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Projeto cultural de Lina e Pietro Bardi é referência no Brasil, diz Renato Anelli
Doutor em história da arquitetura discutirá assunto em webinar nesta quinta-feira, a partir das 17h
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Referências da cena cultural brasileira entre as décadas de 1950 e 1990, a arquiteta Achilina di Enrico Bo, conhecida como Lina Bo Bardi, e o historiador Pietro Maria Bardi continuam como grandes influências sobre a arquitetura, incorporação do desenho industrial e da arte moderna no Brasil. O projeto cultural modernista do casal será discutido, nesta quinta-feira (9/9), a partir das 17h, em evento online da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília.
Assista!
“Com visão de cultura popular, o casal tem grande influência na arquitetura, no desenho industrial e na arte moderna no Brasil, sem conflitar com a cultura erudita”, afirmou o doutor em história da arquitetura Renato Anelli, em entrevista ao portal da FAP, ressaltando a referência dos Bardi no país. O evento terá transmissão, em tempo real, no portal e redes sociais da FAP (Facebook e Youtube), assim como na página da biblioteca no Facebook.
Anelli vai discutir a importância do projeto cultural do casal Bardi no webinar, que também tem participação confirmada da doutora em história social da cultura Ana Luiza Nobre e do doutor em arquitetura, pesquisador e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB) Frederico Holanda.
Memorial do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da Universidade de São Paulo (USP) lembra que o casal Bardi marcou a cena cultural brasileira entre as décadas de 1950 e 1990. Dirigiu o Museu de Arte de São Paulo (Masp), participou da criação de outras instituições culturais, como o Sesc Pompéia e o Museu de Arte Moderna da, e atuou no debate sobre cultura, arte e arquitetura em periódicos diários ou especializados, como a revista Habitat.
Os dois se casaram em 1946, instalando-se em Roma, onde Pietro Maria Bardi mantinha o Studio d’Arte Palma e Lina Bo fundou a revista “A – Cultura della Vita” com Bruno Zevi. Ainda naquele ano, o casal visitou o Rio de Janeiro, onde conheceu a vanguarda das artes no Brasil.
Eles chegaram ao Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1946, conforme registra o memorial. Com as obras trazidas da Itália, organizaram a “Exposição de pintura italiana moderna”, em cujos salões encontram o empresário Assis Chateaubriand, que convida Pietro para auxiliá-lo na estruturação de um museu há muito tempo idealizado.
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No ano seguinte, o casal parte de Gênova definitivamente para o Brasil, trazendo uma significativa coleção de obras de arte e peças de artesanato que deverão ser apresentadas numa série de mostras. Transportaram também a enorme biblioteca do marchand, segundo o levantamento do IAU.
De 1947 a 1996, o historiador criou e comandou o Masp. Paralelamente, manteve sua atividade de ensaísta, crítico, pesquisador e galerista. Ele publicou, em 1992, seu 50º e último livro, chamado de “História do MASP”.
A arquiteta, formada em Roma, naturalizou-se brasileira em 1951 e, no mesmo ano, completou seu primeiro projeto arquitetônico realizado: a Casa de Vidro, que se tornou ponto de encontro importante para a cultura nacional.
Os dois criaram, em 1992, o Instituto Quadrante, atualmente Instituto Lina Bo e Pietro Maria Bardi, que mantém a Casa de Vidro e o acervo do casal, além de ter por missão dar continuidade à obra de seus criadores.
Lina morreu em março de 1992, e Pietro, em outubro de 1999, em São Paulo.
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
16º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre desdobramentos do romance de 30
Dia: 9/9/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
Filme Baile Perfumado é marco da “retomada” do cinema brasileiro
Longa será debatido em webinar de pré-celebração do centenário da Semana de Arte Moderna
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Dirigido por Lírio Ferreira e Paulo Caldas, o longa metragem Baile Perfumado (1996) é um marco da chamada “retomada” do cinema brasileiro, com uma estética que transita entre o conhecido cinema novo e os filmes de ação hollywoodianos. A obra cinematográfica será discutida, nesta quinta-feira (2/9), a partir das 17h, em evento online do ciclo de debates da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e Biblioteca Salomão Malina, nas atividades de pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna.
O webinar terá participação do professor Ulisses de Freitas Xavier, pesquisador da história do cinema brasileiro, e do diretor-geral da FAP, o sociólogo Caetano Araújo. A transmissão será realizada pelo portal e redes sociais da entidade (Facebook e Youtube), assim como na página da biblioteca no Facebook.
Assista!
Todos os internautas interessados podem participar diretamente do debate, por meio da sala virtual do Zoom. Para isso, basta solicitar o acesso por meio do WhatsApp oficial da biblioteca (61) 98401-5561. (Clique no número para abrir o WhatsApp Web).
A história de Baile Perfumado é baseada em fatos verídicos: o encontro entre o mascate libanês, Benjamin Abrahão (1890-1938), e Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião (1898-1938), interpretados, respectivamente, por Duda Mamberti (1965) e Luis Carlos Vasconcelos (1954).
