Fundação Astrojildo Pereira (FAP)

título eleitoral | Foto: rafapress/Shutterstock

Editorial revista online | O quadro eleitoral

A pouco mais de um mês do início das campanhas eleitorais e a menos de cem dias das eleições de outubro, é tempo de tentar um balanço da situação atual do pleito, a partir do conjunto de informações disponíveis. 

Conforme pesquisas recentes, a disputa nas eleições presidenciais não mostra alteração aparente significativa. Lula lidera nas intenções de voto, com larga margem sobre o presidente da República. O terceiro colocado permanece imóvel na sua posição, enquanto a candidata do campo chamado de terceira via não logrou ainda, ao que tudo indica, decolar junto ao eleitorado.

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A persistência dos mesmos resultados por meses seguidos, contudo, não é suficiente para assegurar sua continuidade até o dia do pleito. Como bem sabemos, eventos imprevistos, com grande impacto potencial sobre os eleitores, podem ocorrer até o último dia de campanha, com exposição pública em tempo real.

Mesmo na ausência de eventos dessa ordem, duas linhas de mudança possível são detectáveis nesse quadro. Em primeiro lugar, o candidato do governo atingiu, ao que tudo indica, seu teto de intenções de voto, enquanto crescem as pressões no sentido da perda de sua popularidade. Escândalos novos vêm à tona nos altos escalões do governo, reforçando um cenário que combina incompetência com ilegalidades de toda ordem. O caso da vez é a investigação sobre os dutos da corrupção presentes no Ministério da Educação que já resultaram na prisão do ex-ministro e na suspeita de vazamento de informação sigilosa por parte do próprio presidente da República

Coletiva de imprensa | Imagem: Shutterstock/zieusin
E-Título | Foto: Shutterstock/rafapres
Fake news & redes sociais | Foto: Shutterstock/pixxelstudio91
FHC escoltando | Foto: Shutterstock/Nelson Antoine
Jair Bolsonaro discursando | Foto: Shutterstock/Marcelo Chello
Lula de vermelho em discurso | Foto: Shutterstock/JFDIORIO
Pesquisa eleitoral | Imagem: Shutterstock/Andrii Yalanskyi
Votação | Foto: Shutterstock/Nelson Antoine
Campanha eleitoral | Imagem: Salivanchuk Semen/Shutterstock
Coletiva de imprensa
Comunicação política
E-título
Fake news & redes sociais
FHC escoltando
Jair Bolsonaro discursando
Lula de vermelho em discurso
Pesquisa eleitoral
Votação
Campanha eleitoral
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Jair Bolsonaro discursando
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A apuração dos fatos aos olhos do público, por meio de Comissão Parlamentar de Inquérito, teria efeito desastroso na corrente de opinião a ele favorável, repelindo os apoiadores ocasionais, motivados pela rejeição aos demais candidatos, e isolando, por consequência, o núcleo radical, imune a qualquer evidência empírica capaz de desqualificar seu líder.

Em segundo lugar, parece haver espaço para o crescimento da candidata do campo denominado terceira via, espaço que precisa, contudo, ser ocupado de imediato, sob pena de estreitar-se progressivamente até às vésperas da eleição. De acordo com um ator experiente da política, que reivindica a classificação de direita democrática, o primeiro passo para a ocupação desse campo deveria ser a recuperação dos eleitores tradicionais do centro, que engrossam hoje as fileiras da candidatura Lula por rejeição ao candidato governista, percebido, corretamente, como um nome da extrema direita no país, com viés autoritário explícito. Esses eleitores que pousaram provisoriamente na esfera eleitoral do candidato Lula só se afastarão dela em benefício de um candidato que afirme, sem ambiguidade, sua crítica ao governo e seu pertencimento ao campo das forças democráticas.

A situação não favorece a reeleição, como demonstrado pelas tentativas de abrir caminho, por meio de seguidas declarações, para a insubordinação, a desordem e a deslegitimação de eventuais resultados eleitorais desfavoráveis. Cabe às forças democráticas, contudo, redobrar a vigilância e levar a outro patamar o necessário diálogo entre seus representantes.

