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Marco Aurélio Canônico: Milícias transformam eleição no Rio em faroeste
Na tarde de segunda (26), o candidato a vereador pelo PP Marcos Vieira de Souza, o Falcon, foi morto a tiros dentro de seu comitê, em Madureira, zona norte do Rio. Ele também era policial militar e presidente da Portela. O crime ainda não foi esclarecido, mas há forte suspeita de motivação política e do envolvimento de milicianos.
Um dia depois do assassinato, um grupo de 30 homens esteve em pontos de distribuição do jornal “Extra” na cidade de São Gonçalo — segundo maior eleitorado fluminense — para roubar exemplares de um caderno que trazia denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-presidente da Câmara local, candidato a vereador pelo PMDB.
Os casos não têm relação direta, mas são os exemplos mais recentes do clima de faroeste em que se dá a atual campanha eleitoral no Rio. Nos últimos 11 meses, mais de 20 pessoas envolvidas em campanhas políticas foram mortas no Estado — 14 delas na Baixada Fluminense, em oito cidades.
O Rio vive a tempestade perfeita: em autodeclarado estado de calamidade financeira, é incapaz de sustentar suas forças de segurança (fora as de saúde, educação etc.) justamente quando as milícias se expandem geográfica e politicamente. O jornal “O Globo” revelou uma das facetas desse domínio: candidatos que quisessem fazer propaganda nas áreas controladas pelos criminosos precisavam pagar pedágios que iam de R$ 15 mil a R$ 120 mil.
O fim de semana da votação contará com a presença das Forças Armadas na capital e em outras dez cidades, solicitada pelo Tribunal Superior Eleitoral para tentar garantir ao menos um simulacro de eleições livres. O estrago pré-eleitoral, no entanto, já foi feito. E não há nenhum sinal de que haverá, pós-eleição, forças capazes de conter a crescente influência política dos milicianos. (Folha de S. Paulo – 29/09/2016)
Fonte: pps.org.br
Francisco Almeida: Depois de Eduardo Campos e Marina Silva, agressões a Cristovam
Tão logo o PSB se definiu pela candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República, em 2013, o PT iniciou uma campanha difamatória contra o então governador de Pernambuco. De “menino mimado” a “traidor” e “nova direita”, adjetivos usados para todos os líderes da esquerda democrática que não se submetem ao hegemonismo petista.
Além da pressão política, Lula, a presidente Dilma e o PT usaram a força da máquina estatal para esvaziar a candidatura de Campos. Tentaram cooptar líderes do PSB com vantagens governamentais, cortaram verbas ao estado de Pernambuco, retiraram do governador a autoridade para as concessões de ampliação do Porto de Suape e, por fim, mandaram agentes da Abin espionar Campos e sua família, numa tentativa torpe de intimidação.
Apesar disso, a candidatura do PSB cresceu com o apoio do PPS e com a participação de Marina Silva como candidata a vice-presidente. O trágico acidente de agosto de 2014 lançou a senadora para o centro da disputa política e a máquina caluniosa do PT se voltou contra ela. De “traidora”, “amiga dos banqueiros” e “ecocapitalista“, as mentiras aumentavam tanto mais a candidata crescia nas pesquisas: que ela acabaria com o Bolsa Família, com o Minha Casa Minha Vida, promoveria um tarifaço e um austericídio, retiraria o prato de comida da mesa dos brasileiros para fazer o jogo do mercado financeiro.
Passado o pleito, revelou-se o estelionato eleitoral: Dilma e o PT fizeram exatamente aquilo que imputava aos seus adversários, perdendo de imediato a legitimidade de sua vitória, cuja consequência lógica foram as gigantescas manifestações pelo seuimpeachment, tão logo ficaram claros o desastre econômico do seu governo e as manipulações das contas públicas, somadas às ilegalidades praticadas com o desvio de verbas da Petrobras para financiar a sua campanha eleitoral.
Após o mensalão, em 2005, Lula fez do PMDB seu principal aliado e continuou a excluir do centro decisório governamental tanto o PMDB quanto os partidos da esquerda democrática, o que levou o PDT e o PPS a deixarem o governo, respectivamente em 2003 e 2004. Fazendo forte pressão, Lula não conseguiu evitar as candidaturas de Heloísa Helena, pelo PSOL, nem a de Cristovam Buarque, pelo PDT, que, somadas aos escândalos de corrupção da ministra chefe da então Casa Civil Erenice Guerra, levaram a eleição de 2006 para o segundo turno.
