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El País: MPF usa contra Greenwald áudio que PF havia julgado favorável ao jornalista
Procurador denunciou fundador do ‘The Intercept’ sob acusação de que ele teria aconselhado os hackers. Vazamentos originaram série de reportagens, com participação do EL PAÍS
O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília denunciou nesta terça-feira o jornalista Glenn Greenwald, fundador do The Intercept, e outros seis investigados por envolvimento na invasão de celulares de autoridades como o ministro Sergio Moro e o Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Operação Lava Jato. As mensagens privadas repassadas a Greenwald originaram série de reportagens feitas pelo The Intercept Brasil e um grupo de veículos, incluindo o EL PAÍS, que revelaram a proximidade entre Moro, então juiz da Lava Jato, e os procuradores e puseram em xeque a imparcialidade da operação. O jornalista norte-americano sempre rechaçou ter participação do hackeamento e tem evocado o sigilo de fonte para defender a utilização do material.
Na denúncia, que foi alvo de críticas de entidades de imprensa nacionais e internacionais, o procurador Wellington Oliveira utiliza um diálogo entre Greenwald e um dos acusados que confessou ter roubado as mensagens das autoridades para dizer que o jornalista "de forma livre, consciente e voluntária, auxiliou, incentivou e orientou, de maneira direta, o grupo criminoso, durante a prática delitiva, agindo como garantidor do grupo, obtendo vantagem financeira com a conduta aqui descrita”. Oliveira não dá mais detalhes. A conclusão do Ministério Público Federal, porém, vai na contramão da Polícia Federal, que não viu nada inadequado na conduta do jornalista. Em dezembro, relatório da PF sobre o caso afirmou, com base no mesmo material investigado e no exato áudio referido por Oliveira, que a troca de mensagens era uma "evidência da adoção por Glenn Greenwald de uma postura cuidadosa e distante em relação à execução das invasões, bem como da escolha de eventuais alvos pelos criminosos”.
“O Governo Bolsonaro e o movimento que o apoia deixaram repetidamente claro que não acreditam em liberdade de imprensa”, protestou Greenwald em nota enviada à Folha de S. Paulo. Seus advogados disseram que vão tomar as medidas cabíveis e que pretendem acionar a Associação Brasileira de Imprensa. A nota The Intercept seguiu a mesma linha e viu na ação como uma tentativa de “criminalizar o jornalismo brasileiro”, e não apenas o site. No Twitter, Edison Lanza, relator da OEA para a Liberdade de Expressão, disse enxergar “preocupantes implicações para a liberdade de expressão” no procedimento movido contra Greenwald. Já a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou uma nota em que analisa trechos da denúncia e chega a conclusão de que ela foi feita “como único propósito constranger" o jornalista. “A denúncia contra Glenn Greenwald é baseada em uma interpretação distorcida das conversas do jornalista com sua então fonte”, afirma. “É um absurdo que o Ministério Público Federal abuse de suas funções para perseguir um jornalista e, assim, violar o direito dos brasileiros de viver em um país com imprensa livre e capaz de expor desvios de agentes públicos”, prossegue. A ONG Anistia Internacional afirmou, por sua vez, que a denúncia “é profundamente grave e representa uma escalada na ameaça à liberdade de imprensa no Brasil”, uma vez que “se soma a uma série de agressões que o presidente Jair Bolsonaro tem praticado contra repórteres, além de medidas que soam como ameaçadoras contra veículos de comunicação nos últimos meses”.
No mesmo áudio e Supremo
Além da rejeição de entidades e políticos, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o caso também reverberou no Supremo Tribunal Federal. Em agosto, o ministro do STF, Gilmar Mendes, vetou a implicação de Greenwald no caso, evocando a proteção ao direito de fonte. Por causa disso, o jornalista não poderia ser investigado. Porém, segundo o MPF, ao longo das análises do material apreendido foi encontrado um áudio em que o jornalista conversa com um dos investigados, Luiz Molição, que justificaria a acusação. A conversa teria ocorrido depois que a imprensa já havia noticiado a invasão ao celular de Moro, segundo a Procuradoria. “Nesse momento, Molição deixa claro que as investigações e o monitoramento das comunicações telefônicas ainda eram realizadas e pede orientações ao jornalista sobre a possibilidade de baixar o conteúdo das contas do Telegram de outras pessoas antes da publicação de matérias pelo site The Intercept”, diz a denúncia, ainda que, apenas pela descrição dos áudios no documento seja difícil inferir que os hackeamento seguissem em curso.
O procurador Wellington Oliveira entendeu que Greenwald teria orientado o grupo, “caracterizando clara conduta de participação auxiliar no delito, buscando subverter a ideia de proteção à fonte jornalística em uma imunidade para orientação de criminosos”, segundo a denúncia. Em um momento, o jornalista diz: “Difícil porque eu não posso te dar conselho, mas eu tenho a obrigação para proteger meu [minha] fonte”. A transcrição do áudio ao qual o MPF teve acesso é idêntica à que consta no relatório da PF de dezembro, que conclui que o jornalista não teve relação com o hackeamento.
