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'Comunicação política é como droga', diz jornalista e publicitário Edson Barbosa
Coordenador de campanhas eleitorais ministra sexta aula do curso Jornada Cidadã 2022, nesta segunda-feira (8/11)
Cleomar Almeida, da equipe da FAP
Coordenador de campanhas eleitorais, o jornalista e publicitário Edson Barbosa diz que “marketing político não é mágica” e que a comunicação política é “como droga” que pode ser usada para atingir resultados bons ou ruins, a depender da finalidade. Ele vai ministrar, nesta segunda-feira (8/11), a partir das 19 horas, a sexta aula do curso Jornada Cidadã 2022, disponibilizado na plataforma Somos Cidadania.
No curso realizado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília, em parceria com o Cidadania, Barbosa vai explicar os principais conceitos e as estratégias de marketing e comunicação política. “Marketing político não é enganação, mas, sim, o tratamento adequado às necessidades do ambiente político eleitoral com o qual se pretende produzir verdadeiro engajamento”, afirma.
“A comunicação política, desde sempre, foi e é utilizada para a corrupção do pensamento, principalmente dos setores mais vulneráveis, mas também para o progresso da consciência cidadã, naquilo que a política pode ter de mais virtuoso. É como a droga, que tanto pode deformar o paciente, matá-lo, ou ser um paliativo e cura; depende da intenção e da dose aplicada”, diz.
O palestrante também deve destacar distinções que ele avalia como importantes na área. “Considero que há uma diferença profunda entre aquilo que muita gente costuma aplaudir no trabalho dos chamados ‘marqueteiros’ e o conjunto dos princípios, técnicas e plataformas da comunicação, a serviço de uma compreensão consciente e transformadora entre os agentes políticos e a sociedade”, diz.
De acordo com ele, é preciso saber definir como usar conceitos e estratégias para alcançar determinado resultado. “Como em tudo na vida, é possível usar o conhecimento para destruir ou construir, falseando a realidade ou afirmando proposições verdadeiras”, ressalta ele, que tem larga experiência em coordenação de campanhas.







O especialista também considera que o aumento das tecnologias de comunicação e informação também possibilita maior alcance das ações de comunicação e marketing político, para favorecer a interação com o público.
“Com o fenômeno da tecnologia aplicada à comunicação, produzindo um alcance exponencial da mensagem, trazendo extraordinárias possibilidade de interação entre emissor e receptor, estamos hoje num patamar gigantesco de possibilidades comunicacionais, produzindo um novo mundo e uma nova e misteriosa relação entre o real e o virtual. Ou melhor, onde o virtual é tão real quanto o real, da forma como entendíamos a realidade até há pouco tempo”, assevera.
O curso
As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.
O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.
Presidente do Conselho Curador da FAP, coordenador do curso e ex-prefeito de Vitória (ES) por dois mandatos, o médico Luciano Rezende destacou que o curso de formação dá continuidade à missão da entidade de formar líderes comprometidos com a “boa política”.
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Especialista em direito eleitoral aborda o assunto em aula do curso Jornada Cidadã 2022, realizado pela FAP em parceria com Cidadania
Cleomar Almeida, da equipe da FAP*
Especialista em direito eleitoral, o advogado Marcelo Nunes diz ser “muito positiva” a possibilidade de os partidos políticos se organizarem em federações a partir das próximas eleições. Ele vai ministrar a quarta aula do curso Jornada Cidadã 2022, na plataforma Somos Cidadania, nesta quarta-feira (27/10), a partir das 19 horas.
Realizado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília, em parceria com o Cidadania, o curso destacará, na aula do especialista, direitos e regras eleitorais na campanha de 2022, destacando a legislação específica e regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele atua na área de direito eleitoral desde os anos 2000.
“A federação partidária é uma saída que foi implementada com o fim das coligações. É muito positiva, pois vai viabilizar que partidos de pequeno e meio porte consigam eleger seus candidatos. Se não houvesse, haveria concentração muito grande principalmente dos grandes partidos, o que seria ruim no processo eleitoral”, avalia Nunes.
Em 29 de setembro, dois dias após a derrubada de veto presidencial pelo Congresso, foi promulgada a Lei 14.208, de 2021, que define o funcionamento das federações partidárias. Elas podem ter caráter permanente, ao contrário de uma coligação.
Federações são equiparadas a partidos políticos. Podem, inclusive, celebrar coligações majoritárias com outros partidos políticos, mas não os partidos integrantes de forma isolada.
A lei prevê que todas as questões de fidelidade partidária que se aplicam a um partido valem também à federação. Portanto, se um parlamentar deixar um partido que integra uma federação, ele estará sujeito às regras de fidelidade partidária que se aplicam a um partido político.
Federações deverão ter um estatuto, assim como um partido político, que deverá disciplinar questões como fidelidade partidária ou à federação. Esse documento deverá prever eventuais punições a parlamentares que não seguirem a orientação da federação numa votação, por exemplo. A expulsão de um parlamentar do partido não implica qualquer prejuízo para o mandato, mas apenas o desligamento voluntário e sem justa causa.
