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Arte sobre evento do filme a Hora e Vez de Augusto Matraga

Adaptação do conto de Guimarães Rosa, filme remete ao sertão

Longa A hora e Vez de Augusto Matraga será discutido em live de pré-comemoração ao centenário de arte moderna

João Vitor, da equipe FAP

Em 1965, Roberto Santos dirigiu o filme a Hora e Vez de Augusto Matraga. É uma adaptação do conto “Sagarana”, escrito por Guimarães Rosa. O longa-metragem será discutido nesta quinta-feira (11/11), a partir das 17 horas, em webinar da série de eventos online da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna.

Premiado na primeira edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 1965, A Hora e Vez de Augusto Matraga é um drama sertanejo dirigido por Roberto Santos.

Assista!



O público poderá conferir o debate com participação do crítico de cinema e professor de comunicação da Universidade Católica de Brasília (UCB) Ciro Inácio Marcondes e do cineasta e documentarista Vladimir de Carvalho, no canal da fundação no Youtube, na página da entidade no Facebook e na rede social da biblioteca.

Doutor em comunicação pela Universidade de Brasília, Marcondes diz que o conto nos arrebata por ser um choque de realidade que acontece no sertão de Minas Gerais. “É um filme que está inserido no meio do cinema novo, tem uma linguagem extremamente moderna que se aproxima da realidade e possui uma grande experimentação de montagens”, avalia o professor.

Ele diz que o conto escrito por Guimarães Rosa tem uma linguagem oblíqua. O que dificultou a adaptação de Sagarana para os cinemas, mas o Roberto Santos acertou na direção e o Leonardo Villar teve grande atuação como Augusto Matraga.

“É um fazendeiro, bruto, impiedoso, violento que tem uma reviravolta por meio da religiosidade”, diz Marcondes sobre o protagonista de A Hora e Vez de Augusto Matraga.

O professor destaca que o filme tem dois momentos chaves. O primeiro é quando marcam Augusto Matraga com ferro em brasa. “É uma violência moral e arriscada do ponto de vista cinematográfico, mas foi importante por simbolizar a submissão. Como se o personagem fosse um gado”, fala o professor.

O segundo momento é quando o Augusto começa a se envolver com o Joãozinho Bem-bem. Interpretado por Jofre Soares, Joãozinho Bem-bem é um valentão que, de acordo com Marcondes, bota Matraga de frente para o espelho.

O conto que fala de redenção através de religião se passa no sertão de Minas Gerais, mais especificamente na região do arraial do Murici. Onde vivia um importante dono de terras. Seu nome era Augusto Matraga. O chamavam também de “Nhô” Augusto.

Além da família, Matraga tinha seus capangas que sob seu mando faziam violentos e desrespeitosos atos no sertão. Contudo, não os pagava e era despreocupado com a esposa e filha. Não à toa, elas e os capangas abandonam Nhô Augusto.

Mesmo em descrédito econômico e político, o personagem interpretado por Leonardo Villar não perde a arrogância e decide, sozinho, recuperar esposa e capangas. Mas é facilmente dominado e espancado pela sua ex-gangue. Porque esses agora tinham um novo patrão que exigiu a morte de Matraga por todos os seus crimes no arraial do Murici.

Já ferido da surra que levou, os agressores marcam Augusto com brasa. Este na intenção de sobreviver, encontra forças para rolar barranco abaixo e escapar da morte.

Assim, o protagonista do filme foi do céu ao inferno e começaria dali a pagar por seus pecados.

Ciclo de Debates: O modernismo no cinema brasileiro

  • Webinar sobre o filme A hora e a vez de Augusto Matraga (Roberto Santos, 1965)
  • Dia: 11/11/2021
  • Transmissão: a partir das 17h
  • Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
  • Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira

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Radicalismo e democracia: em busca do equilíbrio e de um novo rumo

Democracia exige legislação transparente e eficaz para que seja consolidada — e que tudo isso resulte na consciência de que estas leis sejam para todos

Raimundo Benoni / Fundação Astrojildo Pereira (FAP)

O radicalismo é aventureiro e implacável. Metade dos brasileiros, segundo pesquisas recentes e variadas, não quer que o país se mantenha dividido. Embora, vale frisar, admitam estar menos tolerantes, há indivíduos de pontos de vista diferentes. O intransigente, o inflexível, o agitador e o provocador — mesmo aquele de plantão, movido por interesses pessoais ou grupais — não são aceitos ou mesmo bem-vindos. Como exercer racionalidade num momento quase irracional? E quem deve liderar essa capacidade? Nós, dirigentes partidários, líderes nacionais e regionais, gestores públicos movidos da boa-fé.

