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Ao vivo: Aulas e debate marcam segundo dia do IV Encontro de Jovens Lideranças
Evento é realizado pela FAP em Corumbá de Goiás. Programação do dia tem dinâmica sobre diversidade
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
A FAP (Fundação Astrojildo Pereira) transmite, ao vivo, no seu site e em sua página no Facebook, o segundo dia do IV Encontro de Jovens Lideranças, em Corumbá de Goiás, a 125 quilômetros de Brasília. A programação desta quinta-feira (17) inclui aulas sobre democracia, dinâmica sobre diversidade e debate sobre liberalismo e progressismo no Brasil. O evento seguirá até o próximo sábado (18).
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No total, 75 jovens participam do encontro. No salão principal do evento, onde é feita a transmissão ao vivo, o sociólogo e professor da UnB (Universidade de Brasília) Elimar Nascimento ministra aula sobre a nova exclusão social, democracia e sustentabilidade. O historiador e professor Marcus Vinicius Oliveira aborda o tema “Democracia em risco: a política no mundo contemporâneo”. Como as aulas são simultâneas, a transmissão ao vivo da aula de Oliveira será nesta sexta-feira (17).
Na parte da tarde, a socióloga e psicanalista Almira Rodrigues fará comentários sobre a dinâmica de diversidade chamada quatro olhares. A atividade será mediada pela coordenadora-geral do IV Encontro de Jovens Lideranças, Terezinha Lelis. No final da tarde, haverá um show da cantora Linna Karo.
À noite, os alunos deverão participar de um debate sobre liberalismo e progressivo no Brasil, com a participação do cientista político Leandro Machado, cofundador do Movimento Agora; e do historiador, diretor-executivo da FAP e professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Alberto Aggio. O debate será mediado pelo doutor em sociologia e diretor-executivo da FAP Caetano Araújo.
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Batalha de poesias encerra primeiro dia do IV Encontro de Jovens Lideranças
Participantes do evento assistiram à apresentação em forma de protesto realizado por jovens da periferia de Brasilia
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Apresentação de poesias em forma de protesto encerrou, na noite desta quarta-feira (15), o primeiro dia do IV Encontro de Jovens Lideranças, em Corumbá de Goiás, a 125 quilômetros de Brasília. Realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), o evento reúne quase 100 pessoas, incluindo 75 jovens de 26 Estados e do Distrito Federal, além de palestrantes e organizadores.
Toda a programação do encontro é transmitida ao vivo pelo site e redes sociais da FAP, que é vinculada ao Cidadania. As gravações também ficam disponíveis para o público na internet. Além de apresentação cultural, o evento tem aulas para formação política e cidadã, além de dinâmicas em grupo.
No final do primeiro dia do encontro, os participantes assistiram à batalha de poesias do Slam DéF, que é formada por jovens da periferia de Brasília. Entre os competidores estavam o poeta Werick Wesley da Silva, conhecido como Banzo; e as poetisas Luana Rocha de Queiroz, a Nega Lu; e Naiara de Jesus Barbosa, chamada pelos colegas de Araian Poeta. O coordenador da competição é o professor de língua portuguesa Will.
O IV Encontro de Jovens Lideranças é um evento de formação política e cidadã sustentada na promoção do conhecimento e em debates. Dessa forma, segundo os organizadores, a batalha de poesias levou ao público a reflexão de temas relevantes, como machismo, feminicídio, racismo, assédio sexual e outras formas de preconceito e crimes contra a comunidade LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexo).
Inovação e sustentabilidade
À tarde, o engenheiro civil e presidente do conselho da Fundação Amazônia Sustentável, Benjamin Sicsu, ministrou palestra sobre inovação e sustentabilidade. Ele sugeriu que a FAP crie um grupo de discussão online para aprofundar outras questões relacionadas ao meio ambiente, como saneamento básico.
Durante a palestra, muitos jovens fizeram perguntas e comentários sobre experiências de suas cidades relacionadas ao tema. Eles ressaltaram a importância de a juventude olhar para temas imprescindíveis à vida humana e estabelecer uma pauta mais forte em defesa do meio ambiente. “A participação dos jovens foi muito boa. Quanto maior a participação, melhor o debate”, disse Benjamin.
A abertura oficial do evento foi realizada pelo diretor-geral da FAP, o jornalista Luiz Carlos Azedo, que conclamou os jovens a terem comprometimento com as atividades do encontro, a fim de saírem dele com o maior aprendizado possível para compartilharem em suas cidades. Ele também destacou que o objetivo do evento não é fazer “doutrinarismo”.
“Nosso intuito é estimular vocês a pensarem com a própria cabeça e dar informação para que pensem sobre a realidade política, econômica e social do país”, disse Azedo. “A metodologia do encontro não é de reunião de partido. É um encontro de formação política, com treinamentos e dinâmicas de trabalho em equipe, para desenvolvermos liderança e cooperação em ambiente competitivo”, afirmou.
O diretor-geral da FAP lembrou aos participantes do encontro que o encerramento oficial do evento será realizado no sábado pelo presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire.
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Confira, ao vivo, a abertura do IV Encontro de Jovens
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FAP transmite ao vivo o IV Encontro de Jovens Lideranças a partir desta quarta (15)
Estratégia da FAP vai permitir que o debate chegue a um maior número de pessoas, avalia Cristovam Buarque
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Internautas de todo o mundo poderão acompanhar ao vivo a cobertura do IV Encontro de Jovens Lideranças, que será realizado a partir desta quarta-feira (15), em Corumbá de Goiás, a 125 quilômetros de Brasília. Com programação até o próximo sábado (18), o evento terá transmissão em tempo real nas redes sociais e no site da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), realizadora do evento e vinculada ao Cidadania.
Presidente do Conselho Curador da FAP, Cristovam Buarque destaca que a transmissão ao vivo do IV Encontro de Jovens Lideranças segue a tendência da sociedade, que está cada vez mais conectada em toda o mundo. “O veículo que os jovens mesmo gostam é a internet. O encontro em si é o ponto de partida, o estopim, cujas discussões devem ultrapassar os muros”, diz ele. “O verdadeiro debate não se limita dentro de muros. É preciso derrubar os muros para que a gente se comunique com as pessoas. A transmissão ao vivo, além de ser contemporânea com a linguagem dos jovens, é uma maneira de chegar ao maior número de pessoas”, acentua.
