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Cristovam e Celina Leão, ingressam no PPS
O PPS-DF e a Fundação Astrojildo Pereira promoveram nesta segunda feira, dia 22/02/2016 no espaço Arildo Dória em Brasília, o evento de filiação do Senador Cristovam Buarque e da Presidente da Câmara Legislativa do DF, deputada distrital Celina Leão ao PPS.
Na ocasião, o presidente da FAP, Prof. Alberto Aggio convidou os novos filiados a participarem efetivamente das atividades da FAP.
Confira na íntegra:
https://www.youtube.com/watch?v=EAlB_p7Gbps
Seminário sobre Mobilidade Urbana, 20 de fevereiro, em Curitiba - PR
O Seminário sobre Mobilidade Urbana, será realizado no dia 20 de fevereiro, sábado, em Curitiba, das 9 às 18 horas, no Lizon Curitiba Hotel, à Avenida 7 de setembro, 2246, Centro.
Seminário - Finanças Municipais e Parcerias Público-Privadas (PPPS), 20 de fevereiro, em Vitória - ES
O Seminário Finanças Municipais e Parcerias Público-Privadas (PPPS) será realizado no dia 20 de fevereiro, sábado, em Vitória, das 9 às 18 horas, no Sheraton Vitória Hotel, à Avenida Saturnino de Brito, 217, Vitória.
O encontro reunirá especialistas na área – secretários de finanças, administradores e economistas , com objetivo de preparar o documento que servirá de base para a Conferência Nacional sobre Cidades, nos dias 19 e 20 de março, em Vitória.
O responsável pelo documento final é o prefeito de Vitória, Luciano Rezende; o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Vitória, André Gomyde, está encarregado da organização do evento no local, juntamente com o presidente regional do PPS, Fabrício Gandini.
O conselheiro Luiz Carlos Azedo junto à FAP, será o responsável pela realização do evento, sob a coordenação do secretário-geral do PPS, Davi Zaia, e do presidente da FAP, Alberto Aggio.
Alberto Aggio: A democracia e a ‘cidade futura’
Apesar das circunstâncias que atormentam a vida da maioria dos brasileiros em razão da crise que assola o País, as eleições municipais de outubro próximo, como sempre foi no passado, não deixarão de demarcar a sua importância. Se as instituições da República suportarem a carga das crises que se avolumam a cada dia, provocada pelo desgoverno de turno, estaremos todos convocados a eleger ou reeleger os dirigentes das nossas cidades, desde as menores até as grandes metrópoles.
Apesar de tudo, os brasileiros, com a sua costumeira “desesperança esperançosa”, ainda creem no poder da sua participação por meio do voto. Pela via da política, estas eleições têm o poder de definir, mesmo que parcialmente, se o futuro imediato será ou não melhor do que os desencantos, as desilusões e as carências do presente.
O Brasil segue a tendência mundial de se afirmar como parte de um planeta cada vez mais urbano. É cada vez mais evidente que as cidades brasileiras devem ser pensadas de acordo com um tempo de mudanças aceleradas, mas de crise profunda e extensiva. Por isso elas necessitam de uma política que, além de enfrentar seus problemas setoriais com a eficiência requerida – como saúde, educação, segurança, mobilidade urbana, habitação e infraestrutura de saneamento básico -, se estruture a partir de uma orientação consonante com o tempo de grandes transformações que vivemos, especialmente na esfera da comunicação entre pessoas, corporações e instituições públicas e privadas.
Mas há alguns obstáculos que se antepõem a essa estratégia. O primeiro deles, e que faz parte do senso comum do brasileiro, é a visão de que as pessoas vivem nos municípios, e não nos Estados ou na Federação. Trata-se de uma meia-verdade. Os problemas das cidades brasileiras não se restringem apenas ao que ocorre cotidianamente nelas. É preciso entender que os municípios são entes federativos.
O vice-presidente Michel Temer, em artigo recente neste espaço, afirmou acertadamente que a nossa Federação é composta de Estados e municípios. As cidades brasileiras vivem sob o influxo de determinações políticas e financeiras dos três entes federativos (municipal, estadual e federal) que compõem o Estado brasileiro. E, como se sabe, uma das principais repercussões da crise hodierna do Estado brasileiro se manifesta pela crescente concentração de recursos no plano federal. Hoje, as finanças públicas dos municípios estão esgarçadas, provocando um desequilíbrio crescente que ameaça sua capacidade administrativa. É urgente repensar, portanto, um novo federalismo, que estabeleça uma nova divisão dos recursos públicos amealhado dos brasileiros.
