cidadania

RPD || Editorial: Guerra de posição

Mudaram os tempos da política. Depois da ofensiva desencadeada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra os focos de notícias falsas e as manifestações de rua em favor da ditadura e depois da prisão de Fabrício Queiroz, de efeitos potencialmente devastadores para o governo, aconteceu a metamorfose súbita do Presidente da República.

Da incitação cotidiana ao confronto, Bolsonaro passou para o silêncio e a costura paciente, nos bastidores, de sua base parlamentar. Foi o bastante para provocar o congelamento, e até a reversão, dos movimentos iniciais de convergência das oposições em torno da bandeira do impeachment.

Há uma premissa implícita no movimento da oposição: o afastamento, pelo menos temporário, da ameaça à democracia.

Neste caso, não seria absurdo responder à imobilidade aparente do governo com a paralisia real da oposição, especialmente no que toca aos seus movimentos de convergência e articulação. Afinal, podemos todos esperar por 2022 sem a necessidade de enfrentar o peso da cooperação com adversários históricos de embates recentes.
Infelizmente, as hipóteses de conversão ou capitulação do Presidente não são plausíveis. O governo não foi derrotado pelas instituições, nem domesticado por seus novos aliados. Sequer é possível pensar uma situação de trégua implícita entre as partes. Houve recuo, mas recuo tático; na metáfora militar, o governo passou, de forma repentina, da guerra de movimento para a guerra de posição.

Na nova situação, os objetivos do governo são claros. Blindagem no Congresso Nacional; influência na mudança no comando das duas Casas; eleição de prefeitos e vereadores aliados; e construção de um ambiente mais favorável no STF, também por meio da nomeação de novos Ministros. A regra é o fortalecimento contínuo da própria posição.
A oposição, em contraste, desarvorada com a redução brusca da tensão política, parece disposta até a renunciar, por comodidade, à única arma disponível no seu arsenal: a construção, lenta e difícil, de uma ampla frente em defesa da democracia, como se a serventia dessa frente se resumisse ao ataque final do processo de impeachment.

Claro está que não se trata da construção de uma frente eleitoral ou programática. Trata-se, sim, da urgência da cooperação em torno de uma estratégia comum para o segundo turno das eleições, a renovação das Mesas da Câmara e do Senado, o exame das indicações do Presidente para o Supremo e a construção de uma primeira linha de defesa da democracia, até no seio da base governista.

A alternativa é a oposição retórica. Na prática, a espera da marcha calendário, com todos os riscos associados à inação.


RPD || Paulo Baía: O silêncio agônico de Jair Bolsonaro

Mudez de Jair Bolsonaro nos últimos dias é apenas um recuo tático para conter um possível processo de impeachment e a ofensiva do STF no inquérito das fake news contra seus apoiadores, avalia Paulo Baía

A marca de Jair Bolsonaro, de seu governo e seus ciberapoiadores nos últimos trinta dias foi o silêncio indigesto. Uma mudez que não significa comedimento ou arrependimento dos constantes ataques à democracia. Trata-se de um recuo tático, agônico, num momento em que os múltiplos movimentos Fora Bolsonaro ganharam rosto e ecos com manifestos, abaixo-assinados e manifestações de rua em cidades significativas como São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro.

Desde o início do governo, em janeiro de 2019, as ruas, monopolizadas por bolsonaristas em rituais de enfrentamento ao Estado Democrático de Direito, ganharam novos protagonistas reverberando o Fora Bolsonaro, aliados aos panelaços quase diários em centenas de cidades espalhadas pelo país.

O impacto das investigações do STF, conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, sobre as ameaças à Corte e a seus amigos integrantes foi sentido. As buscas e apreensões nos gabinetes de parlamentares bolsonaristas, de empresários financiadores das manifestações contra o Congresso Nacional e o STF, a prisão de agitadores bolsonaristas contumazes nas agressões e violências em Brasília, como Sara Winter e Renan Sena, chegaram muito perto dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. As investigações sobre a prática de fraudes na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) avançaram com a prisão, em Atibaia/SP, de Fabrício Queiroz, no sítio de Frederick Wassef, advogado do senador Flávio Bolsonaro e que se apresenta também como advogado de Jair Bolsonaro.

Os efeitos destruidores da crise sanitária da Covid-19 sobre o sistema produtivo e gerador de renda no Brasil somaram-se à ineficiência de uma política econômica essencialmente rentista conduzida por Paulo Guedes e toda a sua equipe. Os tempos do coronavírus descortinaram uma realidade para a qual Paulo Guedes não é afeito, desconhece o que tem de ser feito, mostrando-se inapto. Dessa forma, o governo já mantém plano de intervenções socioeconômicas nas gavetas da Casa Civil com o ministro Braga Neto. Jair Bolsonaro conta com a boa vontade de Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre, ACM Neto, Baleia Rossi e Michel Temer, ao mesmo tempo em que constrói com os partidos fisiológicos uma minoria de 172 votos na Câmara dos Deputados. O mínimo suficiente para barrar um processo de impeachment ou de autorização para ser investigado pela PGR, se o apoio do DEM e do MDB não for diluído.

Bolsonaro foi simpático com os ministros do STF na posse de Luiz Roberto Barroso como presidente do TSE, em 25 de maio. Saudou os presidentes das casas legislativas, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, em solenidade no dia 30 de junho. Fez nomeações para cargos importantes de segundo e terceiro escalões de filiados de partidos fisiológicos, esteios do mensalão, em 2005, e da Lava-jato, de 2013 em diante. Além de comparecer à inauguração da transposição do Rio São Francisco, no eixo do Ceará, no dia 26 de junho, como apoio à sua base política visando ao processo eleitoral municipal deste ano.

