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A esquerda brasileira, capitaneada pelo PCB, teve na chamada “revolução brasileira”, de caráter nacional e anti-imperialista, seu principal projeto de intervenção na realidade brasileira
Arte: FAP
Arte: FAP

A esquerda brasileira, capitaneada pelo PCB, teve na chamada “revolução brasileira”, de caráter nacional e anti-imperialista, seu principal projeto de intervenção na realidade brasileira. Depois da ditadura do Estado Novo (1937-1945), paulatinamente, esse projeto foi ganhando traços de uma estratégia nacional-desenvolvimentista que galvanizou diversos setores sociais e políticos do país. A Declaração de Março de 1958 definiu a perspectiva nacional e democrática de desenvolvimento como o núcleo central da “revolução brasileira”.

O que se quer discutir aqui é a adesão a esse tipo de estratégia, suas consequências e, por fim, seu esgotamento em função do golpe militar de 1964 e do chamado “milagre econômico” promovido pela ditadura, a partir de meados da década de 1970. As profundas mudanças tecnológicas e, posteriormente, pelo advento da globalização acabaram por produzir uma reorientação geral às perspectivas de desenvolvimento e superação das crises estruturais da economia e da sociedade brasileira.

A opção pela democracia coincide com essas profundas mudanças e coloca em questão a validade da adoção novamente de uma estratégia nacional-desenvolvimentista, como a do passado.

Para mais informações acesse: https://pcb100anosfap.com.br/

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