fap
Obstinação de Bolsonaro põe em risco limite entre público e privado, dizem analistas à Política Democrática
Em artigo publicado na décima edição da revista, Hubert Alquéres e Tibério Canuto criticam equívocos do presidente
Uma linha divisória entre o público e o privado vem sendo borrada pela obstinação do presidente Jair Bolsonaro de subordinar tudo e a todos à sua agenda ideológica e aos interesses de seu núcleo familiar. É o que dizem Hubert Alquéres e Tibério Canuto, em artigo publicado na décima edição da revista Política online, produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), vinculada ao Cidadania.
» Acesse aqui a décima edição da revista Política Democrática online
De acordo com eles, a política externa apequena o país, submetendo-o a vexame com a intenção do presi-dente de fazer seu filho Eduardo embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Além disso, conforme acrescentam, a situação cria confronto com a Argentina ao se imiscuir em assuntos internos de um parceiro estratégico.
Afirmam, ainda, que esse cenário provoca um risco para o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. “O pragmatismo responsável, os princípios da não ingerência e de respeito à autodeterminação possível – pilares de uma política externa construída desde os tempos do barão de Rio Branco – cedem lugar a um americanismo servil, ditado pelo fundamentalismo ideológico”, analisam.
Mesmo ganhos como a Reforma da Previdência, a Lei da Liberdade Econômica e as privatizações, ativos que poderiam gerar um quadro mais confortável, não servem de atrativos para os investimentos, em função da instabilidade gerada pela figura ciclotímica do presidente. “É na economia que reside o grande perigo. O cenário internacional é de uma recessão que se avizinha”, afirmam os autores.
Leia mais:
» Política Democrática mostra casos de violência que se perpetua dentro de casa
» País precisa crescer de forma sustentável, diz José Roberto Mendonça de Barros
» Destruição da Amazônia é destaque da nova edição de Política Democrática online
Política Democrática mostra casos de violência que se perpetua dentro de casa
Crimes contra mulheres ainda persistem no país, apesar dos 13 anos da Lei Maria da Penha
Relatos de violência contra mulher tomam conta da reportagem especial da 10ª edição da revista Política Democrática online. Em agosto, a Lei Maria da Penha, importante instrumento de combate a esse tipo de crime com punição dos agressores, completou 13 anos, mas os casos de criminalidade em razão do gênero das vítimas ainda persistem. Muitas vezes, acabam em desfechos trágicos, aumentando as estatísticas de feminicídios.
» Acesse aqui a 10ª edição da revista Política Democrática online
A revista é produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), ligada ao Cidadania. A reportagem aponta que, em todo o país, a cada hora, 536 mulheres sofreram violência física no último ano, o que totaliza 16 milhões de brasileiras vítimas de violência doméstica no período. Equivale a um público que lota 180 estádios Maracanã. Os dados constam da pesquisa “Visível e Invisível – A Vitimização de Mulheres no Brasil”, realizada em fevereiro de 2019 pelo Instituto Datafolha, a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Consultora de projetos do FBSP, Cristina Neme destaca que a casa continua como palco principal das agressões, assim como mostrou a pesquisa anterior, realizada há dois anos. O último estudo mostra que, no ano passado, 76,4% das mulheres que sofreram violência afirmaram que o agressor era alguém conhecido. Assim como Rosane, 23,8% das mulheres agredidas disseram que o agressor foi o cônjuge, companheiro ou namorado.
Outro levantamento também registra dados preocupantes. O Altas da Violência 2019, produzido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), revela que, em média, 13 mulheres são assassinadas por dia. No total, segundo a pesquisa, 4.936 mulheres foram mortas em 2017, o maior número registrado desde 2007, período avaliado pelo levantamento. O estudo também verificou crescimento expressivo de 30,7% no número de homicídios de mulheres no país durante a década analisada.
De 2016, primeiro ano em que os dados começaram a ser colhidos, até 2018 – últimos números disponíveis –, cresceu 35% o número de concessão de medidas protetivas, previstas na Lei Maria da Penha. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a quantidade delas passou de 249 mil concessões para 336 mil, o que, em média, representa 922 mulheres atendidas por dia, ou uma a cada dois minutos.