É nesse contexto de recuo tático e agônico que ocorre a escolha do novo ministro da Educação, em que os partidos oportunistas aderentes terão o protagonismo. Além da condução da política para a Amazônia através do Conselho Nacional da Amazônia Legal, capitaneado pelo vice-presidente da República Hamilton Mourão, pressionado por grandes empresários para fazer um combate inflexível e abrangente ao desmatamento ilegal na Amazônia, coincidindo com as ações do Ministério Público Federal contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Não pensem que Jair Bolsonaro está contido em sua saga contra a democracia e os valores iluministas, como demonstra em sua fala mansa ao comunicar ter sido contaminado com o coronavírus e estar se tratando com cloroquina e hidroxicloroquina. É apenas tático, um movimento para conter o processo de impeachment e a ofensiva do STF no inquérito das fake news contra seus apoiadores. Mas sua atitude ambígua permanece ao insistir que a pandemia é uma chuva inofensiva, sem mencionar os mais de 72 mil brasileiros mortos (números em 13/07/2020), que a lógica da imunidade de rebanho trata como cadáveres baratos.

  • Sociólogo e cientista político.

RPD || Sérgio C. Buarque: Passivos e ativos sociais

O conhecimento, especialmente a educação, é o ativo social que muda a vida das pessoas e transforma a sociedade e a economia – eleva a renda, reduz as desigualdades sociais e contribui para o aumento da produtividade, aponta Sergio C. Buarque em seu artigo

A crise econômica e social provocada pelo coronavírus, escancarando o enorme contingente da população vivendo à margem da economia formal, reacendeu o debate em torno de alguma forma de renda mínima permanente, para proteger a população vulnerável. Este é um passivo social de grandes proporções, acumulado por décadas de baixo crescimento econômico, reduzida produtividade e descaso e incompetência das políticas sociais. Diante deste passivo social, cabe ao Estado aliviar as carências, proteger a vida e impedir a degradação humana dos brasileiros miseráveis.

A distribuição de uma renda mínima é a forma mais rápida e eficaz para atender às necessidades da população vulnerável. Constitui um instrumento de assistência social que, no entanto, não promove mudanças capazes de superar a pobreza e diminuir a desigualdade. Mesmo quando exige uma contrapartida, como a frequência à escola dos filhos dos beneficiários, na medida em que as escolas públicas são, no geral, de péssima qualidade. Indiscutivelmente importante no âmbito das necessidades, a transferência de renda não constrói a liberdade.

Além disso, a renda é um fluxo e, como tal, se esgota no momento em que é utilizada, exigindo, portanto, permanente realimentação pela fonte original, vale dizer, a receita pública. O uso da renda mínima pelos beneficiários não agrega valor e terá apenas pequeno retorno para a fonte (o governo) na forma de impostos sobre o consumo de bens e serviços.

Ao contrário da distribuição de renda, os ativos econômicos e sociais contribuem para a formação da renda e a construção da liberdade do cidadão, particularmente quando se trata do ativo conhecimento. Os ativos econômicos geram renda (salários, lucros, juros e impostos) no processo produtivo, mas têm apropriação muito desigual e, na forma de máquinas e equipamentos, também se depreciam com o uso e ficam obsoletos com o tempo.

A mudança estrutural da sociedade passa pela distribuição dos ativos sociais, principalmente o ativo conhecimento, que inclui educação, qualificação profissional e ciência. O saneamento também é um ativo social importante, oferecendo bem-estar e gerando impacto positivo na saúde da população (para cada real investido em saneamento, a sociedade economiza quatro em saúde), no aumento da produtividade do trabalho e na melhora do rendimento escolar. Mas o saneamento também se desgasta com o uso, exigindo reposição das redes e dos sistemas de distribuição. A pandemia mostrou claramente a grave desigualdade social na carência de água e esgoto nos domicílios da população pobre que, perplexa, ouvia o conselho insistente de lavar as mãos.

O ativo social que muda a vida das pessoas e transforma a sociedade e a economia – eleva a renda, reduz as desigualdades sociais e contribui para o aumento da produtividade – é o conhecimento, especialmente a educação. O conhecimento se multiplica com a utilização, tem flexibilidade de uso e não se deteriora com o tempo. Ao contrário, o conhecimento cresce e se amplia tanto mais quanto seja usado, se expandindo com a troca e a interação entre as pessoas e os saberes, porque esta é a essência do processo de aprendizagem. Estudos mostram que o aumento da escolaridade dos trabalhadores promove a elevação da sua renda por conta da melhoria de sua produtividade e de sua posição no mercado de trabalho.

Se a distribuição de renda é um fluxo que lida com as necessidades, a educação é um ativo social que constrói a liberdade. A primeira aprisiona, a segunda liberta. Por isso, é o investimento na distribuição social do ativo conhecimento (educação e qualificação) que gera a mudança estrutural promovendo o desenvolvimento e a equidade social sustentável, preparando o cidadão para a vida e para o trabalho. E, portanto, para a geração de renda. O ativo conhecimento está distribuído também de forma muito desigual no Brasil, o que constitui a causa central da desigualdade de renda. O Estado deve atuar nas duas pontas. Mas não se pode esquecer que distribuição social do ativo conhecimento (melhoria do ensino público em larga escala) é condição para superar, no longo prazo, as necessidades que demandam parcela elevada (talvez crescente) da receita pública.