No encontro, os jovens terão a oportunidade de participar de uma imersão política em formato de curso de liderança e treinamento para trabalho em equipe, com palestras, aulas, debates, dinâmicas de grupo, além de atividades lúdicas e recreativas. Também participarão do encontro os multiplicadores da Jornada da Cidadania.
Cristovam afirma que o IV Encontro de Jovens Lideranças tem duas grandes finalidades. A primeira delas, segundo ele, é fazer a juventude debater problemas nacionais. “Isso tem sido difícil hoje porque os partidos se segmentaram e perderam o sentimento de nação, de conjunto, de humanidade”, afirma. “Com o encontro, estamos tentando trazer debates sobre assuntos globais, a condição humana e as disputas de classe, que estão ausentes das discussões hoje”, acrescenta.
O segundo objetivo do IV Encontro de Jovens Lideranças, de acordo com Cristovam, é fortalecer a própria juventude. “Se não conseguir mobilizar os jovens para uma agenda transformadora e progressista, o partido deixa de existir. O partido não pode ser coisa de velhos, embora necessite de velhos por causa da memória, mas o partido precisa da juventude”, acentua.
Coordenadora-geral do encontro, a psicóloga Terezinha Lelis acredita que o momento é muito especial para a realização do evento. “Justamente porque podemos colocar a tecnologia a serviço da democracia e dialogar com os jovens”, destaca. “Sempre falamos que os jovens são o futuro, mas, na verdade, eles são a possibilidade, neste presente, de serem diferentes do que a velha política tem feito”, afirma.
Terezinha lembra que o assunto ganha ainda mais relevância neste ano por causa das eleições que serão realizadas em outubro. “É uma possibilidade de discussão ampla, profunda e reverberada em todo o Brasil”, diz a coordenadora do encontro. “A FAP está de parabéns pela realização do evento, mais uma vez, já que segue a sua própria linha de produzir e aumentar conhecimento, além de investir na formação dos jovens”, ressalta.
O consultor do encontro, José Augusto Neves reforça que a transmissão ao vivo do IV Encontro de Jovens Lideranças mostra o compromisso da FAP com a transparência, além do propósito da fundação de procurar soluções para o Brasil independentemente de posições políticas. “Significa querer construir uma nação de verdade, onde haja oportunidade para todo mundo, principalmente para jovens, negros, mulheres e comunidade LGBTI”, ressalta, referindo-se à sigla da diversidade de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexos.
Juventude representada
A coordenadora nacional de Organização da Juventude 23, grupo de mobilização de jovens do Cidadania, Gisele Cristina Estrela ressalta que o IV Encontro de Jovens Lideranças é muito positivo para integrar e aproximar o segmento de todo o país. “O encontro serve como um momento muito proveitoso de discussão política e de conhecimento”, afirma ela, que já participou de duas das três edições do evento realizadas até o ano passado.
Gisele diz que a juventude vem se organizando interna e externamente em alguns estados, mas, segundo ela, em outros, ainda há grande evasão. “O encontro serve mais para formação política e cidadã e o intuito é que cada jovem participante compartilhe o conhecimento em seus estados e municípios”, diz ela.
O coordenador nacional de Movimentos Sociais da Juventude 23, Bruno de Arruda Rodrigues, afirma que o IV Encontro de Jovens Lideranças é muito importante por causa da troca de conhecimento entre jovens de todos os 26 Estados e do Distrito Federal. “Acredito que a juventude precisa ser mais ouvida e integrada na organização. É importante a ocupação dos espaços da juventude por pessoas que entendam as pautas da própria juventude. A construção do conhecimento, nesse sentido, deve ser coletiva”, sugere.
Palestrantes confirmados
Entre os palestrantes confirmados, estão o presidente do Conselho da Fundação Amazonas Sustentável, Benjamin Sicsu; o doutor em história e membro do Conselho Curador da FAP Marcus Vinicius Oliveira; a socióloga e psicanalista Almira Rodrigues; o cientista político Leandro Machado e o historiador e diretor-executivo da FAP Alberto Aggio.
Também estão confirmados como palestrantes o pós-doutor em Comunicação Sergio Denicoli, sócio-diretor da AP Exata; o prefeito de Vitória (ES) e médico Luciano Rezende; o professor de direito e coordenador da Jornada da Cidadania, Marco Aurélio Marrafon; o doutor em história Victor Missiato e a campeã mundial de artes marciais e campeã nacional do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, Jordâna de Castro Saldanha. A programação detalhada do encontro será divulgada no local do evento.
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Folha de S. Paulo: Não inventamos Huck, ele já era agente político, diz Roberto Freire
Presidente do Cidadania, Roberto Freire afirma que apresentador compete com Lula e não é 'um Silvio Santos'
Joelmir Tavares, Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - Ex-comunista, Roberto Freire, 77, diz não ver mais sentido em um projeto de sociedade que considera derrotado. Presidente nacional do Cidadania (antigo PPS), ele comanda um partido que ainda tem saudosos do comunismo, mas reúne também liberais, sociais-democratas e neófitos que buscam um lugar no espectro político.
É nesse caldeirão que Freire sonha em enfiar Luciano Huck, o apresentador de TV sem filiação partidária que poderá unir o chamado centro político na eleição presidencial de 2022.
"Ele tem mostrado muita capacidade política, de se relacionar, de dialogar. Está se revelando um bom articulador", diz Freire à Folha.
Em um aceno a Huck —que tem na sigla interlocutores próximos—, o Cidadania atualizou seu estatuto para incluir na direção da legenda representantes de movimentos que pregam renovação política.
O apresentador, que por ora despista publicamente sobre o plano de candidatura, repete que hoje atua no debate público por meio de "organizações cívicas" como Agora! e RenovaBR.
Como o sr. descreveria o atual momento do partido?
