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Roberto Freire: "Esquerda é prisioneira de dogmas dominantes no século 20"

Cleomar Almeida e João Vítor*

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, criticou nesta sexta-feira (25/3) a esquerda por entender que ainda não acompanhou os anseios da sociedade. “Especialmente no Brasil, temos uma esquerda que ainda é prisioneira de dogmas que foram dominantes no século 20”, disse. Ele participou de seminário em celebração aos 100 anos do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em Niterói (RJ), e destacou a importância de usar o marco histórico para pensar no futuro.

Veja vídeo abaixo:

https://youtu.be/YeQI8jYvMCI

100 anos do PCB: evento resgata memória e aponta desafios em Niterói (RJ)

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília, realizou o seminário do centenário do partido no auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF). O PCB se reformulou com o passar dos anos e, em 1992, tornou-se o Partido Popular Socialista (PPS) antes de avançar para a nova identidade política com o Cidadania, em 2019.

Freire destacou o que chamou de "esquerda democrática", a qual, segundo ele, "não fica presa a dogmas, não é ortodoxa e pretende entender interpretar a história conseguindo ser atual, como é na Europa hoje e totalmente hegemônica". Na avaliação dele, não é o caso da América Latina.

Seminário 100 anos do PCB na Faculdade de Direito da UFF, em Niterói (RJ) | Foto: Washington Reis

Dezenas de militantes e dirigentes do partido participaram do evento, que também contou com a presença do diretor-geral da FAP, o sociólogo Caetano Araújo, e do secretário-geral da direção estadual do Cidadania no Rio de Janeiro, Roberto Percinoto. Uma placa foi descerrada em homenagem a todos dirigentes mortos pela ditadura militar e pessoas que fizeram parte da luta histórica do PCB.

"Perspectiva com jovens"

De acordo com Freire, a celebração do centenário deve ser usada para reflexão sobre a importância da luta do PCB no Brasil e, sobretudo, para estimular a juventude a compreender o contexto histórico com vistas para o futuro. “Não é só conversando sobre o passado, lembrando exílios e missões, mas esse partido, com o Cidadania, está montando uma perspectiva com jovens para pensar no futuro”, ressaltou.

https://open.spotify.com/episode/0GZjTu7gFPbt5klrK4tihV?si=e7fc12860456403f

“Eu quero dizer que está havendo um grande enfrentamento com o tempo histórico em relação ao pensamento de esquerda”, disse Freire, para ressaltar depois a necessidade de essa linha política avançar. “Pensar nessa perspectiva é o que nós temos que fazer e é por isso que continuo na luta e que pode nos levar adiante”, afirmou.

"Lições"

O diretor-geral da FAP citou algumas “lições” que marcaram a história do partido e que, segundo ele, podem auxiliar no avanço das lutas por uma sociedade menos injusta, menos desigual e menos excludente. É o caso da mobilização pela equidade, igualdade e em defesa da democracia, que passou a ser ameaçada, sobretudo, durante o atual governo.

“A desigualdade é difícil de superá-la. O Brasil não consegue fazer isso, mas temos que continuar lutando”, destacou. Ele também defendeu a luta incessante pela democracia. “A revolução tem que ser feita de baixo para cima. Tem que acontecer nas mentes e depende de debates, ou seja, democracia. Equivocado o pensamento de que a revolução tem que ser violenta. Isso não produz mudança”, acentuou.

https://open.spotify.com/episode/46LJXpn7xMGYTT0Wm0goUT?si=f8bf709374374421

É por isso que Caetano acredita que a democracia é a saída mais possível para solução dos imbróglios na sociedade, inclusive para a crise sanitária mundial da covid-19. “Todos os nossos problemas, para serem resolvidos, precisam de acordos mundiais, e isso também vale para a pandemia. O risco persiste. Exige enfrentamento global com nossa história. Temos muito a contribuir com as lutas do Brasil e com o mundo”, salientou.

"Aprender muito mais"

Com discurso marcado pela emoção, Percinoto chorou ao lembrar sua trajetória no PCB. “Antes de ingressar no velho partidão, eu era simpatizante, não só das reuniões, mas das discussões políticas”, disse ele, que também participou da clandestinidade durante o período em que militantes do partido foram perseguidos pela ditadura militar.

Ao final, o secretário demonstrou que ainda está bastante disposto a seguir na luta partidária.  “Não estou desanimado e quero aprender muito mais. Olhar para frente sem o farol de ré ligado”, afirmou Percinoto.

O evento teve debates sobre a fundação do PCB e seu histórico, a relação do partido com o mundo da cultura e intelectuais, além de seu vínculo com lutas sindicais e sua preocupação com a formação política da juventude.

https://open.spotify.com/episode/3GvGUuW2OVt6Uo6U6h3EVa?si=3d11f0ce59254dd8
https://open.spotify.com/episode/2EZQ9DNBeJApnmZDwVcJ3t?si=db9dca69466d4e23
https://open.spotify.com/episode/459pxqE6tkhDwC37OlNAaz?si=6ff129524d3c48c5

Transmissão ao vivo

O seminário em Niterói teve transmissão ao vivo no portal da FAP, na página da instituição no Facebook e no canal dela no Youtube. O objetivo foi tornar o evento acessível ao maior público possível para registrar a importância do legado do partido principalmente na luta pela democracia.

Desde 2021, a FAP tem realizado diversas atividades e eventos online em celebração ao centenário do partido. Antes do evento em Niterói, a fundação organizou o Seminário Internacional 100 Anos do PCB, realizado de 8 a 10 de março.