As cidades brasileiras engendram historicamente exclusões e desigualdades, bolsões de segregação social e graves problemas ambientais. Essa realidade é conhecida dos especialistas e governantes, mas deve-se registrar que não há monopólio de nenhuma corrente intelectual ou força política a respeito das possíveis soluções para esses graves problemas. Por essa razão, é justo e imprescindível que se faça uma avaliação crítica do chamado “orçamento participativo”, uma política que, além de lidar com um porcentual irrisório de recursos do município, provocou ilusões e muitas distorções. Ela não foi efetivamente uma política democrática de participação e acabou cedendo espaço ao paternalismo, ao clientelismo e ao assistencialismo, impulsionando mais ainda elementos extremamente negativos na prática da política municipal.
A gestão democrática da cidade mostrou-se como uma questão de muito maior complexidade do que pensavam os arautos do “orçamento participativo”. Em artigo recente, a socióloga Maria Alice Rezende de Carvalho nos chama a atenção para o fato de que, no processo de modernização do Brasil das últimas décadas, passou-se da “cidade da ditadura”, com seus desastres habitacionais, de mobilidade e ecológicos, para a “cidade financista”, que elevou o mercado como a referência para o redesenho das necessidades urbanas e sociais básicas. O que nos leva a concluir que, no Brasil, a “cidade da democracia”, uma “polis contemporânea verdadeira”, não se tornou entre nós uma construção efetiva nestes últimos anos.
Recentemente, diversas mobilizações, tais como a Occupy Wall Street, os “indignados” ou as jornadas de junho de 2013 no Brasil, alimentaram a expectativa de que essa conquista emergiria das “cidades rebeldes”, numa difusa antevisão da “cidade futura”. No mundo intelectual, há tempos se fala em “cidades tecnológicas”, “inteligentes” ou “sustentáveis”, mas em todas as formulações a perspectiva de uma “cidade democrática” permanece distante e frágil como nexo fundante da acalentada “cidade futura”.
Alguns urbanistas qualificam as cidades brasileiras como “cidades cindidas, desiguais e insustentáveis”. Mas isso não é um destino. E a melhor maneira de enfrentar essa realidade talvez seja conectar democracia representativa e ativismo cidadão. O urbanista espanhol Josep Pascual chama essa estratégia de “governança democrática”, um modo de governar a “crescente complexidade e diversidade das sociedades contemporâneas, que se caracterizam pela interação de uma pluralidade de atores, pelas relações horizontais, pela participação da sociedade no governo e sua responsabilidade de fazer frente aos desafios socialmente colocados”.
Trata-se de uma proposta que pressupõe uma cidadania ativa, envolvida com a solução dos desafios sociais e que compartilha valores cívicos e públicos, a revalorização da política democrática e do governo representativo, além do fortalecimento do interesse geral, entendido como “construção coletiva”. O entendimento é que a “cidade futura” é sempre um arranjo inconcluso no qual não deve haver nem ganhadores nem perdedores definitivos. (O Estado de S. Paulo – 05/02/2016)
ALBERTO AGGIO É HISTORIADOR, PROFESSOR TITULAR DA UNESP E PRESIDENTE DA FAP (FUNDAÇÃO ASTROJILDO PEREIRA)
Fonte: PPS
Tudo sobre as eleições de 2016, com abordagem verdadeiramente diferenciada e inteligente, no #ProgramaDiferente, da TVFAP.net
No dia do aniversário da cidade de São Paulo, o #ProgramaDiferente anuncia a sua cobertura especial das eleições municipais de 2016. Com prioridade para a disputa da capital paulista, de onde é gerada a programação nacional da TVFAP.net, mas com correspondentes nas principais cidades do país, a intenção é mostrar os bastidores das campanhas para prefeitos e vereadores, além de debater a situação política e econômica com a sociedade e pautar temas relevantes para as eleições de outubro.