Não são políticas concorrentes, mas o volume dos gastos necessários para atuar nas duas frentes exige redefinição dos padrões de financiamento público, especialmente diante da grave crise fiscal do Estado brasileiro. Para se aproximar do gasto médio da OCDE por aluno e, ao mesmo tempo, conceder renda mínima de R$ 300,00 por mês para um terço da população, seria necessário algo próximo de 13% do PIB. Não cabe no Estado brasileiro. Teriam que ser inventadas fontes adicionais, incluindo a elevação da carga tributária que já anda nas alturas, e apertados outros gastos correntes. Este é o grande nó político do Brasil.

*Sérgio C Buarque é economista, com mestrado em sociologia, professor aposentado da FCAP/UPE, consultor em planejamento estratégico com base em cenários e desenvolvimento regional e local.


RPD || Marco Aurélio Nogueira: “Democracia iliberal” e intolerância

O problema relativo à carta “Sobre a justiça e o debate aberto”, na verdade, aparece quando os progressistas brigam com quem está em seu próprio campo e aceita os mesmos valores de justiça, igualdade e direitos, avalia Marco Aurélio Nogueira, em seu artigo

A carta “Sobre a justiça e o debate aberto” [https://harpers.org/a-letter-on-justice-and-open-debate/], divulgada em 7/7/2020, teve compreensível repercussão. Numa época de pessoas, movimentos e governos dedicados a questionar, prática e teoricamente, os princípios básicos da democracia política, a defesa da prevalência do diálogo soou como provocação.

Ao que tudo indica, foi esse mesmo o objetivo da carta assinada por Salman Rushdie, Noam Chomsky, Winton Marsalis, Francis Fukuyama, Gloria Steinem, Fareed Zakaria, Mark Lilla e Margareth Atwood , entre outros 150 acadêmicos, jornalistas e artistas. Eles acharam por bem marcar posição contra a desigualdade racial e a brutalidade policial, apoiar os protestos antirracistas que explodiram nos EUA e, ao mesmo tempo, lamentar o “clima de intolerância que se instalou por todos os lados”. Quiseram criticar o surgimento de um “novo conjunto de atitudes morais e compromissos políticos em detrimento do debate aberto”, o que teria terminado por fazer com que a conformidade ideológica “diminuísse a tolerância às diferenças”.

Com isso, o manifesto provocou reações negativas generalizadas. Foi visto por alguns como tolerante demais com as condições pouco democráticas vigentes em diversos países, a começar nos EUA, onde há ameaças explícitas recorrentes aos direitos humanos e à dignidade dos cidadãos. Apoiadores da Black Lives Matter não gostaram da carta, que questiona as vertentes identitárias exacerbadas. “É um amontoado de declarações vagas que parecem defender a liberdade de expressão. Mas quem não é favorável à liberdade de expressão? Na realidade, o que defendem é uma expressão sem consequências para aqueles que sempre usufruíram dessa liberdade”, fuzilou a escritora Rebecca Solnit.

Talvez tenha havido, entre os signatários, ingenuidade e erro de cálculo, pois esse progressismo está em ascensão e a situação que predomina em diversas sociedades o beneficia. Como ser “tolerante” com um racista discriminador, como instituir o diálogo com um fanático negacionista ou um machista violento? Reivindicar o direito de discordar quando todos discordam de todos o tempo todo pareceu ser algo supérfluo.

O problema, na verdade, aparece quando os progressistas brigam com quem está em seu próprio campo e aceita os mesmos valores de justiça, igualdade e direitos. O debate, nesse caso, tem-se mostrado bastante improdutivo. Não só porque a livre troca de informações está travada, mas também porque a má vontade com o argumento dos outros se ampliou demais e a agressividade prevalece nas conversas, sobretudo nas redes. Sobra, portanto, intolerância.

Formas de “democracia iliberal” estão espalhadas hoje pelo mundo. Estão vivas no Brasil de Bolsonaro. Em todas as situações o quadro se repete: governantes eleitos pelo voto, com seus partidos e movimentos fanatizados, usam expedientes democráticos para minar a democracia, corroê-la por dentro, por meios insidiosos, seja como valor, seja como ideia de representação política, governança e organização institucional do Estado.

Os “iliberais” atacam os fundamentos do liberalismo político, no qual a democracia representativa e os direitos políticos ocupam lugar de destaque. Pretendem ser liberais na economia, mediante incentivos desenfreados à desregulação, à privatização e ao mercado livre. Costumam, também, defender a liberdade de expressão de maneira tortuosa, sem concebê-la de modo irrestrito, ou seja, negando-a aos adversários e restringindo-a ao direito de dizer tudo o que for contra o “politicamente correto” e a democracia substantiva. Fabricam inimigos por todo lado, falseiam informações e organizam campanhas de difamação.

O clima criado pelos “iliberais” não é sem consequências. Tem favorecido a expansão de uma zona contaminada no próprio campo democrático, dificultando sua autoconsciência e sua organização. Paralisados pelas dificuldades criadas pelos adversários momentaneamente “empoderados”, os democratas giram em torno de si próprios, muitas vezes brigando com suas sombras e autoimagens. Com isso, deixam de fechar o cerco ao autoritarismo e a tudo o que há de indesejável na vida atual. Dispersam-se, quando deveriam se unir.