A história nos ensina que não se pode agir politicamente com os nervos à flor da pele. Ulysses Guimarães, o patrono da Constituinte de 1988, dizia que política não se faz com o fígado, conservando o rancor e ressentimentos na geladeira. E ele não falava apenas da política uterina, como se vê agora, em benefício de parentes. Pensava sobre o global, no qual a política é um conjunto de valores para, diz a eterna blague, servir ao conjunto da população.

Neste caso, eis a razão que motivou a reunião pública de fundações e institutos públicos ligados ao Cidadania, DEM, MDB e PSDB — no qual as lideranças promovem até o fim deste mês um ciclo de debates para pensar algo básico, mas relevantíssimo: como promover o rumo do reencontro do país consigo mesmo? Não se trata apenas da busca por uma terceira via para as eleições do ano que vem. É uma procura por um novo rumo.

O seminário, de forma virtual no site www.seminárionovorumo.com.br e redes sociais Facebook e YouTube, é gratuito e vai até o próximo dia 27. Nele, vamos oferecer o que até parece óbvio: argumentos que sustentem a necessidade de criarmos alternativas para combater a desigualdade social e fortalecer a democracia. Que devemos buscar o caminho do equilíbrio. Democracia forte é como um fruto: precisa de algum tempo para amadurecer. E nesse ínterim, ele exige, por exemplo, condições de temperatura e umidade para consolidar esse processo.

No nosso caso específico, a democracia exige legislação transparente e eficaz para que seja consolidada — e que tudo isso resulte na consciência de que estas leis sejam para todos. Exige-se, também, prática: não chegamos sequer a quatro décadas consecutivas exercendo nosso direito (e dever) de votar. Como disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recentemente, o brasileiro adora votar — e faz até festa em dias de eleições. Mas é preciso que as regras e os processos eleitorais sejam respeitados. Por isso, o debate nacional não pode se limitar a pautas simbólicas, visando interesses pessoais ou de grupos – e muito menos dissociadas da realidade das pessoas.

Dados mais recentes do IBGE mostram que 14,4 milhões de brasileiros estão desempregados. Os chamados “bicos”, trabalho por conta própria que alguns insistem em classificar como empreendedorismo, sustentam 24,8 milhões — um recorde que corresponde a 28% da população ocupada. E quanto à segurança pública? O tradicional Atlas da Violência, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revela que o número de mortes violentas por causas indeterminadas registrou um crescimento de 35,2% — sendo que o Rio de Janeiro (232%) é o recordista.

No seminário organizado por essas instituições, vai-se além. Que tal discutirmos o sistema educacional? A questão da segurança pública passa por quais variantes: casa própria para PMs ou formação adequada nas academias? E quanto às constantes ameaças a interferências indevidas de um Poder sobre outro? Até quando somos obrigados a viver não em um Estado de Direito, mas em um “estado de incerteza”?

*Raimundo Benoni é engenheiro, com formação na área de energia pela Fundação Getulio Vargas (FGV), vice-prefeito de Salinas (MG) e diretor da Fundação Astrojildo Pereira (FAP)


“Luiza Trajano quebra padrões”, diz cientista político Ivair Augusto Alves dos Santos

Um dos cinco especialistas convidados para o webinário que será realizado nesta sexta-feira (19) pelo Coletivo Igualdade da FAP, Santos analisa ações afirmativas e iniciativas como a da Netflix, que doou R$ 3 milhões à produção audiovisual negra no Brasil e da dona do Magazine Luíza, que realizou trainee exclusivo para afrodescendentes

Cleomar Almeida, Coordenador de Publicações da FAP

O professor e cientista político Ivair Augusto Alves dos Santos, integrante do Movimento Negro, diz que “faz toda diferença” ação afirmativa como a da Netflix, que doou R$ 3 milhões a produções audiovisuais negras no Brasil. Além disso, afirma que a empresária Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, “quebra padrões” ao realizar trainee exclusivo para afrodescendentes.

Assista ao vídeo!

