Os três pontos foram elencados no plano de governo de Bolsonaro para Saúde e Educação
No plano de governo entregue à Justiça Eleitoral em 2018, o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro elencou três prioridades: segurança, saúde e educação.
Na Segurança, adotou uma retórica armamentista e entrou numa crise política grave ao perder o ministro que escolheu para comandar a área. Com a saída de Sergio Moro, Bolsonaro agora retoma a ideia de separar a Segurança da Justiça para agradar os amigos da bancada da bala como se essa fosse a solução.
Diz o plano de governo da campanha em sua primeira frase ao citar saúde e educação: “eficiência, gestão e respeito com a vida das pessoas”.
Não precisa muito esforço para concluir que nenhum dos três pontos está sendo cumprido. Eficiência, gestão e respeito com as vidas não existem na Saúde e na Educação.
A primeira hoje está nas mãos de um general cuja principal credencial é entender de logística —além de ser um ótimo paraquedista, talvez a virtude mais necessária para assumir esse ministério.
As sandices do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o desempenho pífio da pasta que comanda resumem o fracasso de Bolsonaro em cumprir o que prometeu.
Na Saúde, Eduardo Pazuello foi efetivado ministro interino em mais um exemplo de que a lógica não faz qualquer sentido neste governo.
Desde semana passada, o general tem a companhia do empresário bilionário Carlos Wizard Martins.
Nem havia sido nomeado e espalhou que aceitara convite para ser secretário de ciência e tecnologia. Já dava diretrizes como tal.
Um dos seus negócios é o Pizza Hut: “E o que eu entendo de fazer pizza? O que eu entendo é a minha posição como gestor, de avaliar, projetar, contratar profissionais qualificados. É muito mais importante você ter noção de gestão, ter metas”.
O gestor de pizza foi quem afirmou, sem constrangimento, que uma de suas metas era mudar os critérios de contagem de mortos na pandemia. Na noite de domingo (7), desistiu do cargo que nunca ocupou.