Além de Greenwald, os outros denunciados são Walter Delgatti Neto, que já havia confessado ter invadido as contas de Telegram de pessoas públicas, e Thiago Eliezer Martins Santos, apontados como líderes do grupo. Além deles, Danilo Cristiano Marques, suposto “testa-de-ferro” de Delgatti, Gustavo Henrique Elias Santos, que teria desenvolvido técnicas que permitiram a invasão, a esposa dele, Suelen Oliveira, apontada como laranja, e Luiz Molição, que teria sido o porta-voz do grupo nas conversas com Greenwald, também foram denunciados. Se a Justiça aceitar a denúncia, as sete pessoas responderão por organização criminosa, lavagem de dinheiro —exceto para Greenwald— e interceptações telefônicas ilegais. Para a Procuradoria, os suspeitos utilizariam as invasões para ganhar dinheiro.
A denúncia é mais um capítulo da novela política que começou com a publicação da série de reportagens originadas nas mensagens privadas, batizadas de Vaza Jato pelo The Intercept. O material marcou a agenda política brasileira desde junho de 2019 e abalou a percepção pública da Operação Lava Jato. Após as primeiras reportagens, o presidente Jair Bolsonaro chegou a sugerir que Greenwald poderia ser preso. As declarações provocaram protestos de entidades em defesa da liberdade de expressão no Brasil e no exterior.
O EL PAÍS, que assim como Folha, a Veja e outros veículos utilizou as mensagens para fazer reportagens, reitera que não paga para conseguir informações sigilosas nem estimula atos criminosos para tal, mas não se furta de apresentar a seus leitores um cabedal de notório interesse jornalístico, independentemente da forma que tenha chegado à imprensa protegido pelo sigilo de fonte.
Luiz Carlos Azedo: A namoradinha
“Regina Duarte na Secretaria de Cultura pode representar o fim da ofensiva obscurantista e reacionária contra a classe artística, e não o contrário. Em miúdos, pode ser pior sem ela”
O presidente Jair Bolsonaro está em vias de transformar um limão em limonada, com a nomeação da atriz Regina Duarte para o cargo de secretária de Cultura, no lugar do neonazista enrustido Roberto Alvim. Ontem, o Palácio do Planalto confirmou que a protagonista da série Malu Mulher e das novelas Minha Doce Namorada, na qual era a jovem Patrícia, e Roque Santeiro, em que interpretou a Viúva Porcina, entre outros papéis de destaque, virá a Brasília amanhã para conhecer a Secretaria Especial da Cultura. Foi convidada por Bolsonaro para assumir o órgão. Os dois tiveram uma reunião no Rio de Janeiro, onde foi convidada. Depois da conversa, ela escreveu que está “noivando” com o governo.
Bolsonaro resumiu os entendimentos no Twitter: “Tivemos uma excelente conversa sobre o futuro da cultura no Brasil. Iniciamos um ‘noivado’ que possivelmente trará frutos ao país”, escreveu o presidente. Conservadora assumida, antipetista de primeira hora, Regina Duarte participou das campanhas das Diretas, Já!, de Tancredo Neves (1985) e José Serra (2002). Reconhecidamente, é uma grande atriz e tem o respeito da maioria de seus colegas, mas nunca teve unanimidade. Agora, sofrerá uma campanha de feroz oposição, porque assume o cargo em circunstâncias muito desfavoráveis, uma vez que seu antecessor desnudou um projeto reacionário de cultura, cuja inspiração estava na máquina de propaganda nazista. A questão é: fará uma inflexão nos rumos da pasta ou seguirá a mesma orientação?
No governo Bolsonaro, a fronteira entre o conservadorismo e o reacionarismo é muito sinuosa, porém, já foi atravessada nas áreas da educação, cultura, direitos humanos e meio ambiente. Agora, o que foi barrado pela forte reação da opinião pública, do mundo artístico-cultural, da imprensa e até mesmo de setores militares no governo foi a narrativa fascista, que orienta a deriva contra a democracia de setores do governo. A crise provocada por Ricardo Alvim, ao reproduzir em vídeo trechos de um discurso de Joseph Goebbels, o ministro da Cultura e Propaganda de Adolf Hitler, levou-o à demissão, a contragosto do presidente. Pouco antes do “sincericídio”, numa live, Bolsonaro havia elogiado o seu então secretário de Cultura, que estava ao seu lado.
O episódio serviu para corroborar a narrativa dos setores da oposição que caracterizam o governo como fascista ou protofascista, ou seja, que denunciam a fascistização do país. Essa é uma discussão muito relevante por todas as suas implicações. Em todas as crises do governo, até agora, o que se viu foi um recuo de Bolsonaro diante das reações da sociedade civil e dos demais poderes da República. No caso de Ricardo Alvim, esse recuo se deu em menos de 48 horas, após os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), terem solicitado a demissão de Alvim, além das críticas do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e da opinião pública nas redes sociais, principalmente no Twitter, o principal instrumento de comunicação direta de Bolsonaro com a sociedade. Ou seja, nesses momentos, a democracia se fez mais forte do que o presidente da República.
