Cinco estados, no entanto, não divulgam os dados; índice nacional de homicídios criado pelo G1 acompanha mês a mês os dados de vítimas de crimes violentos no país. O objetivo é possibilitar um diagnóstico em tempo real da violência e cobrar transparência por parte dos governos.
O índice nacional de homicídios, ferramenta criada pelo G1, permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Já são 17.424 vítimas registradas nos primeiros quatro meses deste ano.
O número consolidado até agora contabiliza todos os homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, que, juntos, compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
O mapa faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
PÁGINA ESPECIAL: Mapa mostra mortes violentas no país
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METODOLOGIA: Monitor da Violência
Desde o início do ano, jornalistas do G1 espalhados pelo país solicitam os dados via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo Fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
O objetivo é, além de antecipar os dados e possibilitar um diagnóstico em tempo real da violência, cobrar transparência por parte dos governos.
Cinco estados (Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Piauí e Tocantins), entretanto, dizem ainda não ter os dados referentes a abril. Além disso, alguns deles também não passam números de meses anteriores.
Veja a justificativa de cada um deles:
Maranhão: a secretaria não informa os dados de março e abril. “A consolidação dos dados estatísticos do estado do Maranhão tem um prazo institucional de três meses.”
Minas Gerais: a secretaria diz que ainda não possui a informação sobre o mês de abril. “Temporariamente, as informações não estão disponíveis. A consolidação das bases de dados ocorrerá em breve.”
Piauí: a secretaria não informa os dados de abril. O delegado João Marcelo, responsável pelas estatísticas de crimes da Polícia Civil, diz que os casos são coletados a partir dos registros dos boletins de ocorrência e que, por conta da greve da Polícia Civil, haverá demora no levantamento dos dados.
Tocantins: a secretaria diz que as delegacias levam um tempo para informar os números e, por isso, os dados de fevereiro, março e abril ainda não foram consolidados
Página especial
Na página especial, é possível navegar por cada um dos estados e encontrar dois vídeos: um com uma análise de um especialista indicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e outro com um diagnóstico de um representante do governo.
Ambos respondem a duas perguntas:
- Quem são os grupos/pessoas que mais matam no estado, por que eles matam e como isso mudou ao longo da última década?
- O que fazer para mudar esse cenário?
Apenas 3 dos 27 governos estaduais não enviaram respostas às questões em vídeo: Bahia, Ceará e Rio de Janeiro. Juntos, eles respondem por mais de 1/4 das mortes violentas no ano passado.