O PDT e o PSB, juntamente com o PCdoB, articularam em 2007 o Bloco de Esquerda, de atuação parlamentar própria e não subordinadaao petismo. O bloco tentou atuar de forma conjunta na eleição de 2010, mas o PT pressionou e solapou a candidatura de Ciro Gomes a presidente pelo PSB. Nas eleições municipais de 2012, o PSB, em muitos lugares com o apoio do PPS, PDT, PV e PSDB, conseguiu eleger mais prefeitos das capitais do que o PT. E aí está uma das causas da agressividade petista: o temor de perder a liderança para os partidos da esquerda democrática.
Esta é uma das causa das agressões ao senador Cristovam Buarque desde que ele votou pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Cristovam possui o que os atuais líderes do PT não têm: respeitabilidade, credibilidade e coerência e é uma potencial ameaça às pretensões eleitorais petistas.
O senador tem uma trajetória retilínea, desde os seus tempos pernambucanos de militante estudantil na Ação Popular, grupo da esquerda católica que se aliou ao antigo PCB, para conquistar para as esquerdas a direção da UNE com a eleição de José Serra. Mesmo governador pelo PT, Cristovam jamais deixou de dialogar com outras forças políticas e personalidades democráticas, como o então ministro da Educação Paulo Renato, que foi convencido por ele a implantar, em nível federal, o exitoso programa Bolsa Escola, do DF. Lula nunca explicou porque demitiu por telefone o seu ministro da Educação enquanto este cumpria compromisso de trabalho no exterior.
Cristovam Buarque foi para o PDT de Leonel Brizola, que acusava o governo Lula de trair seus compromissos eleitorais ao promover uma política econômica monetarista comandada por Antônio Palocci, cujos cortes foram duas vezes superiores às tentativas de ajustes promovidas por Joaquim Levy e Nelson Barbosa no governo Dilma. Mesmas razões, além da ausência de diálogo, que levaram o PPS a ir para a oposição no ano seguinte. No PDT, Cristovam manteve-se numa posição crítica em relação aos dois governos petistas.
Mas a disputa de poder sem princípios do PT não é a única causa para as agressões ao bravo senador. Revelam o cacoete da velha esquerda autoritária, incapaz de se renovar e de conviver com a divergência e com o pluralismo político e partidário. Quando a deputada Luciana Genro, candidata do PSol a presidente, se declarou contrária ao impeachment mas reconhecia que a medida não era um golpe, um escriba petista correu para defender a “solução de 1940”, numa alusão ao assassinato do líder russo Leon Trotsky e aos fuzilamentos na União Soviética a mando de Josef Stalin. A mentalidade de partido único e o espírito de seita continuam no PT, um fiel representante da esquerda autoritária no Brasil.
Francisco Almeida é membro do Secretariado e da Executiva Nacional
Fonte: pps.org.br
Organizações de ciclistas unem-se para incluir a bicicleta nas eleições municipais 2016
Incluir a bicicleta nas políticas públicas a serem desenvolvidas pelas prefeitas e prefeitos e vereadoras e vereadores no mandato 2017-2020 é um dos objetivos da Campanha Bicicleta nas Eleições, promovida pela União de Ciclistas do Brasil - UCB
Dar apoio aos representantes de organizações de ciclistas para que eles pautem a mobilidade urbana por bicicleta junto aos candidatos ao executivo e legislativo municipais das eleições 2016: esse é um dos objetivos da Campanha Bicicleta nas Eleições, promovida pela União de Ciclistas do Brasil.
A iniciativa, fruto de um projeto do Grupo de Trabalho de Políticas Públicas (GT Políticas Públicas) da instituição, já conta com a adesão de 26 municípios das cinco regiões do Brasil, dentre as quais estão capitais como Belo Horizonte, Manaus, Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo, bem como cidades pequenas, a exemplo de Breves, no Pará, e médias, como Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul.