Santos vai discutir, com outros cinco especialistas, o histórico e a atuação dos órgãos de promoção da igualdade racial, nesta sexta-feira (19/3), a partir das 20h, em webinar realizado pelo Coletivo Igualdade. Haverá transmissão no site e na página da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) no Facebook.

A provedora global de filmes e séries de televisão via streaming anunciou, na última terça-feira (16/3), que realizou a doação milionária à Apan (Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro). A empresa fez o depósito por meio do Fapan (Fundo de Amparo a Profissionais do Audiovisual Negro), que auxilia trabalhadores das indústrias de cinema e TV no Brasil.

Incentivo

“Há pouco incentivo da presença negra nas plataformas digitais”, critica Santos. Ele é autor de livros como O Movimento Negro e O Estado, publicado pela Prefeitura de São Paulo e à venda na internet. Também escreveu a obra Direitos Humanos e As Práticas de Racismo, editado pela Câmara dos Deputados e disponível para download gratuito.

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Na avaliação do cientista política, a ação da Netflix acompanha uma tendência de valorização de produções audiovisuais de pessoas negras. “Uma forma de você atrair público e consumidor é fazer investimentos concretos no público que não tem espaço para reproduzir e produzir audiovisual”, acentua. “A TikTok tem feito isso, o Facebook também”, observa.

Luiza Trajano assumiu risco ao lançar, em setembro do ano passado, programa de trainee exclusivo para negros, avalia Santos. Foto: Adriano Vizoni/Folhapress

Em relação à empresária Luiza Trajano, o professor acredita que ela assumiu risco ao lançar, em setembro do ano passado, programa de trainee exclusivo para negros. Ele discorda de quem diz que ela teria agido por conveniência, em meio à eclosão do movimento Black Lives Matter, nos Estados Unidos, após policiais brancos assassinarem o negro George Floyd, de 47 anos, em maio de 2020.

Possibilidades concretas

“Ali [com o trainee] ela tinha mais a perder se desse errado”, afirma Santos. “Quando tomou aquela decisão, ela assumiu o risco”, acrescenta, ressaltando que o movimento negro a apoia de forma massivamente. “Ela quebra padrões, barreiras, e cria possibilidades concretas para que negros possam ocupar cargos de comando nas empresas”, ressalta.

No entanto, segundo o cientista político, a empresária só tomou a decisão por ter recebido alerta de terceiros de que precisava usar o poder econômico dela para começar mudar a realidade de discriminação racial no mercado de trabalho. “As pessoas disseram para ela que ela precisava fazer alguma coisa na sua empresa”, conta ele.

“Acho que caiu a ficha, de tanta gente falar para ela e descobrir que, de alguma forma, poderia fazer um ato corajoso, com grande repercussão. Por isso, ela resolveu tomar a decisão”, relata Santos, que é muito bem articulado no Movimento Negro no país e vai participar do webinar às vésperas do Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e celebrado em 21 de março.

Desafios

Os casos positivos relacionados a ações afirmativas, conforme acentua o professor, só reforçam a necessidade de se superar graves problemas, como os crimes praticados contra a população negra no país. “Um dos maiores desafios é garantir o direito a vida das parlamentares e dos parlamentares negros que se elegeram em 2020”, alerta.

Santos lembra a onda de ameaças contra essas pessoas pelo país, como em Porto Alegre, Curitiba e São Paulo. “Ameaçadas de morte, inclusive”, assevera. “O desafio não é só se eleger, é combater a violência. Por isso, os órgãos de promoção da igualdade racial têm papel fundamental. “Tem que se reconhecer a violência política de ameaça e combatê-la”, destaca ele.

Evento online

O cientista apresentará detalhes de suas análises no webinar sobre histórico e atuação dos órgãos de proteção de igualdade racial. Também há participação confirmada do vice-presidente do Olodum, Marcelo Gentil, que será o mediador.

A discussão contará, ainda, com a presença online da assistente social Matilde Ribeiro, autora do livro Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Brasil (1986-2010). Ela foi a primeira-ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), criada em março de 2003.

Os outros três painelistas foram convidados pelo Coletivo Igualdade pela experiência de gestão de órgãos de proteção de igualdade racial. Entre eles está o subsecretário de Igualdade Racial e Direitos Humanos de Campos de Goitacazes (RJ), Gilberto Firmino Coutinho Jr, conhecido como Totinho Capoeira).

