenvolverão, quando, então, passam a convidar o leitor a se sentar a seu lado, para acompanhá-lo na textura da trama, no traçado dos personagens, na solução dos conflitos, no afivelamento dos fios soltos da narrativa.
“É assim que os grandes escritores procuram transformar os leitores em seus cúmplices na construção de uma obra de ficção. Eles têm plena consciência de que, em literatura, o leitor é fisgado pela intriga, pela curiosidade, até mesmo pela aspiração – em muitos casos, inconfessa – de querer ser o coautor do que está sendo concebido”, afirma o diretor da revista Política Democrática Online.
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Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Borgen (Castelo) é uma série televisiva escandinava que tem feito sucesso no mundo inteiro não tem detetives, nem mafiosos e tampouco navegadores vikings como tema, mas tem conquistado os brasileiros. A análise é do jornalista Henrique Brandão, em artigo que publicou na revista Política Democrática Online de novembro, produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília. Todos os conteúdos podem ser acessados, gratuitamente, no site da entidade.
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“Mas qual é o segredo da série entre os brasileiros?”, questiona o Brandão, para, em seguida, explicar. Antes, porém, o jornalista lembra que a série é um drama político contemporâneo, que mostra os jogos de interesses que se desenvolvem na política dinamarquesa. Chama-se. O nome vem da forma como se referem ao Palácio de Christianborg, local que abriga as três esferas do poder dinamarquês.
“A série foi exibida na Dinamarca entre 2010 e 2013, o que deu nova dimensão ao folhetim foi o fato de a Netflix tê-la comprado e incluído as três temporadas (10 episódios cada) na programação. O êxito foi tanto que a gigante do streaming pensa em nova leva de episódios”, afirma o autor.
Na avaliação de Brandão, a série atrai os brasileiros porque, segundo ele, mostra com naturalidade a forma como a política é encarada na Dinamarca. “Ocupar altos cargos na administração pública ou nas esferas de base da estrutura partidária não é encarado como algo proveitoso, do qual se deve tirar vantagens, mas como parte da vida coletiva”, acentua.
Por isso, de acordo com o autor do artigo publicado na revista Política Democrática Online, brasileiros veem na série a futura primeira-ministra indo de bicicleta para o Parlamento, assim como vários de seus pares, e surpreendem com o fato de como a liturgia inerente ao cargo soa pouco pomposa por lá.
“Para além da indiscutível qualidade artística, é na comparação entre as realidades dos dois países que a série se impôs por aqui”, diz o jornalista. “A diferença entre as sociedades – a nossa comparada com a deles – é enorme”, acrescenta. Para se ter uma ideia, ele lembra, em 2011, a Dinamarca foi considerada, segundo o índice de Gini, o país com o menor grau de desigualdade social do mundo.
“Em tempos de enfrentamentos toscos e baixarias vis, acompanhar a trajetória de Birgitte Nyborg é um bálsamo. A série acabou atraindo desde comunistas convictos até o mais empertigado dos liberais. Um feito e tanto”, avalia.
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Em artigo na Política Democrática Online de novembro, consultor explica porque o Brasil não conseguiu seguir exemplos do Japão e da Coreia do Sul
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
“O maior problema para o desenvolvimento do país é a falta de educação de qualidade e igual para todos, pobres e ricos, que coloque o país entre os primeiros do mundo nesse fundamento, com muita tecnologia e inovação”. A avaliação é do consultor em inovação e estratégia Evandro Milet, em artigo que publicou na revista Política Democrática Online de novembro, produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília.
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Todos os conteúdos da publicação podem ser acessados, gratuitamente, no site da FAP. Em seu artigo, Milet afirma que, para o pleno desenvolvimento do país, também é fundamental a redução das desigualdades sociais com programas focados nos mais pobres e na redução dos problemas que tiram grande parte da população da atividade produtiva.
“Cabe aqui enumerá-las: evasão escolar, gravidez na adolescência, homicídios, acidentes de trânsito, discriminações em geral e a falta de creches e escolas de tempo integral, o que tira mulheres do mercado de trabalho”, diz o autor, no artigo publicado na revista Política Democrática Online de novembro.