Proporcionalidade partidária
Como são equiparadas a partidos políticos, as federações funcionarão no Legislativo por intermédio de bancadas que, por sua vez, constituem suas lideranças de acordo com o estatuto do partido e com o regimento interno da casa legislativa.
Cada federação deve ser entendida como se fosse um partido. Nesse sentido, para todos os efeitos de proporcionalidade partidária, como a distribuição das comissões, cada federação deverá ser tratada como uma bancada.




























Justiça eleitoral
Como já previsto no ordenamento jurídico partidário-eleitoral, o TSE detém poder normativo e poderá regulamentar (via resolução) a lei recém-aprovada ou responder a consultas formuladas por autoridades federais sobre a interpretação correta de um ponto ou outro.
Além disso, uma revisão da legislação poderá ser feita pelo Congresso Nacional após o pleito de 2022, com validade para os pleitos seguintes, aperfeiçoando um ponto ou outro.
Afinidade ideológica
As coligações em eleições proporcionais foram extintas pela Emenda Constitucional 97. Para os críticos, elas dificultavam ao eleitor aferir com clareza o alcance de seu voto, que poderia eleger um candidato com o qual não tinha afinidade ideológica. Ao votar em um candidato, por causa dos mecanismos de transferência de votos do sistema proporcional, poderia ajudar a eleger um outro candidato de outro partido que tinha perfil ideológico diferente daquele que tinha escolhido, já que as coligações podiam unir partidos com programas e ideologias muito diferentes.
Como as federações preveem uma união por todo o mandato, os partidos se juntarão a outros com os quais tenham afinidade ideológica, reduzindo o risco de um eleitor ajudar a eleger um candidato de ideologia oposta à sua.
O curso
As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.
O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.
Presidente do Conselho Curador da FAP, coordenador do curso e ex-prefeito de Vitória (ES) por dois mandatos, o médico Luciano Rezende destacou que o curso de formação dá continuidade à missão da entidade de formar líderes comprometidos com a “boa política”.
Veja vídeos de aulas anteriores
*Com informações das Agências Câmara e Senado
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Primeiro filme dirigido por negra, Amor Maldito aborda homossexualidade
Longa-metragem será discutido em live de pré-comemoração ao centenário de arte moderna
João Vitor, da equipe da FAP*
Em 1984, o filme Amor Maldito, de Adélia Sampaio e com teor pornochanchada, abordava temas considerados tabus, como homossexualidade e preconceito sobre essa questão. O longa será debatido, nesta quinta-feira (28/10), a partir das 17 horas, em live da série de eventos online da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna.
Assista!
Baseado em fatos reais, Amor Maldito é o primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher negra no Brasil. O público poderá conferir o debate com participação da crítica cultural Glênis Cardoso e do diretor-geral da FAP, Caetano Araújo, no canal da fundação no Youtube, na página da entidade no Facebook e na rede social da biblioteca.

A história do filme Amor Maldito se passa na década de 1960. Em contexto machista, duas mulheres se apaixonam e decidem morar juntas. Contudo, segundo o enredo, uma delas passa a ser acusada erroneamente de homicídio, depois de sua parceira atirar-se da janela de seu apartamento por desespero ao descobrir gravidez indesejada com amante.
O drama, que tem como pano de fundo a relação entre duas mulheres, é marcado pela homofobia. Uma vez que a cena do suposto crime apontava a inocência da personagem, ela era castigada por causa de sua orientação sexual.
A avaliação da palestrante é de que as pessoas que acusam a personagem são extremamente caricatas, hipócritas e conservadoras. “A intenção do filme é mostrar o quão errado essas pessoas estão nessas contradições”, afirma ela.
Críticos avaliam que o filme pode ser considerado à frente de seu tempo por entregar discussões pertinentes que sofreram censura à época.
A obra cinematográfica tem 1h15 de duração, foi produzida pelas companhias A. F. Sampaio Produções Artísticas e Gaivota Filmes e tem teor pornochanchada.
Glênis diz que a pornochanchada foi uma forma de distribuir o filme. Segundo ela, havia necessidade de alguém para financiá-lo, mas à época era difícil vender um filme de amor entre pessoas do mesmo sexo. Então, conforme acrescenta, resolveram “disfarçá-lo” de pornochanchada.
*Integrante do programa de estágios da FAP
Ciclo de Debates: O modernismo no cinema brasileiro
Webinário sobre o filme: Amor Maldito, de Adélia Sampaio
Dia: 28/10/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
Webinar debate o livro Terras do Sem-fim de Jorge Amado
Com canções nacionais, filme Brasil Ano 2000 remete a tropicalismo
Modernismo no cinema brasileiro
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Mesmo caindo aos pedaços, ‘quitinete é alternativa de moradia em Brasília’
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Um dos marcos do Cinema Novo, filme Macunaíma se mantém como clássico
Filme premiado de Arnaldo Jabor retrata modernismo no cinema brasileiro
Dora Kaufman aponta ‘supervalorização e demonização da inteligência artificial’
Pesquisadora vai participar de webinar da FAP, no dia 25 de outubro, a partir das 17h30
Cleomar Almeida, da equipe da FAP
A pesquisadora e professora do Programa de Tecnologias Inteligentes e Design Digital da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) Dora Kaufman aponta “supervalorização e demonização da inteligência artificial” na sociedade por causa do que ela chama de “desconhecimento sobre essa tecnologia”. A pesquisadora vai participar, na segunda-feira (25/10), do webinar com o tema “O espaço público é Figital: consequências para a política e para os partidos?”
