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O ex-presidente Lula (PT) durante live na terça-feira (25) - Reprodução

Lula diz que, se eleito, Brasil passará por um processo de reconciliação

Victoria Azevedo*, Folha de São Paulo

A quatro dias do segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (26) que, caso ele seja eleito, o Brasil irá passar por um processo de reconciliação.

"O bolsonarismo vai continuar, o ódio vai continuar por um tempo, os fanáticos vão continuar por um tempo. Mas acho que a gente vai ter um processo de reconciliação da população brasileira", disse.

O ex-presidente afirmou ainda que o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu adversário na corrida eleitoral, é "anormal" e que ele criou "um determinado ódio" no país que "não existia nas eleições".

"Nasci na vida política fazendo negociação. Acho que vamos estabelecer uma política de boa convivência com a sociedade brasileira. Chega de animosidade", seguiu o petista.

Lula concedeu entrevista à Rádio Mix Manaus na manhã desta quarta.

O petista também criticou declarações de Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas e disse que o atual mandatário ataca as urnas porque "como sabe que vai perder, ele está tentando encontrar uma coisa para culpar".

"O povo vai decidir soberanamente e o que ele decidir todo o mundo vai acatar porque nós não duvidamos da urna."

Lula seguiu dizendo que as eleições deste ano são entre a "manutenção e a conquista da democracia" no país ou "a continuidade da barbárie que que representa o governo Bolsonaro".

Ao ser questionado sobre qual será a composição de seus ministérios em um eventual governo, Lula disse que não vai sentar na cadeira antes de ganhar e que, primeiro, é preciso ganhar as eleições para depois discutir essa questão.

"Não está na hora de anunciar nada. Está na hora de ganhar as eleições. Vou fazer [composição de] ministério que represente a sociedade brasileira, com gente competente e com gente fora do PT."

"Falta apenas quatro dias para as eleições, só quatro dias. Quando chegar às 19h, às 20h vamos ter o resultado. E aí, sim, se eu ganhar, vou começar a discutir os ministérios."

Sobre uma eventual participação da senadora Simone Tebet (MDB), terceira colocada no primeiro turno e aliada de Lula na segunda rodada do pleito, o petista disse que ela é um quadro político importante, mas que anunciar algo agora seria se precipitar.

"Obviamente que a gente pode ter muita contribuição da Simone mas eu só não posso dizer que Simone vai ser ministra porque eu estaria precipitando uma coisa que eu não quero precipitar."

Ele disse que sua eventual equipe ainda não está formada porque "depende de muitas coisas". "Tenho pensado no meu travesseiro, porque se eu comentar com alguém vai vazar a notícia. E eu não quero que vaze notícia. Quero primeiro ganhar as eleições, esse é o principal objetivo."

Lula também voltou a fazer um apelo para que as pessoas comparecem às urnas e disse que essas eleições são as mais importantes dos últimos anos no Brasil.

"Não se abstenha. Não anule o voto. Escolha o seu candidato a presidente da República. É muito importante que o povo compareça a votar", disse.

O ex-presidente também defendeu a realização de uma reforma tributária que "cobre mais de quem tem mais e cobre menos de quem ganha menos", afirmou que irá manter o auxílio de R$ 600 com acréscimo de R$ 150 para crianças menores de seis anos, que terá aumento do salário mínimo com aumento real acima da inflação e disse que defende isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Ao ser questionado se chegou a hora de taxar as grandes fortunas, Lula respondeu: "Chegou a hora, sempre é a hora".

Luiz Inácio Lula da Silva na campanha eleitoral de 2022

Texto publicado originalmente no Folha de São Paulo.


Primeiro turno das eleições acontece em primeiro de outubro | Charge: JCaesar

Revista online | Confira charge de JCaesar sobre eleições 2022

* JCaesar é o pseudônimo do jornalista, sociólogo e cartunista Júlio César Cardoso de Barros. Foi chargista e cronista carnavalesco do Notícias Populares, checador de informação, gerente de produção editorial, secretário de redação e editor sênior da VEJA. É autor da charge publicada pela Revista Política Democrática Online.

** Charge produzida para publicação na Revista Política Democrática Online de setembro/2022 (47ª Edição), produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília e vinculada ao Cidadania.

*** As ideias e opiniões expressas nos artigos publicados na Revista Política Democrática Online são de exclusiva responsabilidade dos autores, não refletindo, necessariamente, as opiniões da Revista.

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FAP lança Guia Eleitoral para candidatos do Cidadania

Publicação também traz a plataforma eleitoral do partido que será apresentada aos eleitores brasileiros

Com o objetivo de orientar, mas também inspirar os candidatos do Cidadania que disputarão as eleições municipais 2020, a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) lançou o Guia Eleitoral, que deixa clara não só as posições do partido sobre a pauta nacional, como apresenta a plataforma eleitoral que apresentará aos eleitores brasileiros este ano.

A pandemia do Coronavírus que levou ao adiamento das eleições municipais de outubro para novembro e deverá alterar completamente a forma de se fazer campanha, reforçou a percepção do Cidadania de que a nova realidade impõe, mais do que nunca, um novo modelo de gestão para os municípios, que pode ser definido a partir de 3 conceitos: Cidade Inteligente, Governo Digital e Gestão Compartilhada.

A nova realidade do Brasil e das cidades brasileiras levou escolas a implantarem diferentes modelos de ensino a distância e empresas ampliaram, o máximo possível, o home office para seus funcionários.

Clique na imagem para o download do guia ou clique aqui!

A partir de experiências bem-sucedidas, como a do prefeito de Vitória, Luciano Rezende, no Espírito Santo, o Cidadania decidiu incluir entre suas bandeiras eleitorais para este ano um novo modelo de governança para os municípios brasileiros, que usa a inovação e tecnologia para fazer mais, melhor e com menos recursos.

Também consideramos fundamental que nossos candidatos e candidatas estejam cientes e preparados para enfrentar os desafios impostos pela pandemia às cidades e à sociedade.

Cientistas políticos adiantam que a primeira pergunta que eleitor vai fazer ao escolher seu candidato nas eleições deste ano é a seguinte: O que você fez ou propõe para resolver os meus problemas ao longo desta pandemia Oferecer uma resposta concreta a essa pergunta pode ser um bom começo para o planejamento de sua campanha eleitoral.

Experiência só se ganha com o passar dos anos, mas é possível queimar etapas a partir de sugestões e ideias compartilhadas por gente que já esteve na linha de frente na construção de políticas públicas.

Foi o que fez o ex-governador, ex-ministro da Educação, ex-senador e professor Cristovam Buarque, oferecendo soluções criativas para se melhorar a gestão municipal. Muitas delas testadas e aprovadas pela população da capital federal durante o período em que governou o Distrito Federal, que continuam atuais, até porque muitos dos problemas dos municípios brasileiros seguem sendo os mesmos.

Segue então um Guia Eleitoral, ao qual você poderá recorrer a qualquer momento para se inspirar ou tirar dúvidas durante a campanha deste ano. Sua participação é decisiva para manter a democracia brasileira viva, ainda mais diante de uma sociedade polarizada e carente de verdadeiros líderes.