Narrado pelo personagem de Abrahão em libanês, o filme mescla imagens reais capturadas pelo mascate, em preto e branco, e outras ficcionais, coloridas. Com isso, cria um cenário no qual se alternam as décadas de 1930 e de 1990, o interior nordestino e a capital Recife.
A montagem constrói-se com focos entrecruzados. Por um lado, Abrahão decide documentar, em filmes e em fotos, Lampião e seu bando, para comercializar a história do cangaceiro. Por outro lado, apresenta os bailes organizados por Lampião - baile é palavra utilizada pelos cangaceiros para designar a guerra.
A narrativa desenvolve-se em cortes secos entre as cenas, com exacerbação da violência e alguns momentos de nítida estilização. O tom documental é fruto da incorporação dos registros fílmicos feitos por Abrahão e de seu real encontro com os cangaceiros.
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Embalado pela música pop do Recife, Baile Perfumado constrói uma colagem em que se alternam imagens com tomadas aéreas e ângulos não convencionais, nas quais se apresentam paisagens do sertão e closes dos personagens feitos de baixo para cima.
Lampião tem, ainda, vaidade numa lógica distinta: sua vaidade revela-se nos produtos de consumo da vida burguesa, como uísque e, como o próprio nome do filme sugere, perfumes. Esses produtos são adquiridos de uma rede de consumo, na qual se articulam cangaceiros e fazendeiros, num jogo de alianças obscuras.
Baile Perfumado levou cerca de 80 mil espectadores aos cinemas. Foi exibido em diversos festivais, como Cannes, Havana, Toronto, Líbano e São Francisco. Ganhou, entre outros, prêmios de melhor filme, melhor direção de arte e melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília e Prêmio da Unesco.
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
15º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre o filme Baile Perfumado, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas
Dia: 2/9/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
Lúcio Costa marca revolução do ensino da arquitetura no Brasil
Avaliação é do professor da UnB Andrey Schlee, que vai discutir o assunto em webinar da Biblioteca Salomão Malina e da FAP
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Autor do projeto do Plano Piloto de Brasília, o arquiteto e urbanista Lúcio Costa representou uma revolução no ensino da arquitetura no Brasil, a partir de iniciativas inovadoras, ainda nos anos 1930, consideradas absolutamente modernistas.
“Lúcio Costa deu o pontapé para a renovação da arquitetura brasileira, assim como a Semana de Arte Moderna representou inovação para as artes e a literatura”, disse o professor de história da arquitetura na Universidade de Brasília (UnB) Andrey Schlee.
Assista!
Em sala virtual que também terá presença de Vicente Del Rio, Schlee vai discutir o assunto, na quinta-feira (12/8), a partir das 17 horas, em mais um evento online do ciclo de debates da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e Biblioteca Salomão Malina, nas atividades de pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna.
A transmissão será realizada pelo portal e redes sociais da entidade (Facebook e Youtube), assim como pela página da biblioteca no Facebook. Todos os internautas interessados podem participar diretamente do debate, por meio da sala virtual do Zoom. Para isso, basta solicitar o acesso por meio do WhatsApp oficial da biblioteca (61) 98401-5561. (Clique no número para abrir o WhatsApp Web).
Ainda em 1929, Lúcio Costa conheceu a Casa Modernista de São Paulo, do arquiteto russo-brasileiro, Gregori Warchavchik. Após a Revolução de 1930, a convite de Rodrigo Melo Franco, ele foi nomeado diretor da Escola Nacional de Belas Artes, com o objetivo de implantar um curso de arquitetura moderna.
Por isso, convocou Warchavchik para dirigir o ensino de arquitetura e criou o salão livre de artes plásticas, que coordenou, oficialmente, as experimentações artísticas. Sua ação provocou reação violenta de professores e acadêmicos, que culminou com seu afastamento após uma grave que durou por oito meses.
“Houve reação muito grande de professores conservadores contra Lúcio Costa e também reação pró-Lúcio Costa por parte de alunos”, diz Schlee, ressaltando que as ideias e propostas dele foram vitoriosas e contribuíram de forma fundamental para a renovação do pensamento arquitetônico no país.
Nos anos seguintes, em 1937, houve a construção de primeiros edifícios, de fato, modernistas no Brasil de influência francesa. “A construção do edifício do Ministério da Educação e Saúde Pública, no Rio, absolutamente modernista, notadamente por essa turma que emerge da Reforma de 30”, comenta o professor da UnB.
Na avaliação de Schlee, Lúcio Costa representa, sem dúvida alguma, o esforço para modernizar o país, “seguindo a ideia de renovar com gente nova, com cabeças novas”. “A grande revolução que ele fez foi convidar professores modernistas para dar aula na Escola de Belas Artes. Teve coragem de contratar”, afirma.