Assista!
Realizado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília, o webinar também terá participação do pós-doutor em computação pela University of Kent at Canterbury (Inglaterra) Silvio Meira, que também é professor extraordinário da Cesar School e cientista-chefe da TDS Company. O engenheiro Fersen Lambranho, que é sócio-presidente do conselho da GP Investments, também confirmou presença no webinar.
O evento será transmitido, a partir das 17h30, em tempo real, no portal, na página da FAP no Facebook e no canal da entidade no Youtube. Interessados podem enviar perguntas para o departamento de tecnologia de informação da fundação, por meio do WhatsApp (61 98419-6983).
Colunista da Época Negócios com foco nos impactos éticos e sociais da inteligência artificial, Dora observa que a inteligência artificial ainda não foi usada em eleições no Brasil. “Mecanismo de reproduzir fake News não é inteligência artificial. Não vi nada de estudo nem qualquer outra indicação de que foi usada em campanha eleitoral no país”, pondera
Na campanha de Donald Trump, que venceu Hillary Clinton nas eleições dos Estados Unidos em 2016, toda a estratégia de campanha usou inteligência artificial. No entanto, de acordo com pesquisas, não se pode afirmar que essa tecnologia interferiu no resultado das eleições de forma relevante.
“Pesquisas sobre a eleição de 2016 mostram que há uma supervalorização da inteligência artificial e de todas as tecnologias digitais no resultado da eleição de Trump”, afirma Dora. “Está acontecendo demonização da inteligência artificial por falta de conhecimento. A gente tem que entender como ela funciona, os limites dela. A técnica é muito restrita ainda para a gente poder identificar as questões reais”, ressalta.
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Na avaliação da pesquisadora, ao supervalorizar a inteligência artificial, as pessoas “entram no universo da ficção científica". "Parece que a sociedade não tinha problemas antes. Tem certa tendência a atribuir a essas tecnologias problemas históricos da sociedade, como polarização, fake News. Tem nada mais fake News que propaganda eleitoral oficial. Nela, o candidato diz o que quer para conseguir voto. A campanha eleitoral é absolutamente fake News”, critica.
A colunista diz não acreditar que algumas pessoas supervalorizam os efeitos da inteligência artificial de forma proposital. “Não acho que ninguém faz isso propositalmente. Não tenho nenhuma evidência de que isso seja feito de propósito”, acentua, para continuar: “É difícil mesmo”.
Do ponto de vista da adoção da inteligência artificial por parte das empresas, Dora acredita que o Brasil está atrasado. “Mas a vida dos brasileiros é mediada por algoritmos de inteligência artificial. Todas as plataformas e aplicativos que a gente usa no cotidiano é tudo modelo de negócio baseado na inteligência artificial”, explica.
“Os algoritmos de inteligência artificial estão mediando sociabilidade e a comunicação atual. Eles têm reflexo, de alguma forma, na política, que é um evento social e de comunicação. Toda campanha política é uma ação de comunicação”, analisa.
Webinar | O espaço público é Figital: consequências para a política e para os partidos?
Data: 25/10/2021
Horário: 17h30
Transmissão: Portal e redes sociais (Facebook e Youtube) da Fundação Astrojildo Pereira
Realização: Fundação Astrojildo Pereira
Webinar debate o livro Terras do Sem-fim de Jorge Amado
O romance de 1943 escrito por Jorge Amado será analisado em evento online com transmissão pela internet
*João Vitor, da equipe FAP
Escrito por Jorge Amado em 1943, o romance Terras do Sem-fim conta “uma disputa de terra sangrenta”, como destaca a professora Margarida Patriota. Ela vai discutir a obra, nesta quinta-feira (21/10), a partir das 17 horas, em webinar da Biblioteca Salomão Malina e da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), como parte das atividades de pré-celebração do centenário da Semana de arte moderna.
Assista!
A obra será discutida pela escritora durante o evento, que será transmitido na página da biblioteca no Facebook. O público também poderá conferir o debate no portal da FAP e nas redes sociais da entidade (Facebook e Youtube).
A história do romance Terras do Sem-fim mostra como foi, no sul da Bahia, a briga por terras, a fim de transformá-las em plantações de cacau.
É um marco importante do chamado "ciclo do cacau", que ocorreu no período da história econômica do Brasil em que o país era o segundo maior produtor mundial da fruta. Atualmente, no ranking mundial, encontra-se no sétimo lugar.

O romance conta histórias dos coronéis do sul da Bahia que queriam transformar a mata de Ilhéus em uma enorme produção de cacau, mas, para isso, travaram uma intensa batalha pelas terras.
