Escola Sem Partido: o que salvar deste debate além do Fla-Flu?

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Acompanhamos um debate com torcidas bem divididas e sobre um tema extremamente polêmico, controvertido e atual (embora pareça coisa do século passado) ocorrido na Câmara Municipal de São Paulo nesta quinta-feira, 16 de novembro: a chamada “Escola sem Partido”Assista aqui alguns dos momentos mais quentes da discussão e, na sequência, a íntegra do debate transmitido ao vivo nas redes sociais (inclusive as falhas no áudio são da transmissão original da Câmara Municipal).

De um lado, representantes do movimento estudantil tradicional (UNE, União Nacional dos Estudantes; e UPES, União Paulista dos Estudantes Secundaristas). Do outro, integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre), defensores do Projeto de Lei 222/2017, de autoria do vereador paulistano Fernando Holiday (DEM), que propõe basicamente a “neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado”.

O debate foi conduzido pelo próprio autor do projeto, que também é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. Participaram, além de Fernando Holiday, o vereador Alfredinho (PT); Carina Vitral, presidente da UJS (União da Juventude Socialista) e ex-presidente da UNE; Arthur do Val, youtuber do MBL e do canal MamãefaleiKim Kataguiri, líder nacional do MBL; e Emerson Santos, o Catatau, presidente da UPES.

O projeto “Escola Sem Partido”, se aprovado, determina que “o Poder Público não se imiscuirá na orientação sexual dos alunos nem permitirá qualquer prática capaz de comprometer o desenvolvimento de sua personalidade em harmonia com a respectiva identidade biológica de sexo, sendo vedada, especialmente, a aplicação dos postulados da teoria ou ideologia de gênero”.

Na sala de aula, no exercício de suas funções, decreta que o professor “não se aproveitará da audiência cativa dos alunos para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias; não favorecerá nem prejudicará ou constrangerá os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas.”

Ufa! No sábado passado, o programa Zorra Total, da Rede Globo, fez uma esquete ironizando o Movimento Escola Sem Partido (assista). A cena se passa em uma escola pública onde uma professora (Maria Clara Gueiros) apresentava um problema básico de matemática até ser interrompida por um vereador (Otávio Müller), que a acusa de estar “doutrinando” os alunos com uma “ideologia esquerdista”.

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