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
13º online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sore Lúcio Costa e a revolução no ensino da arquitetura
Dia: 12/8/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
Webinário destaca “A hora da estrela”, baseado em obra de Clarice Lispector
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'Proposta de taxar livro é tragédia absurda', diz pesquisador da Unesp
Marcus Vinicius Oliveira vai participar de debate da Biblioteca Salomão Malina nesta terça-feira (27/7), às 20h
Cleomar Almeida, da equipe da FAP
A polêmica proposta de taxação de livros pode aprofundar ainda mais o abismo social do país, que tem 11 milhões de brasileiros que não sabem ler nem escrever. A avaliação é do escritor e professor de história Marcus Vinícius Oliveira, de 30 anos. “Taxar os livros é uma tragédia absurda”, afirma, em entrevista ao portal da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília.
Confira o vídeo!
Mestre em história, pós-doutorando pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e professor do ensino médio, Oliveira vai participar, na terça-feira (27/7), de webinar da Biblioteca Salomão Malina com o título “Somos todos escritores” para discutir a importância desses profissionais para o desenvolvimento do país.
O evento, que integra a comemoração do Dia do Escritor, celebrado no último domingo, será realizado em parceria com a FAP e terá transmissão em tempo real na página da biblioteca no Facebook. Os internautas também podem assistir ao evento no canal da entidade no Youtube e na página dela no Facebook.
“Alternativa impensável”
De acordo com o escritor, o país ainda tem que resistir à grande barreira do governo que pretende taxar os livros, conforme prevê a proposta da reforma tributária. “É uma alternativa impensável em qualquer país sério que queira aumentar o número de leitores”, ressalta o historiador.
O desafio se impõe ainda mais por causa da pandemia, que, assim como impactou em outras áreas do mercado, também atingiu o setor editorial. As vendas de e-book e audiolivro dispararam no Brasil em 2020. No entanto, por outro lado, em 15 anos, o mercado editorial encolheu 30%.
No ano passado, marcado pela pandemia do coronavírus, o mercado editorial sofreu o impacto do fechamento temporário de lojas físicas no país, faturando um total R$5,2 bilhões em 2020, o que significa um decréscimo de 8,8% em comparação a 2019.
Os dados foram apresentados em um dos recortes da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro ano-base 2020, realizada pela Nielsen Book, com coordenação da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).
Por outro lado, o levantamento registrou crescimento expressivo das livrarias exclusivamente virtuais, que tiveram aumento de 84% na participação no faturamento das editoras, sendo responsáveis por movimentar R$923,4 milhões em 2020.
Parcerias
Além disso, também há casos de autores independentes que encontraram parcerias para publicar seus livros, como ocorreu no caso da obra “Palavras em liberdade”, produzida por jovens da periferia que se reúnem no grupo Slam-DéF. Ela foi editada, pela FAP, e lançada no dia 14 de julho. Na obra, os autores usam poesias para escancarar as dores, angústias, prazeres e resistências nas comunidades.
De acordo com o historiador, o papel do escritor é exatamente se aproximar de seus leitores. “Sempre entendo a leitura como um encontro. Se o autor escrever, mas não é lido, não existe a completude do que escreveu. Só existe escritor se houver leitor”, ressalta o historiador.
Na avaliação de Oliveira, que é autor de três livros, os escritores têm o desafio de quebrar a barreira da resistência à leitura. “Ainda temos no Brasil um público distante da leitura, pessoas que têm muito medo da leitura, no sentido de que o livro parece algo muito inacessível. Isso tem muito a ver com educação escolar, que impõe a obrigatoriedade do livro, muitas vezes difícil de ler, em linguagem sisuda”, ressalta.
Por outro lado, o aumento de e-books, por exemplo, possibilita crescimento da leitura entre os jovens, sobretudo. “Eu acho que a gente está melhorando neste ponto, por incrível que pareça. Tenho muitos alunos que leem livros infanto-juvenis por ser do interesse deles”, observa Oliveira.
Live: Somos todos escritores
Data: 27/7/2021
Transmissão: A partir das 20 horas
Onde: Portal da FAP e redes sociais da entidade (Facebook e Youtube) e da Biblioteca Salomão Malina (Facebook)
Realização: Biblioteca Salomão Malina, em parceria com a FAP
Para solicitar acesso à sala do Zoom, envie mensagem para o WhatsApp oficial da biblioteca – (61) 98401-5561. (Clique no número para abrir o WhatsApp Web).
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O homem de Sputnik se mantém como comédia histórica há 62 anos
Premiado, o filme O homem do Sputnik, do diretor Carlos Manga, lançado em 1959, será debatido nesta quinta-feira (22/7) em mais um evento do ciclo de webinars da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna, marcado para o ano que vem. A transmissão será realizada, a partir das 17 horas, no portal da entidade e redes sociais (Facebook e Youtube).
Assista!
Em novembro de 2015, o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Foi listado por Jeanne Santos, do Cinema em Cena, como “clássico nacional”.
A comédia narra as peripécias de um homem simples que pensa que o satélite russo Sputnik 1 caiu no galinheiro de um sítio. A notícia se espalha e ele é perseguido por espiões de todos os tipos até que a verdade vem à tona.
