Pesquisas apontam cansaço da opinião pública com Trump, diz José Vicente Pimentel

Em artigo publicado na revista Política Democrática Online de julho, embaixador analisa corrida eleitoral nos Estados Unidos.
Foto: Reprodução/ABCNews
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Em artigo publicado na revista Política Democrática Online de julho, embaixador analisa corrida eleitoral nos Estados Unidos

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

Pesquisas eleitorais detectam certo cansaço da opinião pública com Donald Trump e dão ao democrata Joe Biden folgada vantagem na corrida presidencial. Pandemia e o assassínio de George Floyd por policiais em Minneapolis são os fatores principais. A análise é do embaixador José Vicente Pimentel, em artigo que produziu para a revista Política Democrática Online de julho.

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A publicação é produzida e editada pela FAP, que disponibiliza todos os conteúdos em seu site, gratuitamente. Pimentel lembra que Trump elegeu-se presidente dos Estados Unidos sem nenhuma experiência em administração pública, algumas convicções e ego enorme.

“Entende que o papel do governo é providenciar estímulos fiscais e financeiros às empresas, com um mínimo de regulamentação ambiental, científica, educacional e social”, afirma o embaixador, no artigo. “Por isso, impôs-se a missão de destruir o legado de Barack Obama. Desse ponto em diante, o mercado se encarregaria de recolocar a América em primeiro lugar”, continua ele.

O mote “America first”, segundo Pimentel, já foi usado por políticos democratas e republicanos. “Philip Roth, no livro-cult ‘Complô contra a América’, imagina como Charles Lindbergh teria conduzido o país ao fascismo, se tivesse vencido a eleição contra Franklin D. Roosevelt, em 1940. Na vida real, Lindbergh era, além de aviador, o porta-voz do America First Committee, grupo de pressão com caráter francamente protofascista”, lembra.

Sem muitas ideias, mas com a autoconferida aura de negociador emérito, Trump interferiu fundo no Departamento de Estado, conforme escreve o autor do artigo publicado na revista Política Democrática Online. “Reincorporou o personagem do programa ‘O Aprendiz’, que viveu na TV, e despediu funcionários até do terceiro escalão. Censurado por enfrentar negociações difíceis com a OTAN com reduzidíssima assessoria diplomática, deu de ombros: ‘o único que importa sou eu’”, analisa.

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