*João Vítor é integrante do programa de estágio da FAP, sob supervisão do jornalista, editor de conteúdo e coordenador de Publicações da fundação, Cleomar Almeida.

Veja vídeos de eventos do centenário




100 anos do PCB: evento resgata memória e aponta desafios em Niterói (RJ)

Cleomar Almeida, coordenador de Publicações da FAP

Defesa da democracia, valorização da equidade, inclusão social, mobilização pela paz e convivência pacífica internacional são legados que marcam a história do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a celebração de seu centenário na sexta-feira (25/3). A data será comemorada em seminário a ser realizado, pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), na Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ).

https://youtu.be/YeQI8jYvMCI

O novo seminário sobre os 100 anos do PCB será realizado, a partir das 10 horas, presencialmente. O evento terá transmissão ao vivo no portal da FAP, na página da instituição no Facebook e no canal dela no Youtube. O objetivo é tornar o evento acessível ao maior público possível para registrar a importância do legado do partido principalmente na luta pela democracia, que voltou a ser ameaçada pelo atual governo.

Presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire diz que “a comemoração é importante” e faz refletir sobre os desafios que estão pela frente. “Desafio de uma esquerda de começar a pensar neste novo mundo que aí está para entender seu papel, não das formações, inclusive das denominações que tínhamos, para enfrentar este século 21”, afirma. “Quem conhece o passado tem condições de construir o futuro”, ressalta.

"Simbologia"

Diretor-geral da FAP, o sociólogo Caetano Araújo destaca que o centenário é um marco histórico sobre a trajetória do PCB, fundado em 1922 e que se reformulou com o passar dos anos para atender aos anseios da sociedade. Em 1992, a sigla deu novo passo e tornou-se o Partido Popular Socialista (PPS) antes de avançar para a nova identidade política com o Cidadania, em 2019.

“Nós, da fundação, consideramos que é importante fazer o ato político porque tem simbologia por representar a continuidade de toda a trajetória política do que foi o PCB, o PPS e o que é o Cidadania hoje. Niterói é a ponte com nosso passado”, avalia.

https://open.spotify.com/episode/46LJXpn7xMGYTT0Wm0goUT?si=f411bafdc8dc4af6

Marco histórico

A fundação do PCB ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, no Sindicato dos Alfaiates e dos Metalúrgicos, nos dias 25 e 26 de março, e em Niterói, no dia 27 de março de 1922. O episódio está registrado no livro Os nove de 22: O PCB na vida brasileira, do historiador Ivan Alves Filho.

“O deslocamento para Niterói, mais precisamente para uma casa pertencente à família de Astrojildo Pereira, se deu em função de uma denúncia de que a polícia estaria prestes a invadir o encontro dos comunistas no Rio de Janeiro”, conta o livro, editado pela FAP.

Uma foto histórica mostra os fundadores do PCB. Em pé, estão Manoel Cendon, Joaquim Barbosa, Astrojildo Pereira, João da Costa Pimenta, Luís Peres e José Elias da Silva (da esquerda para a direita). Sentados, estão Hermogênio Silva, Abílio de Nequete e Cristiano Cordeiro (da esquerda para a direita).

"Trajetória do aprendizado"

A tomada de decisão dos fundadores naquela época ainda ecoa entre os militantes que hoje buscam concretizar os ideais democráticos da cidadania plena e da justiça social com novos modelos e soluções para a urgente melhoria das condições de vida do povo brasileiro.

“Essa trajetória é a trajetória do aprendizado do que o PCB e o PPS aprenderam e do que o Cidadania está aprendendo sobre a importância de algumas dimensões. A questão democrática foi o aprendizado do PCB, e achávamos que estava garantida, mas agora vemos que não. A equidade e a inclusão social pelas quais o PCB lutou, durante sua história, também ainda estão pendentes”, observa Araújo.

https://open.spotify.com/episode/459pxqE6tkhDwC37OlNAaz?si=34be45a4bf354306

Seminário em Niterói

Todas essas questões serão abordadas durante quatro palestras que serão realizadas no local relacionadas com o PCB e suas dimensões no aspecto histórico, no mundo da cultura, na luta sindical e na juventude. Cada uma terá duração de 15 minutos, antes de ser iniciado tempo de 1 hora para debate, comentários e perguntas.

Arte: Washington Reis

Em seguida, haverá exposição de uma placa que será descerrada em homenagem a todos dirigentes mortos pela ditadura militar e militantes que fizeram parte da luta histórica do PCB.

“Embora contenha nomes das vítimas da repressão da ditadura de 1964, a homenagem é extensiva aos companheiros assassinados na ditadura do Estado Novo, implantada por Getúlio Vargas”, diz o diretor-geral da FAP, referindo-se ao período de 1937 a 1946. “Como toda comemoração tem lado que é rememoração, vamos discutir o que aconteceu, homenagear dirigentes passados e lançar pontes para o futuro”, acrescentou.

Desde 2021, a FAP tem realizado diversas atividades e eventos online em celebração ao centenário do partido. O mais recente deles foi o Seminário Internacional 100 Anos do PCB, realizado de 8 a 10 de março.

