O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou ao Blog do Camarotti que a estratégia de inteligência é a base do plano de combate à criminalidade no Rio de Janeiro.
Segundo Jungmann, haverá o chamato “fator surpresa” nas ações integradas das Forças Armadas, Força Nacional de Segurança e polícias.
Leia abaixo a íntegra da entrevista com o ministro:
Blog – O que que vai ser feito para o Rio de Janeiro (enfrentar a crise de segurança pública)?
Jungmann – O que vai ser feito para o Rio de Janeiro é golpear a criminalidade para ampliar a sensação, o sentimento real de segurança dos cariocas. Isso será feito de uma forma permanente porém descontínua. Serão ações sucessivas integradas, puxadas pela inteligência policial e que contará com o apoio da Força Nacional de Segurança e também das Forças Armadas, num apoio a essas ações da polícia. Isso vai ser feito de maneira planejada e deve estar se iniciando nos próximos dias.
Blog – O que já foi feito muito, foi colocar reforço de homens das Forças Armadas e da Força de Segurança Nacional. O que muda agora?
Jungmann – O que muda é exatamente o fator surpresa. O que muda é que em lugar de ter uma atuação meramente ostensiva, que quando as Forças Armadas ou a polícia sai, o crime, que tirou férias, volta! Agora nós vamos, através da inteligência da informação e de atuar integradamente e de uma forma permanente, enfatizo isso, nós queremos atingir o comando do crime, queremos alcançar os seus arsenais, queremos inclusive barrar o caminho da droga. Só assim é que nós vamos reduzir o peso da criminalidade e, que hoje o carioca sente, e que evidentemente tem uma preocupação do Rio de Janeiro e de todos nós.
Blog – Até quando vai durar esta ação?
Jungmann – Essa ação vai até o último dia do governo Michel Temer. Portanto, também aí, ela é inovadora. Porque ela não será uma ação pontual. Ela será uma sequência de ações devidamente orquestradas entre polícia militar, polícia civil, com a Força Nacional de Segurança, com o Exército, com Marinha, com Aeronáutica, enfim, com todas as forças que dispõe o governo federal e também o governo estadual, que é decisivo nisso, porque tem as melhores informações, de forma que a gente possa, repito mais uma vez, golpear o crime organizado. E isso não se faz apenas com policiamento ostensivo. Isso se faz com inteligência, com integração, com planejamento. E é isso que esse plano vai demonstrar muito em breve, que nós estamos fazendo.