Uma nova sociedade está surgindo, com a revolução científica e tecnológica e as novas relações sociais e de trabalho. Isto aqui [pega o smartphone] mudou o mundo. Não pode alguém imaginar que, com tudo isso, os partidos continuem sendo organizados como antes. A forma de representação política acompanhou essas transformações.
Por isso a decisão do Cidadania de incorporar os ditos movimentos de renovação?
Partido é algo datado, é um conceito do fim do século 19. Movimentos como Agora!, Acredito e Livres são uma tentativa de organizar uma representação política futura. O mais importante é entender que essa é a nova forma de partido.
A abertura a esses grupos ocorre no momento em que outras siglas, como Novo e PDT, querem brecá-los.
É porque elas veem os movimentos como se fossem seus adversários. No Cidadania, os movimentos ajudaram a construir o novo estatuto. Não tenho que entendê-los como algo estranho.
Antigamente, alguém se preocupava que você tivesse no partido um dirigente sindical? Não. Ele era ao mesmo tempo dirigente sindical e filiado. Queremos que os movimentos sejam parte integrante, que nós tenhamos presença onde a sociedade estiver organizada.
Existe quem veja nessa articulação uma tentativa de cooptação dos movimentos.
Se eles participam de tudo, se não estão impedidos de debater, se queremos que se engajem nas discussões, não há por que falar em cooptação. Agora, o que não se pode perder de vista é que isso aqui não será um ajuntamento nem de pessoas nem de organizações. Precisamos de políticas e de propostas para o país.
Nesta nova fase, o sr. acha possível conciliar as visões conflitantes internas? Há membros históricos de orientação comunista, liberais, representantes de novos movimentos...
Nós vamos ter posição. Nada vai deixar de acontecer porque alguém não gostou. O partido vai ter uma posição, mas vamos respeitar as opiniões divergentes.
O Cidadania quer se firmar, como se ventila externamente, como o principal partido de centro do país?
Esse negócio de centro, isso não existe. Centro tem a ver com o momento. O significado de ser esquerda ou direita nessa nova sociedade terá que ter outra substância, outro conteúdo. Se você ficar preso ao passado, deixa de existir. Não vejo mais o PT como de esquerda. E não é de agora. Quando chegou ao governo [em 2003], era só retórica de esquerda, mas não mudou coisa nenhuma.
O partido não quer rótulos?
Uso uma imagem que é a da transição. Estamos construindo uma formação política no Cidadania em que vêm os liberais, que entendem a economia nesta nova fase e respeitam a democracia e os direitos humanos, e ao mesmo tempo os sociais-democratas, que nós representamos na nossa origem, com a preocupação social, em uma sociedade que continua entre as mais injustas do mundo. Então, se for para considerar os paradigmas passados, somos de centro-esquerda.
A iniciativa do partido de atrair movimentos é um chamariz para a filiação de Luciano Huck?
Não, não é um chamariz. Não é casuísmo. Luciano é talvez a liderança maior desses movimentos. E não é de agora. Ele nos procurou para conversar em 2017. A partir daí surgiu a possibilidade de ele ser candidato. Só que era uma coisa ainda muito embrionária. Ele tinha que decidir rapidamente. Não deu tempo para a gente organizar isso.
Como nós tínhamos essa ideia de integrar [os movimentos], foi a faca e o queijo, sopa no mel. Começamos a conversar. E aí veio a ideia da nova conformação.
Então, lá atrás, ele procurou o sr. para dialogar?
No primeiro encontro que tivemos, estavam ele e pessoas do movimento Agora!. Não fomos nós que fomos inventar Luciano, ele já existia como um agente político, com essas organizações. De lá para cá, ele ampliou isso e passou a conversar com outros setores. Hoje tem relacionamento com vários agentes da política.
O sr. acha que Huck sobrevive ao escrutínio e à exposição até 2022? Não corre o risco de ficar desgastado?
O escrutínio, para ele, só o beneficia. Como ele não tem nenhuma passagem na vida pública, não tem muito o que sofrer. É diferente de ter algum problema e o problema ser esclarecido, como, por exemplo, essa bobagem do negócio do avião [comprado com financiamento do BNDES], que é uma idiotice. Quanto mais se falar desse falso escândalo, mais facilmente isso vai cair, porque não tem nenhuma substância.
Quem comprou [o jatinho] foi a empresa dele, dentro da lei. Não acho que tenha havido problema. Qualquer candidato, qualquer pessoa, é passível de enfrentar esse tipo de coisa. Não há nada que vá conter sua popularidade ou impedi-lo de se estruturar politicamente. E ele está se revelando um bom articulador.
Quão viável é uma candidatura de Huck?
O que é a grande vantagem de Huck? Segundo as pesquisas, ele é forte onde Lula é: nos setores mais populares. E, no outro setor, é uma construção. Ainda há um preconceito, como se ele fosse apenas um bom profissional apresentador de televisão. Ele não é só isso. Aí demanda desenvolvimento, processo.
Estamos ajudando. Eu não ia chamar um Silvio Santos —com todo o respeito ao grande apresentador de TV que foi, mas que é só isso. Fernando Henrique [Cardoso], eu e outros estamos chamando uma pessoa que tem conteúdo.
Com Lula livre, o cenário muda, não?
Muda, mas essa é a grande vantagem dele [Huck]. Ele tem voto e disputa com Lula. Acho que Lula pode continuar tendo grande popularidade, mas nunca voltará a ser o líder de antes. Acabou. Embora o PT seja uma força a ser levada em consideração.
Houve um convite do Cidadania à deputada federal Tabata Amaral, que tenta deixar o PDT?
Não um convite formal, em respeito a ela. Mas ela sabe que será muito honroso para nós se quiser vir.
Ainda existem conversas com a Rede visando a uma eventual fusão dos dois partidos?
Não. Eles decidiram tentar ver se conseguirão superar a cláusula de desempenho. Se desejarem, estamos abertos. Alguém aqui brinca um pouco que, se Huck vier, vamos ter é que criar uma porteira [para barrar filiações].