Bonapartismo
A narrativa reacionária e chauvinista não basta para caracterizar um governo como fascista, a rigor, uma ditadura aberta, que recorre ao terror de Estado para esmagar a oposição. A expressão protofascista carrega ideia errônea de inevitabilidade da fascistização do regime político, porque proto significa primeiro ou o que antecede. Essa discussão não é nova. Historicamente, ocorreu na Alemanha da República de Weimar, às vésperas da ascensão de Hitler ao poder, quando os espartaquistas (comunistas) liderados por Rosa Luxemburgo e Karl Liebeneck chamavam a social-democracia alemã de social-fascista, abrindo caminho para a ascensão do Partido Nazista.
Aqui no Brasil, situação semelhante ocorreu em pleno Estado Novo, de clara inspiração fascista, mas o Brasil acabou entrando na II Guerra Mundial ao lado dos Aliados, porque, em seu interior, os americanófilos liderados por Osvaldo Aranha, Amaral Peixoto e Gustavo Capanema demoveram o ditador Getúlio Vargas e isolaram os simpatizantes do Eixo, encabeçados por Francisco Campos, Góis Monteiro e Filinto Müller. Agora, Ricardo Alvim ofendeu a memória da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que lutou nos campos da Itália contra o nazifascismo, daí a reação dos militares que integram o governo, que também pediram sua cabeça.
O governo Bolsonaro tem características bonapartistas, ou seja, preserva autonomia relativa e se coloca acima das classes sociais, embora sua política econômica esteja alinhada ao mercado financeiro. Ao confundir alhos com bugalhos, a oposição unifica o governo e acaba, ela sim, se isolando. De certa forma, a presença de Regina Duarte na Secretaria de Cultura pode representar o fim da ofensiva obscurantista e reacionária contra a classe artística, e não o contrário. Trocando em miúdos, pode ser pior sem ela.
http://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-a-namoradinha/
O Estado de S. Paulo: 'O grande inimigo do meio ambiente é a pobreza', diz Guedes, em Davos
Ministro da Economia discursou na manhã desta terça-feira, 21, em Davos, na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial
Célia Froufe, enviada especial, O Estado de S.Paulo
DAVOS - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, na manhã desta terça-feira, 21, durante o painel "Shaping the Future of Advanced Manufacturing", realizado durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), que o grande inimigo do meio ambiente é a pobreza. "Destroem porque estão com fome", justificou o brasileiro.
Em outro momento do mesmo evento, ele disse que o mundo precisa de mais comida e salientou que é preciso usar defensivos para que seja possível produzir mais. "Isso é uma decisão política, que não é simples, é complexa", afirmou. Ainda sobre o tema, Guedes disse que a busca dos humanos é sempre pela criação de vidas melhores. Ele ressaltou, porém, que "somos animais que escapamos da natureza".
O ministro disse que o Brasil está criando um ambiente melhor para os negócios e que é preciso agora qualificar as pessoas para terem um emprego no sistema, que está mais tecnológico. "Num país como o Brasil, que está um pouco atrás (em relação às inovações), temos um pouco de preocupação", lamentou, acrescentando que a primeira ação a ser feita é acabar com os "obstáculos".
Ele também falou sobre os três centros que o Brasil está criando para se aproximar das atividades do Fórum Econômico Mundial. Um é ligado à promoção da educação, da pesquisa acadêmica e a ligação com as pessoas de negócios. O outro é um acelerador de qualificações. "Há habilidades para ampliar como as coisas estão se colocando no mundo. Estamos aderindo ao comitê do Fórum e basicamente trazendo pessoas que estão na fronteira", comentou.
Para Guedes, a inovação vem ocorrendo no mundo por meio de um processo descentralizado, mas a busca é fazer com que o País se integre a esse sistema. "Para um País como o Brasil é ainda mais crucial, pois precisamos ter a certeza de que teremos um ambiente de negócios, acadêmico, que permita conhecimento", salientou.
Durante o evento que falava sobre as inovações tecnológicas da última geração, Guedes citou que, ao contrário do que os americanos dizem, foi o Brasil que criou o avião, pelas mãos do inventor Santos Dumont. Ainda sobre descentralização, ele citou que Israel se desenvolveu em tecnologia, mas que o país não conta com escala. "Nós temos escala, agora precisamos investir em educação", afirmou. "Podemos atingir isso se tivermos educação e mais conexões."
Para trás na globalização
O Brasil ficou para trás em relação ao acompanhamento das modernidades do mundo, na avaliação do ministro da Economia, Paulo Guedes, expressa no painel “Shaping the Future of Advanced Manufacturing”, realizado durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). “Perdemos a grande onda da globalização e da inovação, então essa mudança vai levar um tempo (para ocorrer no Brasil), mas estamos a caminho”, afirmou.