Veja vídeos de debates




Biblioteca Salomão Malina completa 14 anos e conquista público de Brasília

Cleomar Almeida e João Vitor*, da equipe da FAP

Com mais de 4.800 exemplares, a Biblioteca Salomão Malina, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), é ponto de cultura consolidado no centro de Brasília e completa 14 anos nesta segunda-feira (28/2). O objetivo do estabelecimento é estreitar cada vez mais o vínculo com a população, como meio propulsor do conhecimento.

Diretor-geral da FAP, o sociólogo Caetano Araújo destaca o enriquecimento do acervo de livros por meio de doações de muitos dirigentes e militantes. As obras são colocadas à disposição do público, por meio de empréstimo gratuito.

Caetano ressalta as atividades culturais realizadas pela biblioteca, no Espaço Arildo Dória, como atividades do clube de leitura, sessões do Cineclube Vladimir Carvalho, batalha de poesias do Slam-DéF, além do ciclo de debates virtuais em celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.

 “A atividade cultural e educativa permanece, tanto de forma presencial quanto remota. São debates e cursos relevantes. Desde o ano passado, estamos trabalhando em ciclos de debates comemorativos do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922”, afirma Caetano. Segundo ele, a biblioteca também deve realizar atividades presenciais, fora dela, assim que a pandemia estiver sob controle.

Conselheiro da FAP, o jornalista Luiz Carlos Azedo lembra que, por meio de quiosques e muito trabalho árduo, a biblioteca alcançou o reconhecimento perante os leitores do Distrito Federal. “Fora o nosso bom acervo de literatura brasileira, o cineclube, o clube de leitura, a batalha de poesia do Slam-DéF e a promoção de curso de línguas”, diz.

Localizada no Conic, tradicional ponto de cultura urbana próximo à Rodoviária do Plano Piloto, no meio da capital federal, a Biblioteca Salomão Malina segue em funcionamento neste período da pandemia da covid-19. No entanto, mantém uma série de medidas recomendadas por autoridades sanitárias para evitar a disseminação do coronavírus.

Inaugurada em 28 de fevereiro de 2008, a biblioteca se tornou um importante espaço de incentivo à produção do conhecimento em Brasília. Foi reinaugurada, em 8 de dezembro de 2017, após ser revitalizada para garantir ainda mais conforto aos frequentadores do local e reforçar o seu compromisso de servir como instrumento para análise e discussão das complexas questões da atualidade, disponível a todo cidadão.

Coordenadora da biblioteca, Thalyta Jubé explica como o local tem funcionado ultimamente: “Aberta de segunda a sexta, de 9h até 16h. Para cumprir com as normas de distanciamento social, houve uma redução de vagas para os usuários”, afirma.


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Houve, ainda, delimitação da ocupação máxima da biblioteca para apenas 8 usuários. “A mesa coletiva poderá ser ocupada apenas por quatro pessoas, sentadas de forma intercalada, sendo a mesa subdividida por placas de proteção de acrílico, delimitando os espaços”, ressalta Thalyta.

Os dois sofás, de dois lugares cada, têm um de seus assentos com aviso para não ser utilizado, por causa do distanciamento social de dois metros. Das três baias individuais de estudo, apenas duas ficam disponíveis para uso. A baia do centro está isolada para manter a distância social.

A biblioteca ficou fechada ao público desde o início da pandemia da Covid-19 no Brasil, em março de 2020, até junho de 2021. Nesse período, ofereceu o serviço de empréstimo delivery. “Não funciona mais, já que a biblioteca está aberta para as pessoas”, diz a coordenadora.

Para utilizar o serviço de empréstimo de livros, o usuário deve se cadastrar pessoalmente no balcão de atendimento e apresentar documento oficial com foto e comprovante de residência atualizado. A biblioteca tem 4.835 livros disponíveis para empréstimo, com prazo de devolução de até 15 dias úteis.

Thalyta acrescenta que cada usuário tem direito a retirar até 4 livros por vez. “A entrega fora do prazo implica em pagamento de multa de R $1,00 calculada por dia de atraso e por livro”, explica a coordenadora da biblioteca.

A renovação de empréstimo pode ser realizada no balcão de atendimento da biblioteca ou pelo terminal web (catálogo virtual da biblioteca). O usuário precisa inserir seu login e senha para realizar esta operação.

Clique aqui para consultar o acervo da Biblioteca Salomão Malina

A reserva de título deve ser realizada pelo terminal web da biblioteca. “O usuário precisa inserir seu login e senha para realizar esta operação. Ele tem 48 horas para realizar o empréstimo na biblioteca do livro reservado”, diz.

*Integrante do programa de estágio da FAP, sob supervisão do coordenador de Publicações da FAP, Cleomar Almeida

Biblioteca Salomão Malina
Endereço: SDS, Bloco P, ED. Venâncio III, Conic, loja 52, Brasília (DF). CEP: 70393-902
Telefone: (61) 3323-6388
WhatsApp: (61) 98401-5561(Clique no número para abrir o WhatsApp Web)

Biblioteca Salomão Malina retoma atendimento presencial em Brasília

Jovens relatam qualidade de empréstimo delivery gratuito da Biblioteca Salomão Malina

Biblioteca Salomão Malina oferece empréstimo de livro em casa, de forma gratuita

Como produzir texto – Veja técnicas em encontro on-line da Biblioteca Salomão Malina

Webinar da Biblioteca Salomão Malina debate desafios do novo normal cultural

Webinar da Biblioteca Salomão Malina mostra dica de organizar livros

Biblioteca Salomão Malina e Espaço Arildo Dória são reinaugurados em Brasília

Inspirada em Luiz Gonzaga, oficina de percussão é realizada pela Biblioteca Salomão Malina