No Brasil, em particular, o atual governo é um misto de autoritarismo explícito e “iliberalismo” inconsistente. É uma plataforma doutrinária de ocasião, rasa e desprovida de teoria. O “gabinete do ódio” fornece sua melhor expressão. Em nome de uma ideia torta de liberdade, ele promove um ataque incansável aos princípios constitucionais básicos, aos direitos humanos e aos institutos voltados para a separação dos poderes e o controle social. Em vez de governo, tem-se na verdade um front ideológico, uma brigada dedicada à guerra cultural, ao combate à ciência, à cultura e à intelectualidade.

Faz-se assim a degradação nominalmente democrática da democracia.

O resultado é trágico, até por se combinar com a pandemia e com uma sociedade cortada pela desigualdade. “Democracia iliberal” é um nome pomposo para o autoritarismo dissimulado, que está agravando os diferentes problemas nacionais e paralisando os democratas. Há uma marcação cerrada do Poder Judiciário sobre o governo e suas práticas, o que representa uma importante redução de danos. O Congresso Nacional tem-se movimentado também e ajuda a moderar a virulência governamental. Mas falta alguém para colocar o guizo no gato.

O efeito negativo é múltiplo. O país está perdendo confiança em si próprio. Sua imagem externa é deplorável, perdem-se espaços estratégicos na economia mundial. Internamente, a solidariedade e a liderança (política, intelectual) estão-se evaporando, com uma dificuldade brutal para fixar uma perspectiva de crescimento, recomposição da infraestrutura, de reforma do Estado e combate à desigualdade. Estamos carentes de políticas sociais de inclusão e proteção.

A intolerância e o tratamento autoritário das diferenças políticas empurram o país para trás. Não há como evitar que postulações identitárias se espalhem pela sociedade, à esquerda e à direita. Elas não podem, porém, congestionar o espaço democrático ou bloquear uma coesão política que possibilite a construção do futuro. A saída passa, estrategicamente, por uma articulação política que unifique os democratas e garanta a pluralidade inerente à complexidade social em que vivemos.

*Marco Aurélio Nogueira é Professor Titular de Teoria Política da Unesp (Universidade Estadual Paulista).


RPD || Lilia Lustosa: Cine Drive-in. O retorno?

A pandemia do coronavírus Covid-19 tem ressuscitado o cinema drive-in em várias regiões do Brasil e do mundo. Na Capital Federal, o único em funcionamento contínuo foi declarado patrimônio cultural e material do Distrito Federal em 2017

Em 2016, o site de viagens Tripadvisor anunciava o Cine Drive-in de Brasília como o último sobrevivente da categoria na América Latina, convertido assim em atração turística da capital brasileira. Seguiu sendo realidade até a inauguração do CineCar em Interlagos, São Paulo, no ano passado, que passa atualmente por verdadeira revolução desde a chegada da pandemia, quando o bom e velho Drive-in foi “ressuscitado” em quase todo o mundo. Mas será que essa modalidade de cinema, tão popular nos anos 50, 60 e 70 voltou mesmo para ficar ou estamos aqui diante de um paliativo para tempos pandêmicos? Será que depois que a vacina chegar os baby boomers estarão dispostos a trocar o conforto do sofá de casa ou de uma poltrona de Multiplex por um banco de carro com o único propósito de reviver a experiência de sua juventude? E as gerações X, Y e Z estarão prontas para embarcar nessa “nova” modalidade de cinema em que a imagem é vista através do para-brisa e o som, escutado pelas ondas do rádio?

Durante a pandemia, o sucesso do Drive-in já é fato. Desde que as cidades começaram a entrar em quarentena, essa modalidade de cinema tornou-se uma das poucas opções para os que desejavam assistir a um filme em tela grande e/ou de forma coletiva. Nos Estados Unidos, onde surgiu, mesmo durante a fase de isolamento, dos cerca de 300 Drive-ins ainda em funcionamento, 25 continuaram abertos, segundo a Drive-in Theatre Owners Association. E agora, com a retomada gradual das atividades em vários Estados, outros tantos se somaram à lista, como em vários países do mundo. No Brasil, os Drive-ins vêm ganhando cada vez mais espaço, a maioria em caráter provisório, implementados por empresas de organização de eventos, muitas vezes em parceria com os próprios exibidores, que veem nesta velha fórmula uma solução temporária para sua sobrevivência.

No Rio de Janeiro, o Jeunesse Arena e a Cidade das Artes criaram seus Drive-ins aproveitando os espaços de seus estacionamentos vazios. Em São Paulo, o Allianz Parque inaugurou o Arena Sessions, com uma super tela LED de alta definição; o Memorial da América Latina foi transformado em Drive-in por meio de uma parceria com o cinema Petra Belas Artes; e a rede Centerplex montou seu cinema no Centro de Tradições Nordestinas. Ainda na capital paulista, a Dream Factory anunciou a criação da rede Dream Parks, com atuação prevista em 8 Estados brasileiros por um período de 3 meses. E até mesmo Brasília, que já conta com seu Drive-in permanente desde 1973, viu parte do estacionamento do Aeroporto Juscelino Kubistchek ser transformado em palco para o Festival Drive-in, oferecendo de julho a agosto programação cultural que, além de filmes, inclui apresentação de orquestra sinfônica e shows stand-up.