Leia mais:
» País precisa crescer de forma sustentável, diz José Roberto Mendonça de Barros
» Destruição da Amazônia é destaque da nova edição de Política Democrática online
País precisa crescer de forma sustentável, diz José Roberto Mendonça de Barros
Economista analisa o cenário brasileiro, em entrevista à Política Democrática online
Em entrevista à 10ª edição da revista Política Democrática online, o economista José Roberto Mendonça de Barros diz não ter dúvidas de que o país precisa voltar a crescer de forma sustentável. “Não terá jogo se não sairmos desse pântano de crescimento modestíssimo, com 25 milhões de pessoas em situação entre desempregados, desanimados e subempregados. Nunca vivemos nada parecido”, alerta ele, um dos analistas que mais conhecem a realidade do chão de fábrica em todo o Brasil.
» Acesse aqui a 10ª edição da revista Política Democrática online
Produzida pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), vinculada ao Cidadania, a revista destaca, nesta edição, o posicionamento do economista internacionalmente reconhecido. Ele já foi ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, entre 1995 e 1998, e ex-secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior da Presidência da República entre abril e novembro de 1998.
De acordo com Barros, em 2014, o Brasil entrou na pior recessão da nossa história, que, conforme ele disse, já se prolonga ao longo dos anos. “E onde está a saída desta recessão?”, questiona. “Temos tido taxas medíocres de crescimento, 1%, 1,1%, este ano 0,9%. Nunca tivemos isso: são três anos de recessão e três anos de saída da recessão de 1%”, observa.
Esse cenário, aponta o economista, afetou o espaço no Brasil de maneira desigual por diversas razões. “O caso mais evidente, até pela sua importância, é o do Rio de Janeiro. Não estou falando só de economia, mas também de gestão, corrupção e coisas desse tipo. O Rio de Janeiro entrou numa queda econômica que é um fenômeno, ainda difícil de dimensionar. Já há mais empresas comerciais fechando do que abrindo, o que sinaliza um problema de emprego que vai além da questão fiscal propriamente dita”, afirma.
Na questão do meio ambiente, Barros ressalta que a única coisa que eu tenho para dizer é que já não se trabalha mais com projetos, como acontecia no passado. “É fundamental definir, com clareza, a convivência do meio ambiente com os projetos de crescimento. Só que a resposta do Bolsonaro até agora tem sido lamentável”, critica.
Leia mais:
» Destruição da Amazônia é destaque da nova edição de Política Democrática online
Destruição da Amazônia é destaque da nova edição de Política Democrática online
Revista digital também leva ao público reportagem especial sobre violência contra mulher
A FAP (Fundação Astrojildo Pereira) lançou a 10ª edição da revista Política Democrática online, destacando uma análise sobre o desastre da política ambiental do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que tem resultado na destruição da Amazônia. A publicação é disponibilizada ao público, de forma gratuita, pelo site da instituição.
» Acesse aqui a 10ª edição da revista Política Democrática online
De acordo com a manchete da revista, Bolsonaro tenta mascarar a tragédia de seu desgoverno e nunca escondeu seu desejo de acabar com o Ministério do Meio Ambiente, nem sua descrença no aquecimento global, nem sua aversão obsessiva às ONGs ambientalistas e aos povos indígenas. A análise é do coordenador executivo nacional da Rede Sustentabilidade e Vice-Presidente do Conselho Curador da FAP, Bazileu Alves Margarido.
Em seu artigo, Magarido, que também é ex-presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), aponta dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que mostram a escalada da destruição que o governo pretende esconder. A comparação entre junho de 2019 com junho de 2018, de acordo com o autor, já tinha mostrado crescimento de 88%. Segundo ele, entre os meses de julho dos dois anos foi pior, aumentado para 278%.
No editorial, a revista diz que a iniciativa política do governo concentra-se em seu objetivo maior: fazer prevalecer uma agenda de campanha que força os limites do estado democrático de direito e ignora o projeto de República, inscrito na Constituição de 1988. “Conta, para tanto, com os poderes institucionais depositados nas mãos do Presidente, respaldo nas corporações militares e naquelas vinculadas à segurança pública, bem como apoio difuso na opinião pública, organizado a partir de redes sociais”, diz um trecho.
Na nova edição da revista, o público pode conferir, ainda, uma reportagem sobre a crescente onda de violência contra mulher, que, em casos mais graves, resultam no aumento de feminicídios, assassinatos provocados contra a vítima por causa do seu gênero. Em agosto, a Lei Maria da Penha completou 13 anos.