Como produzir texto – Veja técnicas em encontro on-line da Biblioteca Salomão Malina

Importância de manter uma vida organizada é tema de webinar da Biblioteca Salomão Malina

Biblioteca Salomão Malina oferece curso gratuito de japonês para iniciantes

Biblioteca Salomão Malina realiza webinar sobre cultura e representação política

Biblioteca Salomão Malina transmite final da batalha de poesias Slam-DéF


Slam-DéF: “Poetas são cientistas da nossa atualidade”, diz coordenador cultural

João Vitor, com edição do coordenador de Publicações da FAP, Cleomar Almeida

Cultura, inclusão, lirismo e a valorização do artista é o foco do Slam-DéF, grupo cultural que vai realizar mais uma batalha de poesia, de forma online, na quarta-feira (23/2), a partir das 19 horas. No total, há 16 vagas para a disputa, e a inscrição pode ser realizada, por meio de formulário virtual, até um dia antes do evento. Pessoas de outros estados e países podem se inscrever.



Clique aqui para fazer a inscrição

“Costumo dizer que os poetas são cientistas da nossa atualidade, porque eles estudam a maneira como as pessoas agem e transformam tudo isso em poesia”, afirma o coordenador cultural do Slam-DéF, professor de língua portuguesa Will Júnio.

O webinar será realizado em parceria com a Biblioteca Salomão Malina, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. Neste ano, o vencedor receberá premiação de R$ 100 e um troféu personalizado com a data da edição.

O evento terá transmissão na página da biblioteca no Facebook, assim como nas redes sociais (Facebook e Youtube) da fundação. “O artista está sempre em constante trabalho, analisa e observa as coisas que acontecem ao seu redor e transforma tudo em palavra”, afirma o coordenador.

Segundo Will Júnio, os integrantes do grupo estão trabalhando firme para que o evento cresça cada vez mais. “Mesmo com os casos de covid-19 aumentando, nós podemos, de forma virtual, espalhar a palavra e a cultura do Slam”, disse.

“Somente o campeão de cada edição terá a premiação. Antes, primeiro, segundo e terceiro recebiam, além da pontuação no ranking que dava acesso à final do Slam-DéF”, afirmou Will. “

Will trabalha com a cultura desde 2012. Foi representante do DF no Slam-BR e da Festa Literária das Periferias, em 2015, assim como jurado do Duelo Nacional de MC’s, em 2017, em Belo Horizonte.

Batalha de Poesias Slam-DéF
Dia: 23/02/2022
Horário da transmissão: 19h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Slam-DéF, em parceria com Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP)


Seminário internacional destaca os 100 anos do Partido Comunista Brasileiro

Em comemoração aos 100 anos do Partido Comunista Brasileiro (PCB), fundado em 1922, a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e o Cidadania estão promovendo um Seminário Internacional nos dias 8, 9 e 10 de março próximo.

Confira aqui o site do Seminário Internacional

Em razão da pandemia de Covid, o evento será virtual, mas com transmissão ao vivo pelos canais oficiais da FAP no Youtube e Facebook.

O Seminário Internacional será dedicado à discussão da trajetória do PCB e contará com 14 palestrantes distribuídos em 3 mesas, tendo como temas: O comunismo e Brasil, o nacional-desenvolvimentismo e o desafio da democracia em termos globais.





“Ilustração sempre foi o patinho feio”, diz Chiarelli sobre Semana de 22

João Vitor*, com edição do Coordenador de Publicações da FAP, Cleomar Almeida

O professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) Tadeu Chiarelli afirma que “a ilustração sempre foi o patinho feio”. “A fotografia não entrou no modernismo da época. Então, também tinham outros patinhos feios”, disse. Ele vai discutir o assunto, na terça-feira (22/2), em webinar da Biblioteca Salomão Malina e da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília.



Em celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o evento será realizado a partir das 18 horas e transmitido no Facebook da biblioteca, assim como no site e Youtube da fundação. Além de Chiarelli, a historiadora Paula Ramos e o jornalista Sergio Leo confirmaram participação.

O professor afirmou que as produções de 1922 eram de cunho conservador. “O objetivo era falar da paisagem humana. Falar do Brasil, como Anita Malfatti fez, é um figurativismo muito conservador. Não que ela tenha sido nacionalista, mas tem viés conservador”, analisou.

Chiarelli ressaltou, ainda, que os modernistas se viam como herdeiros de uma tradição europeia. “As ligações com a Europa são desejadas. Você pinta o tema brasileiro, mas a visualidade e tradição são europeias”, explicou.

O jornalista Sergio Leo, por sua vez, diz que a semana de 1922 foi uma “aventura modernista”. Segundo ele, há quase 100 obras a serem analisadas, mas conforme ressaltou, alguns artistas foram esquecidos ao longo dos anos.


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Sobre os artistas e agitadores da semana de 100 anos atrás, Leo destaca o trabalho de Tarsila de Amaral que estava em Paris, na época, mas que se juntou ao grupo que liderou a manifestação pouco depois. “Trouxe algo ousado. Não chegava a ser revolucionário porque tentava incorporar o clássico europeu, mas a brasilidade está lá”, analisou.

O jornalista enalteceu o trabalho de Di Cavalcanti, destacando algumas características. “Mantém ligação com elementos conservadores, ideias do real e representação. É impressionista. A arte questiona o modernismo, que é a ruptura de movimentos artísticos. É a modernidade contemporânea”, afirmou Leo.