O ministro fez um trocadilho com um neologismo em inglês sobre o futuro da indústria no mundo. “O futuro da manufacture (indústria, que tem origem na palavra mão em Latim) será a mindfacture (uma expressão que funde as palavras mente e indústria)”, afirmou. O principal, de acordo com ele, será instruir os trabalhadores para que estejam preparados para um novo mundo no mercado de trabalho.
Antes de seu discurso, o ministro ressaltou que teve uma reunião “muito positiva” com o engenheiro alemão fundador e CEO do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab. “Dissemos a ele que queremos estreitar o relacionamento do Brasil com o Fórum Econômico Mundial. Queremos lançar pelo menos umas três iniciativas”, disse ao Estadão/Broadcast rapidamente, sem entrar em detalhes.
Folha de S. Paulo: Moro chama mensagens de bobageirada e pede para Gilmar assumir responsabilidades
Em entrevista, ex-juiz diz que caso Telegram é 'episódio menor' e afirma obedecer 'cadeia de comando'
O ministro da Justiça, Sergio Moro, disse nesta segunda-feira (20) considerar uma "bobageirada" a publicação de reportagens sobre conversas suas com procuradores da Lava Jato e criticou declaração do ministro do Supremo Gilmar Mendes a respeito da divulgação, pelo então juiz federal, de áudio de telefonema entre o ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff em 2016.
Desde junho passado, o site The Intercept Brasil e outros veículos, como a Folha, têm publicado uma série de reportagens com mensagens de autoridades da Lava Jato que mostram que havia colaboração entre Moro e o chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol.
As conversas apontam, por exemplo, que o então juiz orientou a respeito da ordem de fases da operação, indicou uma prova para uma denúncia do Ministério Público e sugeriu uma testemunha.
Em entrevista ao Roda Viva nesta segunda, Moro disse que o tema é "um episódio menor" em seu primeiro ano no governo federal.
"Sinceramente nunca dei muita importância para isso. Acho que ali tem um monte de bobageirada, nunca entendi muito bem a importância [dada] para aquilo. Agora, foi usado politicamente para tentar, vamos dizer assim, soltar criminosos presos, pessoas que tinham sido condenadas por corrupção e, principalmente, tentar enfraquecer politicamente o Ministério da Justiça."
Moro foi questionado também sobre sua decisão, na época em que era o juiz responsável pela Lava Jato, de tirar o sigilo de conversas telefônicas entre Lula e Dilma em março de 2016, em uma iniciativa que acabou aumentando a pressão pelo impeachment da então presidente.
Após aquela medida de Moro, Gilmar Mendes concedeu uma liminar suspendendo a nomeação de Lula para a Casa Civil do governo, diante da suspeita de obstrução de Justiça.
Em entrevista no ano passado, também no Roda Viva, Gilmar afirmou que hoje tem "muitas dúvidas" sobre o assunto. "Muito mais dúvidas do que certeza e lamento muito esse tipo de manipulação."
Para a Lava Jato, o telefonema mostrava que a nomeação de Lula como ministro tinha como objetivo travar as investigações sobre ele, transferindo seu caso de Curitiba para o STF.
Mas registros inéditos obtidos pela Folha e analisados em conjunto com o site The Intercept Brasil indicam que outras ligações interceptadas pela polícia naquele dia, mantidas em sigilo pelos investigadores, punham em xeque a hipótese adotada na época por Moro, que deixou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PSL).
Nesta segunda-feira, Moro defendeu sua medida na ocasião, mas disse que é atribuída ao áudio uma importância que não existe.
"É muito facil [afirmar:] '2016, ah, não tenho culpa nenhuma, fui manipulado'. Não existe nada disso. Ele [Gilmar] tomou a decisão dele na época, ele assuma a responsabilidade pela decisão que ele tomou. Nada ali foi objeto de manipulação ou qualquer espécie de falsidade."
Caso haja entendimento de que Moro estava comprometido com a Procuradoria (ou seja, era suspeito), as sentenças proferidas por ele poderão ser anuladas. Isso inclui o processo contra Lula no caso do tríplex de Guarujá, que levou o petistas à prisão em 2018, está sendo avaliado pelo STF e deve ser julgado neste ano.
Segundo o Código de Processo Penal, “o juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes” se “tiver aconselhado qualquer das partes”. Afirma ainda que sentenças proferidas por juízes suspeitos podem ser anuladas.
Já o Código de Ética da Magistratura afirma que "o magistrado imparcial” é aquele que mantém “ao longo de todo o processo uma distância equivalente das partes e evita todo o tipo de comportamento que possa refletir favoritismo, predisposição ou preconceito".
Na entrevista, Moro falou sobre a possibilidade de ser nomeado para o Supremo por Bolsonaro, em vaga que será aberta neste ano. O presidente já defendeu que pretende indicar alguém "terrivelmente evangélico" para o cargo. Moro afirmou que a religião não é um fator fundamental para a escolha e disse ser católico.