Mas será que os grandes produtores e distribuidores de blockbusters estarão dispostos a lançar suas superproduções em cinemas desse tipo? Ou será que as telas a céu aberto continuarão sendo destinadas a filmes tipo B ou aos vintages, como nos últimos tempos? E qual será o destino dos dois únicos Drive-ins permanentes de nosso país? Continuarão a ser “atrações turísticas”? A tendência é que, depois de passada a pandemia, tudo volte a ser como antes e que os Drive-ins sigam sendo um programa exótico e pitoresco, atividade a ser realizada a cada tanto. O consolo para os proprietários desse tipo de estabelecimento é que este período está servindo, ao menos, para colocá-los de volta no mapa das opções de entretenimento, apresentando-o às novas gerações que, quiçá, se sintam interessadas e responsáveis por sua perpetuidade.

O Cine Drive-in de Brasília goza de uma situação privilegiada, tendo – pelo menos, por enquanto – sua existência assegurada. Depois de quase ter sido fechado em 2014, foi declarado patrimônio cultural e material do Distrito Federal em 2017, de acordo com a lei n° 6.055, proposta pela deputada distrital Luzia de Paula. O espaço, que conta com uma tela de 312m² (a maior do Brasil), ficou fechado por 40 dias no início da pandemia, mas retomou às atividades no fim de abril, com um público cada vez maior. Segundo a proprietária, Marta Fagundes, o público triplicou depois da reabertura, apesar das adaptações feitas para se adequar aos protocolos de segurança que a época exige: redução de 50% da capacidade (de 400 para 200 carros), distanciamento de 1,5m entre os veículos, compras dos ingressos apenas online, uso dos banheiros por uma pessoa a cada vez, uso obrigatório de máscara e fechamento da lanchonete.
Segundo Marta, que está à frente do empreendimento há mais de 40 anos e é uma apaixonada defensora dos Drive-ins, a vantagem desse tipo de cinema é a liberdade oferecida ao espectador. Pode levar lanche, falar ao celular, discutir o filme, levar cachorro… quase tudo é permitido, menos acender os faróis do carro, para não atrapalhar a qualidade da projeção.

Para quem nunca viveu a experiência e quer ter uma ideia de como funciona um Drive-in, uma excelente dica é o longa O Último Cine Drive-in (2015), de Iberê Carvalho. Um filme extremamente sensível que mostra uma relação complicada entre pai e filho, tendo como “tela de fundo” a história da decadência de um Drive-in em tempos de Multiplex. Ou seria o contrário? O protagonismo desse cinema é tão grande que mais correto seria dizer que o conflito familiar é que é a “tela de fundo” da história. O filme presta também linda homenagem aos amantes da sétima arte e aos demais guerreiros donos de Drive-ins ou de salas de cinema de rua, que sofrem com a invasão dos grandes conglomerados de exibidores. Com um cenário repleto de cartazes envelhecidos de filmes, projetores antigos (35mm) e um certo Marlonbrando (Breno Nina), filho do Seu Almeida (Othon Bastos), dono do Drive-in, o filme funciona ainda como um grito de alerta para o estado complicado pelo qual passa a sétima arte no nosso Brasil. A mãe de Marlonbrando, Fátima (Rita Assemy), agonizando no hospital público da capital, bem pode ser a metáfora perfeita para nossa arte tão necessitada de cuidados intensivos.

Com uma fotografia belíssima que explora o vasto horizonte da capital brasileira, retratada por uma paleta de cores em que predominam os tons amarronzados e alaranjados, o filme reflete a terra batida, a grama seca e o concreto que dão corpo e asas a essa cidade-uma-vez-sonho. O céu-mar e a luz forte e intensa, tão característicos da jovem senhora Brasília, tampouco são deixados de lado, ocupando boa parte do campo e dando ainda mais força e personalidade ao também jovem cinema brasiliense. Iberê Carvalho orgulha sua terra e faz jus aos versos do mestre Vladimir Carvalho, cineasta paraibano que adotou Brasília como sua cidade-musa, já tendo feito vários filmes sobre a história e a cultura de nossa capital: “Brasília, Claro Enigma, luz incandescente batendo na lente!”[1].

[1] Verso incrustado no jardim do Cinememória, museu do cinema localizado em Brasília, criado por Vladimir Carvalho.

* Lilia Lustosa é crítica de cinema.


Segurança Pública é tema de webconferência do Ciclo Diálogos, Vida e Democracia

Série de webconferências chega a sua 21ª edição. A FAP faz a retransmissão em seu site, página no Facebook e em seu canal no Youtube

O Ciclo Diálogos, Vida e Democracia, uma série de videoconferências promovidas pelo Observatório da Democracia (OD), realiza nesta quarta, 15/07, às 14h30, a mesa Segurança Pública e Cidadania. O Ciclo chega a sua 21ª edição. A mesa será coordenada por Felipe Espírito Santo, que é presidente da Fundação da Ordem Social (FOS). Participam ainda o ex-ministro da justiça José Eduardo Cardozo; o ex-secretário Nacional de Segurança Pública Luiz Eduardo Soares e o ex-ministro de Segurança Pública Raul Jungmann.

Assista ao vivo!

https://www.facebook.com/facefap/videos/2725059187778828

O debate será transmitido on-line e gratuitamente pelo canal no Youtube do Observatório (clique aqui). Em seu site, na sua página no Facebook e em seu canal no Youtube, a FAP (Fundação Astrojildo Pereira) fará a retransmissão da webconferência.

Segurança Pública é um tema que ganhou enorme relevância nos últimos anos no Brasil e se destaca mais ainda com as múltiplas crises vividas pelo País. De um lado, há um governo que quer atribuir à população a responsabilidade pela segurança pública, na medida em que se propõe a armar os cidadãos e usou isso como mote de campanha; de outro, a necessidade de que se garanta a segurança da população, sem cometer abusos e ultrapassar a linha dos direitos humanos.