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Moscow | Foto: Shutterstock/ID1974

Moscou está isolada, mas da África à Índia muitos não seguem o Ocidente

Silvio Pons, Gramsci e o Brasil*

A guerra e a narrativa de Putin. As ideias dos socialistas europeus e o risco de um novo, devastador conflito no Oriente. Il Riformista discute a questão com um dos mais respeitados estudiosos do “planeta” russo, Silvio Pons, docente de História Contemporânea na Escola Normal Superior de Pisa, presidente da Fondazione Gramsci. Entrevista a Umberto De Giovannangeli.

Em Bruxelas o senhor participou de um encontro da FEPS (Foundation for European Progressive Studies), que reúne as Fundações e os centros de investigação dos partidos socialistas, social-democratas e progressistas da Europa. Os socialistas e a guerra. Professor Pons, há um ponto de vista comum?

Sobre algumas questões seguramente existe. Defender a Ucrânia como país democrático e independente é um objetivo que unifica todos os socialistas europeus. E o mesmo se pode dizer sobre a afirmação de uma perspectiva de trégua e, depois, de paz, embora seja ainda muito difícil dizer como e quando se verificará. De resto, na tradição do socialismo europeu há uma particular sensibilidade ao tema da agressão de uma grande potência imperialista e à resposta que é necessário dar a esta agressão na perspectiva de uma política da União Europeia, que está num sistema de alianças ocidentais mas deve também definir os próprios interesses como Europa.

Entramos no quarto mês de guerra. Como se modificou, se é que se modificou, a narrativa de Putin?

Há quase um mês a guerra se encontra numa situação de impasse. Tornou-se uma guerra estranha, muito intensa, porque continua a haver muitíssimas vítimas, tanto militares quanto civis, mas ao mesmo tempo não ocorrem significativos deslocamentos de frentes militares no terreno. O mais significativo se verificou quando a Rússia abandonou o objetivo de chegar a Kiev e concentrou suas forças no leste da Ucrânia. Neste cenário Putin mostrou uma certa reorientação. Seu discurso de 9 de maio foi muito mais cauteloso do que esperávamos. Putin deixou de lado os tons mais ameaçadores, naturalmente sem abandonar os objetivos declarados pela Rússia. E também fez referência à exigência de evitar uma escalada da guerra em sentido nuclear, coisa que não fizera no seu discurso de 24 de fevereiro. Neste sentido, diria que o tom de Putin, mais do que a narrativa, é que mudou. A narrativa, ao contrário, me parece ter continuado a mesma.

O que significa...

Putin continua sem reconhecer a Ucrânia como Estado-nação autônomo e soberano. Isto representa o maior obstáculo para uma negociação de paz. Sua narrativa meta-histórica dos laços está voltada para negar toda legitimidade de existência à Ucrânia. O presidente se entregou a uma polêmica antileninista para renegar o princípio de autodeterminação nacional, que, ao contrário, indica como o início do fim da URSS. Putin, no entanto, mais do que à URSS, continua a aludir a um passado imperial, ao “espaço espiritual da nação russa” – palavras do presidente – que parece ser um axioma em conflito com o princípio universalista da democracia. Esta narrativa, é bom repetir, não nasce em 24 de fevereiro de 2022, mas muito antes...

Quando, professor Pons?

Remonta a 2005, quando Putin, num célebre discurso, definindo o colapso da URSS como a pior catástrofe geopolítica do século XX, aludia à perspectiva de recuperar um papel influente da Rússia na Eurásia. A Ucrânia representava o centro de gravidade de tal visão pós-imperial, em evidente rota de colisão com as perspectivas de ampliação da UE. Uma visão que Putin não abandonou. O presidente russo rompe com Bruxelas para construir um espaço eurasiático maior, com Moscou no centro. Considera que a Federação Russa deva construir um polo autônomo no poder mundial e só possa fazê-lo com o uso da força, dados os limites da sua economia. Putin ainda aposta nas linhas de fratura no Ocidente e no mundo que possam abrir espaço para a influência russa, como bem vimos no Oriente Médio. Aqui termina a parte racional. Agredindo a Ucrânia, pela primeira vez Putin enveredou pelo caminho de uma aventura perigosa, exatamente na medida em que seus objetivos não são claros. Não o eram no início da guerra e não o são hoje.