No livro, Jorge Amado aborda também a questão da política em uma cidade comandada pelo coronelismo, a violência impune, a luta pela subsistência que se entrelaça com intrigas políticas e relações amorosas e crimes passionais.
Editado pela Companhia das letras, o livro faz críticas sociais atemporais à um povo ganancioso e pouco empático. A obra tem 282 páginas, é dividida em 6 partes e virou filme no ano de 1948.
*Estagiário integrante do programa de estágios da FAP
Ciclo de Debates - O modernismo na literatura brasileira
Webinário sobre o livro "Terras do sem-fim" - Jorge Amado
Dia: 21/10/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
Com canções nacionais, filme Brasil Ano 2000 remete a tropicalismo
Modernismo no cinema brasileiro
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‘Bolsonaro é líder de espírito fascista”, diz historiador Alberto Aggio
Na revista mensal da FAP de outubro, professor da Unesp ressalta que “tentativa de golpe não prosperou”
Cleomar Almeida, da equipe FAP
O historiador e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Alberto Aggio diz que o presidente Jair Bolsonaro “é um líder de espírito fascista incapaz de dar solidez e consequência a seu próprio movimento”. “É um iliberal que tem adotado ações corrosivas contra a democracia desde o início do mandato por meio de estratégias erráticas de ‘guerra de movimento’ e ‘guerra de posição’ sucessivas e superpostas”, diz.
Aggio publicou sua análise em artigo produzido para a revista Política Democrática online de outubro, editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. A instituição disponibiliza, gratuitamente, em seu portal, todo o conteúdo da publicação mensal na versão flip.
Clique aqui e veja a revista Política Democrática online de outubro
No artigo, o historiador lembra que o país esteve “no limiar de uma grave ruptura institucional que poderia pôr à pique nossa jovem democracia”. “E o grande responsável por isso foi o presidente da República, pela confrontação destrutiva que estimulou e conduziu contra as instituições da República, notadamente o Supremo Tribunal Federal (STF)”, asseverou o autor.
Bolsonaro, conforme lembrou o professor da Unesp, projetou e participou, no dia da Independência, de atos antidemocráticos de massa em Brasília e São Paulo “com o claro objetivo de confrontar o Poder Judiciário, rompendo o equilibro da República”. “Se essa ação produzisse os efeitos esperados a favor do presidente, estaria dado o sinal para o golpe de Estado”, afirmou.
No entanto, de acordo com Aggio, “a tentativa de golpe não prosperou”. Os militares recolheram-se, depois da cerimônia oficial em Brasília, e as Polícias Militares dos Estados, controladas pelos governadores, mantiveram-se em suas funções ordinárias, garantindo a ordem”, acentuou.
De toda forma, segundo o historiador, o episódio revela que Bolsonaro não conseguiu ir além dos apoiadores de sempre, e o recuo do presidente, com a Carta à Nação, deixou parte de seus apoiadores bastante insatisfeito. “O resultado é cristalino: Bolsonaro não conseguiu ampliar sua base de sustentação e aumentou ainda mais seu isolamento político”, ressaltou.
Poucos dias depois, pesquisas de opinião sancionaram essa avaliação. “A imensa maioria da população brasileira repudiou a iniciativa do presidente em se antagonizar abertamente com as instituições da República, quase levando a uma ruptura institucional”, escreveu Aggio.
Veja lista de autores da revista Política Democrática online de outubro
A íntegra do artigo de Aggio pode ser conferida na versão flip da revista, disponível no portal da FAP, gratuitamente. A edição deste mês também mostra entrevista com o delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva e os riscos de a covid-19 se tornar uma endemia, além de artigos sobre política, economia, meio ambiente e cultura.
Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.
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Direitos políticos são abordados na segunda aula da Jornada Cidadã 2022
Consultor do Senado também explica sistema partidário a partir da Constituição de 88
Cleomar Almeida, da equipe FAP
No Brasil, a garantia de direitos sociais, políticos e civis, sucessivamente, representa uma inversão em relação ao padrão histórico de países desenvolvidos, de acordo com o consultor do Senado e especialista em direito eleitoral Arlindo Fernandes. Ele vai explicar o assunto, na segunda aula do curso Jornada Cidadã 2022, na quarta-feira (20/10), a partir das 19 horas, na plataforma Somos Cidadania.
A aula de Arlindo Fernandes tem como tema direitos políticos e sistema partidário na Constituição de 1988, também conhecida como Constituição Cidadã. Ele também abordará direitos civis e sociais e a forma como se firmaram no mundo a partir das Revoluções Francesa, Inglesa e Americana, que, conforme explicou, “representam o processo de configuração da democracia moderna e contemporânea”.
“O que marca, no mundo, é a evolução de direitos civis, políticos e sociais, um atrás do outro. No Brasil, houve inversão, já que os direitos políticos vieram por último aqui entre nós. No país, por razões históricas, as leis asseguraram primeiro os direitos sociais, depois os políticos e civis, o que representa uma inversão em relação ao padrão histórico de países desenvolvidos”, ressaltou.
