FAP e Verbena Editora lançam, nesta segunda (30), coletânea de entrevistas de Luiz Werneck Vianna

Obra faz uma leitura da conjuntura politica brasileira desde o primeiro mandato de Lula até os dias atuais.
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Obra faz uma leitura da conjuntura politica brasileira desde o primeiro mandato de Lula até os dias atuais

Por Germano Martiniano

A Fundação Astrojildo Pereira, em parceria com a Editora Verbena lançam, nesta segunda-feira (30/07), o livro Diálogos gramscianos sobre o Brasil atual, do cientista social Luiz Werneck Vianna. A obra é uma coletânea de entrevistas realizadas com Werneck desde o inicio do governo Lula, em 2003.

O lançamento será às 18h30 no Restaurante La Fiorentina, Av. Atlântica, 458A, Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ) e será precedido por uma sessão de autógrafos com o autor. O evento também terá a presença de diversos intelectuais brasileiros.

“Werneck Vianna é um dos intelectuais mais importantes do nosso país e este livro faz uma leitura da conjuntura politica brasileira no período que abrange o primeiro mandato de Lula até os dias de hoje”, informa Luiz Carlos Azedo, diretor geral da FAP. “De certa forma, esta obra antecipou muito do que aconteceu em nossa política, desde um texto famoso sobre o Estado Novo do PT, no qual Werneck define a natureza do governo Lula, chegando, atualmente, a judicialização da política brasileira, através da Operação Lava-Jato”, enfatizou Azedo.

“A realidade brasileira não se encaixa em esquemas teóricos fechados e dogmáticos, por isso é um luxo para FAP editar uma obra do Werneck Vianna, que é nosso presidente de honra”, afirmou o diretor da FAP.

Werneck Vianna, Gramsci e outros intelectuais
Werneck é um intelectual marxista, não ortodoxo, que tem como uma de suas características incorporar em suas análises a contribuição de autores brasileiros não marxistas, que possuem uma formação liberal e positivista, mas que contribuíram na compreensão da realidade brasileira.

Já sua relação com Gramsci, para Alberto Aggio, historiador e especialista no filósofo italiano, Werneck, talvez seja o mais produtivo interprete brasileiro do pensamento gramsciano. “Desde o seu clássico Revolução Passiva – iberismo e americanismo no Brasil, publicado em 1996, a sua interpretação de Gramsci tem influenciado as leituras sobre as mudanças vividas pelo Brasil nas últimas décadas”, avalia o historiador.

Aggio também afirma que as mudanças no mundo, que influenciam decisivamente as relações sociais, foram interpretadas na coletânea de entrevistas sob um olhar inovador dos conceitos de Gramsci. “O livro traz um Gramsci vivo e estimulador da reflexão sobre a realidade e não um clássico que tem suas formulações repetidas ad nauseum. O valor deste conjunto de entrevistas é imenso e merece ser lido, debatido e assimilado, mesmo que não tenhamos concordância integral com os argumentos ali expostos”, concluiu o historiador.

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