A Política Democrática online publica também, em sua nova edição, uma entrevista com o economista José Roberto Mendonça de Barros. “O país precisa voltar a crescer de forma sustentável”, destaca ele.
FAP || Líderes do Cidadania discutem proposta de curso de formação política
Presidente da sigla este no evento que teve apresentação de Março Aurelio Marrafon
Dirigentes da executiva nacional e representantes de diretórios estaduais do Cidadania discutiram, neste domingo (25), a proposta de curso de formação política a ser disponibilizado à sociedade em uma plataforma de ensino a distância da FAP (Fundação Astrojildo Pereira). Com a presença do presidente nacional da sigla, Roberto Freire, o evento foi realizado em São Paulo e teve a apresentação do professor de direito e pensamento político da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), o advogado Marco Aurelio Marrafon.
Doutor e mestre em Direito do Estado pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) e estudos doutorais na Universidade de Roma Tre, Marrafon explicou que o objetivo do curso é levar formação política democrática, institucional e reformista à mente das pessoas. “O público tem interesse quando passa a perceber a diferença da política em sua vida”.
De acordo com Marrafon, a proposta é de que o curso seja disponibilizado a filiados ao Cidadania e a pessoas em geral que não tenham filiação. “Essa ação é uma política cidadã. A cidadania também se faz com ação política cidadã, da sociedade civil. Essa é a ideia do ensino de formação a distância”, destacou o professor.
O curso planeja abordar temas de interesse público, atuais e que tenham relevância, como a importância da política e a participação cidadã, a questão da ética na política e as propostas do Cidadania para importantes serviços públicos nas áreas de educação, saúde e segurança pública, por exemplo.
O cronograma, de acordo com a proposta inicial de Marrafon, também deve abordar as bases para a construção da nova política na era digital, estudando desde a política clássica até as questões contemporâneas. “A democracia representativa deve estar no sentimento, na cabeça das pessoas. Hoje, não está na mente dos jovens mais”, afirmou ele.
Durante o encerramento, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, parabenizou a FAP pela proposta do curso. Ele também destacou a importância do seminário Os Desafios da Democracia: um programa político para o século XXI, realizado neste sábado (24) pela fundação.
“Tivemos, neste final de semana, um bom momento do cidadania. O nível do debate foi muito bom. Não podemos cair na mesmice de partido tradicional”, afirmou Freire. “Foi um excelente final de semana, parabéns à FAP, que foi o instrumento para fazer isso. Estamos entrando em nova dinâmica. O novo não se implanta de imediato. O novo se anuncia”, disse.
Seminário FAP || Violência no Brasil é epidêmica, aponta José Eduardo Faria
Professor da USP e do Insper apresentou dados que comprovam afirmação durante seminário da FAP
Durante o encerramento do seminário neste sábado (24), José Eduardo Faria, professor da USP e do Insper, afirmou que a violência no Brasil é epidêmica de acordo com limites estabelecidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde). “A sociedade é fraturada, violenta e os indicadores mostram a exclusão social. O aumento na população carcerária, em 25 anos, foi de 75%. Fica evidente que temos um caminho que pede por educação de qualidade”, destacou.
O sociólogo defendeu ainda que é preciso definir o que é o liberalismo. Segundo ele, o atual governo utiliza um modelo que corrompe o vocábulo. “O viés do Bolsonaro de liberalismo é apenas econômico. É uma espécie de corrupção do que é o real liberalismo”.
Faria indagou as definições de Estado no século XXI e como é pensado o poder público contemporâneo. Como exemplo de ações que devem ser interrompidas no governo Bolsonaro, o especialista pontuou o deslocamento da titularidade do parlamento para sistemas intergovernamentais. “As funções do Estado estão sendo alteradas, contidas e revogadas. Tem ocorrido reformas liberais que corrompem as garantias fundamentais”, alegou.
Para discutir um novo plano político, ele disse que é preciso pensar no crescimento econômico e no meio ambiente. As taxas de desemprego estruturais causadas pela tecnologia, exemplificou, estão aumentando significativamente e atingem, principalmente, os jovens. E, como consequência, ele destaca que essas são as pessoas que votam em políticos extremistas e neonazistas.
Ao pontuar quesitos essenciais a serem considerados nas políticas públicas no século XXI, Faria incluiu: a revolução tecnológica, o perigo da autonomia do capital financeiro, a revolução sociológica, política e cultural - repensar horizontes das novas gerações.
