Leandro Colon: Bolsonaro e o Congresso

Nenhum presidente governou nas últimas décadas sem a parceria do Legislativo.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Nenhum presidente governou nas últimas décadas sem a parceria do Legislativo

O decreto para permitir a posse de arma de fogo a pessoas sem ficha criminal é apenas um pedaço da avalanche de medidas a serem anunciadas nos primeiros dias do governo de Jair Bolsonaro.

A expectativa é que os novos ministros revelem agora na largada ações de impacto nas pastas. Estrelas da Esplanada, Paulo Guedes(Economia) e Sergio Moro (Justiça) devem dividir o protagonismo em janeiro.

Conforme mostrou reportagem da Folha no domingo (30), a equipe de Guedes quer fazer um gesto ao setor produtivo na busca da melhoria do ambiente de negócios no país.

A primeira impressão (sobretudo para um governo novo) é importante e o ministro sabe que não há outro colega com mais responsabilidade do que ele para que Bolsonaro tenha uma perspectiva de sucesso.

Entretanto, para pouca coisa servirá um clima de euforia econômica nas primeiras voltas da corrida se Guedes não revelar até fevereiro qual é de fato a reforma da Previdência à mesa. Não há medida capaz de superar um fiasco na aprovação da mudança na aposentadoria.

Naturalmente aguarda-se com ansiedade o primeiro mês de governo Bolsonaro, mas é a partir de fevereiro, com o início da nova legislatura do Congresso, que a força dele e de seus movimentos será percebida.

Sem uma base parlamentar coesa e alinhada, Guedes e Moro terão dificuldades em levar adiante as principais metas de seus ministérios.

O ex-juiz federal pretende entregar aos deputados e senadores um pacote de medidas legislativas de combate à corrupção. São propostas que dependerão da boa vontade de uma classe política que sempre demonstrou aversão à Lava Jato.

Moro terá condições de negociar com personagens atingidos por ações dele nos tempos de Curitiba? Guedes vai topar ceder na reforma da Previdência para conseguir sua aprovação no primeiro semestre?

Nenhum presidente governou nas últimas décadas sem a parceria do Congresso. E não há chance alguma de ser diferente com Bolsonaro.

Nenhum presidente governou nas últimas décadas sem a parceria do Legislativo

O decreto para permitir a posse de arma de fogo a pessoas sem ficha criminal é apenas um pedaço da avalanche de medidas a serem anunciadas nos primeiros dias do governo de Jair Bolsonaro.

A expectativa é que os novos ministros revelem agora na largada ações de impacto nas pastas. Estrelas da Esplanada, Paulo Guedes(Economia) e Sergio Moro (Justiça) devem dividir o protagonismo em janeiro.

Conforme mostrou reportagem da Folha no domingo (30), a equipe de Guedes quer fazer um gesto ao setor produtivo na busca da melhoria do ambiente de negócios no país.

A primeira impressão (sobretudo para um governo novo) é importante e o ministro sabe que não há outro colega com mais responsabilidade do que ele para que Bolsonaro tenha uma perspectiva de sucesso.

Entretanto, para pouca coisa servirá um clima de euforia econômica nas primeiras voltas da corrida se Guedes não revelar até fevereiro qual é de fato a reforma da Previdência à mesa. Não há medida capaz de superar um fiasco na aprovação da mudança na aposentadoria.

Naturalmente aguarda-se com ansiedade o primeiro mês de governo Bolsonaro, mas é a partir de fevereiro, com o início da nova legislatura do Congresso, que a força dele e de seus movimentos será percebida.

Sem uma base parlamentar coesa e alinhada, Guedes e Moro terão dificuldades em levar adiante as principais metas de seus ministérios.

O ex-juiz federal pretende entregar aos deputados e senadores um pacote de medidas legislativas de combate à corrupção. São propostas que dependerão da boa vontade de uma classe política que sempre demonstrou aversão à Lava Jato.

Moro terá condições de negociar com personagens atingidos por ações dele nos tempos de Curitiba? Guedes vai topar ceder na reforma da Previdência para conseguir sua aprovação no primeiro semestre?

Nenhum presidente governou nas últimas décadas sem a parceria do Congresso. E não há chance alguma de ser diferente com Bolsonaro.

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