Na época, o estreante Jô Soares, ainda como “Joe” Soares, fez o papel de um espião americano no Brasil. A inclusão desse espião fez com que o diretor Carlos Manga perdesse uma bolsa de estágio nos EUA. O filme teria sido visto por 15 milhões de espectadores.
O enredo é marcado por um casal de caipiras comerciantes de ovos, Anastácio e Cleci, que são surpreendidos por um estrondo em seu galinheiro. Ele encontra entre suas galinhas um globo metálico. No dia seguinte, ela lê no jornal sobre o acidente com o satélite russo Sputnik e reconhece na fotografia um objeto semelhante ao que caiu em seu quintal.
Anastácio, então, leva o globo à casa de penhores e mostra-o para a funcionária Dorinha. Ela liga para o jornal onde trabalha seu namorado, Nelson, e lhe conta o fato. Alberto, jornalista inescrupuloso, ouve a conversa entre o casal e conta a novidade ao chefe do jornal.
Nelson vai ao encontro de Anastácio e pede a ele que esconda o objeto. Anastácio coloca-o dentro do poço. A notícia de que o Sputnik caiu no Brasil vira primeira página dos jornais.
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Filme premiado de Arnaldo Jabor retrata modernismo no cinema brasileiro
Anastácio e Clecy se transformam em celebridades. Hospedam-se no Copacabana Palace, onde recebem propostas de grupos de russos, americanos e franceses que tentam seduzir Anastácio, apresentando-lhe a cantora francesa Bebe.
Os interesses desmedidos dos estrangeiros pelo satélite levam os dois à loucura. Anastácio é raptado pelos franceses e Nelson pelos americanos. Fogem e voltam para a casa de Anastácio. Russos, americanos e franceses os seguem, disputando o valioso troféu, que ninguém sabe onde está.
Anastácio revela o local onde o Sputnik se encontra e todos se alvoroçam. Não encontram nada no poço. Ao passar pelo local, o sacristão diz que pegou o Sputnik e transformou-o em pára-raios para a igreja. Os agentes estrangeiros partem decepcionados e Anastécio Cleci voltam para casa, mas se deparam com o verdadeiro Sputnik que acabara de cair no galinheiro. (Com informações públicas)
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
10º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre o filme O homem do Sputnik, direção de Carlos Manga
Dia: 22/7/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
Inspirada em Luiz Gonzaga, oficina de percussão é realizada pela Biblioteca Salomão Malina
A Biblioteca Salomão Malina, vinculada à Fundação Astrojildo Pereira (FAP), realiza, nesta quinta-feira (20/5), oficina on-line sobre percussão corporal, que será ministrada pelo Grupo Baião de Dois, a partir das 20 horas, para o público em geral.
O objetivo da oficina, segundo os organizadores, é fazer cada internauta descobrir, experimentar, reconhecer e criar ritmos e sons a partir da prática musical. A responsável pela mediação do evento é a coordenadora da biblioteca, Thalyta Jubé.
A percussão corporal é a produção de sons com a utilização das diversas partes do corpo. A prática permite a liberação de movimentos, envolvendo ativação da coordenação motora, da concentração e da atenção, na percepção e discriminação auditiva de timbres diversos.
A oficina pode ser praticada individualmente, mas também é uma grande oportunidade para as famílias ou grupos de amigos se divertirem e aprenderem algo novo que irá agregar conhecimento musical a quem praticar.
Por causa das regras de distanciamento social para enfrentamento à pandemia da Covid-19, as atividades presenciais continuam suspensas na biblioteca e, por isso, a unidade da FAP tem realizado os eventos apenas de forma virtual.
Idealização do projeto
O projeto Baião de Dois é uma iniciativa idealizada por André Soares e Pedro Campos. Segundo eles, o projeto valoriza a percussão corporal alinhada aos instrumentos, com uma abordagem única e totalmente original.
Muito além de um feijãozinho com arroz, conforme eles explicam, o baião é um ritmo musical nordestino que nasceu na década de 1940 e teve seu apogeu com o grande mestre Luiz Gonzaga.
Conheça os oficineiros
André Soares é educador musical graduado em licenciatura em música pela Universidade de Brasília (UnB). Ele é compositor de música corporal, responsável pela performance musical e criação artística do Grupo Batucadeiros de 2009 a 2019.
No Instituto Batucar, realizou pesquisa pedagógica na área de percussão corporal, com foco na transformação social de comunidades em situação de vulnerabilidade social e econômica.
Como professor e performance de música corporal, já atuou em todo o Distrito Federal, além de estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins e também nas cidades de Nora e Örebro, na Suécia.
Na UnB, André participou como bolsista no Projeto Institucional de Bolsa de Incentivo à Docência (PIBID), em que atuou como professor de percussão corporal e desenvolveu pesquisa nesta área.