O seminário Os Desafios da Democracia: um programa político para o século XXI foi organizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), na Casa do Saber, em São Paulo.
Leia mais:
» Seminário FAP || Especialistas apontam mudanças estruturais para políticas inclusivas no país
» Seminário FAP || ‘Estamos vivendo uma guerra de narrativas’, afirma líder do Cidadania na Câmara
» Seminário FAP || Alexandre Strapasson alerta para ‘desconexão entre pessoas e meio ambiente’
» Seminário FAP || Gianluca Fiocco aborda desafios para a manutenção da democracia
» Seminário FAP || ‘Democracia é um sistema novo’, diz Carlos Melo
» Seminário FAP || ‘Democracia está ameaçada’, diz Arnaldo Jardim
» Seminário FAP || ‘Nova formação política não é novo partido’, afirma Roberto Freire
» Seminário FAP || ‘País está ameaçado por este maluco’, diz Marta Suplicy sobre Bolsonaro
Seminário FAP || Especialistas apontam mudanças estruturais para políticas inclusivas no país
A ex-secretária de Fazenda do Rio, Eduarda La Rocque, destacou a necessidade de individualizar os territórios brasileiros com ações personalizadas. O evento tem transmissão ao vivo pela página da FAP no Facebook: facebook.com/facefap
A economista Eduarda La Rocque, diretora do Instituto Jones Santos Neves (ES), afirmou neste sábado (24) que a sociedade busca defender questões pessoais, ao invés de pensar em desafios que atingem todas as minorias. “Bolsonaro conseguiu vencer porque teve o esgarçamento da sociedade, nós estamos lutando um contra o outro”, alegou. A afirmação foi feita durante o seminário Os Desafios da Democracia: um programa político para o século XXI, na Casa do Saber, em São Paulo.
A descrença da população na política, segundo La Rocque, deve ser combatida com uma política territorial. “Temos que integrar as políticas públicas por território. O território é um espaço geográfico: a favela, um bairro, uma microrregião, por exemplo. Nós, economistas, trabalhamos com setores. Mas a desigualdade deve ser combatida de forma territorial”, pontuou.
Como ex-secretária de Fazenda do Rio de Janeiro, La Rocque apontou que o estado carioca precisa trabalhar as prioridades de cada região de forma separada. “O Rio, por exemplo, quebrou por excesso de dinheiro e a falta de saber lidar com esse dinheiro. É preciso integrar a demanda com a oferta. A distribuição do dinheiro está desintegrada. A favela está cheia de dinheiro, mas está tudo dispersado”, afirmou a economista.
Mauro Oddo Oliveira, professor do IPEA (Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada), também integrante do debate, apresentou dados ao explicar que a média salarial do trabalhador brasileiro está diretamente ligada ao ambiente de produção imposto a eles. “Hoje, a gente tem no Brasil 13 milhões de empregados e, dos empregados, 25% trabalha com emprego informal, outros 25% são autônomos”. “Desenvolvimento tem que incorporar a sustentabilidade, a desigualdade ou vamos ficar debatendo assuntos vazios”, destacou.
Já o sociólogo Ivair Alves dos Santos, professor da UnB (Universidade de Brasília), defendeu a inclusão da descriminação racial no debate social. “O que me incomoda nessa democracia é que mesmo com algumas garantias que ganhamos recentemente, perdemos tudo novamente. O fundo partidário para integrar mais mulheres e negros foi retirado. Nos excluíram disso. Os partidos precisam ter humildade de reconhecer que não sabem o que acontece na desigualdade racial”, exemplificou o sociólogo.
Caetano Araújo, diretor-executivo da FAP, foi o mediador do debate sobre inclusão durante o seminário.
Leia mais:
» Seminário FAP || ‘Estamos vivendo uma guerra de narrativas’, afirma líder do Cidadania na Câmara
» Seminário FAP || Alexandre Strapasson alerta para ‘desconexão entre pessoas e meio ambiente’
» Seminário FAP || Gianluca Fiocco aborda desafios para a manutenção da democracia
» Seminário FAP || ‘Democracia é um sistema novo’, diz Carlos Melo
» Seminário FAP || ‘Democracia está ameaçada’, diz Arnaldo Jardim
» Seminário FAP || ‘Nova formação política não é novo partido’, afirma Roberto Freire
» Seminário FAP || ‘País está ameaçado por este maluco’, diz Marta Suplicy sobre Bolsonaro
Seminário FAP || 'Estamos vivendo uma guerra de narrativas', afirma líder do Cidadania na Câmara
O deputado Daniel Coelho (PE) pontuou a necessidade de debates para que o país volte a ser mais inclusivo e totalitário. O evento tem transmissão ao vivo pela página da FAP no Facebook: facebook.com/facefap
O líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Daniel Coelho (PE), afirmou neste sábado (24) que todos os brasileiros têm responsabilidade na eleição do presidente Jair Bolsonaro ao “perderem a guerra de narrativas”. A afirmação foi feita durante o seminário Os Desafios da Democracia: um programa político para o século XXI, na Casa do Saber, em São Paulo.