RAIO-X
Roberto Freire, 77 Pernambucano, começou a militar na política em 1962. Estudante de direito, entrou no velho Partidão, como o PCB (Partido Comunista Brasileiro) era chamado. Foi também filiado ao MDB e ao PPS (que deu origem ao Cidadania). Ocupou mandatos de deputado estadual, deputado federal e senador. Assumiu o cargo de ministro da Cultura em 2016 (governo Temer) e pediu para sair após o escândalo JBS. Tentou reeleição para deputado federal por São Paulo em 2018 e teve 24 mil votos, mas não conseguiu vaga.
FAP define empresa que vai criar plataforma online do curso Jornada da Cidadania
Lisata Tecnologia venceu edital de cotação de preços; inscrições seguem abertas
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
A FAP (Fundação Astrojildo Pereira) divulgou, nesta sexta-feira (10), que a Lisata Tecnologia venceu a concorrência para fornecimento de plataforma digital de gestão do curso de formação política Jornada da Cidadania, que será oferecido ao público em formato de educação a distância. No total, cinco empresas participaram da concorrência em edital de cotação de preços, apresentando documentação de habilitação e propostas. Inscrições continuam abertas no site do curso.
A plataforma da Jornada da Cidadania deverá estar plenamente adequada à LGPDP (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) e deve ser acessível por meio de um navegador web padrão (Microsoft Internet Explorer/Edge, Opera, Mozila Firefox e Google Chrome). O serviço de hospedagem da solução terceirizada deverá garantir a eficiência de conectividade necessária ao ambiente LMS com, no mínimo, 98% de disponibilidade da solução em pleno funcionamento, mantendo um canal de suporte 24/7 para os usuários do sistema, em caso de indisponibilidade da solução.
Ao se reunir na sede da entidade nesta sexta-feira para a abertura dos envelopes, a Comissão de Cotação de Preços da FAP analisou as propostas apresentadas pelas empresas Afferolab, JMV Technology, Didaxis, RG Organic e Lisata. Os representantes dessas duas últimas empresas foram os únicos a comparecerem na reunião.
No entanto, de acordo com a comissão, somente a Lisata atendeu a todos os requisitos técnicos definidos no edital. O valor é de R$ 20 mil. O sócio-diretor da empresa, Daniel Philip de Moura, disse que a plataforma será entregue com “total excelência e em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados”.
Jornada da Cidadania
O curso de formação política, que deverá ter duração de três meses, foi aprovado em reunião do Conselho Curador da FAP no dia 22 de novembro de 2019. O início das aulas está previsto para o dia 23 de janeiro, sob a coordenação do professor Marco Aurélio Marrafon. Ele é mestre em Direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com estudos doutorais (sanduíche) na Università degli Studi di ROMA TRE – Itália. A coordenação do curso também é composta pelos diretores da FAP Ciro Gondim Leichsenring e Caetano Araújo.
A FAP é vinculada ao Cidadania. “A proposta busca que a fundação vá além dos muros partidários”, disse Marrafon. “A fundação desempenha um importante papel. Entendemos que o público-alvo merece receber formação fundamental para que possa fazer escolhas democráticas”, afirmou ele. As inscrições devem ser abertas em breve e seguir até o dia 15 de janeiro, em uma página específica da Jornada da Cidadania na internet. A previsão inicial para o início das aulas é o dia 23 de janeiro. O curso terá 36 horas, ao longo de três meses.
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FAP realizará IV Encontro de Jovens com participantes de todo o Brasil
‘A nossa preocupação é estar constantemente com a juventude’, diz presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire
Cleomar Almeida, assessor de comunicação e imprensa da FAP
Quase 100 pessoas devem se reunir no IV Encontro de Jovens, que será realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), de 15 a 18 de janeiro de 2020, em Corumbá de Goiás, a 125 quilômetros de Brasília. Na sua próxima edição, um dos maiores eventos da juventude no Brasil tem como principal objetivo o engajamento dos participantes na mobilização e organização do curso de formação política Jornada da Cidadania.
A FAP é vinculada ao partido político Cidadania. “O partido pensa no futuro. O futuro está nas mãos dos jovens”, destaca o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire. “A nossa preocupação é estar constantemente com a juventude, buscando discutir a política e fazer com que os jovens possam ter maior eficácia na sua atuação, na mudança do nosso país. É necessária mudança para uma justa realidade”, afirma.
Os jovens terão a oportunidade de participar de uma imersão política em formato de curso de liderança e treinamento para trabalho em equipe, com palestras, aulas, debates, dinâmicas de grupo, além de atividades lúdicas e recreativas. Também participarão do encontro os multiplicadores da Jornada da Cidadania. Os detalhes da programação devem ser divulgados em breve.
Desafios
Coordenadora do IV Encontro de Jovens, Terezinha Lelis diz que a expectativa é de que os participantes aprofundem o conceito de jovens lideranças. “Como os desafios da política são cada vez maiores, precisamos abordar diferentes conceitos fundamentais, como democracia, para serem compreendidos e vividos em todas as instâncias onde estiverem atuando na sociedade”, ressalta.
O encontro deverá ter a presença de dois jovens de cada uma das 27 unidades da Federação que forem indicados pelos respectivos diretórios estaduais do Cidadania23. Na avaliação de Terezinha, a diversidade regional deve enriquecer ainda mais o encontro. “Isso traz um enriquecimento do encontro, com diferentes experiências do brasil, e contribui muito para os debates”, assevera ela.
A coordenadora do encontro observa, ainda, que o evento será muito enriquecedor para os participantes que pretendem disputar as eleições de 2020. “A formação política no Brasil é muito deficiente. Precisamos de que haja mais consciência política, sabendo as responsabilidades do Executivo e do Legislativo”, pondera.
Deputado estadual pelo Rio de Janeiro cassado pela ditadura militar, José Augusto Neves é um dos organizadores do IV Encontro de Jovens e afirma que o mais importante é a conscientização da juventude. “A posição que a gente ocupa não é de esquerda ou de direita, mas de defesa da cidadania. A FAP é a mais ousada de todas as fundações porque investe na formação dos jovens”, acentua.
Mudança
Na opinião de José Augusto, é preciso incentivar ainda mais os jovens a participarem da política, já que haverá eleições municipais no próximo ano. “Queremos que o encontro possa incentivar muitos jovens a participarem delas e que estejam preparados para serem fator de mudança da sociedade. Tivemos mudanças nas últimas eleições, mas, se olharmos o Congresso, parece que, mesmo com novas pessoas eleitas, não mudou muito a postura com interesses pessoais”, lamenta.