Por outro lado, o jornalista também citou o trabalho de Anita Malfatti. “Teve representação relativamente pequena. [A arte dela] sofreu críticas de Monteiro Lobato”, ponderou.

Webinário sobre Artes na Semana de 22: moderna ou conservadora?
Dia: 22/02/2022
Transmissão: a partir das 18h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira

“Cultura contrastante” marca modernismo e tropicalidade de Bye Bye Brazil

Debate quer ampliar consciência sobre livros clássicos da arquitetura moderna

‘Eles não usam black-tie’ fala da disputa de classes com força histórica

Pedra no meio do caminho, de Carlos Drummond, “simboliza transtornos”

Terra em Transe, um dos marcos do tropicalismo, é tema de webinário

“Arquiteto depende da livre disposição da força de trabalho alheio”, diz livro

Cem anos depois, pintura modernista volta às ruas de São Paulo, Brasília e Rio

Filme Homem do Pau Brasil aborda “sexo com leveza”, diz cineasta

Manuel Bandeira via poesia “nas coisas mais insignificantes”, diz professora

Adaptação do conto de Guimarães Rosa, filme remete ao sertão




Arte: Matheus Lacerda

Transição para baixo carbono tem mais oportunidades no Brasil

Cleomar Almeida, coordenador de Publicações da FAP

O Brasil talvez seja o único país do mundo onde a transição para o baixo carbono apresenta muito mais oportunidades a menor custo. “País onde a matriz energética pode ser 100% renovável ao menor custo. Temos todas as chances de sermos os primeiros do mundo em biomassa, com uma inserção privilegiada na economia mundial”, diz a obra Sustentabilidade: os desafios do Brasil no Século XXI, que está à venda na internet.

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Dedicada exclusivamente ao tema da sustentabilidade, a nova edição temática da revista Política Democrática, editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), será lançada no dia 16 de fevereiro, às 18 horas, durante evento online, com participação dos autores. A transmissão será realizada no portal e nas redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade.

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Soluções sinérgicas

“A crise ecológica que a humanidade conhece desde o século passado tem duas faces mais visíveis, a climática e a da biodiversidade, com soluções sinérgicas, pois estão intrinsecamente articuladas”, destaca um trecho da revista temática.

Clique aqui e acesse a edições de cortesia da revista!

A revista pondera, por outro lado, que essa situação já provoca preocupação em alguns países. “Essa crise, que aos poucos se transforma em uma crise civilizacional, é acompanhada de um crescente amor ao meio ambiente e valorização da natureza, ingrediente já presente nos processos eleitorais dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil”, destaca.

https://open.spotify.com/episode/0oN4w10cBRcOcYyTQ2ZNEw?si=49e6d3a5a49d4e6a

"Precificar carbono"

Na avaliação dos autores, a crise é grave, sobretudo para as populações mais socialmente vulneráveis, e injusta, pois são os ricos os menos afetados e os maiores poluidores. “Sua gravidade é de tal monta que já não se visualiza uma ‘aterrissagem suave’ do mundo dos fósseis”, observa a revista.

“A única solução é precificar o carbono de modo a incentivar investimentos e inovações de baixo carbono. Enganam-se os que pensam que se trata de um problema para as próximas gerações, pois cerca de 2,8 bilhões dos humanos, que atualmente habitam a Terra, estarão vivos em 2100”, diz a obra.

https://open.spotify.com/episode/4jN5emmOxcPW4abTj6vTcc?si=6122c65561eb4513

Combate ao aquecimento global, urgência da bioeconomia na Amazônia com redução do desmatamento, a importância da segurança hídrica e a relevância do engajamento da juventude na luta ambiental também estão entre os assuntos discutidos na nova obra da FAP. A publicação é composta por 21 artigos, organizados em nove partes.

Dois dos artigos fogem ao padrão habitual: uma entrevista com o ex-prefeito de Vitória do Espírito Santo, Luciano Rezende, e a transcrição de um debate entre sete ex-ministros do Meio Ambiente do Brasil, promovido por 10 fundações de partidos democráticos brasileiros.

Temas relevantes

Em suas seções, a revista temática aborda temas relevantes ao campo da sustentabilidade, como a mudança climática e o debate em torno da noção da sustentabilidade. Diversos temas desafiantes são tratados com precisão, como da Amazônia, cidade, água e energia. Discute-se, ainda, o gargalo da governança ambiental, a questão da utopia e a da transição.

https://open.spotify.com/episode/55dQfe96F3kU8zYKzSYjky?si=ae3a3e51d36e4255

“Uma das partes mais importantes da revista é sobre o ativismo ambiental dos jovens, o personagem central na superação da crise ecológica. São atores extraordinariamente ativos na COP26, pois cada vez mais sabem que as decisões tomadas nestas reuniões rebaterão sobre suas vidas, sobretudo que, sendo uma geração centenária, estarão presentes em 2100”, dizem os organizadores.

Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Fantoche “Pequena Amal” durante a COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
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Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
51667838368Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Primeira-ministra da Escócia com Secretário Geral das Nações Unidas. Foto: Scottish Government
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Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Fantoche “Pequena Amal” durante a COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
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Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
51667838368Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
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Primeira-ministra da Escócia com Secretário Geral das Nações Unidas. Foto: Scottish Government
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Livro de Segatto tem compromisso com defesa da democracia, diz professor

João Vitor*, da equipe FAP

O professor Ricardo Marinho afirma que o livro Cultura política e democracia, do historiador José Antônio Segatto, tem compromisso com a defesa da cultura política democrática e republicana. “Desta forma, não é um livro a passeio. Apesar de sua linguagem acessível, exige do seu leitor a disposição de adentrar nesses terrenos movediços e de soluções nada fáceis”. A avaliação dele foi publicada em artigo na revista Política Democrática online de dezembro (38ª edição).

