Atingir a honra de um cidadão fere a alma da Pátria. Preserva-se o “um por todos e todos por um”.
Qual o sonho de cidadãos do bem? Cantar um Hino de Louvor à Pátria, fazer loas aos parlamentares, se orgulhar dos ministros das altas Cortes, aplaudir quem entrega a uma senhora idosa a bolsa caída na rua, ceder seu lugar no ônibus aos mais alquebrados, agradecer a Deus por viver numa Terra de gente digna, honrada e respeitada.
Ouçamos a delação espontânea de um brasileiro tocado pela chama do civismo.
O Brasil é a terra da ética, do respeito aos valores morais que dignificam o Homem e do cumprimento das leis. Ninguém se desvia da retidão. O caráter é imaculado, herdeiro de uma cultura alicerçada no bem comum, na solidariedade, no culto às tradições, na religiosidade, no respeito aos mais velhos e às crianças e na repartição justa dos bens.
Atingir a honra de um cidadão fere a alma da Pátria. Preserva-se o “um por todos e todos por um”.
O sistema federativo é harmônico. Recursos se distribuem igualitariamente entre União, Estados e Municípios, provendo as necessidades fundamentais da população.
A racionalidade administrativa gera riquezas para a Nação. O excedente exportado acarreta bilhões de divisas distribuídos pelas regiões produtoras e consumidoras.
O Congresso só vota leis fundamentais, cinco a seis leis por ano, como na Suíça. A política é voltada ao essencial. Nossa Carta Magna abriga diretrizes gerais, diferente de Constituições detalhistas, que atendem a setores, grupos, partidos, gêneros, regiões. Evita-se a proliferação de projetos de lei e emendas, a sociedade sabe do que precisa e o que é dispensável.
O dinheiro é gasto com parcimônia, cada tostão comprovado e de acordo com o se arrecada. Os governos mostram todos os centavos despendidos pelo país.
Quase inexiste burocracia. Tudo flui. Malfeitor vai para a cadeia. A apuração dos delitos é rápida e a Justiça decide sem delongas. Parlamentares são comedidos e não se expõem em demasia. Aqui, política é missão e não profissão.
Campanha eleitoral se faz com rigor. Empreiteiras, bancos, grupos econômicos nunca financiam campanhas. Não existe “caixa dois”, “propina”, “cincão, quinzão, trintão”, que designam percentagens de intermediação. Pedágio é parada na estrada e não “comissão”.
O brasileiro tem um dos maiores índices de qualidade de vida do mundo. Culto, educado, alimentado, com um dos maiores PNFs (Produto Nacional de Felicidade).
Cargos são distribuídos por mérito. As entidades se valem do pão cívico, alimento da Pátria.
Vaidades desapareceram, cedendo lugar à irmandade, ao companheirismo e à igualdade.
Nossos meios de comunicação lidam com a Verdade, sem dar vazão a mexericos, versões e denúncias grotescas, numa linguagem de decência e respeito.
O palavrão sumiu, a cordialidade marca a boa educação. Não existe desamor. A mãe é o símbolo da grande virtude, não o destempero dos bárbaros.
Essa é a verdade sobre meu povo e meu país.
* Gaudêncio Torquato é jornalista, professor titular da USP, consultor político e de comunicação