Além disso, há a possibilidade de utilização política das estruturas institucionais da segurança pois especula-se que o atual governo se prepara para recriar o Ministério da Segurança para ter policias como sua base de sustentação. Para debater esses e outros temas foi selecionado um grupo de debatedores altamente qualificados com extensa experiência administrativa.

O Observatório da Democracia é formado pelas Fundação Perseu Abramo (PT), Fundação João Mangabeira (PSB),Fundação Mauricio Grabois (PCdoB), Fundação Lauro Campos e Marielle Franco (PSOL), Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (PDT), Fundação da Ordem Social (PROS) e Fundação Claudio Campos e Fundação Astrojildo Pereira (Cidadania).


Marcelo Calero discute propostas para reinventar o Rio de Janeiro

Deputado federal vai interagir com público em webinar que terá transmissão ao vivo

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

O diplomata e deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ) vai participar de um amplo debate com internautas, na próxima terça-feira (14), das 19h30 às 21h, no nono e último webinar da série Reinventar o Rio de Janeiro. O evento online, que é realizado pelo partido no município com apoio da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), terá transmissão ao vivo no site e na página da entidade no Facebook. Todos os interessados podem participar.

Tomado por uma intensa crise econômica e na saúde pública, o Rio impõe um grande desafio para os gestores e a necessidade de soluções urgentes para que os problemas não castiguem ainda mais a população. O colapso da gestão municipal tomou conta da cidade antes mesmo da pandemia do coronavírus, que aprofundou o sofrimento das pessoas. A cidade maravilhosa tem 6,7 milhões de habitantes.

https://www.facebook.com/facefap/videos/904312960047617

O Rio de Janeiro foi a cidade que mais fechou vagas com carteira assinada no Brasil em 2019, em números absolutos. No total, foram 6.640 vagas a menos no ano. Em 2018, a capital fluminense abriu 3.205 vagas. Infraestrutura, abastecimento de água, saneamento básico estão entre as áreas afetadas pela crise.

Durante o webinar, Calero deve apresentar uma análise sobre a situação do Rio e mostrar caminhos para superar os problemas. Bacharel em Direito pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), com mestrado pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da mesma instituição de ensino, ele é filiado ao Cidadania desde março de 2018 e, em 2016, atuou como ministro da Cultura do governo Michel Temer.

A série de webinars Reinventar o Rio de Janeiro pretende também mobilizar lideranças para interferir nas discussões e possíveis intervenções sobre o futuro da cidade maravilhosa. A ideia é manter o comprometimento do partido de buscar sempre melhorias para a cidade, mesmo no período de isolamento social decorrente da pandemia do coronavírus. Webinar evita a aglomeração física de pessoas no mesmo local e possibilita grande participação online de interessados.

Veja vídeos de outros webinars da série Reinventar o Rio de Janeiro:

Eduardo Paes discute resgate da cidade maravilhosa em webinar nesta quinta-feira (9)

Deputado Luiz Paulo aborda crise fiscal no 7º webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Vinicius Muller discute ética e política no sexto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Raul Jungmann avalia segurança pública em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Danielle Carusi discute desigualdade no quarto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Ligia Bahia aponta desafios da saúde no terceiro webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Washington Fajardo discute cidade em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Confira a abertura da série Webinar Reinventar o Rio de Janeiro


Webconferência debate meio ambiente, Amazônia e sustentabilidade

Série de webconferências chega a sua 20ª edição. A FAP faz a retransmissão em seu site, página no Facebook e em seu canal no Youtube

No sábado, 11/07, às 14h30, será realizada a mesa Meio Ambiente e Amazônia: na Crise, qual Sustentabilidade?, que faz parte do Ciclo Diálogos, Vida e Democracia, uma série de videoconferências promovidas pelo Observatório da Democracia (OD), que chega a sua 20ª edição. A mesa será coordenada pela Economista Maria Amélia Enriquez, com a participação da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, do cientista vencedor do Prêmio Nobel da Paz Carlos Nobre e do ex-diretor Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Ricardo Galvão.

O debate será transmitido on-line e gratuitamente pelo canal no Youtube do Observatório (clique aqui). Em seu site, na sua página no Facebook e em seu canal no Youtube, a FAP (Fundação Astrojildo Pereira) fará a retransmissão da webconferência.

A questão do Meio Ambiente há muito deixou de ser apenas do interesse nacional e cada vez mais se torna uma preocupação global. O presidente da França, Emmanuel Macron, recentemente anunciou que vai apoiar a criação do crime de “ecocídio” e que os países que cometerem esse tipo de crime devem ser punidos com o bloqueio comercial. Em vista disso e da pressão do mercado, que está temeroso pelas sanções comerciais que podem ser aplicadas ao Brasil pela devastação do bioma, o Ministério Público Federal agiu, na última segunda-feira, 07/07, e pediu o afastamento do atual ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles por acreditar que ele comete improbidade administrativa, por “desestruturação dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente”. Diante do quadro dantesco que vive a área do Meio Ambiente no Brasil, um time de reconhecida atuação política e técnica deverá procurar respostas para o presente e o futuro e tentar responder à pergunta: como fica a sustentabilidade?

O ciclo conta com a realização de diversas mesas temáticas feitas por videoconferências, sempre a partir das 14h30. A seguinte acontecerá dia 15/07 (quarta): Segurança Pública e Cidadania.