A revista é editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. A instituição disponibiliza, gratuitamente, em seu portal, todo o conteúdo da publicação mensal na versão flip. Marinho, do Instituto Devecchi e da Unyleya Educacional, diz que Segatto é um historiador de formação crítica sólida.

Veja a revista Política Democrática online de dezembro!

Para Segatto, conforme analisa o autor do artigo, o belo, a estética e, consequentemente, a cultura política, de sentido republicano e democrático, deram lugar a uma cultura com significado antropológico puramente descritivo, empurrando-a para a “desrepublicanização” progressiva da cultura, da política e da sociedade.

De acordo com o artigo, Segatto observa que a revolução científico-tecnológica dos séculos XX e XXI mudou as formas e os ritmos dos dias tais como acontecia anteriormente na humanidade.

Segundo Marinho, a leitura de Cultura política e democracia leva à reflexão sobre o fato de a obra ser fruto do acompanhamento da crise da cultura política e da democracia manifesta em 2013 e, por isso, mobiliza sua experiência de mais de 25 anos na busca de saídas.

Veja arquivos em PDF de todas as edições da revista Política Democrática online!

A obra, de acordo com o professor, tem 26 artigos publicados no jornal O Estado de São Paulo, escritos nas palavras de Segatto “para tentar compreender e sugerir alternativas a problemas postos pela conjuntura”.

“Bem como de outros 16 ensaios que abraçam as universidades públicas, teoria política e democrática, relações entre Estado e sociedade, partidos e eleições, organizações sindicais e relações de trabalho, esquerda e direita, as relações entre literatura e história, o papel dos intelectuais, os militares, revolução e suas desventuras, globalização entre outras questões espinhosas”, explica Marinho.

A íntegra do artigo de Ricardo José de Azevedo Marinho pode ser conferida na versão flip da revista, disponível no portal da FAP, gratuitamente.

A nova edição da revista da FAP também tem reportagem especial sobre a variante Ômicron da covid-19entrevista especial com Hussein Kalout, além de artigos sobre política, economia e cultura.

Veja lista de autores da revista Política Democrática online de dezembro!

Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.

*Integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista e editor de conteúdo Cleomar Almeida 

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Luciano Rezende ministra aula no curso Jornada Cidadã 2022 | Arte: Washington Reis/FAP

Solidariedade e diálogo: caminhos para a gestão da pandemia

Presidente do Conselho Curador da FAP, Luciano Rezende apresentará proposta para manejo da pandemia em aula da Jornada Cidadã 2022

Cleomar Almeida, da equipe FAP

A pandemia da covid-19 impõe o desafio de lidar com o desconhecido, mas também de criar caminhos para seguir adiante, em todas as esferas, com solidariedade, segundo o presidente do Conselho Curador da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), o médico Luciano Rezende, ex-prefeito de Vitória (ES) por dois mandatos. Ele vai discutir estratégias pós-covid, nesta quarta-feira (8/12), a partir das 19 horas, na 14ª aula do curso Jornada Cidadã 2022.

“O manejo e a gestão da pandemia nas famílias, na sociedade, nas empresas e nas instituições públicas é um enorme desafio. Nós todos fomos surpreendidos, em março de 2020, com a pandemia, e vamos ter que fazer essa gestão, também, no ano de 2022”, destaca Rezende, em entrevista ao portal da FAP.

O curso Jornada Cidadã 2022 é realizado pela FAP, sediada em Brasília, em parceria com o Cidadania. As aulas estão disponíveis na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, gratuitamente, a simpatizantes e filiados ao partido.

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“Nós vamos para o terceiro ano da gestão da covid-19 e suas consequências sociais, econômicas, na educação na saúde, na vida das famílias e das cidades e do país. É sobre isso que nós vamos falar”, diz o ex-prefeito de Vitória (ES).

De acordo com o presidente do Conselho Curador da FAP, um forte aliado do manejo e da gestão da pandemia é o trabalho “com solidariedade, trocando informações para enfrentar um adversário ou uma situação que é um desafio desconhecido em parte”.

“O conhecimento hoje da covid-19 é muito maior do que era em 2020, mas ainda é muito pequeno. Então, a união, a solidariedade, o debate e o diálogo são um bom caminho, e é isso que nós vamos fazer hoje através da Fundação Astrojildo pereira. Falando sobre a gestão da covid-19, ideias e propostas que poderão ser implementadas no ano que vem”, destaca Rezende.

https://open.spotify.com/episode/3aZwAxD4z9njpXZ0Chmofr?si=c2566f9dac8c4e25
https://open.spotify.com/episode/2yvrSZwgDAbVPFDVdFGQz8?si=67f98c5df320471b

O curso

As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.

Palestrantes do curso Jornada Cidadã 2022
Palestrantes do curso Jornada Cidadã 2022

O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.