Um dos coordenadores da Jornada da Cidadania, o advogado Marco Marrafon é um dos convidados com presença confirmada no encontro. Ele, que é doutor e mestre em Direito do Estado pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) e estudos doutorais na Universidade de Roma Ter, afirma que o evento é muito importante para promover a integração e a formação da juventude brasileira. “A proposta de trabalhar com o outro, da cooperação, e de se preparar para assumir o papel de ator político tem tudo a ver com as premissas da Jornada da Cidadania”.
Retrospectiva: Ações da FAP fortalecem valores democráticos
https://youtu.be/FqqpFnV29Z8
Ao longo deste ano, a FAP (Fundação Astrojildo Pereira) fortaleceu ainda mais a sua visão de ser referência para a cultura e a política democrática no Brasil. Promoveu o estudo e a reflexão crítica da sociedade, de maneira a construir referências teóricas e culturais relevantes para a defesa e a consolidação do Estado Democrático de Direito.
Todas as ações da FAP foram sustentadas por valores inegociáveis: democracia, transparência, sustentabilidade, solidariedade, reformismo, ética, equidade e cosmopolitismo. Além disso, a diretoria da fundação teve o comprometimento de planejar todas as ações do próximo ano, baseando-se no planejamento estratégico. A seguir, confira os principais fatos que enriqueceram a história da fundação, em 2019.
» Janeiro
A FAP manteve o seu objetivo de difundir os ideais democráticos e os princípios republicanos, a liberdade, a igualdade de oportunidades, a cidadania plena e a justiça social, assim como o seu compromisso de contribuir para o conhecimento coletivo. Por isso, em janeiro, lançou o livro Presença Negra no Brasil: do século XVI ao início do século XXI, do historiador Ivan Alves Filho. O evento foi realizado em Copacabana (RJ).
A FAP também revelou, na revista Política Democrática online, o impacto da suposta corrupção na usina hidrelétrica de Belo Monte nas comunidades da região de Altamira, no Sudoeste do Pará.
» Fevereiro
O fortalecimento de ações envolvendo a juventude brasileira seguiu como o grande compromisso da FAP em 2019. Em fevereiro, a Fundação reuniu mais de 100 pessoas no 3º Encontro de Jovens Lideranças, do dia 24 ao dia 28, no Hotel Fazenda Mestre D’armas, em Padre Bernardes, a 110 quilômetros de Brasília. O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, realizou o encerramento do evento com uma grande palestra aos participantes.
Já a revista Política Democrática online, produzida e editada pela FAP, destacou que a morte da vereadora Marielle Franco é resultado do poder das milícias no Rio de Janeiro. Na época, o assassinato dela e do motorista Anderson Gomes estava prestes a completar um ano, sem elucidação.
A FAP também promoveu a palestra gratuita e educativa Internet Segura: proteja-se dos perigos na rede, na Biblioteca Salomão Malina, no Conic, em Brasília. O evento, em alusão ao Dia Mundial da Internet Segura, foi realizado com a presença do publicitário Nuan Rodrigues, especialista em Inbound Marketing e Diretor Estratégico da agência L2ZD.
» Março
A FAP manteve o seu compromisso com a transparência em 2019. Uma das grandes ações do mês de março foi a realização da reunião do Conselho Curador, com a presença do presidente do colegiado, Cristovam Buarque, no auditório Arildo Dória, que é conjugado com a Biblioteca Salomão Malina, em Brasília. Ele ressaltou a relevância dos conteúdos produzidos pela fundação.
Na ocasião, o diretor-financeiro da FAP, Ciro Leichsenring, apresentou a prestação de contas da fundação, destacando o aumento dos investimentos da fundação em ações voltadas para a coletividade e a melhoria de gestão. Além disso, o diretor-executivo Caetano Araújo detalhou os critérios sobre a política de publicações da entidade. Araújo explicou que as publicações da FAP são baseadas em algumas linhas gerais, como a história da luta do antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro), que deu origem ao PPS e ao Cidadania, respectivamente; a participação do PCB no mundo cultural; a democracia no Brasil e no mundo e reformas de Estado e políticas de equidade, entre outras.
» Abril
Para contribuir com o debate de assuntos relevantes, atuais e de interesse público, a FAP investiu em uma publicação especial sobre os impactos da reforma da Previdência, no momento em que o Congresso Nacional discutia o assunto a todo vapor. Em abril, a revista Política Democrática online, produzida e editada pela fundação, publicou reportagem especial em que especialistas defenderam atenção aos mais pobres e mais vulneráveis para evitar aumento da pobreza extrema no país.
» Maio
O historiador Alberto Aggio, diretor da FAP e professor titular da Unesp (Universidade Estadual Paulista), explicou em detalhes qual é a identidade e a política do Cidadania, o partido político que reforça a esquerda democrática e que é oriundo do PPS (Partido Popular Socialista). A análise séria e objetiva de Aggio foi destaque da revista Política Democrática do mês de maio. A mudança de identidade do partido foi realizada, em congresso da sigla, em março.
» Junho
Com a presença da militância do partido Cidadania, autoridades políticas de Estado e a sociedade, a FAP apoiou o projeto “Contexto Político e as Reformas de que o Brasil Precisa”. O evento foi realizado com palestra do deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) e participação de demais autoridades políticas e acadêmicas, no dia 19 de junho de 2019, em Cuiabá (MT).
Em junho, em meio ao crescimento de feminicídios no país, a FAP realizou o Workshop de Krav Magá: defesa pessoal para mulheres, na Biblioteca Salomão Malina e no Espaço Arildo Dória, no Conic, em Brasília. O evento serviu como mais um meio de discussão sobre violência e criminalidade contra as mulheres e ensinou técnicas para que elas usem artes marciais para autodefesa. O workshop teve parceria com a Hebrom Escola de Artes marciais.