Pedro Campos é designer, estudante de publicidade e propaganda na Universidade Cruzeiro do Sul. Ele integrou o grupo Batucadeiros de 2009 a 2019. No Instituto Batucar participou de pesquisas acadêmicas e atuou como fotógrafo e editor de imagens e vídeos.
Como professor e performance, também já atuou em vários lugares do Distrito Federal, além de estados como Goiás e São Paulo, também em Örebro, Ljungskile e Norrkoping na Suécia, entre outras cidades. Estudou design na Escola Saga e atuou como editor em dois documentários sobre a prática da percussão corporal.
Webinar | Oficina de Percussão Corporal
Data: 20/05/2021
Transmissão: a partir das 20h
Onde: Portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade. Facebook da Biblioteca Salomão Malina.
Realização: Fundação Astrojildo Pereira e Folha da Manhã
PARCERIA
Instagram: @baiaode2.oficial
Linktree: https://linktr.ee/Baiaode2
‘Elite consome muito o que vem da periferia’, diz coordenador cultural do Slam-DéF
Poesias reforçam regras contra Covid em mobilização na internet
Biblioteca Salomão Malina transmite final da batalha de poesias do Slam-DéF
Fonte:
'Elite consome muito o que vem da periferia', diz coordenador cultural do Slam-DéF
Organizador do Slam-DéF realizará encontro online de jovens artistas da periferia, no dia 28 de abril, com transmissão ao vivo pela internet
Cleomar Almeida, Coordenador de Publicações da FAP
Músicas, sons, ritmos e toda forma de manifestação artística têm sido usados por jovens da periferia do Distrito Federal para se integrarem, por meio de encontros virtuais, durante a pandemia, e manterem o distanciamento social. Em eventos online, eles fazem até batalha de poesias para amenizar um pouco a solidão do isolamento.
Palco de batalhas de arte falada, poesia viva, encenação com muito carão e entonação de voz, o Slam-DéF realiza, no dia 28 de abril, para mais uma competição de poesias criadas pelos próprios participantes.
Assista ao vivo!
O evento será realizado em parceria com a Biblioteca Salomão Malina, mantida, em Brasília, pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), localizada na capital federal.
Feridas escancaradas
Os artistas anônimos usam suas vozes e seu corpo para escancarar feridas que seguem abertas no país, como a pandemia, o racismo, o machismo, a homofobia, entre outros. (Veja mais detalhes do evento ao final desta reportagem).
Na mesma linha de um movimento nacional que reúne jovens autores de poesias e que ainda estão no anonimato, o Slam-DéF é um dos grupos que possibilitam a integração do público por meio da internet, de forma dinâmica e interativa. Em cada encontro, segundo o coordenador Will Júnio, fica a certeza de que a cultura da periferia segue cada vez mais empoderada.
“Devido ao crescimento e estilos musicais originados na periferia, como funk e hip hop, a própria elite consome muito o que vem da periferia”, afirma o coordenador, que também é professor de língua portuguesa em escola pública.
"Periferia também é arte"
Segundo ele, o empoderamento da periferia é um passo muito importante na luta por direitos. “Antigamente não era assim, houve todo um processo de luta, engajamento e discernimento, por parte da periferia, para entender que o que produzimos na periferia também é arte, como qualquer outra, e muito rica. Se não nos dão oportunidade, nós a criamos”, ressalta.
De acordo com Will, a cultura é muito importante para a periferia porque, como ele observa, quem mora nelas vive à margem da sociedade. Dessa forma, segundo o professor, nos encontros online, essas pessoas encontram alternativa para expor seu sofrimento, sua luta, seu dia a dia.
“Muitos desses jovens encontraram na música, como funk e hip hop, e no grafite uma maneira de mostrar o que vêm passando no seu dia a dia. A cultura para esse pessoal é o seu grito para a sociedade ouvir”, destaca Will.
SERVIÇO
Batalha de Poesias Slam-DéF
Dia: 28/4/2021
Horário da transmissão: das 19h às 20h30
Onde: portal da FAP, redes sociais da entidade (Youtube e Facebook) e página da Biblioteca Salomão Malina no Facebook.
Realização: Slam-DéF, em parceria com Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP)
Observação: Os arquivos dos eventos ficam disponíveis para o público no portal e nas redes sociais da entidade, por tempo indeterminado
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Escritor ensina como criar livro digital: 'Democratizar o mercado editorial'
Paulo Souza passará dicas de produção de e-book em evento online da Biblioteca Salomão Malina, no dia 26 de abril
Cleomar Almeida, Coordenador de Publicações da FAP
Com o aumento disparado de vendas online durante a pandemia, escritores iniciantes podem usar a internet como uma grande vitrine e serem vistos por gente de toda parte do mundo. “Os e-books são uma forma de democratizar o mercado editorial”, afirma o diretor financeiro do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal (Sindescritores), o escritor Paulo Souza.
