Depois de enfrentarmos três anos da maior recessão econômica da história brasileira, não são poucos os dados que apontam o início de um processo cada vez mais consolidado de retomada. Se, até há pouco tempo, grande parte da população ainda não sentia os efeitos mais visíveis de uma evidente recuperação, nos últimos meses houve uma mudança significativa justamente nos hábitos de consumo das famílias – que, aos poucos, voltaram a incluir em sua lista de compras alguns produtos e mercadorias que haviam sido cortados em função da crise.
Para que se tenha uma ideia do impacto desse fenômeno, um levantamento realizado pela consultoria Kantar Worldpanel mostra que, em 2017, a manteiga retornou à mesa de nada menos que dois milhões de lares brasileiros ao menos uma vez no ano, ao invés da margarina. No ápice da grave crise que assolou o país durante o governo de Dilma Rousseff, o produto marcava presença em 32,9% dos lares – esse índice saltou para 36,8%. Ainda de acordo com a pesquisa, é algo semelhante ao que ocorreu com o azeite de oliva, que desbancou o óleo de soja e retomou o seu lugar na lista de compras de 1,4 milhão de famílias. O requeijão, a batata congelada e o pão industrializado também retornaram ao cardápio dos brasileiros.
Não há dúvidas de que, entre os fatores que permitiram essas mudanças nos hábitos de consumo, estão a inflação baixa, a taxa de juros em seu menor patamar histórico, o aumento da renda e certo reaquecimento do mercado de trabalho, embora ainda tímido. Além de tudo isso, houve uma expressiva redução no endividamento das famílias – que comprometia 19,9% da renda mensal em dezembro do ano passado, de acordo com dados do Banco Central, índice inferior aos 22,8% registrados em 2015.
Especialistas têm estimado, de forma reiterada e praticamente unânime, que a economia brasileira seguirá firme na rota da recuperação nos próximos meses. O varejo, por exemplo, deve registrar um crescimento de mais de 4% em 2018 – o que pode ser fundamental para que as previsões de expansão de 3% do PIB ao final do ano se concretizem. Segundo a Tendências Consultoria Integrada, São Paulo e alguns estados da região Norte devem ser os maiores responsáveis por puxar o consumo. Economistas do banco Santander, por sua vez, já projetam um ganho de mais de R$ 120 bilhões para a economia nacional somente em função do aumento da massa salarial e da retração do endividamento das famílias.
Diante de tantas notícias auspiciosas, que agora se transformam em realidade palpável para a grande massa da população em seu dia a dia, é cada vez mais nítido que o trabalho desenvolvido pela equipe econômica do governo de transição merece ser reconhecido. Só não o é, como era de se esperar, pela oposição histriônica liderada pelo PT, refém da própria desfaçatez criada por meio de narrativas que pouco ou nada tem a ver com o mundo real, desprovidas que são de maior credibilidade e cada vez mais isoladas da opinião pública e da sociedade em geral.
Apesar de todo o descalabro deixado como herança perversa pelos governos lulopetistas, sobretudo com uma economia destruída após 13 anos de incompetência e irresponsabilidade na condução do país, o fato é que a população brasileira vem superando os momentos mais dramáticos da recessão e já começa a olhar para frente, em direção a um futuro mais digno.
Ainda há muito por fazer, é evidente. Mas não há como negar que o Brasil voltou aos trilhos e está novamente no caminho certo. Mais do que nunca, agora é necessário consolidar a recuperação da nossa economia, aprovar as reformas, ampliar a geração de empregos e aguardar com grande expectativa as eleições de outubro próximo.
Será a hora em que o povo brasileiro, de forma livre e soberana, dirá que país deseja pelos próximos quatro anos. Sem nenhum exagero, de forma emblemática e categórica, os alimentos de volta à mesa constituem a melhor e mais contundente resposta àqueles que desejam voltar ao passado. Derrotamos a recessão. Não podemos retroceder.