Com a participação de autores literários, a FAP também lançou, em junho, o Clube de Leitura Eneida de Moraes, na Biblioteca Salomão Malina, na área central de Brasília. Na ocasião, também foi lançada a Roda de Leitura: as mil faces da literatura. O objetivo dos dois eventos é incentivar ainda mais a prática de leitura e discussões dos temas abordados nas obras.
Para fortalecer o seu principal veículo de comunicação, a FAP também lançou, em junho, o novo projeto gráfico da revista Política Democrática online: mais moderno, interativo e com design mais arrojado.
» Julho
Em julho, as ações da FAP seguiram em plena atividade e a Batalha de Poesias Slam DéF, realizada pela juventude da periferia de Brasília na Biblioteca Salomão Malina, ganhou ainda mais repercussão. As histórias de luta e superação dos jovens participantes foram destaque da revista Política Democrática online, mostrando o protagonismo deles na busca pela garantia de direitos e para o fortalecimento da democracia.
» Agosto
Com transmissão ao vivo pelo site e redes sociais da FAP, o seminário Desafios da Democracia: um programa político para o século XXI reuniu nomes importantes da política para discutir o assunto. Na ocasião, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, disse que o país precisa de uma “frente” que reúna protagonistas em uma “nova formação política” para ser apresentada como alternativa à sociedade. O evento foi realizado pela FAP, no dia 24 de agosto, na Casa do Saber, em São Paulo (SP).
A seguir, confira os vídeos dos palestrantes no Seminário Desafios da Democracia:
» ‘Nova formação política não é novo partido’, afirma presidente Roberto Freire
» ‘País está ameaçado por este maluco’, diz Marta Suplicy sobre Bolsonaro
» ‘Os desafios são uma nova forma de pensar as relações’, afirma deputado Arnaldo Jardim
» ‘O mundo evangélico vai tomar conta da política brasileira’, afirma deputado Rubens Bueno
» ‘A democracia tem a qualidade linda de respeitar o outro’, diz vereadora Soninha Francine
» ‘A democracia passa por uma crise epocal’, diz Alberto Aggio
» ‘Vou fazer a reflexão com os instrumentos da história’, diz Gianluca Fiocco
» ‘A democracia é um sistema novo’, analisa Carlos Melo
» ‘Qualquer coisa que a gente tente generalizar é extremamente perigoso’, diz Paulo Fábio Dantas
» ‘Subestimar Bolsonaro é atirar no próprio pé’, diz Rubens Bueno
» ‘Não se pode falar em desenvolvimento sem tratar de inclusão social’, diz Sérgio C. Buarque
» ‘Talvez a gente tenha de repensar os planos para o futuro’, diz Paulo Ferracioli
» Daniel Ribeiro Leichsenring aborda função do Estado e do mercado
» Arnaldo Jardim cita destruição do ‘centro democrático’
» Eduarda La Rocque defende órgãos de qualificação de informação democráticos e independentes
» ‘O movimento negro é um movimento de conquistas’, destaca Ivair Alves
» ‘A grande questão é qual desenvolvimento a gente quer construir’, alerta Mauro Oddo Nogueira
» ‘Estamos vivendo uma guerra de narrativas’, afirma Daniel Coelho
» ‘Há desconexão muito grande entre pessoas e meio ambiente’, observa Alexandre Strapasson
» Senadora Eliziane Gama alerta para o crescente desmatamento na Amazônia
» Guilherme Accioly diz que ‘aquecimento global é de longe a coisa mais ameaçadora do planeta’
» ‘Negar a nossa natureza vai contra tudo que podemos fazer pelo bem estar’, diz Virgínia Parente
» ‘Temos que começar imediatamente a construir projetos eleitorais’, Luiz Paulo Vellozo Lucas
» José Eduardo Faria sugere discussão com inclusão de mais política externa
No dia 25 de agosto, a FAP reuniu o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, dirigentes da executiva nacional e representantes de diretórios estaduais do partido para discutirem a proposta de curso de formação política Jornada da Cidadania, a ser disponibilizado à sociedade em uma plataforma de ensino a distância da fundação a partir de janeiro de 2020.
Em agosto, a FAP também apoiou o evento “A Fé, o Movimento Evangélico e a Política”, que foi realizado, em Brasília, para discutir as relações entre o movimento evangélico e a política, tema de grande atualidade e que exige dos partidos, militantes e parlamentares um refinamento de conceitos e de posturas. O humanismo e a paz foram destacados como referências basilares.
» Setembro
Aberto pelo presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, o seminário Cidades Inteligentes foi realizado pela FAP, em Brasília, com a participação de possíveis pré-candidatos a prefeitos pelo partido. “O Brasil é um país profundamente injusto, desigual e com problemas graves do século XIX”, disse o líder político, na ocasião.
Veja, abaixo, os vídeos dos palestrantes do seminário Cidades Inteligentes:
» ‘O Brasil é um país profundamente injusto e desigual’, afirma presidente Roberto Freire
» ‘A gente faz um governo reto, rápido, eficiente, transparente e online’, diz Luciano Rezende
» ‘Se não investirmos nos nossos jovens, não vamos mudar o Brasil’, alerta Toshio Toyota
» ‘Que a gente nunca pense que fazer gestão pública é algo extraordinário’, sugere Juarez Amorim
» Mauro Oddo diz que Brasil ainda não conseguiu transformar criatividade em produto
» ‘A gente precisa ensinar para o novo’, destaca Cláudia Leitão
» Marcelo Calero diz que população está ansiosa por ações de economia criativa
» ‘Turistas evoluíram e querem estar o tempo todo conectados’, alerta Bárbara Blaudt Rangel
» ‘O maior divulgador do destino é o próprio morador da cidade’, afirma Alexandre Pereira
» Pollyana Gama afirma que turismo deve considerar sustentabilidade do meio ambiente
» Alberto Aggio faz avaliação do seminário e destaca atuação da FAP
» Arnaldo Jordy diz que seminário levou ao público temas de bastante relevância
» Ciro Leichsenring fala do compromisso da FAP com formação de possíveis candidatos
» Outubro
Em outubro, a FAP realizou uma série de reuniões para a realização do curso de formação política Jornada da Cidadania, totalmente gratuito e online. Os pilares programáticos do curso são: ética e integridade na ação política, estratégia e liderança, fundamentos da teoria política e democracia, comunicação eficaz e casos de sucesso. Mais informações podem ser encontradas no site do curso (www.jornadadacidadania.com.br). Início das aulas está previsto para o dia 23 de janeiro.