Os livros digitais, na avaliação dele, ampliam as chances de mais pessoas terem sucesso no ramo. “Podemos ter mais possibilidade de escritores se profissionalizando no meio”, acredita Souza. Ele também é produtor cultural no DF. Os e-books já apresentavam crescimento de vendas antes mesmo da pandemia.
Confira o vídeo!
O diretor do Sindescritores vai participar de encontro online para dar dicas de formatação para autores iniciantes, na segunda-feira (26/4), das 18h30 às 20h. O evento virtual será realizado pela Biblioteca Salomão Malina, mantida, em Brasília, pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), que também é localizada na capital federal.
Passo a passo sobre e-book
Durante o próximo evento online, Souza vai passar informações básicas de como editar um e-book, para ser publicado em plataformas na internet. Segundo ele, esse é só um primeiro passo que pode contribuir para destacar o potencial de diversas pessoas que ainda não têm dinheiro para contratar trabalho de uma editora profissional.
“É claro que existem outros fatores para o escritor ter mais sucesso em sua carreira, mas vamos dar ferramentas para começar o trabalho de forma autônoma, através de e-books, para despertar interesse tanto dos leitores como de editoras tradicionais”, explica Souza.
Antes mesmo da pandemia, houve registro de aumento das vendas de conteúdo digital. O mercado editorial aumentou em 115% seu faturamento com conteúdo digital, de 2016 a 2019.
Os dados são de pesquisa da Nielsen, em parceria com a Câmara Brasileira do Livro e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, divulgada em agosto de 2020.
Mercado vasto
O número, já descontada a inflação, considera as vendas de ebooks – que somaram 99% do faturamento e 96% das unidades comercializadas –, audiolivros e outras plataformas de distribuição digital.
O total da receita para esse tipo de produto, ainda minoritário no mercado editorial, foi de R$103 milhões no ano passado, com venda de 4,7 milhões de unidades.
“Nós vivemos na Era da internet. Tudo está muito conectado, com muitas informações ao mesmo tempo, e isso abre espaço para que muitas pessoas produzam literatura e ponham trabalho à disposição de milhares de pessoas através da internet”, diz o diretor do Sindescritores.
Sobre o palestrante
Escritor, produtor cultural, editor e diretor financeiro do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal, Paulo Souza foi responsável pelo blog e canal Ponto Para Ler, que funcionou de 2013 a 2020. Além disso, tem experiência na colaboração e idealização de projetos como Literatura por Mulheres e Encontro de Literatura Fantástica do Cerrado.
Outros projetos com participação de Souza são Brasília que Escrevo, além de ter mediado os bate-papos Arte da Palavra. Vitrine Literária, mesas na Feira do Livro de Brasília e vários encontros com leitores e lançamentos de livros. Foi mediador do clube de leitura Eneida de Moraes na Biblioteca Salomão Malina.
Abaixo, veja detalhes do evento online da Biblioteca Salomão Malina:
Meu primeiro e-book: dicas de formatação para autores iniciantes
Palestrante: Paulo Souza
Data: 26/4/2021
Horário: das 18h30 às 20h
Transmissão: portal da Fundação Astrojildo Pereira e redes sociais da entidade (Youtube e Facebook) e da biblioteca (Facebook).
Observação: o vídeo do evento ficará disponível nesses canais para acesso do público, gratuitamente.
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Paulo Souza explica ferramentas estratégicas de escrita em encontro on-line voltado ao público em geral
Cleomar Almeida, Coordenador de Publicações da FAP
Mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP) em Brasília, a Biblioteca Salomão Malina realiza, nesta segunda-feira (12/4), encontro on-line com o escritor Paulo Souza, para ensinar como usar ferramentas estratégicas de produção de texto. O evento online, das 18h30 às 20h, será transmitido no site da entidade e nas redes sociais da biblioteca (Facebook) e da fundação (Facebook e Youtube).
Confira o vídeo!
O público poderá participar e tirar suas dúvidas ao vivo, conversando diretamente com o escritor na sala virtual do zoom. Para acessar o encontro on-line, basta solicitar autorização por meio do WhatsApp oficial da biblioteca (61 98401-5561) ou enviar comentários nas páginas de transmissão nas redes sociais.
Processo fundamental
Em uma sociedade cada vez mais hiperconectada, entender o processo de construção do discurso em texto é fundamental para se comunicar também. “Acredito que entender a construção social é entender o próprio pensamento de fala”, afirma Souza, em entrevista ao portal de notícias da FAP. “O texto nada mais é que nossa fala passada de forma física para o papel”, acrescenta.
De acordo com o escritor, a produção de texto é o exercício do próprio raciocínio, sentimento e pensamento que o autor pretende registrar sobre determinado assunto. Ele explica que essa habilidade pode ser desenvolvida não somente por escritores ou por quem tenha necessidade de escrever em uma avaliação, por exemplo.
“Estudar o texto é ter a oportunidade de nos reconstruirmos com a versão melhor de nós mesmos”, destaca o escritor. “A questão maior da humanidade é a comunicação. Somos a única espécie do planeta que consegue verbalizar de forma complexa nossos pensamentos, sentimentos e opiniões”, observa.