“Não podemos nos ausentar da responsabilidade do Bolsonaro estar no governo. Participamos do todo o processo democrático e o país ainda assim elegeu alguém que defende a ditadura. Isso quer dizer que nós cometemos um erro”, disse.
Segundo o parlamentar, políticas de direitos humanos e meio ambiente são discutidas há mais de 20 anos, mas o discurso foi perdido ao longo do tempo. “Como a gente perdeu a narrativa com coisas que eram tão claras? Direitos humanos e meio ambiente são temas que deixaram de ser discutidos cinco anos atrás e nós nos perdemos”, alegou.
Coelho disse, também, que o debate político, social e inclusivo deve chegar aos territórios mais precários do país para “garantir que ninguém fique perdido”. “As políticas públicas têm que fazer sentido para aqueles que estão no sertão e no interior. Esse pessoal que ficou perdido no debate e o atual presidente foi eleito”, completou.
O parlamentar participou da mesa sobre inclusão do seminário Os Desafios da Democracia: um programa político para o século XXI. O evento é realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira).
Leia mais:
» Seminário FAP || Alexandre Strapasson alerta para ‘desconexão entre pessoas e meio ambiente’
» Seminário FAP || Gianluca Fiocco aborda desafios para a manutenção da democracia
» Seminário FAP || ‘Democracia é um sistema novo’, diz Carlos Melo
» Seminário FAP || ‘Democracia está ameaçada’, diz Arnaldo Jardim
» Seminário FAP || ‘Nova formação política não é novo partido’, afirma Roberto Freire
» Seminário FAP || ‘País está ameaçado por este maluco’, diz Marta Suplicy sobre Bolsonaro
Seminário FAP || Alexandre Strapasson alerta para ‘desconexão entre pessoas e meio ambiente’
Especialista discutiu a importância da sustentabilidade para o mundo, em seminário realizado pela FAP em SP. O evento tem transmissão ao vivo pela página da FAP no Facebook: facebook.com/facefap
“Há uma desconexão muito grande entre as pessoas e o meio ambiente”. A declaração é do pesquisador Alexandre Strapasson, engenheiro e professor visitante do Ce tiro de Pesquisas Ambientais do Imperial College de Londres. No seminário Os Desafios da Democracia: um programa político para o século XXI, ele disse que o mundo está se tornando cada vez mais urbano.
O seminário é realizado, na Casa do Saber, em São Paulo, pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), que transmite o evento ao vivo pela sua página no Facebook. Na avaliação de Strapasson, o mundo tem sido tomado por situações complexas.
“Não estamos atentos para esta complexidade e isso prejudica a nossa evolução do ponto de vista civilizatório”, alertou o engenheiro. Segundo o especialista, os discursos do presidente Jair Bolsonaro e a inabilidade dele para tratar de temas ambientais, por exemplo, nas esferas interna e internacional, “está custando muito caro e vão custar ainda mais”.
Mediada pelo engenheiro e economista Bazileu Margarido Neto, ex-presidente do Ibama e conselheiro da FAP, a mesa também teve a participação da economista e professora da USP (Universidade de São Paulo) Virgínia Parente. Na avaliação dela, o país deve parar de negar a sua natureza.
“Negar a nossa natureza vai contra tudo que podemos fazer pelo bem-estar e pela evolução do país”, afirma. “Respeitar a natureza significa, por exemplo, olhar a Amazônia não como lugar intocável, mas de forma que o cuidado com a Amazônia seja irretocável”, acrescentou ela.