A série "São Paulo Diferente" vai abordar desde reportagens sobre os problemas mais comuns das grandes metrópoles (principalmente aquilo que fica de fora da cobertura tradicional) até a promoção de discussões temáticas e entrevistas exclusivas com os pré-candidatos de todos os partidos. Também será monitorada a cobertura da grande imprensa e intensificada a parceria com jornais de bairro, blogs, rádios comunitárias e as redes sociais, aproximando as campanhas dos cidadãos comuns.
Outro destaque será a cobertura completa da Conferência Nacional das Cidades, com o tema da Governança Democrática, que será realizada em Vitória, no Espírito Santo, nos dias 19 e 20 de março. Serão exibidas na íntegra as diversas mesas temáticas (saúde, educação, segurança, mobilidade urbana e ações sustentáveis, finanças municipais, cultura, esporte e lazer). Aguarde e participe!
Conferência: PPS-RJ e FAP debatem propostas com educadores
Especialistas em educação de todo o país se reuniram no último sábado, no Rio de Janeiro, para discutir e aperfeiçoar o documento sobre educação pública elaborado pelo diretório estadual do PPS do Rio de Janeiro. A conclusão de encontro servirá de base para a discussão do tema e efetivação de uma proposta de diretriz para o partido na gestão municipal da educação a ser apresentada na Conferência Nacional sobre as Cidades, evento programado para Vitória (ES) nos dias 19 e 20 de março.
A reunião que contou com a presença do presidente da FAP (Fundação Astrogildo Pereira), Alberto Aggio, e do deputado estadual Davi Zaia (SP), secretário-geral do PPS, e foi conduzida pelo deputado e presidente da comissão de educação da Assembleia Legislativa do Rio, Comte Bittencourt.
A primeira do encontro contou com palestra do professor Joaquim José Soares Neto, conselheiro da Câmara de Educação Superior do CNE e ex-presidente do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Ele apresentou números atuais da educação pública no Brasil e índices comparativos com demais países do mundo.
Em seguida, Paulo Cezar Magri, secretário de educação de Novo Horizonte, em São Paulo, cidade de 40 mil habitantes administrada pelo PPS, relatou as experiências do setor na cidade que está entre as mais bem avaliadas pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento de Educação Básica), com nota 7,5.
O professor Cláudio Mendonça, ex-secretário de educação de Resende, Búzios e São Gonçalo, que a convite do deputado Comte Bittencourt coordenou a elaboração do documento, defendeu as sugestões propostas e falou de sua experiência na condução das secretarias em que ele foi titular.
Após debates sobre as propostas apresentadas, ficou estabelecido um grupo de trabalho que tratará de dar uma forma definitiva ao documento que será apresentado na conferência em março.
Pré-Conferência das Cidades: PPS-RJ debateu, em Resende, propostas de desenvolvimento social
O Diretório Estadual do PPS do Rio de Janeiro e o Diretório Municipal de Resende realizaram, no último sábado, a primeira etapa da Pré-Conferência das Cidades, evento preparatório da Conferência Nacional de Governança Democrática (Conferência Nacional sobre as Cidades) que o partido e a FAP (Fundação Astrojildo Pereira) irão promover, em Vitória (ES), nos dias 19 e 20 de março.
O resultado do debate, cujo tema foi desenvolvimento social, servirá de base para as propostas de governança dos municípios do estado do Rio de Janeiro, e será apresentado na Conferência Nacional sobre as Cidades.
Em Resende, o assunto foi discutido por dirigentes, filiados e militantes do PPS, empresários e a população com a presenças de Ana Vieira, especialista em estudos, estratégias e demandas sociais, e Cláudio Mendonça, que abordou a questão da educação.
A mediação da Pré-Conferência das Cidades no Rio foi do deputado estadual, Comte Bittencourt (PPS), e do presidente local do partido Jayme Muniz.
Além de debater propostas, o evento reforçou ainda a estratégia eleitoral do PPS-RJ na Região Sul do estado, onde o partido deve lançar candidaturas próprias a prefeito em algumas cidade e a vice em outras.
Economia e mobilidade
Os próximos temas da Pré-Conferência do PPS-RJ serão desenvolvimento econômico (dia 30 de janeiro, em Campos) e mobilidade urbana (dia 20 de fevereiro, em São Gonçalo).
