Partidos têm dificuldade em dialogar com novas gerações do mundo globalizado, diz Sergio Fausto

O sociólogo Sergio Fausto, diretor-superintendente da Fundação FHC, fez uma análise sobre os impactos da mudança estrutural das sociedades nesse mundo globalizado e a influência disso na ordenação político-partidária e na democracia como um todo. Para o palestrante do seminário Desafios Políticos de um Mundo em Intensa Transformação, os partidos hoje são compostos, em sua maioria, por pessoas de uma época que está ficando para trás e, por isso, as estruturas partidárias perderam sua ancoragem na sociedade.
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O sociólogo Sergio Fausto, diretor-superintendente da Fundação FHC, fez uma análise sobre os impactos da mudança estrutural das sociedades nesse mundo globalizado e a influência disso na ordenação político-partidária e na democracia como um todo. Para o palestrante do seminário Desafios Políticos de um Mundo em Intensa Transformação, os partidos hoje são compostos, em sua maioria, por pessoas de uma época que está ficando para trás e, por isso, as estruturas partidárias perderam sua ancoragem na sociedade.

Fausto explicou que há uma enorme dificuldade em conversar com essa nova geração, “os partidos ainda não conseguiram fazer essa ponte”, avaliou.

O sociólogo destacou que o mundo pós-1990 é outro. “O quadro atual é complexo e fragmentado, não se baseia mais apenas em direita e esquerda. Isso cria espaço para os mais diversos movimentos e fortalece o populismo, que começa a aparecer até mesmo nas sociedades democráticas mais consolidadas, como mostram os exemplos de Donald Trump nos Estados Unidos e Marine Le Pen na França”.

“É preciso fazer uma reflexão crítica, se abrir para os novos tempos, entender que a sociedade mudou, mas ao mesmo tempo tomar cuidado com ideias totalitárias e autoritárias”, complementou Sergio Fausto.

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