Além deles, participam da discussão a coordenadora de Igualdade Racial do município de Ananindeua (PA), Byani Sanches, e o ex-secretário de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia, Elias Sampaio.

Histórico

O órgão de proteção de igualdade racial pioneiro no Brasil é o Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra (CPDCN). Foi instituído pelo Decreto nº 22.184, de 11 de maio de 1984. Portanto, em 2021, o colegiado vai completar 37 anos de atividade.

O CPDCN incentivou o surgimento de vários outros conselhos semelhantes no país. Outro momento importante foi a Fundação Cultural Palmares, em 22 de agosto de 1988. O órgão do governo federal tem a missão da promoção e preservação dos valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira.

SERVIÇO:
Webinário Histórico e atuação dos órgão de PIR brasileiros
Onde: https://www.facebook.com/facefap
Horário: A partir das 20h


Webinar da FAP discute desafios da sustentabilidade na Amazônia e no Brasil

Evento online tem presença confirmada de Arnaldo Jordy, Muriel Saragoussi e Virgilio Viana

Cleomar Almeida, Coordenador de Publicações da FAP

Os desafios da sustentabilidade no Brasil e, especialmente, na Amazônia serão debatidos em webinar da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), na terça-feira (16/3), a partir das 19h. O evento online terá transmissão ao vivo no site da entidade e retransmissão na página da entidade no Facebook.

Assista ao vídeo!

O webinar tem presença confirmada do presidente do Cidadania no Pará, ex-deputado federal Arnaldo Jordy e ex-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara. Também participa do debate a socioambientalista histórica Muriel Saragoussi, ex-pesquisadora do Inpa (Instuto Nacional de Pesquisas da Amazônia e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Muriel é, ainda, ex-secretária nacional da Coordenação de Políticas para a Amazônia do MMA (Ministério do Meio Ambiente).

Além deles, confirma participação no evento online o superintendente-geral da FAS (Fundação Amazônia Sustentável), Virgilio Viana. Ele também é ex-presidente da Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia (SBEE).

Em entrevista ao portal da FAP, Jordy diz que o assunto do debate precisa ocupar centralidade no país, já que, segundo ele, o mundo está discutindo a questão da sustentabilidade. “A gente precisa repensar o modelo de produção de bens de serviço e de consumo da sociedade industrial e pós-industrial”, afirma.

De acordo com o ex-deputado federal, os desafios colocados para a civilização buscam alternativas mais compatíveis com a expectativa de economia de baixo carbono. “O mundo inteiro está preocupado com isso, e o Brasil está na contramão”, critica Jordy.

De acordo com ele, o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, é promotor do que chama de “antiagenda ambiental”. “O ministro do meio ambiente conspira contra os interesses do próprio meio ambiente e da sustentabilidade”, lamenta. “Precisamos avançar para sensibilizar as instituições e dialogar com diversos atores”, acrescenta.

O início do mandato do democrata Joe Biden neste ano na presidência dos Estados Unidos, segundo o ex-deputado, obriga o Brasil a repensar suas políticas ambientais, que refletem no âmbito internacional e nas relações diplomáticas.

“Nós estávamos na contramão e alinhados com o que há de mais atrasado. Com a retomada dos acordos da Conferência do Clima, os Estados Unidos abrem cobranças ao Brasil em relação a sistemas mais protetivos ao meio ambiente e à sustentabilidade”, assevera.


Webinário discute histórico e atuação dos órgãos de promoção racial brasileiros nesta sexta (19)

Segunda live a ser realizada pelo coletivo Igualdade da Fundação Cultural Astrojildo Pereira está marcada para as 20h desta sexta-feira (19/3), por meio do perfil da FAP no Facebook

O histórico e atuação dos órgãos de PIR (promoção da igualdade racial) brasileiros será o tema de webinário no próximo dia 19 de março, às 20h – uma sexta-feira. O evento será realizado por meio do perfil da FAP no Facebook, o facefap e também poderá ser acessado por meio do portal da fundação na internet. A realização é do coletivo Igualdade da Fundação Cultural Astrojildo Pereira. Essa será a segunda live do grupo. A primeira abordou, em fevereiro, sobre o legado do Quilombo de Palmares no imaginário atual.

Assista ao vídeo!

