Obra do sociólogo Elimar Nascimento, publicada pela FAP, está à venda na internet
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
“Recriar a democracia, torná-la eficiente e estratégica, é um desafio do Brasil, mas também de todos os humanistas, onde quer que estejam”. A avaliação consta do final do livro Um Mundo de Riscos e Desafios (216 páginas), do sociólogo e professor da UnB (Universidade de Brasília) Elimar Pinheiro do Nascimento. A obra, publicada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e que está à venda no site da Amazon, também discute como evitar a nova exclusão social.
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O livro é composto de capítulos que nasceram de artigos publicados entre as décadas de 1990 e 2010, salvo um, inédito. Portanto, o leitor pode usar a sua autonomia para começar por onde lhe for mais interessante, sem prejudicar o entendimento da obra como um todo. O sociólogo também é integrante do Conselho Curador da FAP.
Ao longo de sete capítulo, Nascimento aborda os seguintes assuntos: sustentabilidade; crise ambiental e democracia; possibilidade de recriar a democracia; modernidade, globalização e exclusão social; a dinâmica dos que ficam dentro e fora, no contexto da globalização e exclusão; o pluralismo da sociedade; e os excluídos necessários e os excluídos desnecessários.
De acordo com o ex-senador Cristovam Buarque, que assina o prefácio, o livro apresenta uma análise rigorosa sobre os dois maiores problemas que a humanidade vai enfrentar nas próximas décadas: degradação ecológica, provocada pelo crescimento da produção e do consumo; e degradação moral, provocada pela ampliação da desigualdade social.
“O ‘grande risco’ de que trata o autor instiga cada leitor a imaginar a extinção da civilização, em suas características atuais, seja pela ruptura do equilíbrio ecológico, devido à falta de base material, seja pela ruptura do equilíbrio social, devido ao agravamento da desigualdade, provocando exclusão permanente de uma parte da humanidade”, escreve Cristovam.
O autor considera que a sociedade vive em um mundo perigoso, com crises de múltiplas naturezas e incertezas crescentes. “Uns se preocupam com o vazio e a falta de futuro dos humanos, o consumismo e o aumento de doenças como depressão, câncer e crescimento das taxas de suicídio. Outros, com a degradação ambiental, com o aumento da perda da biodiversidade e riscos crescentes dos eventos críticos climáticos”, afirma o sociólogo.
Além disso, há aqueles que se preocupam com o risco de guerra atômica ou a impossibilidade de os jovens ocidentais escolarizados encontrarem uma forma de se sustentar com os próprios meios. “Os medos se espalham, e uma visão pessimista ganha asas e percorre as sociedades ocidentais, de norte a sul”, afirma, para continuar em outro trecho: “No entanto, sem negar os riscos, o mundo é melhor hoje do que ontem”, assevera o professor da UnB, instigando cada leitor a refletir sobre como conquistar a sustentabilidade, reinventar a democracia e eliminar a nova exclusão social.
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