Arlindo Fernandes também vai abordar a evolução do processo eleitoral no Brasil, que, segundo ele, carrega uma contradição por ter garantido direito a voto, ao longo de anos, para mulheres, negros e analfabetos, apesar de ser um país com “riquíssimo histórico de processos eleitorais”. “O Brasil tem muito essa contradição que vale a pena ser explorada”, disse.
“Durante maior parte do tempo, mulheres, negros e analfabetos não votavam. No Império, por exemplo, tinha que ter renda para votar e ao mesmo tempo havia realização sistemática e periódica de eleições. Até durante a ditadura, houve eleições periódicas no Brasil”, acentuou.
TV FAP - JORNADA CIDADÃ 2022
Arlindo Fernandes também destacará, em sua aula, como se organiza o sistema eleitoral no Brasil, a partir da Constituição de 1988, apontando o que há de semelhante e de diferente em relação a outros países. Ele também abordará a importância da Justiça eleitoral para a garantia do exercício não só de direitos políticos, mas também da cidadania.
Outro assunto a ser abordado na aula são as exigências de cláusulas de barreira ou de desempenho para os partidos e para os candidatos e como seria, em tese, a proposta de federação de partidos.
“A proposta de federação é uma boa ideia democrática e revela uma forma de aliança ou coligação mais consistente e mais coerente do que a coligação praticada no Brasil, tradicionalmente, que nem sempre resulta de uma afinidade ideológica e política entre os partidos, pois, na maioria das vezes, se aliam por razões e conveniências meramente eleitorais”, explica.
A proposta de federação, conforme lembra o especialista, impõe que os partidos se mantenham em aliança por quatro anos.
O curso
As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.
O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.
A seguir, veja a lista de temas de cada aula e seus respectivos professores:
Aula Inaugural: Ética na política (realizada) | 13/10 (quarta-feira) | Alessandro Vieira |
1. História, princípios e identidade do Cidadania 23 (realizada) | 18/10 (segunda-feira) | Caetano Araújo |
2. Direitos políticos e sistema partidário na Constituição de 88 | 20/10 (quarta-feira) | Arlindo Fernandes |
3. Pré-campanha: organização, planejamento e estratégias. Orçamento de campanha e arrecadação de recursos. | 25/10 (segunda-feira) | Rubens Bueno |
4. Direito e Regras Eleitorais na Campanha de 2022 – Legislação e Regulamentação do TSE: o que pode e o que não pode. | 27/10 (quarta-feira) | Marcelo Nunes |
5. Liderança, Engajamento e mobilização | 3/11 (quarta-feira) | Arnaldo Jordy |
6. Marketing e Comunicação política | 8/11 (segunda-feira) | Édson Barbosa |
7. Estratégias de uso das redes sociais | 10/11 (quarta-feira) | Jordana Saldanha |
8. Análise de Conjuntura das Eleições 2022 | 17/11 (quarta-feira) | Luiz Carlos Azedo |
9. Educação | 22/11 (segunda-feira) | Cristovam Buarque |
10. Redução da desigualdade e erradicação da pobreza | 24/11 (quarta-feira) | Eliziane Gama |
11. Saúde | 29/11 (segunda-feira) | Luiz Santini |
12. Segurança | 1º/12 (quarta-feira) | Raul Jungmann |
13. Meio-ambiente e sustentabilidade | 6/12 (segunda-feira) | Sérgio Besserman |
14. Estratégias pós-covid | 8/12 (quarta-feira) | Luciano Rezende |
Aula de encerramento | 15/12 (quarta-feira) | Roberto Freire |
História e identidade do Cidadania 23 são temas de aula da Jornada Cidadã 2022
Professores sugerem obras para alunos do curso Jornada Cidadã 2022
FAP abre inscrições para curso de formação política Jornada Cidadã 2022
Biblioteca Salomão Malina oferece curso gratuito de japonês para iniciantes
Início das aulas está marcado para o dia 19 de outubro. Inscrições estão abertas; vagas limitadas
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Sem qualquer custo, pessoas a partir de 14 anos de idade podem se inscrever no curso gratuito de japonês para iniciantes, a ser ministrado na Biblioteca Salomão Malina, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), no Conic, no Setor de Diversões Sul (SDS), em Brasília. O início das aulas presenciais está marcado para o dia 19 de outubro, das 15h às 15h50. As vagas são limitadas.

A nova turma marca a retomada do projeto de curso de idiomas da Biblioteca Salomão Malina, com apoio da FAP, iniciado em outubro de 2019 e que foi suspenso, em fevereiro de 2020, por causa da pandemia da covid-19. Agora, mesmo com parte da população vacinada, as aulas serão retomadas, e o local seguirá uma série de recomendações das autoridades sanitárias. São oferecidas 30 vagas.
As inscrições podem ser realizadas por meio do formulário na internet. Os interessados devem informar nome completo, e-mail, data de nascimento, número do registro geral (carteira de identidade), telefone, profissão e como soube do curso. As informações pessoais serão mantidas em sigilo.
Caso tenham dificuldade de acesso à internet, as pessoas também podem ir diretamente à biblioteca e solicitar sua inscrição. É necessária autorização de pais ou outros responsáveis, se o aluno tiver menos de 18 anos de idade.
