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Eleição no DF terá esquema de segurança reforçado nos locais de votação
Para garantir a segurança dos eleitores no próximo dia 2 de outubro, quando a população vai às urnas em primeiro turno, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) traçou um planejamento com ações de policiamento e proteção das 610 escolas que funcionarão como locais de votação e apuração de votos. Além disso, haverá a segurança de juízes eleitorais e a prevenção e monitoramento de crimes eleitorais.
Outros pontos trabalhados no esquema reforçam as equipes de atendimentos de emergência, de delegacias e de batalhões, e a escolta de promotores públicos e juízes eleitorais, bem como ações de segurança em vias e rodovias. Definido pela secretaria e pelas forças de segurança do DF, o protocolo será colocado em prática também nos dias que antecedem a votação. Todo o efetivo disponível estará atuando, ou de sobreaviso, no dia do pleito.
Segundo a pasta, o documento foi elaborado com base em levantamentos de inteligência, segurança, mobilidade urbana e preservação do patrimônio público. “Todo o processo será monitorado por meio de servidores em campo e câmeras de videomonitoramento, com imagens que serão encaminhadas ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob)”, destaca o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo.
O titular da pasta de segurança ressalta também que o esquema terá um gabinete de gestão estratégica composto por representantes da SSP-DF, do alto comando das forças de segurança e de setores estratégicos do governo local e federal. “A atuação conjunta e próxima possibilita a tomada de decisões mais ágeis e efetivas, com possibilidade de ajustes no planejamento prévio, quando necessário”, afirma Danilo.
A pasta ressalta que todas as unidades das forças de segurança que ficam próximas aos locais de votação estarão com efetivo reforçado e de prontidão para atuar, caso necessário. Unidades especializadas das Polícias Militar e Civil, como Choque, Cavalaria, Operações Aéreas, Policiamento com Cães e unidades de operações especiais (Bope e DOE), trabalharão de sobreaviso.
Dando apoio à segurança na capital, a Polícia Federal (PF) terá equipes em cada uma das 19 zonas eleitorais, composta por delegado, escrivão, agente e papiloscopistas, para atuar em casos de crimes eleitorais no dia do pleito. Os casos possíveis de crimes eleitorais serão avaliados pela equipe e, caso seja confirmado, os envolvidos serão direcionados à superintendência da PF, localizada no Setor Policial Sul.
O Ciob, destacado pelo secretário, terá uma atuação conjunta ao Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que irá operar em nível nacional com apoio dos Centros Integrados de Comando e Controle estaduais.
Segurança das urnas
Desde a última quarta-feira (21/9), as urnas eletrônicas estão alocadas em local provisório e sob vigilância e monitoramento da Polícia Militar do DF (PMDF). Os agentes da corporação também farão a escolta das urnas até às 610 escolas, que funcionarão como locais de votação no dia do pleito.
No dia da eleição, os locais serão monitorados pela PMDF, assim como as 20 juntas de apuração e os 20 cartórios eleitorais, que contarão, ainda, com o reforço da Polícia Judicial. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) será responsável pela escolta de juízes eleitorais e promotores no dia 2 de outubro. Enquanto o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) estará de prontidão para atuar em situações de emergência e incêndios, caso seja necessário. O Detran atuará no controle e organização do trânsito nas proximidades de pontos de votação em todo DF.
Intervenções no trânsito
De acordo com SSP-DF, a Esplanada dos Ministérios permanecerá sem intervenções de trânsito ou pedestres no dia da votação, o que ocorrerá somente em caso de necessidade, conforme avaliação do gabinete de gestão estratégica.
Avenidas, ruas e rodovias distritais e federais serão monitoradas pelos órgãos de trânsito locais — departamentos de Trânsito (Detran/DF) e Estradas de Rodagem (DER/DF) e batalhões da PMDF — e, ainda, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Intervenções pontuais nesses locais poderão ser feitas para melhor fluidez do trânsito. Para isso, equipes de atuação semafórica estarão de prontidão.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF), não há previsão de proibição do comércio de bebidas alcoólicas no dia da eleição. No entanto, a pasta da segurança destaca que os órgãos de trânsito estarão atuando, em todo o DF, na fiscalização da alcoolemia ao volante.
Matéria publicada originalmente no Correio Braziliense
Roberto Freire pede empenho da militância e lideranças na reta final da campanha eleitoral
Cidadania23*
Na reta final da campanha eleitoral de 2 de outubro, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, reforçou em mensagem de vídeo (veja abaixo) às lideranças e a militância do partido nos estados e municípios a importância do empenho e voto na candidatura a presidente de Simone Tebet, e nos candidatos da legenda a deputado estadual e distrital, em especial aos que pleiteiam se eleger deputado federal.
“Isso eu diria a vocês que é muito importante, inclusive para aqueles que nos municípios brasileiros e nos estados exercem mandatos eletivos pelo Cidadania. Isso é fruto de participação, de trabalho, de posições políticas e também de recursos. E os recursos são criados nas eleições nacionais para deputado federal. Essa é a nossa responsabilidade nesta eleição”, afirmou.