Macron afirmou que não se obtém a paz com a humilhação da Rússia. Outros ressaltam a necessidade de indicar uma “honrosa” exit strategy para Putin.

Penso que os europeus deveriam ter e praticar o objetivo de encontrar uma exit strategy para todos, não só para Putin. Devemos pensar em sair da guerra de um modo que seja aceitável, antes de tudo, para os ucranianos e, também, compatível com uma negociação com a Rússia. O problema é que até agora os Estados Unidos, apoiados pela Grã-Bretanha, e a Otan expressaram predominantemente o objetivo de um enfraquecimento estratégico, estrutural, da Rússia. A pergunta é se este tipo de estratégia pode funcionar e se conciliar com a busca de uma paz sustentável, mas também com os interesses da UE e dos países que dela fazem parte. Uma coisa é afirmar que se deve enfrentar no terreno a Rússia para forçá-la a negociar. Outra é sustentar que se deve chegar a um enfraquecimento estrutural da Rússia ou mesmo à sua derrota. Este segundo argumento me parece que leva mais a uma provável escalada do que à paz. A pergunta é onde e como se posicionam os europeus em relação a tudo isso.

Pergunta ainda mais decisiva à luz do risco de que o conflito russo-ucraniano seja utilizado para acertar outras contas no Oriente. Refiro-me às declarações do presidente dos EUA, Joe Biden, sobre Taiwan e a China.

Esta é uma ótima pergunta. Até agora falamos sobretudo da Europa, do retorno da guerra ao nosso continente, do problema das relações não resolvidas entre a Rússia e a Europa, bem como das perspectivas. Isto naturalmente permanece o ponto central, do qual, de resto, trata também o plano de paz da Itália, que me parece um movimento importante porque assinala talvez a primeira iniciativa mais sólida por parte de um país europeu e põe o problema da paz a partir, também, do impasse da situação militar. Um caminho que a Itália não deve abandonar, apesar da rejeição da parte russa. Além disso, há outro aspecto relativo à guerra que está surgindo com força...

Qual?

Suas repercussões globais. Penso sobretudo na crise energética mas também na alimentar, que agora atinge vários países africanos. A urgência de encontrar uma solução diplomática de paz deve nascer também daí. E a Europa terá tanto mais credibilidade quanto mais estabelecer conexão entre uma paz aceitável para os ucranianos, que previna o mais possível uma Rússia revanchista mas também leve em conta as repercussões globais. Se não for assim, muitos atores globais não nos seguirão. Dizemos muitas vezes que a Rússia está isolada. Isto é verdade do ponto de vista das alianças claramente políticas, e a atitude até aqui mantida pela China, que se demonstrou um aliado “morno” de Moscou, o demonstra. Mas também é verdade que muitos países no mundo não seguem em absoluto as posições do Ocidente. Penso na Índia, na África do Sul, no Brasil, no Marrocos, no Senegal. E devemos ter a capacidade de enfrentar a questão da guerra inclusive à luz das consequências que tem para outros países fora da Europa.

*Texto publicado originalmente em Gramsci e o Brasil


Leitor na Biblioteca Salomão Malina | Foto: divulgação FAP

Biblioteca Salomão Malina oferece empréstimo gratuito de 68 livros sobre PCB

João Vitor*, com edição do coordenador de Publicações da FAP, Cleomar Almeida

Fundado há 100 anos no Rio de Janeiro, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) mantém seu legado sustentado no tripé do mundo do trabalho, da cultura e da defesa pela democracia, com registro de toda sua trajetória em 68 livros disponíveis para empréstimo gratuito em Brasília. As obras integram o acervo da Biblioteca Salomão Malina, vinculada à Fundação Astrojildo Pereira (FAP).

Com 14 anos de tradição, a biblioteca é localizada no Conic, próximo a rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília. Neste ano, tem oferecido ainda mais destaque às obras do PCB, que, ao longo dos anos, ganhou nova roupagem com o PPS e, mais recentemente, recebeu nova identidade política com o Cidadania.

