Em artigo publicado na revista Política Democrática Online de agosto, jornalista afirma que presidente trocou ex-ministro pelo centrão
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
O ex-ministro da Justiça e ex-juiz Sérgio Moro e a Lava Jato viraram obstáculos ao projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro Bolsonaro, na opinião do jornalista Andrei Meireles. Segundo ele, no Palácio do Planalto, a avaliação é de que o jogo vai ficar mais duro depois da posse, em setembro, do ministro Luiz Fux na presidência do STF (Supremo Tribunal Federal). “Daí a pressa também do procurador Augusto Aras, de olho em uma vaga no STF, de mostrar logo serviço contra Sérgio Moro e a Lava Jato”, afirma o autor, em artigo publicado na revista Política Democrática Online de agosto.
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A revista é produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília. Todas as edições podem ser acessadas, gratuitamente, no site da instituição. Em seu artigo, Meireles observa que, na tríplice parceria entre Toffoli, a cúpula do Congresso e Bolsonaro, o Coaf passou de mão em mão e simplesmente foi paralisado. Foi ressuscitado pelo plenário do Supremo.
“Mas a guerra seguiu em frente”, afirma o jornalista. “Bolsonaro trocou Moro pelo Centrão. Se sentiu à vontade para dar as cartas, atropelou a lista tríplice do Ministério Público e escalou Augusto Aras como procurador-geral da República”, afirma, para acrescentar: “Interferiu também na Polícia Federal, o outro grande braço das investigações sobre a corrupção do colarinho branco no país”.
No artigo publicado na revista Política Democrática Online, Meireles afirma que “faz tempo que a Lava Jato, depois de sua bem-sucedida trajetória de caçadora de corruptos, virou troféu de caça de políticos dos mais variados naipes, como o PT de Lula, o MDB de Renan Calheiros e Romero Jucá, o Centrão e os tucanos, sob a batuta de Aécio Neves”.
De acordo com o autor, esse movimento ganhou corpo ano passado com a adesão de Bolsonaro que, mesmo tendo Sérgio Moro como ministro da Justiça e Segurança Pública, criou a expectativa de conseguir apoio em outros poderes para livrar seu clã das investigações na Justiça. “Moro nunca lhe deu essa garantia”, diz Meireles.
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