O Observatório da Democracia é formado pelas Fundação Perseu Abramo (PT), Fundação João Mangabeira (PSB),Fundação Mauricio Grabois (PCdoB), Fundação Lauro Campos e Marielle Franco (PSOL), Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (PDT), Fundação da Ordem Social (PROS) e Fundação Claudio Campos e Fundação Astrojildo Pereira (Cidadania).

Veja vídeos de webconferências anteriores:

Impacto da pandemia sobre a população negra será debatido nesta terça-feira (07/07)

Especialistas e lideranças políticas debatem reflexos da pandemia na vida das mulheres

Lideranças estudantis e dos trabalhadores debatem a educação em tempos de pandemia

Ex-ministros e gestores avaliam a crise na Educação durante webconferência nesta quinta (25/6)

Videoconferência aborda a pandemia e saídas para a economia

Presidentes de partidos debatem Democracia e política em webconferência

O Mundo do Trabalho e a Pandemia é tema de webconferência

Webconferência discute o valor da C&T e da Inovação como política de Estado

Cultura em tempos de coronavírus é tema de webconferência

Webconferência debate defesa das instituições do Estado democrático

Jornalismo, comunicação e política nas redes sociais é tema de webconferência

Líderes partidários fazem webconferência para discutir o país

Especialistas debatem o coronavírus, isolamento social e saúde pública

Governadores debatem pacto federativo durante pandemia do coronavírus

Fundações partidárias debatem pandemia, recessão e saídas para a crise

Analistas discutem Brasil no contexto mundial da pandemia do coronavírus

Economistas debatem pandemia e alternativas em meio à crise do coronavírus


Eduardo Paes discute resgate da cidade maravilhosa em webinar nesta quinta-feira (9)

Ex-prefeito do Rio de Janeiro vai interagir com internautas em evento online que será transmitido ao vivo pela FAP

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

Propostas para o resgate da cidade maravilhosa serão discutidas pelo ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes com internautas, mostrando alternativas em meio à crise, nesta quinta-feira (9), das 19h30 às 21h. O oitavo webinar da série Reinventar o Rio de Janeiro, realizado pelo Cidadania 23 do município com apoio da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), terá transmissão ao vivo e aberta ao público em geral no site e na página da entidade no Facebook.

https://www.facebook.com/facefap/videos/2976062435854282

Prefeito do Rio de 2009 a 2017, Paes formou-se em Direito na PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). Começou na política na Juventude Cesar Maia, ao lado de Índio da Costa, ex-deputado federal, e, depois, aos 23 anos, foi designado subprefeito de Jacarepaguá e da Barra da Tijuca. Ele também foi secretário de Meio Ambiente até 2002.

A série de webinars Reinventar o Rio de Janeiro pretende também mobilizar lideranças para interferir nas discussões e possíveis intervenções sobre o futuro da cidade maravilhosa. A ideia é manter o comprometimento do partido de buscar sempre melhorias para a cidade, mesmo no período de isolamento social decorrente da pandemia do coronavírus. Webinar evita a aglomeração física de pessoas no mesmo local e possibilita grande participação online de interessados.

Veja vídeos de outros webinars da série Reinventar o Rio de Janeiro:

Deputado Luiz Paulo aborda crise fiscal no 7º webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Vinicius Muller discute ética e política no sexto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Raul Jungmann avalia segurança pública em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Danielle Carusi discute desigualdade no quarto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Ligia Bahia aponta desafios da saúde no terceiro webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Washington Fajardo discute cidade em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Confira a abertura da série Webinar Reinventar o Rio de Janeiro


Deputado Luiz Paulo aborda crise fiscal no 7º webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Parlamentar está em seu quinto mandato na Alerj; evento online tem transmissão ao vivo no site e página da FAP no Facebook

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

O deputado estadual Luiz Paulo Correa da Rocha (PSDB-RJ) vai discutir a crise fiscal do Rio de Janeiro com todos os internautas interessados, nesta terça-feira (7), das19h30 às 21h, em um debate online que busca contribuir para a melhoria da cidade maravilhosa. Realizado pelo Cidadania 23 do município com apoio da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), o sétimo webinar da série Reinventar o Rio de Janeiro terá transmissão ao vivo no site da entidade e em sua página no Facebook.

Durante o webinar, Rocha vai abordar os principais assuntos e apontar saídas para a saúde financeira do município. Ele é engenheiro civil formado pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com mestrado em transporte pelo Coppe. Foi, também, professor titular de Topografia da Faculdade de Arquitetura Silva e Souza. Iniciou sua vida pública há mais de 54 anos, no Departamento de Estradas e Rodagens da Guanabara.

Assista ao vivo!

https://www.facebook.com/facefap/videos/722872825113594/

Luiz Paulo está em seu quinto mandato na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). De acordo com o site da Casa, ele é defensor intransigente da democracia e de ações que se destinem a atrelar o desenvolvimento econômico ao social. Autor de mais de 100 leis, também tem se dedicado intensamente à luta contra a indústria das multas, à defesa dos servidores públicos, ao combate aos abusos e arbitrariedades do Estado e da iniciativa privada, nas situações de mediação de conflitos entre os Poderes e a sociedade com a ótica dos menos favorecidos.

A série de webinars Reinventar o Rio de Janeiro pretende também mobilizar lideranças para interferir nas discussões e possíveis intervenções sobre o futuro da cidade maravilhosa. A ideia é manter o comprometimento do partido de buscar sempre melhorias para a cidade, mesmo no período de isolamento social decorrente da pandemia do coronavírus. Webinar evita a aglomeração física de pessoas no mesmo local e possibilita grande participação online de interessados.

