A síndrome do espaço seguro
O presidente Jair Bolsonaro continua por aqui com a imprensa – à parte, naturalmente, aquela que lhe garante um espaço seguro para dizer o que quer sem ser contestado.
No dia em que poderia ter ocupado o centro do palco com sua viagem a Brumadinho e o anúncio das providências tomadas pelo governo para evitar a repetição de tragédias como aquela, ele emudeceu.
Não quis conversa com jornalistas. Evitou cruzar com eles. Embarcou e desembarcou em Brasília de cara fechada. Magoou, enfim. Não engoliu as críticas ao seu desempenho medíocre em Davos.
Mas não só por isso. Está indignado com o tratamento dado pela imprensa ao caso de Flávio. Temeu que lhe perguntassem a respeito. Naquelas circunstâncias, ninguém o faria. Preferiu não arriscar.