Para tratar do tema dos órgãos de PIR, o coletivo convidou como mediador Marcelo Gentil, vice-presidente do Olodum. Dois dos painelistas têm publicações referentes ao assunto. Ivair Augusto Alves dos Santos é autor de O movimento negro e o Estado: o caso do conselho de participação e desenvolvimento da comunidade negra no Governo de São Paulo 1983 – 1987. Matilde Ribeiro escreveu o livro Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Brasil (1986-2010). Ela foi a primeira ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir, criada em março, de 2003.

Os outros três painelistas foram convidados pela experiência de gestão de órgãos de PIR. Gilberto Firmino Coutinho Jr (Totinho Capoeira) recentemente assumiu a função de subsecretário de Igualdade Racial e Direitos Humanos de Campos de Goitacazes (RJ). Byani Sanches é a atual coordenadora de Igualdade Racial do Município de Ananindeua (PA). Elias Sampaio é ex-secretário de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (Sepromi-BA).

O órgão de PIR pioneiro no Brasil é Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra (CPDCN), instituído pelo Decreto nº 22.184, de 11 de maio de 1984. Portanto, em 2021, o colegiado vai completar 37 anos de atividade.

O CPDCN incentivou o surgimento de vários outros conselhos semelhantes no país. Outro momento importante, nesse histórico, foi a Fundação Cultural Palmares, em 22 de agosto de 1988. Órgão do governo federal, ela tem a missão da promoção e preservação dos valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira.

A data de 19 de março foi escolhida pelo Igualdade FAP para ser próxima e fazer referência ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data foi escolhida como referência ao o Massacre de Shaperville, ocorrido em 1960 na cidade de Joanesburgo, capital da África do Sul. Os 69 mortos e 186 feridos protestavam contra a lei do passe, que obrigava a população negra o uso de cartões de identificação dentro do país, um tipo de passaporte interno.


Legado e influência de Palmares no Brasil atual inaugura série de webinários da FAP

Eventos online serão realizados ao longo do ano pelo Coletivo de Igualdade Racial da Fundação Astrojildo Pereira

A relevância, o legado e a influência da luta dos membros do Quilombo dos Palmares no contexto atual será o tema do primeiro de uma série de webinários que serão realizados ao longo do ano pelo Coletivo de Igualdade Racial da Fundação Astrojildo Pereira. O debate será realizado no próximo dia 5 de fevereiro, às 20 horas, por meio do perfil da fundação no Facebook.

Para a estreia, foram convidados dois historiadores como painelistas: Ivan Alves Filho, autor de “Memorial dos Palmares” e Zezito Araújo, autor de “Quilombo dos Palmares: negociações e conflitos”. A mediação ficará a cargo de Jane Neves, da diretoria da FAP.

Confira o vídeo!

O diretor geral da FAP, Caetano Araújo, explica que a temática da igualdade racial vem se fortalecendo e se capilarizando no país, por esse motivo, é assunto estruturante na compreensão estratégica da fundação. “Não podemos nos furtar a conteúdos que dizem respeito à maioria da população brasileira, que reúne mais do que 50% da sociedade de acordo com os dados demográficos”, avalia Caetano.

Sionei R Leão, coordenador do grupo Igualdade FAP, o objetivo da série de webinários é o de abranger informações variadas e amplas que tratem de temas como cultura, política, economia, relações internacionais e ativismo, com o recorte da pauta à população negra. “Nosso desafio é reverberar pesquisas atuais e demandas pertinentes e arrojadas, ou seja, nos esforçarmos por evidenciar as vanguardas dessa pauta no Brasil”, informa.

O Quilombo de Palmares, destruído em fevereiro de 1694 por uma milícia comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, se tornou uma referência para a luta contra o racismo no Brasil. Tanto que o dia do assassinato do último líder, Zumbi dos Palmares, ocorrido em 20 de novembro de 1695, se consagrou como o Dia Nacional da Consciência Negra.

Palmares, que se organizou onde hoje é o Estado de Alagoas, também é reconhecido como um exemplo de organização social pelo tempo que durou e pela influência que teve na região. Foi considerado pela coroa portuguesa como uma ameaça ao regime escravista da época e, por essa razão, foi o alvo de várias investidas para ser destruído.