A Biblioteca Salomão Malina, mantida pela FAP, também passou a oferecer cursos de idiomas gratuitos à população. As aulas de inglês, espanhol e japonês são ministradas por professores voluntários.
» Novembro
O Conselho Curador da FAP realizou, no dia 22 de novembro, a segunda e última reunião ordinária e extraordinária deste ano, em Brasília. O colegiado aprovou a realização, a partir de janeiro de 2020, do curso Jornada da Cidadania, por meio da plataforma de educação a distância. O objetivo é contribuir para o aprimoramento da democracia brasileira e ser uma alternativa de boa política diante da polarização e radicalização partidárias que tomam conta do país.
Na ocasião, o diretor-financeiro Ciro Leichsenring fez a apresentação da prestação de contas e explicou o planejamento financeiro da fundação para o ano de 2020, considerando os pilares estratégicos da fundação. O diretor da FAP Caetano Araújo expôs ao conselho a política editorial da entidade e o coordenador da Jornada da Cidadania, Marco Marrafon, também explicou em detalhes o planejamento da Jornada da Cidadania
Editado e lançado pela FAP no Rio de Janeiro, o livro Jalapão, Ontem & Hoje, dos geógrafos Pedro Pinchas Geiger e Willian Guedes Martins Defensor Menezes, foi destaque de reportagem do Jornal da Globo. A obra comprova a alta qualidade das publicações editadas pela fundação.
No dia 21 de novembro, estudantes universitários, professores e pesquisadores lotaram o auditório do Espaço Arildo Dória, em cima da Biblioteca Salomão Malina, no lançamento do livro “Caminhos Invertidos” (Editora Prismas), do historiador Victor Augusto Ramos Missiato. O público participou do debate que abordou as trajetórias de partidos comunistas no Brasil e no Chile, como tratado na obra, que é resultado da tese de doutorado do autor, sob a orientação do historiador e professor Alberto Aggio, que também é diretor da FAP. O consultor político e diretor da FAP Caetano Araújo e o professor de história Marcus Vinícius de Oliveira também participaram do debate.
» Dezembro
FAP conclui planejamento de ações para 2020, focado em cursos, eventos e debates. No primeiro semestre, será realizado o 4º Encontro de Jovens, com participantes de todo o Brasil, em Corumbá de Goiás, de 15 a 18 de janeiro. Ao mesmo tempo, a equipe da FAP intensifica os últimos detalhes do curso de formação política Jornada da Cidadania, que está previsto para começar no dia 23 de janeiro.
Balanço Geral das Atividades da Biblioteca Salomão Malina
Mantida pela FAP na área central de Brasília, a Biblioteca Salomão Malina se mantém como um importante meio de conhecimento e atividades culturais para a população da capital federal. No total, de janeiro a dezembro de 2019, a unidade registrou 6.139 frequências de pessoas no local, de segunda a sexta-feira, garantindo acesso a diversas obras literárias e possível empréstimo delas. Na foto acima, João Natchtigall, médico que realizou 74 empréstimos em 2019 na Biblioteca.
Ofereceu, ainda, oportunidade de leitura no local de jornais diários e revistas de circulação nacional, assim como acesso gratuito a internet.
Ao longo do ano, 3.306 obras literárias foram doadas pela FAP por meio do quiosque cultural localizado na biblioteca. Nas mãos das pessoas, as publicações podem trilhar caminhos ainda maiores nas mãos da população e contribuir para a sabedoria coletiva.
‘Bach fez nosso planeta soar de outra maneira’, escreve Ivan Alves Filho na Política Democrática de dezembro
Historiador diz, em artigo publicado na revista da FAP, que músico alemão era ‘homem de luta’
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
“Johann Sebastian Bach é, para muitos, o maior nome da música em todos os tempos. Mestre do contraponto, o músico alemão fez nosso planeta soar de outra maneira”. A análise é do historiador Ivan Alves Filho, em artigo de sua autoria publicado na revista Política Democrática online de dezembro. Todos os conteúdos da revista podem ser acessados, gratuitamente, pelo site da FAP (Fundação Astrojildo Pereira).
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De acordo com o historiador, Bach era um fervoroso protestante, originário de uma família de músicos. “Religião e arte faziam parte do seu corpo, como sangue e ossos”, afirma. “A darmos crédito a um depoimento, a tocar órgão, Bach corria sobre os pedais como se seus pés tivessem asas, fazendo o instrumento ressoar de tal maneira que quase se diria ouvir uma tempestade”, acrescenta.
Bach, segundo Ivan, era “um homem de luta”. “O Duque de Weimar chegou a mandar prendê-lo, porque o músico insistia em deixar a cidade em busca de melhores condições de trabalho. Obstinado, Bach não cedeu às pressões do Duque e ainda concebeu, na prisão, o Peque no Livro do Órgão”, lembra.
Ivan diz que, toda vez que ouve algo de Johann Sebastian Bach, firma a convicção de que sua música - de tão tensa, retorcida, obcecada até - não cabe completamente nos limites das notas musicais. “Na verdade, Bach nos remete a um som que extrapola ou atropela tudo”, afirma.
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Política Democrática: Ruy Fabiano fala de Machado como ‘vítima de plágio’
Em artigo de sua autoria publicado em revista da FAP, jornalista lembra relevância do escritor brasileiro
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Já se disse quase tudo de Machado de Assis, avalia o jornalista Ruy Fabiano na edição de dezembro da revista Política Democrática. Para ele, pouco, no entanto, se mencionou sobre o Machado vítima de plágio. Não um plágio qualquer, mas um cometido por outro gênio da literatura – ninguém menos que o argentino Jorge Luís Borges.
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A obra de Machado, conforme lembra Ruy Fabiano, começou a ser traduzida para o espanhol exatamente em Buenos Aires, a partir de 1940, quando Borges estava em plena atividade, não só como escritor, mas também como crítico literário e ensaísta. “E o primeiro livro de Machado em castelhano foi, muito a propósito, Memórias Póstumas de Brás Cubas”, afirma o jornalista.