Alberto Aggio: Governança democrática vai orientar os debates da Conferência Nacional das Cidades
O presidente da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), Alberto Aggio, disse que o tema da governança democrática vai orientar as discussões da Conferência Nacional das Cidades, encontro que será realizado e organizado em parceira com PPS, na cidade de Vitória, nos dias 19 e 20 de março.
Professor de história reconhecido por seus trabalhos acadêmicos sobre democracia e pensamento político na América Latina, Aggio diz em entrevista ao Portal do PPS que o investimento em infraestrutura nos mais de 13 anos de governo do PT ficou “aquém das necessidades da população”.
“A chamada política anticíclica do governo do PT pensou mais na saúde das empresas, e principalmente das grandes empresas, os chamados “campeões nacionais”, do que nos serviços públicos de qualidade para a população”, afirma Aggio, ao analisar a “profunda crise” que o País atravessa no plano econômico e da ética.
A desconcentração dos recursos arrecadados com impostos e tributos na União, segundo ele, é uma “questão central” para resolver o problema da insolvência dos municípios brasileiros. “Os problemas que afetam a cidades não podem ser vistos de maneira reducionista. É preciso entender que os municípios passaram a ser, a partir da Constituição de 1988, entes federativos”, ponderou.
Sobre as estratégias do PPS para as eleições municipais deste ano, Aggio defende que o partido valorize “experiências positivas” de gestão de cidades governadas pela legenda, como a de Vitória, administrada pelo prefeito Luciano Rezende (PPS). “Mas não deve ser exclusivista e deve observar e procurar assimilar diversas outras experiências levadas a cabo por outros atores políticos”, observou.
Veja abaixo a entrevista.
Portal do PPS: Em meio a grave crise política, econômica e social que o País enfrenta, qual é o foco da FAP na organização de uma conferência para debater os problemas das cidades?
Alberto Aggio: A visão que temos é que, em primeiro lugar, os problemas das cidades brasileiras não se restringem apenas ao que ocorre cotidianamente nelas. São problemas que tem influxo e determinação nacional e até mesmo mundial. Da mesma forma, as soluções para esses problemas podem ser pensadas de forma assimilar experiências de diversas partes, com diversas perspectivas, tanto relativas às práticas de gestão pública quanto aquelas oriundas do mundo do empreendedorismo, por exemplo. A crise que vivemos é muito profunda, é uma crise que afeta o econômico e a dimensão ética, mas deve buscar soluções na renovação da cultura política do país que tenham impacto crescente nas práticas políticas da democracia brasileira. Por isso, em termos gerais, propusemos uma discussão em torno da noção de “governança democrática” como grande orientação para esse debate.
A grande maioria das cidades brasileiras está falida. Não conseguem manter a prestação nem a qualidade dos serviços públicos básicos para a população. A política de desoneração do governo do PT quebrou os municípios?
Efetivamente, a chamada política anticíclica do governo do PT pensou mais na saúde das empresas, e principalmente das grandes empresas, os chamados “campeões nacionais”, do que nos serviços públicos de qualidade para a população. Mas isso já se podia divisar há algum tempo. O investimento em infraestrutura dos governos petistas está muito aquém das necessidades da população, para dizer o mínimo. Mas, com as desonerações dos últimos anos para alguns setores empresariais, isso se agravou enormemente, com um custo social elevadíssimo. O pior de tudo é que essa política fracassou: hoje, não apenas esses setores têm crescimento negativo, mas toda a economia foi impactada e entramos em depressão. O cenário, portanto, é dramático e não há solução fácil à vista. Devemos então pensar de maneira responsável a gestão das cidades e sermos intransigentes em relação aos recursos para as políticas públicas que afetam diretamente a população brasileira, que, em sua maioria, vive nas cidades.
O que fazer para que a União não fique com a maior parte dos impostos arrecadados?
Essa é uma questão central. E, como disse, mostra que os problemas que afetam a cidades não podem ser vistos de maneira reducionista. É preciso entender que os municípios passaram a ser, a partir da Constituição de 1988, entes federativos. Está certo o vice-presidente Michel Temer que, em artigo recente, afirmou que a nossa federação, malgrado todos os seus defeitos e desfuncionalidades, é uma federação e municípios e não somente de Estados. Ocorre que isso é mais normativo do que orgânico, operacional. A reversão dessa situação, tornando os municípios detentores de recursos que possam atender com qualidade e eficiência a população, depende de um conjunto de reformas que têm que ser construídas politicamente. Os governos do PT passaram longe dessa perspectiva. O projeto do PT era efetivamente manter o poder a qualquer custo e usufruir dele e não buscar mudanças estruturais que produzissem uma mudança histórica no país, aproximando as expectativas dos governados em relação aos governantes, enfim, aprofundando a democracia em termos concretos.