É o resultado do pleito para a Câmara dos Deputados que vai determinar, nos próximos quatros anos, o percentual de participação do Cidadania nos fundos partidário e eleitoral.
“Se integrem na campanha [dos nossos candidatos] porque em 2024 evidentemente teremos melhores campanhas nos seus municípios, nas suas prefeituras, mandatos de vereadores para um crescimento ainda maior do nosso Cidadania”, pediu Freire, ao conclamar a unificação do partido no trabalho da conquista do voto para o fortalecimento do partido.
*Texto publicado originalmente no portal Cidadania23.
Nas entrelinhas: Por que a terceira via não empolga nem ela própria?
Embora a pré-campanha tenha começado de forma muita antecipada, em grande medida em razão das prévias do PSDB, que em vez de unir dividiu ainda mais a legenda, a campanha eleitoral para presidente da República será curta: começará em 15 de agosto. Até lá, o que está se decidindo é o grid de largada: quem serão os candidatos para valer e as respectivas coligações, que garantirão o tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na tevê de cada um. De 2 a 30 de outubro, se houver segundo turno, o país poderá estar à beira de uma ruptura institucional.
A distância entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) vem se encurtando, enquanto o espaço para uma candidatura alternativa, nessa pré-campanha, parece cada vez mais restrito. As pesquisas de opinião apontam uma tendência de consolidação de votos, em razão de os candidatos serem mais conhecidos, porém, a eleição ainda está no estágio de “guerra de posições”, ou seja, de ocupação de espaços e acumulação de forças. Entretanto, como sabemos, as eleições presidenciais no Brasil são decididas numa “guerra de movimento”, quando a grande massa de eleitores efetivamente se envolve nos debates eleitorais e decide o que fazer. Ninguém leva o eleitor para votar pelo nariz.
As últimas pesquisas estão mostrando que o favoritismo de Lula continua inequívoco nas pesquisas de segundo turno, mas seu crescimento estacionou, no primeiro turno. O ex-presidente trabalha para esvaziar os candidatos da terceira via e não para atraí-los no segundo turno. É uma aposta perigosa, que mira uma vitória improvável no primeiro turno, mais não impossível, num cenário de extrema radicalização política. O petista se considera mono opção para derrotar Bolsonaro, o que não deixa de ser uma arrogância.
Bolsonaro joga com as mesmas cartas. Aposta suas fichas no sentimento antipetista, que parece ser mais encardido do que Lula imagina. Esse sentimento, diante das fragilidades da chamada terceira via, alimenta seu crescimento na classe média, para além do impacto do auxílio emergencial e outras benesses do governo na massa de eleitores de baixa renda. Setores que haviam se afastado do governo, por causa da pandemia, da recessão e declarações extremadas de Bolsonaro, estão começando a ver a sua reeleição com naturalidade, principalmente no meio empresarial.
Ciro
Enquanto isso, a terceira via não empolga, não consegue se colocar em cena como alternativa de poder. Há um mistério nisso aí, que tem a ver com a mesmice da narrativa de centro, que não enfrenta o problema das desigualdades e da exclusão social. Com a desistência do ex-juiz Sergio Moro, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) seria o candidato natural da terceira via, mas não consegue sair do isolamento. É um político experiente, mas de temperamento intempestivo. Seu maior problema é político: seu projeto nacional-desenvolvimentista foi abduzido por Lula e não atrai as forças políticas de centro. Ciro é uma espécie de patinho feio entre os candidatos da terceira via.
Doria
O desempenho do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) à frente da administração paulista exibe resultados espetaculares, na infraestrutura, no desenvolvimento econômico, na geração de emprego, na educação, sem falar na saúde, principalmente nas vacinas. Entretanto, não consegue capitalizar esses resultados em termos eleitorais. O ex-governador gaúcho Eduardo Leite faz um piquenique nas articulações da terceira via, mas seu desempenho à frente do governo gaúcho, principalmente do ponto de vista fiscal, não chega nem perto do que Doria realizou em São Paulo. Como se sabe, o Rio Grande do Sul é um estado falido. Talvez a mesmice explique.
Simone
Simone Tebet é uma incógnita. Por sua atuação no Senado, conquistou a simpatia dos colegas e se tornou uma aposta do presidente do MDB, Baleia Rossi, e do ex-presidente Michel Temer. Ontem, mostrou capacidade de reação à ofensiva feita por Lula junto aos velhos aliados do MDB: a maioria dos diretórios da legenda reiterou apoio à candidatura, que havia sofrido um ataque especulativo do grupo de Renan Calheiros e do ex-presidente José Sarney, que apoiam Lula. Simone poderia ocupar o espaço de Marina Silva na cena eleitoral, mas também está muito contingenciada eleitoralmente, inclusive em Mato Grosso do Sul, seu estado. Encarna uma agenda identitária, que não empolga a grande massa de eleitores, como também Eduardo Leite, embora esteja sintonizada com os novos tempos.