“Carlos Fuentes, no ensaio Machado de LaMancha (Editora Fondo de Cultura, México, 2001), captou essas ‘coincidências’ e registra que o próprio Borges, posto diante delas, as reconheceu, declarando: ‘Por incrível que pareça, acredito que exista (ou tenha existido) outro Aleph’ – a que Fuentes acrescenta: ‘De fato: o de Machado de Assis’, continua o jornalista.
Ruy Fabiano escreve que, como todo artista de gênio, Machado é um ser poliédrico, que pode ser lido e compreendido sob ângulos diversos, que aparentemente se contradizem, mas, ao final, formam uma unidade. “Já se falou das influências francesas, inglesas, portuguesas, alemãs, espanholas, greco-romanas e judaicas na obra de Machado de Assis”, diz o jornalista.
De acordo com o autor do artigo publicado na revista Política Democrática online, já se falou do Machado cético, ateu, irônico, humorista. “Machado apolítico e, inversamente, político; Machado alienado, habitante de uma torre de marfim ou, muito pelo contrário, engajado a seu modo nas questões políticas e sociais do Segundo Reinado, como constatou o crítico e ensaísta Astrojildo Pereira”, completa.
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Lilia Lustosa analisa obra de um dos maiores cineastas do país na revista Política Democrática de dezembro
Crítica de cinema aborda longametragem Terra em Trase, do diretor baiano Glauber Rocha
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
“Terra em Transe é o terceiro longa metragem de Glauber Rocha (1939-1981), um dos maiores cineastas que o Brasil já teve, considerado louco por muitos, gênio ou visionário por outros, e até ‘profeta alado’ pelo grande historiador e crítico de cinema Paulo Emilio Sales Gomes”. A análise é da doutora em História e Estética do Cinema pela Universidad de Lausanne (UNIL) Lilia Lustosa, em artigo que ela produziu para a revista Política Democrática online de dezembro.
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Realizado em 1967, o filme gerou enorme polêmica à época de seu lançamento, desagradando em cheio a gregos e troianos, conforme escreve Lilia. “Em um contexto de guerra fria, a direita acusava-o de fazer ‘propaganda subliminar marxista’, incitando a luta de classes; a esquerda o considerava ‘fascista’, já que se via representada na tela como populista e demagoga”, afirma ela.
De acordo com a especialista em crítica de cinema, a única unanimidade em torno do filme era a de que se tratava de uma obra confusa, hermética, praticamente impossível de se entender, um “texto chinês de cabeça para baixo”, como escreveu o direitista Nelson Rodrigues no Correio da Manhã. “Mas o que não se sabia na época é que toda essa confusão havia sido planejada - ou, ao menos almejada - por Glauber, que queria, de fato, que seu filme tivesse o efeito de uma bomba, atirando faíscas para todos os lados”, diz Lilia.
Não por acaso, segundo a análise publicada na revista Política Democrática online, o formato escolhido por ele foi o da alegoria, figura de linguagem/retórica que permite múltiplas interpretações. “Em Terra em Transe, ele já não falava mais de Brasil, não precisando, portanto, temer nem a censura nem os militares. O Golpe acontece em Eldorado, ‘país interno atlântico’, que poderia ser qualquer país da América Latina, até o Brasil!
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Brumadinho: a dor quase um ano depois da tragédia
Reportagem especial da revista Política Democrática online de dezembro detalha sofrimento de famílias atingidas por rompimento de barragem da Vale
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Quase um ano depois do rompimento da barragem em Brumadinho, que deixou 257 mortos e 13 desaparecidos, a maioria dos atingidos ainda não foi indenizada pela Vale, responsável pelo empreendimento. A multinacional ameaça cortar pela metade a ajuda de custo paliativa a até 98 mil moradores da região, a partir do dia 25 de janeiro de 2020, revela reportagem dos enviados especiais da revista Política Democrática online de dezembro. Todos os conteúdos podem ser acessados, gratuitamente, no site da FAP (Fundação Astrojildo Pereira)
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No dia 5 de dezembro, conforme mostra a reportagem, a população se reuniu no MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais) para contestar um acordo firmado com a multinacional, na 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Autarquias, e reivindicar a manutenção do pagamento a todos, sem redução.
O acordo, realizado no dia 28 de novembro com a presença de representantes do Estado e de órgãos do sistema de Justiça, garantiu aos atingidos o direito à prorrogação do pagamento emergencial, que iria terminar em janeiro de 2020, quando a tragédia completará um ano. O pagamento foi estendido por dez meses, mas será reduzido.
Hoje, de acordo com a reportagem especial da revista Política Democrática online, a Vale paga um salário mínimo para adultos, metade do valor para adolescentes e um quarto para crianças, para todos os residentes da cidade de Brumadinho e pessoas que viviam a até 1 km da margem do rio Paraopeba na área atingida.
A partir de janeiro do próximo ano, o valor integral deverá ser mantido somente a moradores de cinco comunidades atingidas (Córrego do Feijão, Parque da Cachoeira, Alberto Flores, Cantagalo e Pires), quem vive às margens do córrego Ferro-Carvão e pessoas atingidas cadastradas em programas de apoio da Vale, como auxílios moradia e assistência social.
Os valores serão reduzidos pela metade para todas as demais pessoas que recebem o pagamento, como os moradores da cidade de Brumadinho. De acordo com a Vale, a redução atingirá de 93 mil a 98 mil beneficiários entre as 106 mil pessoas que recebem a verba emergencial. Em protesto no início deste mês, o comércio de Brumadinho chegou a fechar as portas como represália.
Em nota, a Vale informa que já celebrou mais de 4 mil acordos, indenizando integralmente as pessoas. Nestas ações, segundo a multinacional, já foram provisionados pagamentos de cerca de R$ 2 bilhões. A empresa diz que realiza encontros regulares com representantes legítimos dos atingidos pelo rompimento da barragem em Brumadinho, com o objetivo de garantir “uma reparação célere e respeitosa”.
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