O ministro da Justiça também foi questionado no programa a respeito de ataques do presidente Jair Bolsonaro a jornalistas. Disse que não falaria especificamente sobre o comportamento do presidente, mas afirmou que Bolsonaro "tem sido criticado e muitas vezes ele reage"
Em outros momentos da entrevista, que marcou a estreia da jornalista Vera Magalhães à frente do programa, disse respeitar uma "cadeia de comando" quando existem divergências com Bolsonaro.
Sobre a sanção pelo presidente do pacote anticrime, com diversos pontos sobre os quais Moro é crítico, disse que Bolsonaro entendeu que, se vetasse determinados trechos, acabaria sendo derrotado posteriormente na Câmara.
Para o ministro da Justiça, a implantação da figura juízes das garantias, magistrados que ficarão responsáveis apenas pelas investigações de casos na Justiça, só pode ser concretizada se for editada uma nova lei, com o texto atual sendo considerado inconstitucional. "Não é uma prioridade para a melhoria do nosso sistema judiciário."
Questionado sobre os motivos de não se manifestar acerca de assuntos como a defesa da ditadura militar por integrantes do governo ou o ataque à produtora do grupo Porta dos Fundos, no fim do ano passado, o ministro disse que não é um "comentarista sobre tudo".
Sobre a saída do secretário nacional da Cultura, Roberto Alvim, que foi demitido na sexta-feira (17) após discurso no qual parafraseou Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, Moro chamou o caso de "episódio bizarro" e disse que não se pronunciou porque o presidente já havia decidido demitir o subordinado.
O ministro foi questionado sobre o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes. Antes defensor da federalização do caso, Moro afirmou ter mudado de posição após declarações da família da vítima.
"Quando eu externei publicamente essa decisão, de que achava conveniente essa federalização, familiares da vítima, da Marielle, falaram também publicamente que não queriam que fosse federalizado. E ainda levantaram —aqui, com todo o respeito, eu acho que de uma forma não muito justa— que a ideia de federalizar era para que aí o governo federal obstruísse as investigações", afirmou ele.
Em novembro o ministro disse ser favorável à medida após menção ao nome do presidente Bolsonaro no depoimento de um porteiro durante as investigações. "Vendo esse novo episódio, em que se busca politizar a investigação indevidamente, a minha avaliação é que o melhor caminho para que possamos ter uma investigação exitosa é a federalização", declarou o ministro na época.
Bolsonaro também já se declarou contra a medida, que, segundo ele, poderia ser interpretada como tentativa de blindá-lo.
El País: Falha no Enem enfraquece ministro Weintraub
Governo afirma que erro em gabarito, que afetou quase 6.000 candidatos, aconteceu em gráfica. Inscrições para Sisu são prorrogadas até domingo, mas MPF quer suspensão da seleção
A falha identificada no primeiro Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) da era Bolsonaro tirou o sono nos últimos dias de quase 6.000 estudantes e contribuiu para o desgate do ministro Abraham Weintraub à frente da Educação, uma pasta que enfrenta descontinuidade administrativa e troca de postos-chave desde o início da gestão. Na noite desta segunda-feira, Alexandre Pereira Lopes, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por organizar a prova, confirmou que um total de 5.974 alunos foram prejudicados pelos erros na correção do exame, a mais abrangente avaliação do gênero no país, que serve como vestibular para mais de 500 universidades públicas e particulares do país. Essa quantidade de resultados com problemas representa 0,15% dos 3,9 milhões de inscritos que fizeram as provas.
Os casos de erros se concentraram, segundo o Inep, principalmente em quatro municípios: Viçosa, Ituiutaba e Iturama, em Minas Gerais, além de Alagoinhas, na Bahia. Essas cidades concentraram 96,7% dos equívocos. Segundo o instituto, todos gabaritos foram corrigidos e as notas corretas já estão disponíveis para os candidatos. Conforme o Inep, houve casos em que as notas aumentaram e casos em que as notas foram reduzidas. “Vamos revisar e implementar novos testes para evitar essas inconsistências no futuro", afirmou Lopes, que prometeu fortalecer os procedimentos de segurança. Há dois processos licitatórios abertos para a impressão dos próximos exames.
Ainda que tenha havido essas falhas, o Inep manteve para essa terça-feira a data de início das inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que é o meio utilizado pela União pelo qual as universidades oferecem suas vagas. Os candidatos com melhor classificação no Enem são selecionados por essas instituições. A diferença é que o prazo final para a inscrição no Sisu foi ampliado para o dia 26 de janeiro, antes, era o dia 24. No fim da noite, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, pediu, via ofício, que o começo do Sisu seja suspenso até que todas as dúvidas e inconsistências sejam sanadas.
Falha pressiona ministro
Desde o início do Governo Jair Bolsonaro, há um ano, o Inep teve três presidentes diferentes, sendo que por cinco meses ficou sem qualquer dirigente no cargo máximo da entidade. No último dia 17, quando os resultados da prova foram divulgados pelo MEC e pelo Inep, o ministro Abraham Weintraub chegou a dizer que esse tinha sido “o melhor Enem de todos os tempos”. Indagado por meio de sua assessoria, nesta segunda-feira, se mantinha essa opinião, o responsável pela Educação não respondeu à reportagem.
