Bem nas fotos das pesquisas, Ciro e Bolsonaro perdem para Alckmin no quesito confiança
A retomada da temporada eleitoral pós-Copa já acontece em ritmo de fatos relevantes. Dois, nesta semana: a adesão dos partidos do chamado centrão ao tucano Geraldo Alckmin e o isolamento de Jair Bolsonaro e Ciro Gomes no quesito alianças eleitorais. Certo de que conquistaria aliados à direita, Ciro flexibilizou posições, amenizou o discurso, mas não evitou levar uma rasteira de última hora. Por dois motivos: a mania de insultar a tudo e a todos e a ausência de firmeza ideológica, fatores que suscitam desconfiança.
Bolsonaro tem sofrido repetidas recusas de candidatos a vice na chapa de uma forma particularmente humilhante, pois as recusas ocorreram depois de anunciados os nomes pretendidos pelo deputado. Ciro e Bolsonaro reagiram na base do desprezo pelas uvas verdes, fazendo de conta que não se abalaram. Ambos menosprezaram o fator aliança. Da boca para fora.
Realmente, a adesão de partidos não garante eleitores, mas assegura tempo de televisão. Para quem dispõe, como os dois, de apenas parcos segundos cada um, a conquista de tempo no horário eleitoral não é algo de que possam abrir mão sem prejuízo.
Enquanto isso, Alckmin já contabiliza 38% do horário. Não garante votos, mas transmite confiança, dá notícia de que os partidos estão botando fé no crescimento da candidatura. Em quadro de indefinição total isso conta. E bastante.