Em sua análise, Milet observa que, sem ênfase em educação e exportações, o Brasil não conseguiu seguir o exemplo de países como o Japão e a Coreia do Sul, que alcançaram um forte desenvolvimento industrial e tecnológico com sólida atuação do governo. “O Brasil passou muitos anos com sua economia fechada, colocando a culpa da falta de desenvolvimento em fatores externos, subsidiando empresas para substituir importações e acreditando que o governo é o grande motor da economia”, afirma, em outro trecho.
De acordo com o autor do artigo, uma série de problemas ainda assolam o país. “Empresas ineficientes, incapazes de competir internacionalmente; baixa produtividade; governo grande, caro, também ineficiente e corrupto; carga tributária alta; despesa maior que receita implicando dívida alta; ambiente de negócios burocratizado e demonizando o lucro; justiça lenta e que não promove segurança”, critica.
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Em artigo publicado na Política Democrática Online de novembro, Hernan Chaimovich explica cita ‘peso simbólico’ de bandeira de povo indígena em manifestações
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
“O consistente uso da bandeira Mapuche como símbolo nas manifestações pouco tem a ver com a batalha contra o capitalismo agressivo que, sustentado pela Constituição de 1980, afeta a grande maioria da população chilena”. A análise é do professor do do Instituto de Química da USP (Universidade de São Paulo) Hernan Chaimovich, brasileiro, nascido no Chile, em artigo que publicou na revista Política Democrática Online de novembro, produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília.
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Todos os conteúdos da publicação podem ser acessados, gratuitamente, no site da FAP. No artigo, Chaimovich explica que a bandeira do povo indígena Mapuche foi um símbolo que fortaleceu ainda mais o registro da convulsão social que tomou o Chile desde o ano passado e já resulta na aprovação de processo constituinte neste mês.
De acordo com o professor da USP, a bandeira do povo Mapuche, chamada de Wenüfoye (canelo del cielo), é um dos símbolos mais usados pelos manifestantes no Chile. Ele lembra que os protestos de parte significativa da sociedade chilena tiveram início em outubro de 2019.
“Do peso simbólico, consta o reconhecimento da existência do povo Mapuche, que, apesar de perseguido, conseguiu resistir ao aparato estatal que, desde a conquista espanhola no século XVI, tentou persistentemente eliminá-lo, ou assimilá-lo. Wenüfoye é, pois, um símbolo de rebeldia, um grito que não aceita a institucionalidade existente, um estandarte de luta”, analisa.
No artigo publicado na Política Democrática Online de novembro, Chaimovich também lembra que, nos primeiros anos depois da independência em 1810, os republicanos chilenos se voltaram para o passado heroico dos Mapuches, chamados de “índios chilenos”. O objetivo, segundo o autor, era demonstrar simbolicamente que eles seriam a semente de um povo valente amante da liberdade, justamente o povo chileno.
“Esta visão durou pouco na República independente, pois o poder, formado por criollos (a denominação dos estratos dominantes na época), compreendia somente a burguesia mercantil, mineradora ou terratenente”, afirma, para acrescentar: “Este conjunto dominante visava construir e expandir um estado-nação cujas fronteiras deviam se estender até o sul do Chile, território ao sul do rio Biobío, terra dos Mapuches”.
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Em artigo publicado na Política Democrática Online de novembro, Lilia Lustosa analisa Tenet, de Christopher Nolan
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
A crítica de cinema Lilia Lustosa Lilia faz uma análise de Tenet, de Christopher Nolan, filme que marca a reabertura das salas de cinema em quase todo o mundo e leva o espectador a uma jornada que mescla espionagem e ficção científica. Os detalhes podem ser conferidos da edição de novembro da revista Política Democrática Online, produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília. Todos os conteúdos da publicação podem ser acessados, gratuitamente, no site da entidade.
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Na avaliação da crítica de cinema, o diretor britânico parece ter errado a mão desta vez, exagerando na complexidade da trama, através de uma fragmentação excessiva do tempo e da inserção da física quântica como elemento-chave para entender o desenrolar da história. “Passei o filme inteiro tentando assimilar a tal de inversão do fluxo da entropia e nada”, critica.
“Senti-me ignorante do começo ao fim. E olhe que gosto de filmes que exigem do meu intelecto. Mas acho que Tenet peca ao falar para um grupo muito seleto de espectadores, fazendo os demais se sentirem incapazes de adentrar à mente labiríntica do diretor”, emenda.