As aulas serão ministradas, sempre às terças-feiras, das 15h às 15h50, pelo professor Ítalo Bernardes, graduado em língua e literatura japonesas pela Universidade de Brasília (UnB). Ele também cursa mestrado em Literatura e Práticas Sociais pelo Departamento de Teoria Literária e Literatura da UnB.














Em 2019, a biblioteca registrou 62 alunos matriculados no curso de japonês; 49, no curso de inglês; e 42, na turma de espanhol. As aulas foram oferecidas gratuitamente para iniciantes.
A biblioteca não emite certificado do curso para os alunos, já que não é uma instituição de ensino. No entanto, poderá entregar declarações com informações do curso e quantidade de horas estudadas, conforme solicitação.
Curso de japonês para iniciantes
Inscrições abertas
Início das aulas: 19/10/2021
Horário: das 15 às 15h50
Onde: Biblioteca Salomão Malina
Endereço: SDS, Bloco P, ED. Venâncio III, Conic, loja 52, Brasília (DF). CEP: 70393-902
Telefone: (61) 3323-6388
WhatsApp: (61) 98401-5561. (Clique no número para abrir o WhatsApp Web)
Alessandro Vieira: “É preciso aplicar os melhores valores éticos na vida pública”
Pré-candidato à Presidência da República pelo partido Cidadania ministrou a Aula Inaugural do curso Jornada Cidadã 2022
João Rodrigues, da equipe da FAP
Com mais de 500 inscritos, o curso Jornada Cidadã 2022 teve início na última quarta-feira (13). A capacitação telepresencial visa preparar pré-candidatos do Cidadania 23 e suas equipes para as eleições do próximo ano. O podcast Rádio FAP desta semana faz um balando da Aula Inaugural do curso, ministrada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Pré-candidato à Presidência da República, é membro titular do Diretório Nacional do partido e foi eleito senador em 2018 com 474.449 votos. É delegado da polícia civil, casado e tem três filhos. Faz parte dos movimentos RenovaBR e Acredito.
A relação entre a ética na vida pessoal e atuação pública, como fazer uma campanha bem-sucedida com respeito a princípios morais sólidos e a importância de uma postura coerente desde o início do mandato são alguns dos temas do programa. O episódio conta com áudios do canal da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) no Youtube.
O Rádio FAP é publicado semanalmente, às sextas-feiras, em diversas plataformas de streaming como Spotify, Youtube, Google Podcasts, Ancora, RadioPublic e Pocket Casts. O programa tem a produção e apresentação do jornalista João Rodrigues. A edição-executiva é de Renato Ferraz.
Professores sugerem obras para alunos do curso Jornada Cidadã 2022
Atividades complementares são fundamentais para enriquecer ainda mais a discussão relacionada ao tema de cada aula
Cleomar Almeida, da equipe da FAP
Uma série de textos, livros e filmes será indicada por professores do curso Jornada Cidadã 2022 aos alunos interessados em se candidatar nas eleições do próximo ano, a fim de complementar as discussões das aulas telepresenciais ao vivo e exclusivas para filiados ao Cidadania. A aula inaugural do curso foi realizada, nesta quarta-feira (13/10), por meio da plataforma Somos Cidadania.
Na seleta lista de indicações dos professores, estão o documentário Our planet (Nosso planeta) e os filmes Eu, Daniel Blake, de Ken Loach, e Contágio, de Steven Soderbergh, além do livro Representantes de quem (Editora Zahar), do cientista político Jairo Nicolau.
Segundo a coordenação do curso, todas as atividades complementares são fundamentais para enriquecer ainda mais a discussão relacionada ao tema de cada aula. O curso é oferecido pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o Cidadania.




























Our planet (Nosso planeta) é uma série documental realista, com narrativa e filmagens raríssimas, que toca na alma de quem o assiste: você jamais será o mesmo ao observar como a ação humana no meio ambiente e os efeitos das alterações climáticas provocam nos animais, em todas as partes da terra.
Produzida pela Netflix, a série é feita por David Attenborough e os criadores de documentários históricos da BBC. Sobre o primeiro, uma ressalva: não há quem, gostando da natureza, não tenha ouvido falar desse senhor de 95 anos.
Desde 1952, especialmente na BBC Television, ele encanta o mundo com sua voz rouca e suave para falar da natureza - e principalmente denunciar agressões ao meio ambiente. Todos seus documentários têm uma marca: o visual impressionante, a linguagem compreensiva e o som caprichado que leva cada vez mais gente a se interessar pelo tema.
Longa-metragem de Ken Loach, Eu, Daniel Blake (2016) apresenta personagens carentes e ordinários, banais e cativantes. Segundo a crítica, os personagens são gente que fala com a coragem crua e uma paixão humana.
Daniel Blake é um carpinteiro que teve um ataque cardíaco e, por isso, não tem permissão médica para voltar ao trabalho. Ainda assim, Blake se depara com uma série de processos burocráticos que impedem que ele continue recebendo um auxílio financeiro do governo enquanto não pode trabalhar. É um filme com sotaque britânico carregado que diz muito sobre o Brasil contemporâneo.