Inscrições: Curso - A Nova Legislação Eleitoral Brasileira

*Taxa de inscrição: R$ 15,00

 

Data: 16, 17 e 19 de abril de 2018

Dias da semana: segunda-feira; terça-feira e quinta-feira, respectivamente

Local: Brasília / DF

Espaço Arildo Dória / Biblioteca Salomão Malina

Endereço: SDS Bloco P, Ed Venâncio III, Loja 52. CEP 70.393-902

 

CRONOGRAMA:

16/04 (segunda-feira) 18h30 às 21h30 - Sistema Político Brasileiro

Palestrante: CAETANO ERNESTO PEREIRA DE ARAÚJO

Roma, 1955. Consultor legislativo do Senado Federal, nas áreas de sistemas políticos e direito eleitoral desde 1985. Foi Professor do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) e da Universidade de Brasília (UNB), onde graduou-se em Sociologia e concluiu mestrado e doutorado na mesma área. Está Conselheiro Fiscal da Fundação Astrojildo Pereira (FAP). Palestrante e organizador da obra: 1964 As armas da política e a ilusão armada (2014).

 

17/04 (terça-feira) 18h30 às 21h30 - Registro de Candidatura e Lei da Ficha Limpa

Palestrante: RENATO CAMPOS GALUPPO

Curvelo/MG, 1977. Advogado Eleitoral desde 2002, Membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP). Coordenador jurídico de campanhas eleitorais majoritárias.

 

19/04 (quinta-feira) 18h30 às 21h30 - Legislação Eleitoral Atual (2018)

Palestrante: ARLINDO FERNANDES DE OLIVEIRA

Mossoró/RN, 1958. Consultor legislativo do Senado Federal. Advogado, especialista em Direito Constitucional pelo Instituto de Direito Público (IDP), especialista em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB), bacharel em direito pelo Uniceub. Atuou como assessor na Câmara dos Deputados, na Assembleia Nacional Constituinte, na Casa Civil da Presidência da República e, como analista judiciário no Supremo Tribunal Federal. Foi Professor de Direito Eleitoral e está Conselheiro Consultivo da Fundação Astrojildo Pereira (FAP).

Carga Horária - curso: 9 horas

 

Principal objetivo do curso:

Formação política voltada para análise dos aspectos legais, envolvendo as eleições de 2018.

 

Público-alvo:

Assessores parlamentares, pré-candidatos às eleições 2018, militantes do PPS, acadêmicos de direito e ciências políticas e, comunidade local interessada nos temas.


Seminário Internacional - Desafios políticos em um mundo em intensa transformação

O QUÊ

Nas crises, uma das primeiras vítimas é a capacidade de encarar o futuro com esperança e otimismo. Em parte, porque não entendemos o que está acontecendo a nosso redor. Presenciamos perplexos a fragilização de conceitos tradicionais de classe, partido e religião no âmbito da chamada prosperidade econômica que, a reboque da globalização e do avanço tecnológico, aumentou não só as diferenças entre ricos e pobres, mas também o número de desempregados, além de provocar deslocamento de populações, flageladas pela nova ordem econômica.

Não surpreende – mas preocupa – a recrudescência de rancores, ódios, intolerância e xenofobia, sentimentos que envenenam as relações entre pessoas, povos e países. Assustam, também, as propostas de solução que se embriagam de simplificações, como se a sobrevivência de uns pudesse compensar as provações dos outros. É a hora dos extremismos, do fundamentalismo, visões caolhas do mundo que conspiram contra um dos pilares da civilização moderna, a democracia.

É em momentos como este que se escrevem as grandes páginas da história. Seja pelas mãos de lideranças políticas, seja pelo vigor de movimentos sociais, seja pelo conluio de ambos atores, de todo comprometidos com a construção do futuro, a tarefa a cumprir implica combater os impulsos alimentados pelos sectarismos e, ao mesmo tempo, favorecer o primado da razão, do poder iluminante das ideias, da reflexão livre de verdades prontas e capaz de desmontar preconceitos e inibir exclusões, na busca de caminhos alternativos e consensuais de saída da crise.

Ninguém questiona a extensão e a complexidade da crise que vem assolando o Brasil nos últimos tempos. Resolvê-la só pelo viés do jogo político ou pelo arsenal de respostas dos economistas poderá ser tão efetivo quanto evitar as guerras com propostas militares de paz.