O economista Guilherme Accioly, aposentado do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e ex-gerente do Fundo Amazônia, também disse na ocasião que “o aquecimento global é de longe a situação mais ameaçadora pela qual passa o planeta”. “É um problema gigantesco”, alertou, para continuar: “O clima está se acabando em todo o planeta. Os sintomas de que o planeta está muito mal são cada dia mais claros”.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), líder da sigla no Senado, destacou que a falta de ação mais enérgica do poder público faz com que o resultados dos danos sejam mais rápidos. “O atual governo estimula [o desmatamento], quando fala, por exemplo, que há indústria de multas no Ibama”, criticou ela, referindo-se à declaração do presidente Jair Bolsonaro contra o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente.
Leia mais:
» Seminário FAP || Gianluca Fiocco aborda desafios para a manutenção da democracia
» Seminário FAP || ‘Democracia é um sistema novo’, diz Carlos Melo
» Seminário FAP || ‘Democracia está ameaçada’, diz Arnaldo Jardim
» Seminário FAP || ‘Nova formação política não é novo partido’, afirma Roberto Freire
» Seminário FAP || ‘País está ameaçado por este maluco’, diz Marta Suplicy sobre Bolsonaro
Seminário FAP || Gianluca Fiocco aborda desafios para a manutenção da democracia
Professor da Universidade de Roma participou de seminário realizado neste sábado pela FAP. O evento tem transmissão ao vivo pela página da FAP no Facebook: facebook.com/facefap
O historiador Gianluca Fiocco, professor da Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Roma Tor Vergata, apresentou, neste sábado (24), um raio-x sobre os caminhos da manutenção da democracia e das salvaguardas sociais na Europa de hoje. Ele ministrou uma conferência durante o seminário Os Desafios da Democracia: um programa político para o século XXI, realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), na Casa do Saber, em São Paulo.
O evento é transmitido ao vivo pela página da FAP no Facebook e tem a presença de intelectuais e políticos do país. Com sua participação, Fiocco mostrou um panorama da Europa, possibilitando aos participantes uma comparação com o caso brasileiro.
Em mesa medida pelo historiador e diretor da FAP Alberto Aggio, Fiocco disse que a União Europeia incorporou um desenho de democracias nacionais “protegidas” pela crescente competição que se abria no mundo globalizado. No entanto, segundo ele, ficou cada vez mais claro que os Estados europeus não conseguiram assegurar o equilíbrio entre desempenho econômico e segurança social como antes.
“Na Europa Oriental, após a queda do comunismo, a população entendeu que o sonho de alcançar os níveis de vida e consumo da parte ocidental não era nada fácil para ser realizado”, avalia o palestrante. “Os efeitos indesejáveis de uma economia de mercado, por vezes introduzida em formas traumáticas, e o fim das garantias sociais do sistema antigo foram descobertos”, acrescentou.
Na avaliação do professor da Universidade de Roma, a esquerda social-democrata vive uma “dramática crise”. “Os partidos social-democratas, em face da mudança de coordenadas, têm aceitado cada vez mais a agenda econômica neoliberal e, portanto, a prevalência da competição sobre os princípios de cooperação e coesão”, explicou.
Aggio destacou, por sua vez, que “a democracia vive uma crise de época”. “Este é um tema de profunda importância pra nós”, disse, para acrescentar: “Não estamos considerando a hipótese de uma falência da democracia. Ela compõe, de um lado, com o liberalismo e, de outro, com o socialismo, aquilo que poderíamos chamar de evolução histórica dos estados nacionais do século XIX e XX e que, a partir do final do século XX, parte para entrar no século XXI com uma crise profunda”.
Cientista político e professor da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Paulo Fábio Dantas Melo destacou que os atores políticos e a sociedade não podem subestimar o atual governo, criticando a capacidade de Bolsonaro de tomar atitudes de retrocessos em políticas públicas de diversos setores do país. “Precisamos pensar que a missão estratégica não é, propriamente, o objetivo de se associar ou de dar respaldo a uma aceitação de horizonte da democracia. É preciso mais que isso”, analisou.
O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) concorda com a sugestão levantada no seminário para a necessidade de uma nova formação, mas que supere siglas partidárias. “Se Bolsonaro está lá, nós somos responsáveis por isso. Pela nossa incapacidade. Nossa política está dilacerada”, criticou ele.