Na sua opinião, quais os obstáculos para a construção da democracia participativa popular no Brasil inspirada no poder local?
Olha, eu não estou muito de acordo com essa expressão “poder local”. E talvez menos ainda com a perspectiva de uma “democracia participativa popular”. Acho que a construção da democracia no Brasil é um problema histórico e político enorme, para além dos aspectos conceituais e teóricos em relação a esse tema. Acho que seria importante enfatizar que a “radicalidade democrática” – outra formula adotada pelo PPS – acabou se revelando como a defesa concreta da Constituição de 1988, a Constituição mais avançada e mais democrática da história do país.
Por muito tempo advoguei a ideia de que o PPS deveria ser o partido da Constituição de 1988, porque é ela que garante e que dá as balizas para o avanço, a consolidação e a abertura de novas perspectivas democráticas para o país, a partir de uma visão moderna e reformista da política contemporânea. Por isso, queremos valorizar a perspectiva da “governança democrática”, como falei acima.
Apenas como exemplificação, gostaria de mencionar aqui um argumento da socióloga Maria Alice Rezende de Carvalho que, em texto recente, afirma que no processo de modernização do Brasil nas últimas décadas passou-se da “cidade da ditadura”, com todos os desastres habitacionais, de mobilidade e ecológicos que ela instituiu, para a “cidade financista” que eleva o mercado como a referência para o redesenho das necessidades urbanas e sociais básicas. Nesse sentido, no Brasil (mas não apenas nele), a “cidade da democracia”, dos cidadãos, uma polis real e efetiva, não se tornou uma construção desses últimos anos, com raríssimas exceções – a maior parte delas no exterior. Veja o engodo que foi o tal “orçamento participativo”. É isso que precisamos superar, em meio a crise que vivemos. O desafio é, portanto, imenso.
Que estratégia o PPS precisa adotar nas eleições municipais para se apresentar ao eleitor como alternativa de poder nas cidades?
Creio que o PPS deve valorizar algumas experiências positivas que estão presentes na gestão de algumas cidades que ele administra, como Vitória, capital do Espírito Santo. Mas não deve ser exclusivista e deve observar e procurar assimilar diversas outras experiências levadas a cabo por outros atores políticos. Mas, como disse, a nossa situação é tanto precária quanto dramática enquanto país. Acho que a perspectiva da “governança democrática” é um elemento chave para convocar a população a compreender a vida política a partir do município e compreende-la em termos democráticos.
O desafio é responder às demandas com competência e eficiência, mas também como envolvimento e compartilhamento das iniciativas por parte da população. Veja, há uma expressão muito generalizada no léxico político que se reporta à noção de “comunidade”. Essa noção evidencia a busca de identidade local ou grupal, mas também a dificuldade e mesmo o abismo que existe em relação às instituições democráticas que construímos nas últimas décadas. O desafio de largo prazo será aproximar e unir a noção de “comunidade” com a noção de democracia, levando-se em consideração que não se parte do zero, que a história do país nas últimas décadas tem elementos positivos na construção da democracia entre nós.
Num eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff, a solução seria a posse do vice Michel Temer ou a convocação de novas eleições presidenciais?
Acho que isso está disposto na ordem constitucional. Caso apenas a presidente Dilma sofra o impeachment, por crime de responsabilidade em função de malversação de recursos públicos na sua gestão, o vice-presidente deve assumir a presidência. Seria inconstitucional, salvo engano, a convocação de novas eleições presidenciais, neste caso.