Veja vídeos do curso



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"Arquiteto depende da livre disposição da força de trabalho alheio”, diz livro

João Vitor*, da equipe FAP

Em sua obra O arquiteto: a máscara e a face, Paulo Bicca afirma que “o arquiteto depende da livre disposição da força de trabalho alheio”, isto é, da exploração e da dominação do operário da construção civil. Ele discutirá o assunto, nesta quinta-feira (02/12), a partir das 17 horas, em webinar sobre modernismo na arquitetura brasileira.

O evento online será realizado pela Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo (FAP), sediada em Brasília. O público poderá assistir ao vivo no canal da fundação no Youtube, na página da entidade no Facebook e na rede social da biblioteca. Além do próprio autor Paulo Bicca, a arquiteta Silke Kapp e o pesquisador e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB) Frederico Holanda confirmaram presença no debate.

Assista!



Com citações a Karl Marx, o livro Paulo Bicca aponta que “o fato de o arquiteto ser o suporte de um trabalho intelectual dividido do trabalho manual faz da sua existência algo de profundamente social e inevitavelmente comprometido com as contradições daí resultantes”.

Além do escritor alemão, a obra apresenta referências a Lúcio Costa sobre a comparação entre arquiteto e artista. “O artista se alimenta da própria criação, muito embora anseie pelo estímulo de repercussão e do aplauso como pelo ar que respira”, afirma um trecho do livro, em alusão ao pioneiro da arquitetura modernista no Brasil.

Arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Paulo Bicca usa trecho de O Capital, de Karl Marx, para dizer que a profissão exercida é, antes de tudo, forma de sobrevivência e melhor posicionamento na divisão social.

Ele explica que a cooperação entre trabalhador e capital só começa no processo de trabalho: “Os trabalhadores são indivíduos isolados que entram em relação com o capital, mas não entre si”.

O autor defende que o profissional tem sua existência determinada por aquilo que é básico às sociedades divididas em classes. “Ele participa inexoravelmente, de modo mais ou menos consciente, pouco importa, da reprodução de uma sociedade estribada na propriedade e posse privadas dos bens materiais e dos homens”, afirma, no livro.

A obra de Paulo Bicca, que será discutida no webinar da FAP, tem 225 páginas e foi editada pela Projeto.

*Estagiário integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista Cleomar Almeida

Ciclo de debates - O modernismo na arquitetura brasileira
Webinário sobre O arquiteto: a máscara e a face
Dia: 02/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira

CONFIRA EVENTOS ANTERIORES




Painel de releitura da pintura de Anita Malfatti, no Viaduto da Lapa, em São Paulo

Cem anos depois, pintura modernista volta às ruas de São Paulo, Brasília e Rio

Cleomar Almeida, da equipe da FAP

Cores e traços estampam paredes antes acinzentadas pela fumaça de veículos e que agora passam a assumir o protagonismo na cena urbana no Viaduto Comendador Elias Nagib Breim, mais conhecido como Viaduto da Lapa, uma das áreas mais movimentadas na região oeste de São Paulo. O mural foi produzido neste mês e marca o lançamento do projeto da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília, para celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna em cidades brasileiras.

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Em São Paulo, o mural artístico chama atenção de quem passa pelo Viaduto da Lapa diariamente, a pé, de bicicleta, de carro ou dentro dos ônibus de transporte coletivo, em meio à mobilização da FAP para popularizar a arte da pintura, tornando-a mais acessível ao público em geral. Os próximos painéis serão em Brasília e no Rio de Janeiro.

No Viaduto da Lapa, salta aos olhos cada detalhe do mural, que tem20 metros quadrados. É uma releitura da obra Farol, uma das mais conhecidas da pintora Anita Malfatti, produzida, originalmente, em discreta dimensão (46,5 x 61 cm), na ilha de Monhegan, entre 1915 e 1917, na costa leste dos Estados Unidos, ao ar livre, como expressão da liberdade. Ela morreu, em 1964, aos 74 anos, em São Paulo, cidade onde nasceu.

"Arte mais próxima das pessoas"

Artista visual, oficineira de arte e grafiteira, Vanessa de Sousa Lopez, conhecida como Madô, de 39, pintou o mural no Viaduto da Lapa. Ela conta que começou a pintar telas em 2006, após concluir a faculdade, mas, desde criança, fez aula de desenho porque sempre gostou de arte como instrumento de transformação para compartilhar experiências e conhecimento.

“A arte, no Brasil, precisa ser realmente levada mais a sério. Com um painel desse na rua, a arte fica mais próxima das pessoas que não têm acesso a ela, porque estão na correria do trabalho e não têm tempo para irem à galeria ou nem sabem que podem ir”, afirma Madô.

https://youtu.be/SjjuV_BZ7hQ

Milhares de pessoas veem a releitura da pintura Farol todos os dias, ao passarem pelo viaduto, que liga as chamadas Lapa de Cima e Lapa de Baixo. Além disso, bem perto do local, há grande movimentação de público por causa do mercado municipal, além de trabalhadores que usam o terminal de ônibus coletivo e duas estações de trem.

“Eu achei maravilhoso o projeto da fundação porque dá oportunidade de colocar uma grande obra de arte em um local não esperado, e a Lapa não tem galeria de arte. Normalmente, a arte está em galerias, distante das pessoas, mas agora está na rua, acessível a muita gente”, diz a artista visual.

Ao longo de oito dias de produção do mural, Madô se preocupou com cada detalhe da obra, que também conta com uma descrição, para informar o público sobre a autoria da pintura original. Segundo ela, o painel artístico é também uma forma de tornar mais conhecidos grandes artistas brasileiros, como é o caso de Anita Malfatti.