Leia mais:
» Seminário FAP || ‘Democracia é um sistema novo’, diz Carlos Melo
» Seminário FAP || ‘Democracia está ameaçada’, diz Arnaldo Jardim
» Seminário FAP || ‘Nova formação política não é novo partido’, afirma Roberto Freire
» Seminário FAP || ‘País está ameaçado por este maluco’, diz Marta Suplicy sobre Bolsonaro
Seminário FAP || ‘Democracia é um sistema novo’, diz Carlos Melo
Professor do Insper participou de seminário sobre democracia realizado pela FAP, em SP. O evento tem transmissão ao vivo pela página da FAP no Facebook: facebook.com/facefap
O cientista político e professor do Insper Carlos Melo destacou, neste sábado (24), que “a democracia é um sistema novo”. Segundo ele, no atual contexto sociopolítico, o desafio da esquerda é esboçar o futuro e saber transmiti-lo, conforme os interesses da sociedade, em uma só voz.
Melo participou da mesa de discussão sobre democracia, durante o seminário Os Desafios da Democracia: um programa político para o século XXI. O evento é realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), na Casa do Saber, em São Paulo.
“Democracia é um processo novo, que nunca é acabado, nunca está pronto”, disse ele. “Estamos vivendo um desses momentos de discussão e acomodação ou de negação da democracia”, acrescentou o professor.
De acordo com o cientista político, “até regimes ditatoriais da América Latina diziam que faziam suas revoluções em virtude da democracia”. Para ele, em meio a um cenário cada vez mais complexo, a sociedade vive a era do imprevisto.
“Não conseguimos vislumbrar o futuro. Há grande parcela da população aterrorizada com a perspectiva de futuro, e a política se faz com vistas no futuro”, acentuou Carlos Melo.
Leia mais:
» Seminário FAP || ‘Democracia está ameaçada’, diz Arnaldo Jardim
» Seminário FAP || ‘Nova formação política não é novo partido’, afirma Roberto Freire
» Seminário FAP || ‘País está ameaçado por este maluco’, diz Marta Suplicy sobre Bolsonaro
Seminário FAP || ‘Democracia está ameaçada’, diz Arnaldo Jardim
Deputado federal e presidente do Cidadania-SP participou de mesa sobre desenvolvimento em seminário realizado pela FAP. O evento tem transmissão ao vivo pela página da FAP no Facebook: facebook.com/facefap
“A democracia está ameaçada porque há um movimento conservador, de extrema direita, totalitário no país, mas o remédio é aprofundar a democracia e vincular democracia a desenvolvimento” afirmou o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), durante o seminário Os Desafios da Democracia: um programa político para o século XXI. O evento é realizado, neste sábado (24), pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), na Casa do Saber, em São Paulo.
Durante o evento, que é transmitido ao vivo pela página da FAP no Facebook, o deputado disse que os desafios são muito maiores pelo rumo da nova formação e menores pela ameaça de reacionários, apesar de não desconsiderar o que eles podem fazer. Jardim foi nomeado relator do novo Marco Regulatório de Concessões e PPPs (parcerias público-privadas).
“Como essa democracia se exerce? Partidos da forma tradicional existirão [futuramente]? Será que são movimentos? Como podemos pensar novas formas de democracia direta de relações e participações?”, questionou ele. “Nós podemos nos permitir refletir um pouco mais profundamente. Como a democracia pode ser aprofundada e ser uma democracia pra valer”, acrescentou.
O economista Sérgio C. Buarque, professor aposentado da UPE (Universidade de Pernambuco) e conselheiro da FAP, foi um dos que participaram da mesa sobre desenvolvimento. “Precisamos de menos Estado na economia para ter muito mais Estado no provimento de infraestrutura e de questões necessárias. Não é ideia liberal de estado mínimo. A gente precisa de muito Estado, mas onde ele deve estar”, afirmou.
Também integrou a mesa o economista Daniel Ribeiro Leichsenring, chefe do Fundo de Investimentos Verde Asset Management. Para ele, existem princípios básicos de economia que devem ser seguidos para desenvolver o país. “Ou a gente faz reforma da previdência para todo mundo, Estados ou municípios, ou daqui a dez anos estará todo mundo na falência. Está a favor da reforma não é ser de direita ou de esquerda, é ser razoável”, asseverou.
O engenheiro Paulo Ferracioli, que é professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio), disse que “só a política pode nos salvar”. “Tecnocratas são uma catástrofe. O setor público pode funcionar com democracia”, disse ele.
Leia mais:
» Seminário FAP || ‘Nova formação política não é novo partido’, afirma Roberto Freire
» Seminário FAP || ‘País está ameaçado por este maluco’, diz Marta Suplicy sobre Bolsonaro