Como se não bastassem a dimensão e o tamanho da crise que assola o Brasil devido a soma dos erros e desvios do governo Lula/Dilma, os brasileiros foram condenados a sofrer mais dois graves produtos da incompetência e desídia da administração petista.
O desastre ambiental verificado no município de Mariana, em Minas Gerais, e em outras áreas desse Estado e do Espírito Santo, não é um acidente produto de circunstancias fora da vontade dos homens. Basta ver a reação do governo Dilma para medir a sua incapacidade e a ausência de órgãos públicos com qualidade e expertise e meios para enfrentar tal desastre ambiental. Ibama, DNPM e outros órgãos federais, que tem a ver com a área ambiental e de mineração, estão sucateados, incapazes de exercer controle e, portanto, de prevenir tais “acidentes”.
Não adianta anunciar agora multas milionárias, mesmo sendo necessárias. O fundamental é a prevenção, que pouparia a vida das pessoas e do ambiente. O fato é que, passado um mês deste grave desastre, este governo incompetente não foi capaz de produzir um diagnóstico profundo, sequer criou um grupo formado pelos melhores especialistas brasileiros, para realizar essa tarefa e determinar um plano para remediar os danos ambientais. Esta seria a reação lógica frente ao tamanho do desastre. Trata-se de uma tarefa da União. E que o custo da remediação seja pago pela Samarco e suas controladoras. Mas nem isso fez o governo Dilma.
O aparelhamento do Estado brasileiro , impedindo que a competência viceje, tem reduzido a capacidade e a eficiência dos órgãos públicos de controle. Pior ainda, escancara, a cada dia, a Operação Lava Jato, a promiscuidade dos órgãos e empresas do Estado com os interesses de grupos privados, na base da propina e do roubo descarado e bilionário, e agrava ainda mais a fragilidade gerencial e fiscalizadora do Estado. A tal ponto que depois desse desastre descobriu-se que as mineradoras controlam os órgãos que deveriam fiscalizá-las.
Da mesma forma, estamos frente a uma crise na saúde brasileira com o fenômeno do Zica vírus, cujas consequências ainda não podemos medir completamente. O fato é que os especialistas apontam para um quadro de extrema gravidade na saúde pública, já que a doença da Microcefalia compromete vidas de maneira irremediável.
Aqui também temos um caso de falta de prevenção, de desídia, pelo abandono do combate sistemático ao mosquito e suas formas de reprodução. Este relaxamento no combate ao mosquito produz este resultado. O custo de um governo corrupto e incompetente, assim como nas outras dimensões da crise, no desemprego crescente e inflação em alta, é a sociedade que vai pagar e a sua parte mais débil será a que mais sofrerá as suas consequências.
Num comportamento irreprovável, a presidente Dilma foi à sessão solene de abertura da Conferencia Nacional da Saúde, no dia 4/12, em Brasília, e ao invés de tratar das graves questões nas áreas da saúde e do meio ambiente, ora vividos pelos brasileiros, aproveitou o momento para sobretudo fazer sua defesa do processo de impeachment , para depois anunciar medidas já tardias, mesmo que necessárias, para enfrentar o Zica vírus e o desastre ambiental em Minas Gerais e no Espírito Santo.
É que este governo abandonou a sociedade para lutar por sua sobrevivência. Sua cabeça e energia não mais se encontram a serviço da sociedade, mas da sua permanência no poder. E isso é o que o faz perder legitimidade diariamente perante a opinião pública brasileira. A legitimidade vem da conquista do voto, mas ela se mantém com um mínimo de compromisso com as necessidades do País, com o interesse público. Ao invés disso, Dilma e os petistas se aferram na defesa do poder pelo poder. Seu governo perdeu a legitimidade e passou a ser um fardo para a sociedade brasileira. Esta crise requer uma mudança, e o impeachment é o caminho da mudança.
Por: Sergio Camps de Moraes
Sergio Camps de Moraes é economista, vice-presidente do PPS-RS e membro do Diretório Nacional do PPS