No filme Contágio, um novo vírus se origina na China, provavelmente de um animal silvestre. Entra em contato com os humanos e, em poucos dias, já infecta centenas de pessoas em diversos países.
Os sintomas são similares a uma gripe, porém mais severos. Enquanto milhares de pessoas morrem, governo e órgãos de saúde correm contra o tempo para testar medicamentos e uma vacina capaz de imunizar a população. Em meio a isso, fronteiras fecham, a circulação é restrita e aos supermercados se esvaziam.
A situação do filme se encaixa facilmente na recente pandemia da covid-19. Suspense de 2011 e que voltou à tona em 2020 por causa da crise sanitária global, Contágio se tornou um dos filmes mais comentados no Letterboxd, rede social focada em cinema, e está na segunda posição na lista de filmes mais procurados do catálogo da Warner Bros.
Já o livro Representantes de quem é uma obra que esclarece, informa e colabora para a busca de uma sociedade com cidadãos mais conscientes e uma política mais responsável. Aborda, por exemplo, o porquê de a reforma política, um dos temas mais discutidos no país, nunca sair do papel e como alguns deputados são eleitos com menos votos do que outros candidatos que, mesmo mais votados, não se elegem.
A obra Jairo Nicolau também mostra porque as coligações, muitas vezes, produzem resultados estranhos e adulteram o voto do eleitor e explica como o Brasil tem o Legislativo mais fragmentado do mundo. Além disso, explica o que acontece com o voto dos eleitores depois que saem da cabine eleitoral.
O cientista político estuda partidos, eleições e sistemas eleitorais há mais de 20 anos. Produzido a partir de perguntas de eleitores, o livro foi escrito para ser lido e entendido por quem não tem conhecimento técnico, mas se espanta e quer compreender melhor diferentes aspectos do quebra-cabeça da representação política no Brasil.
O curso
As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.
O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.
A seguir, veja a lista de temas de cada aula e seus respectivos professores:
Aula Inaugural: Ética na política | 13/10 (quarta-feira) | Alessandro Vieira |
1. História, princípios e identidade do Cidadania 23 | 18/10 (segunda-feira) | Caetano Araújo |
2. Direitos políticos e sistema partidário na Constituição de 88 | 20/10 (quarta-feira) | Arlindo Fernandes |
3. Pré-campanha: organização, planejamento e estratégias. Orçamento de campanha e arrecadação de recursos. | 25/10 (segunda-feira) | Rubens Bueno |
4. Direito e Regras Eleitorais na Campanha de 2022 – Legislação e Regulamentação do TSE: o que pode e o que não pode. | 27/10 (quarta-feira) | Marcelo Nunes |
5. Liderança, Engajamento e mobilização | 3/11 (quarta-feira) | Arnaldo Jordy |
6. Marketing e Comunicação política | 8/11 (segunda-feira) | Édson Barbosa |
7. Estratégias de uso das redes sociais | 10/11 (quarta-feira) | Jordana Saldanha |
8. Análise de Conjuntura das Eleições 2022 | 17/11 (quarta-feira) | Luiz Carlos Azedo |
9. Educação | 22/11 (segunda-feira) | Cristovam Buarque |
10. Redução da desigualdade e erradicação da pobreza | 24/11 (quarta-feira) | Eliziane Gama |
11. Saúde | 29/11 (segunda-feira) | Luiz Santini |
12. Segurança | 1º/12 (quarta-feira) | Raul Jungmann |
13. Meio-ambiente e sustentabilidade | 6/12 (segunda-feira) | Sérgio Besserman |
14. Estratégias pós-covid | 8/12 (quarta-feira) | Luciano Rezende |
Aula de encerramento | 15/12 (quarta-feira) | Roberto Freire |
Especialistas debatem modelos da Alemanha e Itália para eleições no Brasil
Webinar da FAP será realizado no dia 16 de outubro com participação de Renata Bueno, Arlindo Fernandes e Soninha Francine
Cleomar Almeida,da equipe da FAP
Especialistas vão discutir possíveis contribuições ao sistema eleitoral brasileiro por parte de experiências da Itália e Alemanha, onde os social-democratas de centro-esquerda venceram por uma pequena margem o partido da chanceler Angela Merkel nas eleições realizadas no mês passado. O debate será realizado, no dia 16 de outubro, a partir das 10 horas, em evento online da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília.
O webinar terá transmissão, em tempo real, no portal, na página do Facebook e no canal da fundação no Youtube. Confirmaram participação a primeira cidadã nascida no Brasil a tornar-se deputada no Parlamento italiano, Renata Bueno, que também é ex-vereadora de Curitiba (PR); a ex-vereadora de São Paulo Soninha Francine e o consultor do Senado Arlindo Fernandes, especialista em direito eleitoral.
Assista!