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O ano de 2022 é marcado pela celebração do centenário do PCB, fundado na cidade do Rio de Janeiro, no Sindicato dos Alfaiates e dos Metalúrgicos, nos dias 25 e 26 de março, e em Niterói, no dia 27 de março de 1922.

Relação de obras

Dentre as 68 obras sobre o partido, está Os nove de 22: O PCB na vida brasileira, do historiador Ivan Alves Filho. O livro é o mais recente sobre o tema e reforça o legado de nove homens que sonhavam em mudar o mundo no ano de 1922, com a fundação do partido.

O livro é resultado de um levantamento do historiador, mas também representa um relato dele como militante político. Não tem nada de acadêmico. É, conforme o próprio autor define, uma tentativa de construir um instrumento político adaptado às demandas do século 21.

Abaixo, veja relação de obras:

Jornais

Além dos livros disponíveis para empréstimos, o público pode ter acesso, gratuitamente, a todos os arquivos digitais dos jornais produzidos pelo Órgão Central do PCB durante a ditadura militar e no período de redemocratização do Brasil.

O jornal Voz Operária foi produzido, de 1970 a 1979, e o jornal Voz da Unidade, de 1980 a 1991. Seus organizadores sempre se sustentaram na defesa intransigente da democracia, em busca de uma sociedade menos injusta, menos desigual e menos excludente.

Desde 2021, a FAP tem realizado diversas atividades e eventos online em celebração ao centenário do partido e de outras datas que são importantes para a história da política nacional.

"Interessante"

Em reunião do Conselho Curador da FAP, no dia 30 de março deste ano, o diretor-geral da FAP, Caetano Araújo, lembrou a importância do centenário do PCB, que foi celebrado durante seminário internacional online, realizado de 8 a 10 de março, e em evento presencial, em Niterói (RJ), no dia 25 do mesmo mês.

“Quem esteve presente em Niterói viu que o evento foi muito interessante, emocionante e rico, porque discutimos um pouco o passado, a validade das nossas premissas anteriores e o que perdeu validade, a permanência e atualidade dos valores que inspiram a trajetória do PCB e reconhecemos a necessidade de fazer mudança para que esses valores, projetos e lutas sejam feitos de forma efetiva”, disse Caetano.

Além disso, as atividades da FAP também celebram o centenário da Semana de Arte Moderna, assim como o bicentenário da Independência, que terá o seu marco histórico em setembro deste ano.

Biblioteca

Inaugurada em 28 de fevereiro de 2008, a Biblioteca Salomão Malina se tornou um importante espaço de incentivo à produção do conhecimento em Brasília. Localizada no Conic, tradicional ponto de cultura urbana próximo à Rodoviária do Plano Piloto, a biblioteca pública foi reinaugurada em 8 de dezembro de 2017, após ser revitalizada.

A revitalização da biblioteca garantiu ainda mais conforto aos frequentadores do local e reforçou o compromisso da biblioteca em servir como instrumento para análise e discussão das complexas questões da atualidade, aberta a todo cidadão.

Para consultar o acervo da biblioteca, clique aqui

O espaço integra a Fundação Astrojildo Pereira (FAP), mantida pelo Cidadania, e conta com 4,8 mil títulos para empréstimos, que são constantemente atualizados por meio de doações e pela aquisição de obras de pensadores contemporâneos.

O acervo é especializado em Ciências Sociais e Humanas, contando também com livros da literatura que fazem menção à crítica social e dos costumes, na transição do Brasil rural para o urbano.

Além da coleção de literatura brasileira, a biblioteca oferece, também, exibições gratuitas toda sexta-feira no cineclube Vladimir Carvalho, que fica no andar de cima da unidade, no Espaço Arildo Dória. Ademais, promove eventos culturais como o clube de leitura Eneida de Moraes, a batalha de poesias do Slam-DéF e o curso de japonês, gratuito, para iniciantes.