O Deputado Roberto Freire propôs e o Senador José Aníbal concordou com a convocação de um seminário em que se discutissem os desafios políticos que tanta desestabilização tem provocado nesse começo do terceiro milênio.

O patrocínio da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e do Instituto Teotônio Vilela (ITV), centros de estudo e formação política ligados ao Partido Popular Socialista (PPS) e ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), respectivamente, de forma alguma antecipa tratamento político-partidário dos temas. Apenas identifica os promotores originais da iniciativa que, para legitimar-se – estabeleceu-se desde o início – teria de congregar personalidades do universo político, acadêmico e jornalístico do Brasil e do mundo e buscar lançar alguma luz sobre os temas de interesse comum da sociedade.

André Amado, secretário executivo do seminário

 

QUEM

Para discutir alguns dos principais temas que pautam o debate público nacional e mundial, foram convidados intelectuais, acadêmicos, políticos e jornalistas do Brasil, da Europa e da América do Sul, autores de estudos, artigos e livros que encaram os principais desafios do mundo contemporâneo. Confira na lista abaixo:

QUANDO

Nos dois dias do seminário, estarão em debate assuntos da maior relevância no mundo contemporâneo, como a crise de representatividade da política, a globalização, a revolução da tecnologia e seus efeitos no mercado de trabalho e as ações de combate à corrupção e de fomento à transparência, entre outras questões.

14/09

  • 14h30 - Abertura

Palestrantes: Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, foi presidente da República (1995-2002)
Roberto Freire, deputado federal e presidente do PPS
Adrian Wooldridge, jornalista, colunista da Economist e coautor de A Quarta Revolução

Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, Médico e Político brasieliro

Moderador: Milton Seligman

  • 16h30 - Crise de representação política e o futuro da democracia

Palestrantes: Alessandro Ferrara, filósofo, professor da Universidade de Roma Tor Vergata
José Álvaro Moisés, professor titular do Departamento de Ciência Política da USP
Marco Aurélio Nogueira, cientista político, professor titular da Unesp
Marcus Melo, cientista político, professor da UFPE

Moderadora: Helena Chagas

15/09

  • 9h - A globalização e a mudança da estrutura das sociedades

Palestrantes: Caetano Araújo, sociólogo, consultor legislativo do Senado Federal
Demétrio Magnoli, sociólogo, membro do GACInt/USP
Sergio Fausto, sociólogo, diretor-superintendente da Fundação FHC
Stefan Fölster, coautor de A Riqueza Pública das Nações e diretor do Reform Institute

Moderadora: Hercídia Coelho

  • 11h15 - A revolução tecnológica e o mercado de trabalho

Palestrantes: Carlos Henrique de Brito Cruz, físico, diretor-científico da Fapesp e professor da Unicamp
Dora Kaufman, socióloga, pesquisadora do Atopos/USP e do TIDD/PUC-SP
Mario Alburquerque, sociólogo, consultor e professor da Universidade do Chile
Mauro Magatti, sociólogo, professor da Universidade Católica de Milão

Moderadora: Ana Paula Couto

  • 15h - Mãos Limpas e Lava Jato, relações de força e limites

Palestrantes: Gianni Barbacetto, jornalista, coautor de Operação Mãos Limpas
Marcelo Muscogliati, subprocurador-geral da República
Oscar Vilhena, professor de Direito Constitucional e diretor da Direito FGV-SP
Rodrigo Chemim, procurador do Ministério Público Federal no Paraná

Moderadora: Denise Frossard

  • 17h - Encerramento

Palestrantes: Cristovam Buarque, senador, presidente da Fundação Astrojildo Pereira
José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela
Lourdes Sola, professora livre docente, FFLCH-USP

Moderador: Luiz Carlos Azedo

 

ONDE

O seminário será realizado no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. O local é de fácil acesso por diversos modais de transporte (carro, ônibus, metrô, bicicleta), no coração da capital paulista.

Estacionamento para participantes do evento: 36 reais (6 horas) ou 48 reais (12 horas).

RUA SÃO CARLOS DO PINHAL, 424 – BELA VISTA
CEP: 01333-000 – SÃO PAULO – SP

TEL.: +55 11 3145-8000
TOLL FREE: 0800.13.44.11
FAX: +55 11 3145-8001
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HELIPONTO:
* 23° 33’ 47” S / 46° 39’ 04” W