Fernandes diz ser muito comum o sistema eleitoral alemão ser adotado como referência no mundo quando se discute o assunto. “Lá, eles adotaram sistema eleitoral misto”, afirma o consultor do Senado. “Não havia maioria, na Constituinte de 46, nem para adotar o sistema proporcional nem para adotar o sistema majoritário distrital”, explica.
Na época, conforme lembra o especialista, a Alemanha fez um acordo para adotar o sistema misto, “considerado, tecnicamente, bastante desenvolvido”. “Nas últimas décadas, com a onda de democratização e reformas dos sistemas eleitorais, em democracias mais consolidadas, como Nova Zelândia e Itália, o modelo alemão tem sido o sistema adotado em países que mudam o sistema eleitoral”, diz.
Na avaliação de Fernandes, “o sistema alemão é possível ser adotado no Brasil porque não ofende, não afronta, a cultura política, com a qual o povo brasileiro está acostumado, que é a do voto na pessoa”. “Tem o voto no partido, mas também tem o voto na pessoa”, observa o consultor.
Renata Bueno, por sua vez, acredita que o resultado da eleição na Alemanha, um dos líderes fundadores da União Europeia, provocou uma “boa mudança no cenário político” no país e em todo o restante do quadro europeu, “justamente porque levanta uma bandeira de mais centro-esquerda”.
Ela também acredita que o modelo italiano seja interessante. “Na Itália, é parlamentarismo. São as listas eleitorais que acabam somando a maioria no parlamento, e isso gera a vaga para o primeiro-ministro. Eles votam lei eleitoral próximo a eleição, dando detalhes de como funcionará aquela disputa”, explica.
“Na última lei eleitoral na Itália, eles seguiram muito o modelo alemão, com alguns votos uninominais e outros por listas proporcionais, isso porque ali tem Senado e Câmara e acaba tendo voto misto. Seria quase um distrital misto com vários detalhes também”, compara ela.
Na avaliação de Soninha Francine, a discussão de modelo político, a partir de experiências de outros países, pode ajudar muito o Brasil a adotar um sistema mais adequado para as eleições. “Não tem como evoluir, como discussão política, se não entender melhor do que está falando. Analisar os modelos de outros países pode fazer a maior diferença”, ressalta.
Webinar sobre sistemas eleitorais na Alemanha e Itália
Data: 16/10/2021
Horário: 10 horas
Transmissão: portal e redes sociais (Facebook e Youtube) da FAP
Realização: FAP
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Com canções nacionais, filme Brasil Ano 2000 remete a tropicalismo
Longa será discutido em mais um webinar da série de eventos online em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Considerado pela crítica como “empreitada alegórica” após o diretor Walter Lima Jr partir do realismo de seu primeiro longa, o filme Brasil Ano 2000 remete, em sua essência, ao tropicalismo por apresentar mistura de gêneros cinematográficos e referências imagéticas, literárias e musicais. O longa será discutido, nesta quinta-feira (14/10), a partir das 17 horas, em webinar da série de eventos online da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna.
Assista!
Com participação de Ulisses Xavier e mediação do diretor-geral da FAP, Caetano Araújo, o evento será transmitido na página da biblioteca no Facebook. O público também poderá conferir o debate no portal da FAP e na rede social da entidade (Facebook), assim como no canal da fundação no Youtube.
O roteiro do filme, lançado em 1969, se passa no ano 2000. Com o país parcialmente devastado pela Terceira Guerra Mundial, uma família de imigrantes chega a uma pequena cidade à qual dão o nome de “Me Esqueci”. O trio é recrutado por um indigenista para fingir-se de índios durante a visita de um general.

No dilema entre integrar-se ao sistema ou preservar a liberdade individual, colaborar com a farsa ou denunciá-la, a família caminha para a desagregação enquanto a cidade se prepara para o lançamento de um foguete espacial.
O filme conta com trilha sonora composta por Gilberto Gil e Rogério Duprat, com canções escritas por Gil, Capinam e o diretor, e interpretadas por Gal Costa e Bruno Ferreira. Duprat compôs a trilha instrumental deste filme enquanto trabalhava nos arranjos do antológico disco Tropicália ou Panis et Circencis (1968). Não por coincidência, em determinado momento pipoca na trilha sonora seu arranjo para a versão de Coração Materno que Caetano Veloso gravou naquele álbum.
O longa de Walter Lima Jr recorre principalmente a dois gêneros, conforme observa a crítica: A ficção científica pós-apocalíptica e a chanchada. O primeiro, incomum para a época, no país, dá a ambientação geral: No ano 2000, as nações ricas do mundo já não existem; foram destruídas após a mítica 3ª Guerra Mundial, onze anos antes.
Era de se imaginar que o Terceiro Mundo tiraria bons frutos desse acontecimento, mas não foi o caso. Não se tornou independente, não se livrou do complexo de inferioridade, não erradicou a miséria. Pelo contrário, seguiu cultivando todas essas mazelas.
Os temas pinçados pelo roteiro de Walter se relacionam diretamente a situações do brasileiro de então e que perduram até hoje. Entre elas estão a rejeição à história nacional, a cobiça do estrangeiro e o culto aos colonizadores.
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
20º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre o filme Brasil Ano 2000
Dia: 14/10/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
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