A convocação de novas eleições presidenciais apenas ocorreria caso houvesse a cassação da chapa inteira pelo TSE que é um processo de impugnação da vitória eleitoral de Dilma e de Temer em 2014. São dois caminhos que estão estabelecidos, mas com grandes dificuldades para os setores oposicionistas, que se mostram divididos, com alguns deles sequer admitindo a perspectiva do impeachment. Mesmo assim, o governo não tem conseguido reagir e recuperar a credibilidade perdida e essa tensão parece que será a tônica dos próximos meses ou até mesmos dos próximos 3 anos. Em meio a tudo isso, creio que deveríamos, neste momento, jogar toda a força numa perspectiva de grande renovação política em relação às eleições municipais e envolver toda a população nesse processo.
Fonte: PPS
Conferência do PPS-FAP vai debater problemas e soluções para as cidades
O PPS e a FAP (Fundação Astrojildo Pereira) irão debater com dirigentes, militantes, candidatos, filiados e com os que se interessam em participar da formulação de políticas públicas, as questões fundamentais das cidades brasileiras na Conferência Nacional de Governança Democrática, nos dias 19 e 20 de março de 2016, em Vitória (ES), no Sheraton Vitória Hotel.
O presidente da FAP, Alberto Aggio, e a deputada ítalo-brasileira, Renata Bueno, anunciaram este mês que o prefeito de Florença (Itália), Dario Nardella, confirmou presença na conferência. De acordo com Aggio, a participação de Nardella se dará na plenária de abertura da conferência.
Além de Nardella, estão previstas palestras com o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP); o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS); e o chefe do Departamento de Ciências Sociais da PUC-RJ, Ricardo Ismael.
O roteiro da conferência é o texto “Cidades e Governança Democrática“, preparado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), documento que chama atenção para a necessidade de as cidades serem pensadas dentro do contexto atual, com “tratamento político-ideológico progressista e democrático”.
Temas
O evento concebido pelo PPS em parceria com a FAP tem como foco a discussão de temas de interesses das cidades, como as questões que envolvem finança municipal, segurança pública, educação, saúde, mobilidade urbana, cultura e desenvolvimento local e Parceria Publico-Privadas (PPP’s)
Antecedendo a conferência, serão realizados encontros regionais para elaboração de propostas e apresentação de cases (experiências bem-sucedidas) que serão debatidos em Vitória. Essa fase está sob responsabilidade das direções estaduais do partido, com a participação da FAP.
A conferência pretende mobilizar não apenas candidatos, mas a militância, dirigentes e o público em geral interessado na solução dos problemas das cidades.
A participação será individual, mediante inscrição, aberta a todos os filiados e não filiados. Serão selecionados os melhores “cases” de gestão na fase preliminar para serem apresentados na plenária da Conferência Nacional sobre as Cidades.
PROGRAMAÇÃO
19 de março de 2016 (sábado)
10h – Abertura solene
11h – Plenária: O que é governança democrática?
13h – Intervalo para almoço
15h – Grupos Temáticos:
1 – Assistência à Saúde
2 – Educação
3 – Segurança Pública
4 – Mobilidade Urbana
5 – Finanças Municipais
6 – Parcerias Público-Privadas – PPP’s
7 – Cultura, Esporte e Lazer
19h – Encerramento dos trabalhos dos grupos
21h – Jantar
20 de março de 2016 (domingo)
10h – Plenária final de encerramento
11h – Lançamento do Livro do Luciano Resende sobre a gestão de Vitória
12h – Encerramento da conferência
Estante - Caderno 3 - Diário do Nordeste
De que serve ser culto?
Apicuri
2015, 150 páginas
R$ 32,90
Normand Baillargeon
Professor de Ciências da Educação na Universidade de Quebéc, Normand Baillargeon é ensaísta e militante anarcossindicalista, famoso no Canadá pela irreverência de seus escritos. Neste ensaio, o autor procura responder questões como por que é dada tanta importância à aquisição desta dita cultura e quem detém o privilégio de definir quais obras merecem ser lidas/conhecidas.
Baillargeon está interessado em questionar que papel tem a cultura no jogo social, político, econômico e pedagógico A linguagem desenbaraçada contrasta com o peso das referências, que incluem Chomsky, Deleuze, Dewey e Montaigne. A tardução é de Rosa Freire d'Aguiar.
O que é ser esquerda, hoje?
Contraponto
2015, 300 páginas
R$ 30
Francisco Inácio de Almeida (org.)