Clique aqui e confira outras informações sobre a Campanha Bicicleta nas Eleições.
Fonte: www.cidadessustentaveis.org.br
Campanha de Filiação amplia presença do PPS nas cidades e organiza o partido para eleições municipais
A Campanha Nacional de Filiação deflagrada pela direção nacional prossegue em todos os estados mobilizando dirigentes e a militância para que o partido tenha o maior número possível de candidatos a vereador e prefeito, sobretudo nas cidades com mais de 100 mil eleitores. Quem quiser disputar as eleições municipais de 2016 tem prazo até o dia 2 de abril do próximo ano para filiar-se.
Com a campanha, o PPS está se fortalecendo para o pleito e aumentando sua capacidade de representação da cidadania neste momento delicado da vida nacional em que o País enfrenta uma grave crise política, ética, econômica e social.
A Campanha de Filiação apresenta ainda o partido à sociedade como alternativa viável de poder nas cidades, seja na discussão de propostas para melhorar o dia a dia da população e na ação de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e deputados do PPS em todo o País.
“O empenho na campanha é fundamental para aumentarmos a nossa presença nos municípios brasileiros, para sermos um partido forte, coeso e numeroso a fim de fazermos frente aos desafios que a atual conjuntura política e econômica nos impõe”, afirmou o secretário-geral, Davi Zaia.
Ele disse que essa mobilização de dirigentes e militantes é importante para qualificar o PPS como instrumento de organização da cidadania e de suas demandas, “quando se aproxima o momento de renovação dos Executivos municipais e Câmaras de Vereadores”.
O secretário nacional de Finanças, Regis Cavalcante, diz que Campanha de Filiação visa não só o crescimento do PPS, mas despertar o interesse e a participação da população na atividade política.
“As pessoas ficam indignadas e escandalizadas com a corrupção, com a crise econômica e política e acabam deixando de participar das decisões que dizem respeito à sua cidade em questões como saúde, educação e transporte, por exemplo. A campanha tem também esse objetivo, que é chamar a atenção sobre a possibilidade de mudarmos esse estado de coisas por meio da ação política que queremos valorizar”, afirmou.
Segundo ele, a insatisfação com os serviços públicos e a ação para melhora-los depende da participação da cidadania, começando pelas cidades. “A queixa é geral quando se trata de serviços públicos essenciais, por isso é necessário pensar as cidades para começamos a transformar uma realidade adversa aos interesses da sociedade”, disse.
Para Regis, a maioria das Câmaras de Vereadores só deixará de ser considerada “puxadinho do Executivo” quando a cidadania começar a cobrar e participar efetivamente da discussão do orçamento municipal, do Plano Diretor e do debate sobre a aplicação dos recursos públicos.
“Vamos promover eventos para debater com nossos filiados e as pessoas interessada o Poder Local e a Governança Democrática, questões essenciais para acabarmos com a indiferença e a descrença na política”, afirmou.
A Campanha Nacional de filiação vai até março do ano que vem e até lá uma série de eventos serão organizados pelo partido e a FAP (Fundação Astrojildo Pereira).
Conferência Nacional sobre as Cidades
Entre os dias 19 e 20 de março do 2016, em Vitória, o PPS e a FAP promoverão a Conferência Nacional sobre as Cidades com o objetivo de aprofundar a discussão entre os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador do partido sobre os problemas e as soluções para os municípios brasileiros.
Os temas em debate no evento já definidos pelo Secretariado Nacional são finanças públicas (Parcerias Público-Privada), saúde, educação, mobilidade urbana, segurança pública e cultura.
“A conferência é uma preparação para os desafios que os eleitos em 2016 irão enfrentar quando assumirem o mandato. Será também uma oportunidade de conhecimento sobre o que o PPS pensa sobre os temas escolhidos para o evento”, disse Davi Zaia.
Segundo ele, o PPS e a FAP irão programar seminários regionais para a formulação de propostas a serem debatidas e aprovadas em Vitória, cidade governada pelo partido.
A conferência vai ser aberta também à participação do público em geral mediante inscrição prévia que estará disponível em breve. Zaia disse ainda que no evento serão apresentados “cases de sucesso” por especialistas em administração pública, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.
Fonte: Assessoria do PPS