Segundo Lilia, ao pinçar algumas falas perdidas em meio a tantas balas invertidas, Tenet deixa a pergunta. “O que poderíamos ter feito diferente no passado para evitar chegar onde estamos? Reflexão mais do que apropriada para 2020”, afirma ela, no artigo. “Ora, o que passou passou, mas isso não significa que não podemos tentar reparar erros cometidos. Em nossa real-ficção-científica, o ontem (ainda) não pode ser mudado, mas o hoje e o amanhã, sim”, acrescenta.
De acordo com a crítica de cinema, o filme que simboliza a reabertura de salas de cinema, o blockbuster de Christopher Nolan, Tenet (2020), é “uma mistura de filme de espionagem com ficção científica, que é um verdadeiro quebra-cabeça cinematográfico”, analisa.
No artigo, a autora lembra que o lançamento do filme estava marcado para 17 de julho, mas só chegou às telonas do Brasil no fim de outubro e já ultrapassou os US$ 330 milhões de bilheteria mundial, pouco mais da metade do que estimava sua produtora, a Warner. “As razões me parecem óbvias: salas funcionando abaixo da capacidade, horários reduzidos e alto custo para manter os protocolos de segurança em dia, para atrair espectadores ainda bastante temerosos”, observa Lilia.
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Igualdade23: Novembro de Zumbi e João Candido
O mês de novembro celebra dois momentos distintos no tempo e na localização, porém próximos quando se trata do tema da luta no combate ao racismo e pela promoção da igualdade racial. No dia 20, a data refere-se ao momento que Zumbi dos Palmares foi assassinado na Serra dos Dois Irmãos, então Província de Pernambuco atual Estado do Alagoas, em 1695.
Simbolicamente, o dia da morte de Zumbi se consagrou como o mais significativo, tanto que é feriado em várias cidades brasileiras.
Ao longo dos anos foi se fortalecendo a ponto de se transformar numa semana de comemoração e atualmente se estabeleceu o “novembro negro”, que reúne uma série de atividades correlatas em todos os estados do Brasil.
A data de 22 de novembro também merece reverência. Foi nesse dia, em 1910, que se desencadeou a Revolta da Chibata, liderada pelo marinheiro João Cândido, “o Almirante Negro”. Nesse ano de 2020, o Coletivo Igualdade 23, do Cidadania, prima por dar destaque às duas efemérides e a esses dois heróis.
Zumbi dos Palmares e João Cândido foram, cada qual à altura de seus contextos históricos, ícones que representam a bravura e a busca pela dignidade coletiva. Dois homens que despenderam sacrifícios pessoais a fim de ousar conduzir mentes e corações na trilha da liberdade.
“Nós marinheiros, cidadãos brasileiros e republicanos, não podemos mais suportar a escravidão na Marinha brasileira”, alertava o ultimato redigido pelos sublevados comandados por João Cândido endereçado ao então presidente Hermes da Fonseca. Passados 110 anos, há certa atualidade nas reivindicações do manifesto. A Armada não aplica mais castigos físicos.
No entanto, na sociedade negros e negras de todo o território permanecem clamando por acesso aos bens da vida, à democracia e aos pilares da república, ou seja, os exemplos de Zumbi e Cândido continuam fazendo sentido e seguem importantes para nós. Assim entendemos no Igualdade 23.
‘Brasil é destaque entre países com respostas tardias e insuficientes à pandemia’
Em artigo publicado na Política Democrática Online, Lígia Bahia e Mario Scheffer analisam comportamento do governo brasileiro na crise sanitária global
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Promessas não cumpridas, omissões e o reconhecimento da indisponibilidade de insumos estratégicos para o SUS (Sistema Único de Saúde) têm marcado a gestão do governo federal no combate à pandemia do coronavírus. A análise é da médica e professora adjunta da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Lígia Bahia e do professor do DMP (Departamento de Medicina Preventiva) da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) Mario Scheffer, em artigo que produziram, conjuntamente, para a revista Política Democrática Online de novembro.
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A publicação é produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília e vinculada ao Cidadania. Todos os conteúdos da revista podem ser acessados, gratuitamente, no site da entidade. “A pandemia da Covid-19 e seus trágicos desdobramentos sanitários, políticos e econômicos concederam ao Brasil lugar destacado entre os países com respostas tardias e insuficientes à prevenção de casos e óbitos”, criticam os autores do artigo.