Serviço

Biblioteca Salomão Malina

Endereço: SDS, Bloco P, ED. Venâncio III, Conic, loja 52, Brasília (DF). CEP: 70393-902

Horário de funcionamento: segunda à sexta, de 9h às 18h

Telefone: (61) 3323-6388

WhatsApp: (61) 98401-5561. (Clique no número para abrir o WhatsApp Web)

*João Vítor é integrante do programa de estágio da FAP, sob supervisão do jornalista, editor de conteúdo e coordenador de Publicações da fundação, Cleomar Almeida.

Veja vídeos




Sinclair Mallet Guy Guerra, uma vida em prol da luta pela democracia

É com profundo sentimento de tristeza e pesar que a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) anuncia a perda do querido professor Sinclair Mallet Guy Guerra, mas, ao mesmo tempo, manifesta gratidão pela sua vida marcada por lutas em defesa da democracia. Ele morreu, em São Paulo, na última terça-feira (15/3).

O professor Sinclair, como era conhecido, também assumiu papel de destaque na produção de conhecimento, que ele via como imprescindível para se alcançar uma sociedade mais democrática e menos desigual.

Na época da ditadura, viveu na França, onde fez seu doutorado. Ao retornar ao Brasil, deu aulas na Universidade de Campinas (Unicamp), pela qual, em 2004, alcançou o título de livre docente, depois do doutoramento em Economia da Energia na Université Paris III (1986), antecedido do mestrado em Economia de Empresas pela FGV (1981), com a graduação em Economia na Universidade de Marília (1966). Também foi professor da Universidade Federal do ABC, em São Paulo.

Na França e no Canadá, também atuou em cursos de graduação e pós-graduação, compartilhando e incentivando a produção de conhecimento para além das fronteiras do Brasil.

Militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), também foi um colaborador entusiasmado da nossa Fundação Astrojildo Pereira, onde integrava o conselho editorial da revista impressa Política Democrática.

Os nossos sentimentos de estima e de perda à professora Heloisa, companheira do nosso querido Sinclair, aos filhos e a todos os demais familiares e amigos.

Entre nós, ficam a memória e o legado de um grande humanista.


“Mais pobres estão solapados pela pandemia”, diz Eliziane Gama

Senadora discute erradicação da pobreza na 10ª aula do curso Jornada Cidadã 2022

Cleomar Almeida, da equipe da FAP

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que “a erradicação da pobreza é uma imposição a qualquer país que deseje sair do subdesenvolvimento”. “Os mais pobres estão sendo solapados pelos efeitos da pandemia, crise econômica e inflação”, afirma ela, em entrevista ao portal da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília.

A parlamentar discute, nesta quarta-feira (24/11), a partir das 19 horas, redução da desigualdade e erradicação da pobreza na 10ª aula do curso Jornada Cidadã 2022, disponível na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, gratuitamente, a simpatizantes e filiados ao partido.

Os efeitos da pandemia agravaram o cenário de fome no país. “Por isso se faz tão necessário pensar na garantia de uma renda mínima aos brasileiros, isso dentro de uma política de Estado e não como mero artifício eleitoreiro”, destaca a parlamentar.

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Condomínio invadido do Minha Casa, Minha Vida, no Rio
Pobreza em Cruz Machado
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photograph taken in the Kibera slums in Nairobi during the stay of the Pope in Kenya. more than 500,000 people live here without essential services.
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Fome

Levantamento mais recente da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) indica que, no total, 19,1 milhões de brasileiros passam fome no país, o equivalente a 9% da população.

O estudo foi realizado em dezembro do ano passado, em 2.180 domicílios das cinco regiões do Brasil, tanto em áreas urbanas como rurais. A entidade também concluiu que, com a pandemia da Covid-19, cerca de 116,8 milhões estão em algum grau de insegurança alimentar — leve, moderado ou grave.

Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número de pobres saltou de 9,5 milhões, em agosto de 2020, para mais de 27 milhões, em fevereiro de 2021. “Isso significa que a pobreza no Brasil triplicou em seis meses”. 

A senadora também lembra que 40 milhões de brasileiros vivem em situação de extrema pobreza, com até R$ 89 por mês. “Isso é inadmissível. Enquanto pobres ficam cada vez mais pobres, ricos ficam cada vez mais ricos”, lamenta.