No fim do ano passado, sem alcançar resultados expressivos em avaliações internacionais, pressionado por parlamentares que cobravam projetos para a pasta e depois de se envolver em uma série de polêmicas nas redes sociais nas quais discutia com internautas ou escrevia palavras com a grafia errada —como imprecionante ou paralização—, Weintraub era tido como o próximo ministro a cair do Governo. Foi mantido pelo presidente, dentro da chamada cota ideológica, que tem o apoio do guru do bolsonarismo, o escritor Olavo de Carvalho. Com essa falha no Enem, ele perde forças e, no Planalto, sua demissão volta a ser analisada. O presidente, contudo, resiste em demiti-lo porque entende que seria ceder à pressão da imprensa.
A falha no Enem, conforme o Inep, ocorreu porque alguns dos gabaritos usados na correção das avaliações realizadas em novembro do ano passado, eram distintos das provas que foram aplicadas a esses alunos. Por exemplo, um aluno respondeu as questões da prova azul, mas o gabarito usado para a correção dela foi o de uma amarela. Os cadernos de provas têm cores diferentes para evitar que um candidato/aluno copie as repostas de outro concorrente na mesma sala. O erro teria sido ocasionado, de acordo com o Governo, por uma falha da gráfica Valid, que foi contratada de maneira emergencial para imprimir o Enem.
Pelo trabalho para o exame, a empresa foi contratada por 151,7 milhões de reais. A mesma Valid ainda tem um outro contrato com a União no valor de 143,1 milhões. Esse último para aplicar as provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e do Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja). Agora, ela será notificada para se explicar. Há a possibilidade de punições para a empresa. O Inep não soube precisar quais seriam essas sanções previstas nos contratos.
A confusão envolvendo as provas do Enem começaram em março do ano passado, quando a empresa que era responsável pela impressão das provas desde 2009, a RR Donnelley, declarou falência. Foi então que a Valid, a segunda qualificada em um certame de 2016 vencido pela RR Donnelley, foi contratada sem licitação alguma. A contratação teve o aval do Tribunal de Contas da União.
Em 2009, o Enem também teve outra falha, quando três pessoas furtaram as provas da gráfica que a imprimia, a Plural, e tentaram vendê-la. O caso resultou no adiamento na realização das provas e na demissão do então presidente do órgão. Foi a partir de então que a RR Donnelley passou a prestar o serviço ao Governo.
Quando decretou a falência, a gráfica então responsável pelas provas já deveria estar começando seu processo de impressão. No mercado editorial havia a sinalização de que haveria problemas no Enem, que acabaram se confirmando neste fim de semana, quando alunos se queixaram das falhas nas redes sociais e o MEC as admitiu publicamente, dizendo que montaria uma força-tarefa com o Inep para analisar os casos. “A manifestação das pessoas nas redes sociais, junto com nosso 0800, permitiu que nós pudéssemos notar essas inconsistências e corrigi-las a tempo", afirmou Lopes. Ele considerou positivo o resultado final do exame. “Quando se corrige a tempo, considero que é uma vitória”.
Um dos trabalhos dessa força-tarefa, formada por 300 servidores públicos e funcionários do consórcio que elaborou as provas, era checar os relatos dos candidatos que enviaram mensagens para o Inep. As reclamações foram encaminhadas por e-mail e o prazo para fazê-las era de menos de 24 horas. Esgotou-se na manhã desta segunda-feira, quando 172.000 queixas foram enviadas. Conforme o presidente do Inep, todos os 3,9 milhões de candidatos tiveram suas notas revisadas. “Não foi apenas quem mandou o e-mail ”, afirmou Lopes.
Multiplicadores do país conhecem detalhes da Jornada da Cidadania
Realizado pela FAP, curso de formação política tem time de mobilizadores de 26 Estados e DF; inscrições até 29 de janeiro
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
O coordenador-geral da Jornada da Cidadania e professor de direito, Marco Aurélio Marrafon, apresentou, neste domingo (19), os detalhes do curso de formação política a 64 multiplicadores dos 26 Estados e Distrito Federal que vão reforçar a divulgação, a interação e o engajamento com o público interessado. O curso é realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e será totalmente gratuito e online. As inscrições seguem até o dia 29 de janeiro e o início das aulas está previsto para fevereiro.
A apresentação teve transmissão ao vivo pelo site e pela página da FAP no Facebook. Estiveram presentes no evento o diretor-geral da fundação, jornalista Luiz Carlos Azedo; o diretor-financeiro da entidade, Ciro Gondim Leichsenring; e o professor de ciência política e conselheiro da FAP Hamilton Garcia.
O coordenador-geral da Jornada da Cidadania explicou que o curso é uma alternativa à população, diante de “tempos sombrios, ignorância e radicalismo no país”. Segundo ele, o objetivo do curso é formar e capacitar filiados e cidadãos em geral acerca de conteúdos relevantes à política, com foco em diretrizes programáticas e posicionamento ideológico.