“A Anita era contemporânea de Tarsila do Amaral, de quem sempre se falou mais. Anita tem uma história muito interessante, sofreu preconceito por ser filha de imigrantes. Aos 13 anos, tentou suicídio e não deu certo. Foi quando ela decidiu pintar. A pintura Farol é referente a uma praia na Alemanha, onde ela morou”, lembra Madô.

"Não parou nunca"

A artista visual conta que a arte a acolheu assim que ela concluiu a graduação, assim como fez com Anita. “Ela foi uma mulher que se esforçou pra caramba, tinha limitações e um pequeno problema no braço. Teve todos os motivos para parar de pintar, e não parou nunca”, pondera a autora do mural no Viaduto da Lapa, ressaltando que a arte transformou sua vida.

 “Fui morar sozinha, comecei a pintar, estava meio deprimida. Não tinha trabalho, na época, e comecei a levar pintura a sério. Minha família não me apoiava, não entendia o que eu estava fazendo. Achava que era passatempo ou hobby porque eu estava pintando na rua. Hoje, meus familiares me apoiam, me respeitam e me entendem, dando todo apoio”, conta Madô.

Sem pretensão de ser perfeito, como diz a artista visual, o mural mescla usa, principalmente, cores primárias – azul, amarelo e vermelho – e ganha ainda mais vida com traços que chamam atenção pela sua simplicidade, fora de padrões considerados eruditos.

“São traços naïf. Não buscam perfeição, são soltos, mais livres. Gosto muito do trabalho sem pretensão de ser perfeito. Não busco perfeição em nada, busco passar a ideia. Não quero fazer a melhor execução possível, pois não sou uma máquina de xérox para imprimir a realidade absolutamente perfeita”, explica.

Essas características fazem o mural ganhar ainda mais destaque, por receber identificação da maior parte do público, formado por pessoas que correm de um lado para o outro, muitas vezes de casa para o trabalho, buscando o que pode ser mais valioso na vida: a simplicidade.

https://open.spotify.com/episode/3Wv6FcA4EjU9vu9GjDffqt

Em Brasília, o artista Paulo Sergio, de 31, conhecido como Corujito, planeja a produção do mural com releitura da obra Operários, de Tarsila do Amaral, na lateral de um prédio na Avenida W3 Sul. No Rio de Janeiro, Thiago Tarm planeja a criação de painel com pintura autoral inspirada no movimento modernista.

Veja vídeos de eventos




Economista da UFRN destaca importância de planejamento urbano

João Vitor*, da equipe da FAP

O professor do Departamento de Políticas Públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Fábio Fonseca Figueiredo diz que o objetivo principal de um bom planejamento urbano é “tornar a cidade mais equilibrada, sustentável, humanizada e agradável para todos”. A análise dele foi publicada em artigo na revista Política Democrática online de novembro (37ª edição).

A revista é produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília e que disponibiliza todo o conteúdo para o público, por meio da versão flip, gratuitamente. No artigo, o professor constata que a melhor cidade é aquela que é pensada a partir de um urbanismo para as pessoas.

Clique aqui e veja a revista Política Democrática online de novembro

Figueiredo, que também é pesquisador da Socioeconomia do Meio Ambiente e Política Ambiental (Semapa), avalia a "cidade como forma de aglomeração humana fantástica”. “A pobreza não é só resultado do modelo socioeconômico atual, mas também do modelo socioespacial das cidades”, acrescenta.

O pesquisador lembra que no Brasil, em 2010, o último Censo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontava que 85% da população viviam nas cidades e, destes, 26%, nas cidades litorâneas. “Essas estatísticas dão a noção da complexidade de pensar o planejamento urbano, desenvolvendo-o de forma equilibrada e trazendo esse planejamento para privilegiar as pessoas", analisa Figueiredo.


O autor do artigo avalia mais estatísticas que contribuem com a emissão de gases do efeito estufa e geram resíduos sólidos. “O que acarreta problemas de mobilidade urbana, contaminação nas suas diversas formas e a segregação socioespacial”, afirma o economista. 

Para resolver esses problemas, o professor explica que conferências como Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Organização das Nações Unidas (ONU) visam tornar as cidades mais sustentáveis, humanizadas, inclusivas, seguras e resilientes. 

“Tanto os ODS como a agenda urbana possuem como objetivo tornar as cidades espaços de sinergia, menos segregadas e mais sustentáveis”, explica Figueiredo.

Ele alerta que as áreas verdes proporcionam qualidade de vida pelo fato de garantir áreas destinadas ao lazer, melhorar a estética do local, possibilitar espaços de sociabilidade e humanidade e melhorar a qualidade do ar.

Para isso, é importante, segundo o economista, não permitir que o meio ambiente urbano se torne cada vez mais um meio artificial.

“Cabe à sociedade atual mudar o modelo de uma cidade antropofágica, devoradora de agenciamentos humanos e espaços naturais para uma cidade pensada a partir de um urbanismo para as pessoas”, observa.

Veja lista de autores da revista Política Democrática online de novembro

A íntegra do artigo de Fábio Fonseca Figueiredo pode ser conferida na versão flip da revista, disponível no portal da FAP, gratuitamente. A nova edição da revista da FAP também tem reportagem especial sobre as novas composições familiares e entrevista especial com o economista Bernard Appy, além de artigos sobre economia, cultura e política.

Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.

*Estagiário integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista Cleomar Almeida

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