“Vivemos um momento em que iniciativas importantes como a valorização do ganho real do salário-mínimo e as transferências de renda foram abandonadas pelo atual governo. É algo estarrecedor e que, se não for alterado, teremos um enorme contingente, ainda maior, de miseráveis no Brasil”, alerta.



O curso

As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.

Palestrantes do curso Jornada Cidadã 2022
Palestrantes do curso Jornada Cidadã 2022

O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.

Veja vídeos do Curso



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FAP abre inscrições para curso de formação política Jornada Cidadã 2022


Luiz Carlos Azedo explica como fazer análise de conjuntura política

Jornalista e colunista político foi o palestrante desta quarta-feira (17) no curso Jornada Cidadã 2022

João Rodrigues, da equipe da FAP

Com o tema "Análise de Conjuntura das Eleições 2022", a oitava aula do curso Jornada Cidadã 2022 foi ministrada na noite desta quarta-feira (17) pelo jornalista e colunista político Luiz Carlos Azedo. Durante a palestra, Azedo explicou que conjuntura é o resultado da atuação de todas as forças distintas, em determinado momento, sobre uma realidade determinada.

O curso, destinado a pré-candidatos para as eleições do próximo ano e suas equipes, segue com inscrições abertas por meio da plataforma Somos Cidadania.

A aula completa está disponível clicando aqui.

Confira o vídeo com parte da aula do jornalista Luiz Carlos Azedo.




Ciclo de debates destaca defesa da democracia. Confira todos os vídeos

On-line e gratuito, ciclo de debates organizado por quatro fundações e institutos buscou promover reencontro do país consigo mesmo

João Rodrigues, da equipe da FAP

Foi por acreditar no diálogo, no entendimento e na necessidade de uma ampla união de forças democráticas, capazes de sustentar um programa de mudanças, que as Fundações e Institutos do MDB, PSDB, DEM e CIDADANIA organizaram um ciclo de debates para pensar como promover o rumo do reencontro do país consigo mesmo.

27/09 - GLOBALIZAÇÃO E BRASIL




 24/09 - IDENTIDADE DE GÊNERO, DIVERSIDADE




23/09 - CRISE SANITÁRIA E SUS




22/09 - EQUIDADE E MERCADO DE TRABALHO



21/09 - MEIO-AMBIENTE




20/09 - SEGURANÇA PÚBLICA



17/09 - EDUCAÇÃO




16/09 - ECONOMIA




15/09 - ABERTURA






Ao longo de oito dias, especialistas debateram temas relevantes para colocar o Brasil em movimento e retomar o crescimento.

➡️ Evento teve transmissão aberta ao vivo nas redes sociais, por plataforma digital (Facebook e Youtube).

Confira a programação do evento

  • (Clique nas setas do visualizador abaixo ou clique aqui para abrir o pdf em uma nova janela do navegador):
    • (Para aumentar ou diminuir a visualização do pdf, clique na ferramenta zoom: símbolos + e -)

ORGANIZAÇÃO


Artigo: A juventude na política

Participar da política não é só votar nas eleições. É preciso engajamento e protagonismo dos jovens para que possamos mudar o Brasil.

RAIMUNDO BENONI*

Celebramos neste 22 de setembro o Dia da Juventude do Brasil, data que homenageia a história de lutas nas mudanças políticas no cenário nacional. Com a proximidade do Bicentenário da Independência, em setembro de 2022, devemos refletirmos sobre a importância da mobilização política do público jovem, que representa o futuro da nação. Os desafios para os próximos 200 anos do nosso país precisam ser pensados desde já e é indispensável que o jovem assuma o papel de protagonismo para as mudanças que o Brasil tanto necessita.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a juventude – entre os 15 e 30 anos – representa 16,5% da população. Esse público convive com desemprego, educação precária e acirramento da violência, entre outros problemas estruturais. A juventude deve compreender essas e muitas outras dificuldades que afetam o país. E se atentar que a política não se pode restringir ao voto. É preciso entender os mecanismos políticos e institucionais para usá-los em prol de um Brasil economicamente desenvolvido, sustentável e com mais justiça social.