Entre as finalidades da Jornada da Cidadania, de acordo com o professor de direito, também está a oferta de conhecimento para que os alunos desenvolvam pensamento crítico, questionem e participem construtivamente do debate público, seguindo uma das principais diretrizes da FAP. Toda essa formação resultará, ainda, na preparação de candidatos para as eleições de 2020.
O curso terá 36 horas, planejadas para serem distribuídas por 14 semanas. Na plataforma de educação a distância e interativa, os inscritos terão acesso, por meio de login e senha, a 14 videoaulas de 15 minutos cada uma e a 42 pílulas de conteúdo de três minutos cada.
Além disso, os inscritos também terão acesso a estudos dirigidos, por meio de capítulos de livros, artigos e outros formatos de textos disponibilizados na plataforma digital. Conteúdos multimídia, como vídeos, filmes, tedX e podcasts, também serão oferecidos aos alunos durante o curso online.
Veja, abaixo, mais detalhes da Jornada da Cidadania
Pilares
1. Ética e integridade na ação política;
2. Estratégia e liderança;
3. Fundamentos de teoria política e democracia;
4. Comunicação eficaz;
5. Casos de sucesso.
Conteúdo programático | Aulas raízes (15 minutos cada uma)
1. Política pra quê?
2. As Democracia estão em risco?
3. Comunicação política eficaz
4. A política como vocação
5. Liderança e estratégias de mobilização
6. Liberalismo
7. Socialismo/comunismo
8. Liberalismo progressista
9. Estado de Direito versus Ciberpopulismo
10. Defesa de causas e construção de narrativas
11. Ética e integridade
12. Políticas públicas e planejamento no poder público
13. Conformidade e regras eleitorais
14. O futuro eleitoral da política e dos partidos na era digital
Aulas pílulas (3 minutos cada uma)
1. O que é democracia?
2. Ser ético: seu chefe te pediu algo errado? Caso Calero
3. Importância da página de internet
4. Case robôs
5. O que é emenda parlamentar?
6. Perfil do líder
7. O que parlamentar pode fazer para melhorar a vida do cidadão na prática?
8. O que é Constituição?
9. Análise sobre Olavo de Carvalho
10. Redes sociais não bastam para defender uma causa social
11. Por que entrar para a política e a importância da construção partidária
12. Como usar o Youtube
13. Atribuições e competências dos três poderes
14. Ser ético 2: Como lidar com fake News?
15. Fiscalização e controle social
16. Cargos públicos e corte de privilégios
17. Como mobilizar pelo Facebook?
18. Estratégia: O que é?
19. Case eleições
20. Como usar o Whatsapp?
21. O que fazer para ter credibilidade na política?
22. Como usar o Instagram?
23. Ser ético 3: E o caixa 2?
24. Como contar uma história?
25. O que é e o que faz uma frente parlamentar?
26. Origem da crise democrática norte-americana
27. Liderança positiva
28. Twitter
29. O que é pacto federativo?
30. Meio ambiente e sustentabilidade na política
31. Como fiscalizar a prefeitura da minha cidade?
32. Política pública: O que é?
33. Pesquisa para defesa de uma causa
34. Importância do monitoramento das redes pela prefeitura
35. Ser ético 4: Proteção da intimidade e a vida privada
36. Engajamento e valorização voluntários
37. Dicas para mobilizar melhor
38. Papel de um bom vereador
39. Gestão de voluntários
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Ao vivo: 'Encerramento do IV Encontro de Jovens Lideranças'
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Ao Vivo: 'IV Encontro de Jovens Lideranças tem oficina sobre redes sociais'
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IV Encontro de Jovens Lideranças discute corrupção, democracia e ética na política
Evento é realizado, pela FAP, em Corumbá de Goiás; jovens de todo o Brasil participam
Corrupção, democracia e ética na política são discutidas no último debate da programação desta sexta-feira (17) do IV Encontro de Jovens Lideranças, realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), em Corumbá de Goiás, a 125 quilômetros de Goiânia. O debate tem a participação do coordenador-geral da Jornada da Cidadania e professor de Direito, Marco Aurélio Marrafon, e do consultor legislativo do Senado nas áreas de direito constitucional e direito eleitoral e processo legislativo, Arlindo Fernandes de Oliveira. O mediador é o doutor em história Victor Missiato.
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O encontro é realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), vinculada ao Cidadania, em Corumbá de Goiás, a 125 quilômetros de Brasília. No total, 75 jovens dos 26 Estados e do Distrito Federal participam do evento, que tem transmissão ao vivo pelo site e Facebook da entidade. O evento teve início na quarta-feira (15) e seguirá até este sábado (18).
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Ao vivo: ‘Líder tem a chama de se importar com o outro’, diz Luciano Rezende no IV Encontro de Jovens Lideranças
Prefeito de Vitória ministra palestra e destaca características essenciais de liderança
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
“O líder é extremamente necessário para a construção de uma sociedade harmônica”. A declaração é do médio e prefeito de Vitória, Luciano Rezende (Cidadania). Ele participa, nesta sexta-feira (17), do IV Encontro de Jovens Lideranças, realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), em Corumbá de Goiás, a 125 quilômetros de Brasília. O evento é transmitido ao vivo pelo Facebook e site da entidade.
