G1*
A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (30), encomendada pela Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo”, aponta que 53% dos eleitores com contas em redes sociais ou em aplicativos de mensagens dizem que já mudaram de comportamento por conta de divergência política nos últimos meses.
Para os eleitores do ex-presidente Lula (PT), o índice é mais alto: 57%. Já para os eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), é mais baixo: 46%.
Os índices são os mesmos que os encontrados no levantamento anterior, divulgado em 31 de julho.
O Datafolha apresentou três situações vividas entre quem tem redes sociais:
- Deixou de comentar ou compartilhar alguma coisa sobre política em grupo de Whatsapp para evitar discussões com amigos ou familiares;
- Deixou de publicar ou compartilhar alguma coisa sobre política nas suas redes sociais para evitar discussões com amigos ou familiares;
- Saiu de algum grupo de Whatsapp para evitar discussões políticas com amigos ou familiares.
No WhatsApp, 44% deixaram de falar sobre política (eram 43% em julho). Além disso, 15% já saíram de algum grupo para evitar discussões políticas com amigos ou familiares – eram 19%. Já na segunda situação, 42% já deixaram de publicar ou compartilhar algum conteúdo sobre política (eram 41%).
As taxas de mudança de comportamento são mais altas entre os eleitores de Lula que entre os de Bolsonaro. Na primeira situação, entre os eleitores do petista, o índice é de 48%, ante 38% entre os eleitores de Bolsonaro. Já na segunda situação, 45% ante 36%. Na terceira, 21% ante 8%.
Quando são consideradas as três situações, o índice de eleitores com conta em redes sociais ou em aplicativos de mensagens que já mudaram de comportamento alcança 53% no total (57% entre eleitores de Lula e 46% entre eleitores de Bolsonaro, como já dito).
Acesso a redes sociais
A pesquisa ainda apontou que oito em cada dez eleitores brasileiros (82%) possuem conta em alguma das redes sociais (Facebook, Instagram, Tik Tok e Twitter) ou aplicativos de mensagens pesquisados (WhatsApp e Telegram).
O alcance é mais elevado entre os seguintes grupos:
- têm entre 16 e 24 anos (97%), 25 e 34 anos (95%) e 35 e 44 anos (89%);
- são mais instruídos (96%);
- possuem renda familiar mensal de mais de 2 a 5 salários mínimos (89%), 5 a 10 salários mínimos (94%) e mais de 10 salário mínimos (97%);
- e moradores das regiões metropolitanas (87%).
Entre os eleitores de Jair Bolsonaro, o índice de usuários é mais alto que entre os eleitores de Lula — 88% ante 78%.
Das redes sociais pesquisadas, o WhatsApp tem o maior índice de usuários (80%). Na sequência, estão: Facebook (64%), Instagram (56%), Tik Tok (29%), Telegram (21%) e Twitter (18%).
A pesquisa ouviu 6.800 pessoas, entre 27 e 29 de setembro, em 332 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE com o nº BR-09479/2022.
Matéria publicada originalmente no G1