Raciocínio
Por isso, segundo ele, a partir do momento em que estuda e compreende o processo de elaboração do texto, a pessoa poderá entender, ainda, como funciona o seu raciocínio e sua própria leitura sobre a vida e o mundo.
“Isso faz com que cada vez mais tenhamos textos melhores, mais assertivos e pensamentos mais complexos. A partir disso, a gente começa a construir, de novo, o nosso ser interior da melhor forma. Sempre estamos em reconstrução”, ressalta Souza.
Sobre o autor
Escritor, produtor cultural, editor e diretor financeiro do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal, Paulo Souza foi responsável pelo blog e canal Ponto Para Ler, que funcionou de 2013 a 2020. Além disso, tem experiência na colaboração e idealização de projetos como Literatura por Mulheres e Encontro de Literatura Fantástica do Cerrado.
Outros projetos com participação de Souza são Brasília que Escrevo, além de ter mediado os bate-papos Arte da Palavra. Vitrine Literária, mesas na Feira do Livro de Brasília e vários encontros com leitores e lançamentos de livros. Foi mediador do clube de leitura Eneida de Moraes na Biblioteca Salomão Malina.
Poesias reforçam regras contra Covid em mobilização na internet
Encontro virtual do Slam-DéF está marcado para quarta-feira (24/3). FAP e Biblioteca Salomão Malina transmitem evento on-line
Cleomar Almeida, Coordenador de Publicações da FAP
Em meio à disseminação acelerada da pandemia da Covid-19 no Brasil, recomendações de autoridades sanitárias ganharam na arte uma forte aliada. Artistas da periferia do Distrito Federal (DF) se mobilizam, pela internet, para conscientizar a população por meio da poesia. Usam a palavra como instrumento de transformação.
Confira o vídeo!
Jovens de Brasília e diversas cidades próximas vão se reunir, na próxima quarta-feira (24/3), a partir das 19h, em encontro virtual do Slam-DéF, grupo que reúne poetas e poetisas (veja mais detalhes ao final). A mobilização dos artistas passou a ser apenas on-line desde o início da pandemia. Antes era presencial.
Coordenador do Slam-DéF, o professor Will Júnio diz que os artistas já produziram muitas poesias para incentivar as pessoas a ficarem em casa, sempre que possível. “Os poetas e as poetisas têm usado muito a mensagem para as pessoas se cuidarem, cuidarem do próximo, umas das outras”, afirma.
As mensagens de poesias, de acordo com o coordenador, são muito bem recebidas, principalmente, por moradores de regiões de periferia, onde vive a maioria dos artistas participantes da mobilização.
“Voz na quebrada”
“O mais importante é que os artistas, maioria de periferia, são pessoas que têm voz na sua quebrada”, destaca o professor. “Eles têm muito poder de voz, principalmente, no momento em que a gente está com este desgoverno, fazendo tudo ao contrário do que recomendam autoridades sanitárias”, diz.
De acordo com o professor, a mobilização tem muita importância neste momento. “Há grande responsabilidade deles ao passarem a mensagem para as pessoas ficarem em casa, se cuidar, cuidar de si mesmas e de outras que amam”, assevera.
Júnio afirma que a mobilização também pretende mostrar que é possível superar a pandemia. “O Slam joga luz sobre este momento obscuro e traz um pouco de esperança para o público e os próprios poetas que estão passando por grandes problemas, como dificuldade financeira e falta de visibilidade”, diz.
“Críticas sociais”
O coordenador diz que pretende manter as edições mensais da mobilização. “Um dos maiores propósitos é a gente continuar firme, reunindo os artistas, para ter um pouco de esperança, ouvir as críticas sociais, absorvê-las e tentar melhorar o nosso comportamento de alguma forma”, pondera.
A mobilização dos artistas será realizada em formato de batalha de poesias e terá transmissão, em tempo real, na página da biblioteca no Facebook. O público também poderá conferir o encontro em vídeo no portal de notícias e redes sociais da FAP (Facebook e Youtube), ao mesmo tempo.
Até terça-feira (23/3), independentemente de onde moram, todas as pessoas interessadas em expressar suas poesias, durante a mobilização, poderão fazer inscrição diretamente em formulário on-line do Slam-DéF (Clique aqui!). O link também está disponível no perfil do grupo no Instagram e no perfil da Biblioteca Salomão Malina.
Interação na internet
Além dos 16 artistas selecionados para expressarem suas poesias, o público em geral poderá participar da terceira mobilização do Slam-DéF neste ano, interagindo por meio de comentários em redes sociais da biblioteca e da FAP, no momento do evento.
“Com a mobilização, nosso intuito é também fazer com que pessoas de periferia se sintam acolhidas pela sua própria arte”, afirma o coordenador. “A competição de poesias incentiva vários artistas. Muitos deles estavam escrevendo poesia a cada dois ou três meses, mas, agora, estão escrevendo poesia direto”, diz.