Produção da Fundação Astrojildo Pereira, esta antologia organizada pelo jornalista Francisco Inácio de Almeida parte do questionamento sobre o atual status da esquerda. A dinâmica do poder no Brasil mudou bastante com a chegada ao poder de partidos de esquerda, como PT e PCdoB. E com os impasses e crises enfrentados neste novo período, muito se questionou sobre o próprio conceito de esquerda e até que ponto ele ainda poderia ser usado por partidos e partidários desta tradição. O livro compila ensaios, com respostas à questão-título, de mais de 40 intelectuais, como Fernando Gabeira, Ferreira Gullar, Leandro Konder e Ruy Fausto.
Paraíso Perdido
Editora 34
2015, 896 páginas
R$ 94
John Milton
Um dos clássicos maiores da literatura em língua inglesa, é um poemas épico da linhagem de "Eneida", de Virgílio, e "Divina Comédia", de Dante. Publicada originalmente em 1667, a obra conta com 10.565 versos. A trama é inspirado no livro do "Gênesis", narrando a rebelião de Satã e outros anjos contra Deus, a criação do mundo e a expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden, por desobediência ao senhor. A edição da 34 é bilíngue, contraponto os versos de Milton à tradução do poeta português Daniel Jonas, que segue de perto a versificação e a musicalidade do original. O tradutor ainda assina notas e posfácio. O volume ainda conta com um ensaio introdutório do crítico Harold Bloom e cinquenta ilustrações de Gustave Doré, publicadas em 1866.
Fonte: Diário do Nordeste
Fundações do PPS e do PSB promovem seminário no Amapá
A Fundação Astrojildo Pereira, do PPS, e a Fundação João Mangabeira, do PSB, promoveram, no dia 11 de dezembro último, um seminário para debater a situação das cidades brasileiras, em Macapá, capital do Amapá. O evento teve grande presença de público - contando com mais de 700 pessoas no auditório do Sebrae de Macapá - e repercutiu favoravelmente na própria mídia local - com ampla cobertura na televisão, blogs, portais, rádio e jornais impressos.
O vice-Prefeito de Macapá pelo PPS, Allan Sales, e o historiador carioca Ivan Alves Filho centraram suas falas sobre o desenvolvimento humano nas cidades. Pela Fundação João Mangabeira, o ex-governador do Espírito Santo e atual presidente da entidade, Renato Casagrande, e o engenheiro e ex-deputado estadual Ruy Smith, também abordaram o tema, com muita propriedade. O ex-governador do Amapá Camilo Capiberibe intermediou o seminário.
O senador João Alberto Capiberibe e sua esposa, deputada federal Janete Capiberibe, prestigiaram também o seminário, assim como inúmeros deputados e vereadores locais.
Os palestrantes discutiram suas propostas com o auditório repleto, composto por representantes dos mais diversos movimentos sociais e populares.
Na ocasião, foi lançado o livro O historiador e o tapeceiro, de Ivan Alves Filho, editado pela FAP.
Prefeito de Florença confirma participação na Conferência Nacional sobre as Cidades
O presidente da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), Alberto Aggio, e a deputada ítalo-brasileira, Renata Bueno, anunciaram nesta terça-feira que o prefeito de Florença (Itália), Dario Nardella, confirmou presença na Conferência Nacional sobre as Cidades, evento que será realizado em Vitória, nos dias 19 e 20 de março de 2016.
Segundo Aggio, a participação de Nardella se dará na mesa redonda que vai discutir o documento final com as propostas da conferência durante a abertura do evento.
Concebido pelo PPS em parceria com a FAP, a conferência tem como foco a discussão de temas de interesses das cidades, como as questões que envolvem finança municipal, segurança pública, educação, saúde, mobilidade urbana, cultura e desenvolvimento local e Parceria Público Privadas (PPP’s).
O evento visa preparar os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores para os desafios que irão enfrentar quando assumirem o mandato, além de definir diretrizes partidárias sobre os temas escolhidos.
A conferência vai ser aberta também a participação do público em geral e antecedida de encontros regionais. Nesta fase, sob a responsabilidade das direções estaduais do partido com a participação da FAP, serão elaboradas propostas e apresentados cases (experiências bem-sucedidas) para a elaboração do documento final em Vitória.
Veja o documento base da conferência “Cidades e Governança Democrática”.
Por: Assessoria do PPS