Lígia e Scheffer destacam que a demora e a desproporção entre a quantidade de recursos para rastreamento e tratamento de pacientes mobilizados e a magnitude da epidemia passaram a ser um problema em si. “Entre fevereiro e agosto de 2020, houve nítida mudança no conteúdo de pronunciamentos governamentais. No primeiro semestre, a preocupação com a ‘falta’ de leitos, equipamentos e testes competiu com debates em torno do uso ou não da cloroquina”, lamentam.
Em seguida, de acordo com os autores, o foco das atenções convergiu para o auxílio emergencial e para a abertura das atividades econômicas. Em maio de 2020, conforme eles lembram, três meses após o governo federal ter declarado o estado de emergência em saúde pública no Brasil, o SUS, os profissionais da saúde e a população diretamente afetada pela Covid-19 ainda conviviam, em muitas cidades, com problemas. “Grave insuficiência de leitos de internação, falta de médicos e de equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde, assim como era precário o fornecimento de ventiladores e kits de testes diagnósticos”, afirmam.
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Ibmec-DF realiza live sobre reinvenção das cidades, com apoio da FAP e Tema editorial
Evento online será quinta-feira (26) e terá participação de autores de obra recém-lançada
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Apoiado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e Tema Editorial, o Ibmec-DF (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais no Distrito Federal) vai realizar, no dia 26 de novembro, das 19h às 21h, o debate a reinvenção das cidades, mesmo título da recém-lançada edição especial da revista Política Democrática. Inscrições estão abertas no site da instituição de ensino.
O debate do instituto integra a programação de discussões online com especialistas autores de artigos publicados na edição especial da revista, produzida e editada pela FAP em conjunto com a Tema Editorial. A publicação foi lançada em 30 de setembro, data de início da série do ciclo de cinco debates virtuais sobre as cidades. Todos os vídeos estão disponibilizados no site e na página da fundação no Facebook.
O livro reúne um grupo de 20 articulistas com abordagens instigantes sobre as cidades e seu futuro. O evento do Ibmec terá mediação do economista Jackson De Toni, doutor em Ciência Política, mestre em Planejamento Urbano e Regional e professor de Formulação e Avaliação de Políticas Públicas no instituto. Ele vai abordar a gestão municipal.
“Nos últimos trinta anos, transferiu-se para os municípios, de forma assimétrica e desproporcional, uma gama enorme de pautas e agendas que os prefeitos e as cidades não estavam preparados para assumir”, observa De Toni.
Entre os convidados está o doutor em Engenharia Roberto Alvarez, diretor executivo da GFCC (Federação Global de Conselhos de Competitividade), organização global sediada em Washington e presente em mais de 30 países. O autor vai destacar os principais desafios para inovação e sustentabilidade das cidades.
“Olhar para o que acontece nas cidades neste momento poderá dizer muito a respeito do nosso futuro coletivo e da nossa capacidade de construí-lo”, afirma Alvarez.
Também está confirmada a participação do fundador do Urbem (Instituto de Urbanismo e Estudos para a Metrópole), Philip Yang. O especialista vai analisar a relação entre a política urbana e a desigualdade social, tendo como pano de fundo o cenário pós-pandemia do coronavírus.
Organizadora da revista Política Democrática e editora da Tema Editorial, a jornalista Beth Cataldo, mestre em Comunicação pela UnB (Universidade de Brasília) vai fazer uma apresentação do livro e explicar as motivações que justificaram sua edição especial. Ela também abordará a questão da comunicação e a vida urbana.
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Em artigo que publicou na Política Democrática Online de novembro, professor da UnB analisa proposta em tramitação
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O professor do Departamento de Economia da UnB (Universidade de Brasília) José Luis Oreiro afirma que “a realização de reforma administrativa com o objetivo de preservar o teto de gastos parece ideia desprovida do mínimo senso de realidade”. A análise consta de artigo que ele produziu para a revista Política Democrática Online de novembro, produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília. Todos os conteúdos da publicação podem ser acessados, gratuitamente, no site da entidade.
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No debate econômico brasileiro atual é crescente o consenso de que não é possível manter o Teto de Gastos, que, conforme lembra Oreiro, estabelece o congelamento dos gastos primários da União em termos reais até 2036, devido ao crescimento dos gastos com Previdência Social a um ritmo de 3% ao ano, mesmo após a reforma da previdência, realizada em 2019. “O que levará a um esmagamento progressivo das despesas discricionárias como, por exemplo, os gastos com investimento público e com o custeio de Saúde e Educação”, avalia o autor.
