Movimento Pró-Impeachment já mobiliza parlamentares de diversos partidos

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O afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) começou a ganhar mais força dentro do Congresso nacional nesta quinta-feira , quando líderes do PPS, PSDB, DEM, PSC e SDD, com apoio de deputados do PMDB, PTB, PP, entre outros partidos, lançaram na Câmara dos Deputados o Movimento Pró-Impeachment. O site do grupo, proimpeachment.com.br, já está recebendo mensagens e vídeos de brasileiros a favor do afastamento e coletando, por meio de uma petição pública, o apoio da sociedade.

No ato de lançamento, que lotou o salão verde da Câmara, o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (PT), fez um paralelo do atual momento do país com o vivenciado pela sociedade brasileira e pelo meio político na época do impeachment do então presidente Fernando Collor. “Depois de um certo tempo, nós costumamos rememorar a história. Foi deste salão aqui também, já num momento mais avançado, que foi entregue o pedido de impeachment do presidente Fernando Collor. Naquele momento a sociedade brasileira se mobilizava em um nível até menor do que se mobiliza hoje. As pesquisas, hoje , estão indicando que a sociedade rejeita mais este governo (de Dilma) do que rejeitava o governo de Collor”, ressaltou.

Freire lembrou ainda que naquela ocasião o PPS estava junto com os que hoje estão no governo para derrubar Collor pela intervenção constitucional do impeachment. “Era uma ação democrática e tão democrática quanto essa que estamos dando início aqui e agora. É importante salientar isso porque a partir de hoje nós vamos começar a focar qual pedido de impeachment vai se concretizar aqui no plenário da Câmara dos Deputados. Após essa etapa levaremos ao Senado para confirmar aquilo que a ingovernabilidade que reina no país exige de todos nós: restaurar a confiança tal como já fizemos historicamente no passado. Precisamos retomar a esperança e o Brasil precisa retomar o caminho democrático”, defendeu.

Já o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), ressaltou que não faltam razões para colocar em andamento o processo de impeachment da presidente Dilma. “Não só as condições éticas, econômicas e sociais que a cada dia se agravam e colocam o país em mais dificuldade. A presidente da República vive uma crise de autoridade sem precedentes na história do país. E por uma razão muito simples: O estelionato eleitoral de 2014 indica exatamente os motivos dessa falta de autoridade. Ela disse que tudo estava bem e quando terminou a eleição começou a fazer tudo o que disse para os brasileiros que não faria”, afirmou.

Rubens Bueno ressaltou ainda que o ato de lançamento do movimento era o primeiro passo de um grande caminho a seguir. “Chamamos a cada um dos parlamentares aqui presentes a responsabilidade de pressionar os deputados de forma democrática e legítima para que tenhamos no mínimo 342 deputados e deputadas favoráveis à autorização para a abertura do processo de impeachment. A partir de agora vamos começar um processo novo para que o Brasil volte a ter respeito e que tenhamos aqui governos sérios, decentes e que se preocupem a médio e longo prazo com o futuro do país”, conclamou.

A oposição também continuará conversando com os movimentos populares que defendem o impeachment e com figuras públicas, como o jurista Hélio Bicudo, fundador do PT, que na última semana ingressou com pedido de afastamento da presidente.

Com o crescimento do movimento e assinaturas recolhidas, os parlamentares irão pedir ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que se posicione sobre algum dos pedidos que já foram apresentados à Câmara.

Se houver rejeição, a oposição poderá recorrer ao plenário da Câmara para levar o processo de impeachment adiante.

Fonte: Assessoria do PPS

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