A juventude brasileira tem um histórico de grandes batalhas e é percursora de importantes mudanças no cenário nacional. As Diretas Já (1983-1984), o Movimento Caras Pintadas (1992) e a Jornada de Junho (2013) foram alguns movimentos sociais, liderados por jovens, que marcaram a história do Brasil. Essa consciência política necessita ser cada vez mais pulsante para a garantia dos direitos sociais e coletivos, abrindo novos horizontes para compreender como a própria política pode ser reinventada. Só com cidadania política e jovens politicamente engajados teremos um Brasil melhor e a esperança de um futuro promissor. Afinal, a juventude é o pilar transformação política brasileira.

(*) Raimundo Benoni é engenheiro com formação na área de energia pela Fundação Getulio Vargas (FGV), vice-prefeito de Salinas (MG) e diretor da Fundação Astrojildo Pereira (FAP).


Raimundo Benoni convida para seminário "Um novo rumo para o Brasil"

Diretor Financeiro da FAP e vice-prefeito de Salinas (MG), Raimundo Benoni convida para o evento virtual que ocorre até 27 de setembro.

João Rodrigues, da equipe da FAP

Foi por acreditar no diálogo, no entendimento e na necessidade de uma ampla união de forças democráticas, capazes de sustentar um programa de mudanças, que as Fundações e Institutos do MDB, PSDB, DEM e CIDADANIA organizam um ciclo de debates para pensar como promover o rumo do reencontro do país consigo mesmo.

Clique aqui e confira a programação.

Confira o vídeo de Raimundo Benoni, diretor Financeiro da FAP e vice-prefeito de Salinas (MG).




É HOJE: Equidade, mercado de trabalho e democracia

A sociedade exige oportunidades igualitárias para a participação de todo e qualquer brasileiro no centro do processo democrático.

João Rodrigues, da equipe da FAP

As políticas públicas, o setor privado e a sociedade acirram um diálogo em torno das oportunidades igualitárias para possibilitar a participação de todo e qualquer brasileiro no centro do processo democrático.

📲Acompanhe nosso seminário, a partir das 18h30.

Expositor

Milton Seligman

Coordenador

João Rodrigues, da equipe da FAP

Moreira Franco – FUG – MDB

Debatedores

Gabriela Cruz Lima Ivanir dos Santos

Clique aqui e confira a programação.

https://www.youtube.com/embed/o4qlf64pVto

Faltam dois dias para o seminário “Um Novo Rumo para o Brasil”

Precisamos falar sobre Democracia. Essa é uma conversa que interessa a todos os brasileiros. E você é nosso convidado especial.

João Rodrigues, da equipe da FAP

Foi por acreditar no diálogo, no entendimento e na necessidade de uma ampla união de forças democráticas, capazes de sustentar um programa de mudanças, que as Fundações e Institutos do MDB, PSDB, DEM e CIDADANIA organizam um ciclo de debates para pensar como promover o rumo do reencontro do país consigo mesmo.

🗓️ 15 a 17 e 20 a 27 de setembro.

⏰Horário: 18h30 às 20h.

Evento terá transmissão aberta ao vivo nas redes sociais, por plataforma digital (Facebook e Youtube).

Clique aqui e confira a programação.

https://www.youtube.com/embed/DG7E2C4T55Y

Jorge Caldeira: “Temos muito a comemorar no Bicentenário da Independência”

Em podcast extra, publicado na manhã desta terça-feira (7), escritor fala sobre o Bicentenário da Independência do do Brasil.

João Rodrigues, da equipe da FAP

O Brasil completa hoje 199 anos da Independência, marcada pelo grito Dom Pedro I, às margens do Rio Ipiranga, em 7 de setembro de 1822. Para marcar a data, o podcast da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) conversou com o escritor Jorge Caldeira sobre as conquistas desses 199 anos da Declaração de Independência, os fatos históricos do período e o que esperar para os próximos anos do nosso país.
Confira um trecho da entrevista, disponível na íntegra neste link.