No artigo publicado na revista Política Democrática Online de novembro, o professor da UnB observa que o elevado nível de desemprego da força de trabalho combinado com alta ociosidade da capacidade produtiva na indústria exige aumento expressivo da demanda agregada, o que, segundo ele, nas condições atuais, só pode ocorrer por intermédio do investimento público. “O que esbarra nas limitações legais ao aumento de gasto público imposto pela EC 95”, escreve.
De acordo com Oreiro, um dos principais problemas da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 32 é que acaba sendo vazia, já que, ele diz, deixa para regulamentar o essencial posteriormente. Estes são os casos de definição de quais serão as carreiras típicas de Estado, os critérios de avaliação de desempenho e as novas formas de acesso ao serviço público, tanto quanto a política remuneratória e de benefícios percebidos pelos servidores, as regras para a ocupação de cargos de liderança e assessoramento e a progressão e a promoção funcionais que serão tratados por projeto de lei complementar.
“Outro ponto crucial é que a reforma proposta deixa de fora as maiores fontes de distorções no serviço público – os militares, os juízes e membros do Ministério Público, e os parlamentares”, critica, para acrescentar: “No caso dos militares, parece que até obterão ganhos com essa reforma, ao poderem acumular determinados cargos (docência e empregos na saúde, sob certas condições), o que é explicitamente facultado no novo texto”.
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Em artigo publicado na Política Democrática Online de novembro, sociólogo diz que comportamento de Bolsonaro é ‘espelho’ de presidente dos EUA
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Eleição norte-americana escancarou o negacionismo de Donald Trump e, por tabela, do presidente Jair Bolsonaro, avalia o sociólogo e cientista político Paulo Baía, em seu artigo na revista Política Democrática Online de novembro, em que analisa o bolsonarismo na visão de Jairo Nicolau, autor do livro O Brasil dobrou à Direita. “Em tempos de negacionismo, a maior democracia mundial vive momentos em que o poder nas mãos de um populista de extrema-direita questiona o sistema eleitoral, negando as regras democráticas do país, que funcionam da mesma forma há séculos”, criticou o autor do artigo.
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A revista Política Democrática Online é produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília. Todos os conteúdos podem ser acessados, gratuitamente, no site da entidade. Em sua análise, Baía chamou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “espelho ao Sul da América do Sul” de Trump. “[Bolsonaro] deixa de ser representante de uma nação para virar cabo eleitoral e torcedor fervoroso daquele que acredita ser seu amigo”, observou.
Na avaliação do cientista político, o interessante é que o atual presidente da República do país representante da liberdade, garantidor dos valores liberais e iluministas é aquele que deseja ser reeleito no tapetão, suspendendo a contagem de votos dos que não votaram nele. “É o retrato da negação. Nas terras de cá, negam-se os mais de 14 milhões de desempregados, o aumento da pobreza extrema, a crise fiscal por causa da pandemia, a inflação nos produtos da cesta básica por conta do aumento do dólar e o empresariado preferindo vender para o mercado externo do que o interno, diminuindo a oferta e aumentando a procura”, afirmou Baía.
O sociólogo disse, ainda, que “todos os graves problemas por que passa o Brasil são reflexos de uma disputa partidária, criados pelos adversários para roubar seu poder”. No artigo, ele lembrou que o professor de ciência política Jairo Nicolau acabou de lançar o livro O Brasil dobrou à Direita. Nesta obra, ele compila uma série de dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
“Cruzando dados como idade, gênero, religião, educação etc., o pesquisador chega a conclusões muito interessantes sobre os eleitores de Bolsonaro”, afirmou, para continuar: “Ele foi o primeiro candidato que rompeu a ideia de que, para vencer, o presidente precisa de uma máquina eleitoral. Bolsonaro foi o preferido nas três faixas de ensino: fundamental, médio e ensino superior. Em 2018, foi a primeira vez em que o fator gênero se fez presente”.
Bolsonaro também foi o preferido de 2 a cada 3 homens, batendo o adversário em 10% a mais. E teve, respectivamente, 53% votos das mulheres e 64% dos homens; já Haddad obteve 47% dos votos dos homens e 36% das mulheres. “Outro fator diz respeito ao cruzamento entre dados de homens e instrução: Bolsonaro ganhou em todos os níveis de ensino, todavia, quanto maior a instrução, menor a aceitação”, acentuou.
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