Veja vídeos de outros webinars da série Reinventar o Rio de Janeiro:

Vinicius Muller discute ética e política no sexto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Raul Jungmann avalia segurança pública em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Danielle Carusi discute desigualdade no quarto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Ligia Bahia aponta desafios da saúde no terceiro webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Washington Fajardo discute cidade em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Confira a abertura da série Webinar Reinventar o Rio de Janeiro


Marina Silva e Roberto Freire discutem sustentabilidade em webinar

Biblioteca Salomão Malina realiza o evento online, que também terá participação de Bazileu Margarido, Sérgio Besserman, Guilherme Accioly e Maria Amélia Enríquez

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

A Biblioteca Salomão Malina realiza, nesta sexta-feira (3), a partir das 18h30, terceiro webinar da série “O que virá depois?”, para discutir sustentabilidade no período pós-pandemia do coronavírus. Participam do evento online a ex-senadora Marina Silva (Rede); o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire; o coordenador Executivo Nacional da Rede Sustentabilidade, Bazileu Margarido; e os economistas Sérgio Besserman e Guilherme Accioly. A mediação será realizada pela economista e professora da UFPA (Universidade Federal do Pará) Maria Amélia Enríquez.

O Webinar “O que virá depois?” terá transmissão ao vivo no site e na página da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) no Facebook. A entidade mantém a biblioteca no Conic, importante centro cultural e comercial no centro de Brasília. Durante o webinar, os debatedores deverão abordar assuntos de grande relevância para a sustentabilidade e o meio ambiente, como é o caso da audiência  pública convocada, para os dias 21 e 22 de setembro, pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, para discutir “a situação do quadro ambiental no Brasil”.

Assista ao vivo!

https://www.facebook.com/facefap/videos/751133738991858

A decisão de agendar os encontros foi dada neste domingo (28), no andamento de ação apresentada pelos partidos PSB, PSOL, Rede e PT. As siglas apontam "atos comissivos e omissivos da União que comprometeriam o adequado funcionamento do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) e o direito de todos os brasileiros a um meio ambiente saudável".

Em sua decisão, Barroso disse que o quadro apresentado pelos partidos na ação judicial "revela a existência de um estado de coisas inconstitucional em matéria ambiental, a exigir providências de natureza estrutural". “A proteção ambiental não constitui uma opção política, mas um dever constitucional", afirmou o ministro.

Outros assuntos relacionados à sustentabilidade também deverão ser discutidos pelos debatedores, como a situação do avanço das queimadas e do avanço do desmatamento no Brasil, especialmente na Amazônia.

Veja outros vídeos da série “O que virá depois?”

Especialistas participam de webinar para debater economia após pandemia

“O que virá depois?” é tema de webinar da Biblioteca Salomão Malina


Livro de Machado de Assis é discutido em webinar da Biblioteca Salomão Malina

Histórias sem data, originalmente publicado em 1884, é título que tem justificativa do próprio autor

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

Mantida pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) em Brasília, a Biblioteca Salomão Malina realiza, nesta segunda-feira (6), das 18h30 às 20h, webinar mensal do Clube de Leitura Eneida de Moraes para discutir o livro Histórias sem Data, de Machado de Assis. Público em geral poderá participar do evento online, que terá transmissão ao vivo na página da biblioteca no Facebook. O site da FAP e a página da entidade no Facebook fazem a retransmissão em tempo real.

Assista ao vídeo!

https://www.facebook.com/salomaomalina/videos/771527386987258

O webinar será mediado pelo escritor Paulo Souza e pela coordenadora da biblioteca, Thalyta Jubé, que, por meio do whatsapp (61) 98401-5561, vai compartilhar o link do aplicativo de videoconferência a todos que quiserem participar diretamente do webinar, para aparecer no vídeo e interagir com os demais participantes, virtualmente. Perguntas e comentários também poderão ser enviados na página da unidade de leitura no Facebook.

Histórias sem data é reunião de 18 contos de Machado de Assis publicados em periódicos cariocas. A escolha do título do livro é explicada pelo próprio escritor no prefácio de advertência da 1ª edição da obra.

“De todos os contos que aqui se acham há dois que efetivamente não levam datas expressas; os outros a têm, de maneira que este título Histórias sem Data parecerá a alguns ininteligível, ou vago”, escreveu, para continuar: “Supondo, porém, que o meu fim é definir estas páginas como tratando, em substância, de cousas que não são especialmente do dia, ou de um certo dia, penso que o título está explicado. E é o pior que lhe pode acontecer, pois o melhor dos títulos é ainda aquele que não precisa de explicação.”

À primeira vista, como em um prefácio normal, Machado de Assis anuncia sua independência de seu tempo. Com efeito, mais de um século decorrido, verifica-se que o tempo atua a seu favor. Fato indiscutível é que o autor não quer seus leitores presos a qualquer data, nem sequer à descrição que faz de seus próprios personagens.

Histórias sem Data foi publicado, originalmente, em 1884, três anos depois de Memórias póstumas de Brás Cubas e quando o autor provavelmente já idealizava o romance Quincas Borba. Este quarto livro de contos tem todos os ingredientes que fazem de Machado de Assis um contista referência para os demais escritores.

A Biblioteca Salomão Malina tem três exemplares do livro disponíveis para empréstimo. Durante o período da pandemia, é oferecido ao público em geral, sem qualquer custo, o serviço de empréstimo delivery. A solicitação deve ser realizada por meio do whatsapp da biblioteca.

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