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Brasil precisa investir R$ 110 bi até 2035 para garantir acesso à água, diz ANA

Mananciais são vulneráveis em 44% das cidades, diz pesquisa. Agência aprova plano para recuperação dos principais reservatórios do país

O Globo e Agência Brasil

RIO - O Brasil precisa de um investimento total de R$ 110 bilhões até 2035 na infraestrutura de produção e distribuição de água para garantir o acesso. É o que aponta a segunda edição do Atlas Águas, levantamento feito pela Agência Nacional de Águas (ANA).

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Esse montante contempla a construção de novas estruturas e a reposição das que já existem, incluindo ações para reduzir as perdas de água e melhorar a gestão dos sistemas para garantir a segurança hídrica das cidades do país. Atualmente, com a seca no centro-sul, várias cidades já enfrentam racionamento de água.

O trabalho avaliou, entre outros itens, a capacidade dos sistemas nas cidades, o desempenho da produção de água potável e da rede de distribuição e a vulnerabilidade dos mananciais.1 de 6 


Usina Hidrelétrica binacional de Itaipu. A maior do mundo desde a inauguração, em 1984, até o ano de 2012, produz até 14.000 megawatts. Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional
Vista aérea da usina de Belo Monte, a segunda maior do país: capacidade para 11.233 megawatts. Foto: Divulgação
Hiderlétrica Ilha Solteira, em São Paulo. Em operação desde 1973. Foto: Henrique Manreza / Manreza Imagens / Divulgação / CTG Brasil
Hidrelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins, no Pará, pode produzir até 8.535 megawatts e foi inaugurada no mesmo ano que a de Itaipu, 1984. foto Rui Faquini
Usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia. Com capacidade instalada de 3.750 megawatts, ela está em operação no Rio Madeira, na Bacia Amazônica, desde 2013. Foto: Divulgação/PAC
No mersmo Rio Madeira, está a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, instalada no rio Madeira, em Porto Velho (RO). Ela tem capacidade para 3.568 MW. Foto: Divulgação / Ibama
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Usina Hidrelétrica binacional de Itaipu. A maior do mundo desde a inauguração, em 1984, até o ano de 2012, produz até 14.000 megawatts. Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional
Vista aérea da usina de Belo Monte, a segunda maior do país: capacidade para 11.233 megawatts. Foto: Divulgação
Hiderlétrica Ilha Solteira, em São Paulo. Em operação desde 1973. Foto: Henrique Manreza / Manreza Imagens / Divulgação / CTG Brasil
Hidrelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins, no Pará, pode produzir até 8.535 megawatts e foi inaugurada no mesmo ano que a de Itaipu, 1984. foto Rui Faquini
Usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia. Com capacidade instalada de 3.750 megawatts, ela está em operação no Rio Madeira, na Bacia Amazônica, desde 2013. Foto: Divulgação/PAC
No mersmo Rio Madeira, está a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, instalada no rio Madeira, em Porto Velho (RO). Ela tem capacidade para 3.568 MW. Foto: Divulgação / Ibama
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Neste último quesito, o Atlas concluiu que 44% das cidades têm fontes de captação de água vulneráveis a eventos climáticos críticos, como secas e mudanças climáticas.

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Do total de investimentos estimados, 76% são demandas das regiões Sudeste e Nordeste, que concentram o maior contingente populacional do país.

Só 7 milhões têm segurança hídrica máxima

Levando em consideração os parâmetros do Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH), o Atlas apresenta um novo índice para medir o nível de garantia de acesso a água tratada em diferentes regiões diante das recentes crises hídricas.

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O levantamento apontou que apenas 7 milhões de brasileiros vivem em cidades com segurança hídrica máxima. Somente 667 cidades contam com um sistema de abastecimento de água capaz de garantir o fornecimento. 

Há pouco mais de 50 milhões de brasileiros vivendo em cidades com baixa ou mínima segurança hídrica. São 785 cidades nessa condição.

Outros 77,3 milhões de brasileiros vivem nas 1.975 cidades classificadas com segurança hídrica média quanto ao seu sistema de abastecimento de água. Em 22% das cidades os sistemas de distribuição têm alto índice de perdas.

Plano para recuperar reservatórios

Nesta segunda-feira, a diretoria da ANA aprovou um plano de contingência para recuperação dos principais reservatórios de água do país, principalmente os de usinas hidrelétricas, informou a Agência Brasil.

O objetivo da medida é aproveitar o período chuvoso, que vai de dezembro deste ano a abril de 2022, e garantir a recuperação dos níveis para os anos seguintes.

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O plano define vazões defluentes máximas que devem ser praticadas durante o período chuvoso nos reservatórios de Serra da Mesa, Três Marias, Sobradinho, Emborcação, Itumbiara, Furnas, Marechal Mascarenhas de Moraes, Jupiá e Porto Primavera. Novos reservatórios poderão ser incluídos nas medidas de contingência. 

A agência informou que as regras serão comunicadas ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para adoção no Sistema Interligado Nacional (SIN). A implementação das medidas será acompanhada por meio de boletins e sala de crise específicas.

Fonte: O Globo
https://oglobo.globo.com/economia/brasil-precisa-investir-110-bi-ate-2035-pra-garantir-acesso-agua-diz-ana-1-25241710