O encontro reúne 75 jovens dos 26 Estados e do Distrito Federal. Rezende participa da mesa sobre a importância das redes sociais na política. Antes dele, o pós-doutor em comunicação Sérgio Denicoli, sócio-diretor da AP Exata, empresa que atua na área de big data e inteligência artificial, também explicou aos participantes estratégias para ter uma melhor atuação nesses canais de interação na internet. A mediação é feita pelo professor de ciência política e conselheiro da FAP Hamilton Garcia.
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De acordo com o prefeito de Vitória, “líder é um sentimento, tem um desejo ardente de se envolver com a angústia do outro”. “Um líder tem essa chama de se importar com o outro. Aceita erros, mas desenvolve a capacidade de errar pouco. O líder que erra muito perde a credibilidade”, destacou.
Rezende disse, ainda, que o líder assume o seu papel quando inspira outras pessoas. “O exemplo do que você faz é muito mais forte do que você fala”, acentuou, para reforçar outra característica de liderança. “É a habilidade de resolver conflitos complexos e legítimos, buscando consenso”, asseverou.
O prefeito destacou que muitas pessoas tem usado o discurso da “nova política”, mas ele entende que a expressão mais adequada é “boa política”. “A nova política dá uma ideia de que tudo que é novo é bom, e tudo que é velho é ruim. Para a boa política, não importa a idade. Para isso, a gente precisa de jovens que estejam capacitados”, acentuou.
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Ao vivo: IV Encontro de Jovens Lideranças debate a importância das redes sociais na política
Evento é realizado, em Corumbá de Goiás, pela FAP, e reúne jovens de todo o Brasil
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
A importância das redes sociais na política é tema de palestra realizada, na tarde desta sexta-feira (17), no IV Encontro de Jovens Lideranças. O assunto é abordado pelo pós-doutor em comunicação Sérgio Denicoli, sócio-diretor da AP Exata, empresa que atua na área de big data e inteligência artificial. O médico e prefeito de Vitória (ES), Luciano Rezende, também participa dessa palestra, que é mediada pelo professor de ciência política e conselheiro da FAP Hamilton García. Antes de iniciar a palestra, o diretor-geral da FAP, jornalista Luiz Carlos Azedo, teve uma conversa com os participantes sobre política e cooperação.
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O encontro é realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), vinculada ao Cidadania, em Corumbá de Goiás, a 125 quilômetros de Brasília. No total, 75 jovens dos 26 Estados e do Distrito Federal participam do evento, que tem transmissão ao vivo pelo site e Facebook da entidade.
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Ao vivo: IV Encontro de Jovens Lideranças debate democracia, exclusão e redes sociais
Evento é realizado pela FAP em Corumbá de Goiás, com transmissão ao vivo pelo site e redes sociais da entidade
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Participantes do IV Encontro de Jovens Lideranças continuam, nesta sexta-feira (17), a ter aulas sobre democracia, exclusão social e sustentabilidade. No terceiro dia do evento, eles também vão discutir a importância das redes sociais na política e, à noite, participarão de debate sobre corrupção e democracia.
O encontro é realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), vinculada ao Cidadania, em Corumbá de Goiás, a 125 quilômetros de Brasília. No total, 75 jovens dos 26 Estados e do Distrito Federal participam do evento, que tem transmissão ao vivo pelo site e Facebook da entidade.
https://www.facebook.com/facefap/videos/159286278695540/
Nesta sexta-feira, no salão principal do encontro, onde é feita a transmissão ao vivo, o historiador e professor Marcus Vinicius Oliveira aborda o tema “Democracia em risco: a política no mundo contemporâneo”. Em outra sala, o sociólogo e professor da UnB (Universidade de Brasília) Elimar Nascimento ministra aula sobre a nova exclusão social, democracia e sustentabilidade. A aula de Nascimento foi transmitida pela internet nesta quinta-feira (16).
Na parte da tarde, os jovens terão palestra sobre a importância das redes sociais na política. Será ministrada Pelo pós-doutor em comunicação Sérgio Denicoli, sócio-diretor da AP Exata, empresa que atua na área de big data e inteligência artificial). O médico e prefeito de Vitória (ES), Luciano Rezende, também participará dessa palestra, que será mediada pelo professor de ciência política e conselheiro da FAP Hamilton García.
À noite, haverá um debate sobre corrupção, democracia e ética na política. Os debatedores será realizado pelo coordenador-geral da Jornada da Cidadania, Marco Aurélio Marrafon, professor de direito e pensamento político na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Outro debatedor será o consultor legislativo do Senado nas áreas de direito constitucional e direito eleitoral e processo legislativo, Arlindo Fernandes de Oliveira. O mediador será o doutor em história Victor Missiato.
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