Em meio à pandemia, empresas de plataformas de streaming são grandes beneficiadas, avalia Lilia Lustosa
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
A pandemia da Covid-19 fechou salas de cinema, interrompeu filmagens, adiou lançamentos e fez com que milhões de profissionais perdessem seus empregos, de acordo com artigo da crítica Lilia Lustosa, publicado na 19ª edição da revista Política Democrática Online, produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), em Brasília. Todos os conteúdos da publicação podem ser acessados, gratuitamente, no site da entidade.
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De acordo com a crítica de cinema, em meio a esta crise sem precedentes na história do cinema, as empresas de plataformas de streaming saem como as grandes e, talvez, únicas beneficiadas, com suas ações atingindo índices altíssimos e com o número de clientes aumentando a uma velocidade “de contágio” maior que a do próprio coronavírus.
“Um a zero para a telinha nesta fase da era do streaming! E, sem querer tomar partido nessa disputa, a meu ver, incongruente, a sobrevivência da sétima arte parece estar assim ao menos assegurada, já que assistir a filmes se tornou um dos grandes antídotos para sobreviver à dura realidade do confinamento”, afirma Lilia, no artigo publicado na revista Política Democrática Online. “Nunca se assistiu a tantos filmes e séries como agora”, observa.
Lilia observa que as ações das grandes produtoras despencaram, e a maioria dos exibidores e das pequenas produtoras está decretando falência. “E o pior, tudo isso ainda sem solução no curto prazo, já que teatros, cinemas e shows estão entre as últimas atividades a serem retomadas, em função de suas naturezas aglomerativas”, lamenta a autora.
Independentemente do que está por vir, neste cenário pós-pandemia, o Estado terá papel decisivo na retomada da atividade cinematográfica, afirma Lilia, no artigo da Política Democrática Online. “No caso brasileiro, com vários lançamentos adiados e produções interrompidas, a Ancine pode (e deve) ser a grande ferramenta de reconstrução do cinema nacional”, sugere a autora.
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