Serviço
Batalha de Poesias Slam-DéF
Data: 24/3/2021
Horário: a partir das 19h
Onde: site e redes sociais da FAP (Facebook e Youtube) e página da Biblioteca Salomão Malina no Facebook
Mulheres debatem desafios e perspectivas na política brasileira em webinar
Evento online da Biblioteca Salomão Malina tem participação de Tereza Vitale, Eliziane Gama, Loreny Mayara e Soninha Francine
Cleomar Almeida, Coordenador de Publicações da FAP
Atuação, desafios e perspectivas da mulher na política serão debatidos, na terça-feira (16/3), das 18h30 às 20h, em webinar da Biblioteca Salomão Malina, mantida pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) em Brasília. O evento terá transmissão ao vivo na página da biblioteca no Facebook e no site da entidade.
Assista ao vídeo!
O assunto será mediado militante feminista e secretária nacional de mulheres do Cidadania, ao qual é vinculada a FAP, Tereza Vitale. Participam a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), da ex-vereadora de São Paulo Soninha Francine (Cidadania-SP) e da ex-vereadora de Taubaté Loreny Mayara Caetano, que chegou ao segundo turno na última disputa pela prefeitura da cidade.
“Chamo a atenção para este evento pela importância de termos mais mulheres na política, mais mulheres dedicadas à luta por direitos das mulheres, como direitos humanos”, diz Tereza, uma das referências nas causas feministas no país, em entrevista ao portal de notícias da FAP.
A secretária nacional lembra que mulheres são mais de 50% de população brasileira, mas menos de 15% nos parlamentos. “Isso é de se chamar a atenção. Pode ser que esteja com as mulheres o segredo de uma boa política e de avanço e desenvolvimento reais. O necessário é estarmos voltadas a colocar mais mulheres nos parlamentos”, destaca.
Novos marcos
A senadora Eliziane Gama acredita que o momento é muito importante para se discutir novos marcos regulatórios para política feminina no Brasil. “É a preocupação histórica do partido de lutar pela igualdade de gênero, pela participação equitativa no mercado de trabalho e na política brasileira”, enfatiza.
No entanto, a parlamentar reconhece que ainda é necessário avançar muito e discutir o assunto. “O que precisamos ainda fazer, os avanços que tivemos, mas, sobretudo, demarcar novos momentos para essa política no Brasil. Acho que a gente avançou bastante, mas ainda temos muito a perseguir e a buscar”, assevera a Eliziane.
Assim como as demais participantes, Loreny ressalta ser muito importante todo espaço para discutir sobre mulheres na política, já que, segundo ele, “esse assunto está longe de ser superado”.
“Desafios no partido”
“Os desafios começam, inclusive, dentro dos partidos, e a gente precisa sair do discurso de querer mulheres na política e começar a fazer ações práticas que motivem e incentivem a nossa presença”, acentua a ex-vereadora de Taubaté.
De acordo com Loreny, a cultura do machismo estrutural dificulta até a saída das mulheres em campanha política, pois, ressalta, há preocupação até com a roupa que elas usam. “Também há barreira institucional e partidária contra as quais devemos lutar juntas”, salienta.
Biblioteca Salomão Malina realiza webinar sobre trovadorismo e português
Paulo Souza vai interagir com o público em evento online que terá transmissão ao vivo
Cleomar Almeida (assessoria de comunicação da FAP)
A Biblioteca Salomão Malina, mantida pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), realiza nesta terça-feira (23/2), a partir das 18h30, o webinar Trovadorismo para amar o português, com palestra a ser realizada pelo escritor e produtor cultural Paulo Souza. O evento online será transmitido, ao vivo, pelo portal e pela página da entidade no Facebook.
Interessados em participar da discussão também podem acessar o portal da FAP, clicar no link do aplicativo Zoom que será divulgado nesta matéria assim que o evento começar e aguardar a permissão para entrar na sala virtual.
Confira o vídeo!
O objetivo da palestra online é ensinar aos internautas os princípios básicos da trova e da poesia livre e abordar brevemente a história do trovadorismo no Brasil e sua importância para a língua portuguesa.
Trovadorismo também é assunto cobrado no PAS Programa de Avaliação Seriada (PAS) - Etapa 1, da UnB (Universidade de Brasília). O evento online poderá ajudar quem está estudando para essa prova também.
Sobre o palestrante
Paulo Souza é escritor, produtor cultural, editor e diretor financeiro do Sindicato dos Escritores do DF. É, ainda, responsável pelo blog e canal Ponto Para Ler, que funcionou de 2013 à 2020, colaborador e idealizador do Literatura por Mulheres, Elifant (Encontro de Literatura Fantástica do Cerrado), Brasília que Escrevo.
Também mediou conversas nos projetos Arte da Palavra, Vitrine Literária, mesas na Feira do Livro de Brasília e vários encontros com leitores e lançamentos de livros. Foi mediador do clube de leitura Eneida de Moraes na Biblioteca Salomão Malina.